Como é de costume, o Iron Maiden lançou o seu Christmas Card 2012. E o tema desse ano foi a Maiden England Tour, com o Eddie do álbum Seventh Son Of a Seventh Son.
Desejo a todos um Feliz Natal, que seja uma noite de alegria ao lado das pessoas que você ama e que seus pedidos sejam atendidos.
Fonte da imagem: Iron Maiden 666
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Top 2012 do Blog Jazz & Rock por Daniel Faria
Caros leitores e leitoras !
Estamos chegando ao fim de mais um ano, e pensando nisso não poderia deixar de fazer a tradicional lista de melhores álbuns do ano. O cenário musical em 2012 surpreendeu muita gente, com bons lançamentos, com retorno de grandes bandas e a confirmação de novas bandas no cenário musical. Foram tantas novidades, que eu não consegui ouvi tudo ainda, e muitos bons lançamentos ficaram de fora da lista.
Bom sem mais delongas, vamos dar inicio ao TOP 2012. É uma lista pessoal, onde eu selecionei os melhores álbuns que eu ouvi este ano.
Se você também tem o seu TOP 2012, deixe a sua lista nos comentários, será muito bem vinda !
Aproveito também para desejar um Feliz Natal e um prospero Ano Novo a todos os leitores do Jazz & Rock, e que o ano que vem seja bem melhor que este que está acabando.
Se o Jazz & Rock vai ter fôlego para voltar em 2013, ainda não sei.
ZZ Top - La Futura (2012)
Depois de nove longos anos, o trio texano do ZZ Top ressurgiu este ano com o excelente e surpreendente La Futura. O trio uniu uma sonoridade atual, sem deixar a pegada antiga de lado, resultando em um álbum vigoroso, com ótimos riffs, uma boa dose de solos e músicas marcantes.
Accept - Stalingrad (2012)
Os alemães do Accept também fizeram o dever de casa com muita competência. Seguindo a mesma fórmula do álbum Blood of the Nations (2010), o quinteto surpreendeu com o lançamento de Stalingrad. Um álbum feito sob medida, com canções marcantes, refrões grudentos e com o vocalista Mark Tornillo mostrando mais uma vez a sua excelente performance a frente do Accept.
Van Halen - A Different Kind Of Truth (2012)
Outro gigante que estava adormecido, e acordou com toda sua fúria este ano, foi o Van Halen. Desde 1998 sem lançar um álbum de estúdio, a banda ressurgiu após anunciar o novo álbum A Different Kind Of Truth, com David Lee Roth nos vocais e Wolfgang Van Halen na guitarra. O resultado não poderia ser melhor, um álbum com um hard rock de primeira qualidade, revigorante e com muita energia. O álbum ainda contou com a presença dos lendários membros Eddie Van Halen na guitarra e Alex Van Halen na bateria.
Blackberry Smoke - The Whippoorwill (2012)
Ari Borger Quartet - Back To The Blues (2012)
O cenário brasileiro não poderia ficar de fora, e um dos álbuns escolhidos foi o Back To The Blues, do Ari Borger Quartet. Um álbum onde o Ari Borger voltou as origens, ao blues norte americano, e acompanhado pelos músicos Celso Salim, Humberto Zigler e o recém chegado Rodrigo Mantovani, fizeram do Back To The Blues um trabalho para ser não apenas apreciado, mas reverenciado Mesclando clássicos do blues e composições próprias, o organista e pianista Ari Borger criou um ambiente inovador, onde ele contou com as músicas, um pouco da história do blues. Recomendo.
Esperanza Spalding - Radio Music Society (2012)
A jovem e talentosa baixista Esperanza Spalding marcou presença entre os melhores do ano com o excelente Radio Music Society. Se em Chamber Music Society (2010), o que predomina é o jazz clássico, o mesmo não acontece no novo álbum, Esperanza buscou e trouxe as influencias do R&B, soul, pop e do jazz para compor o repertório. O resultado não poderia ser melhor e a prova que Esperanza Spalding é uma cantora, baixista e compositora, acima da média.
John Pizzarelli - John Pizzarelli - Double Exposure (2012)
Double Exposure foi um dos álbuns que eu esperei acinosamente este ano. Não escondo que John Pizzarelli é o meu musico de jazz favorito. Não posso dizer que Pizzarelli inovou em seu novo álbum, até por que ele manteve a sua fórmula de sempre, de regravar canções consagradas. Em Double Exposure, Pizzarelli traz um repertório formado basicamente por canções populares que marcaram a sua vida ao longo dos anos. Um álbum surpreendente, com direito a Beatles, James Taylor, Elvis Castello e uma versão impecável de uma música do Allman Brothers Band. Para coroar o lançamento do álbum, também tive a chance de ir ao show do Pizzarelli no Bourbon Street.
Marcus Miller - Renaissance (2012)
Se você está a
procura de um jazz fusion, com uma pegada funkeada e muito groove,
Renaissance (2012), novo álbum do baixista Marcus Miller, é a
pedida certa. Em seu oitavo álbum da carreira solo, Marcus Miller da
mais uma aula de como se faz jazz fusion. Se a ideia do álbum é de
mostrar o novo renascimento da sua carreira, Miller conseguiu passar
isso, Renaissance transmite inovação, um vigor novo, é um álbum
que traz influencias do funk, do soul, do jazz e até mesmo da música
brasileira. Marcus Miller usa e abusa de técnicas que ele domina,
como a do slap, brindando o ouvinte com um som envolvente e carregado
de muito groove.
Igor Prado Band - Blues & Soul Sessions (2012)
Blues and Soul
Sessions, do guitarrista Igor Prado, também merece destaque. Mesmo
sendo um álbum com clássicos e convidados do blues norte americano,
este registro é sem dúvida um dos melhores do cenário nacional.
Gravado em São Paulo, ao vivo, usando equipamentos vintage e sem o
uso de overdubs, Blues & Soul não só traz um repertório
escolhido a dedo, como conta com convidados de peso, como Tia Carrol,
J.J Jackson e Curtis Salgado, além do hammond de Flavio Naves e
piano de Ari Borger, além de outros nomes. Um verdadeiro tributo ao
blues. Recomendo.
Primal Rock Rebellion - Awoken Broken (2012)
Primal Rock Rebellion,
projeto do vocalista Mike Goodman e do guitarrista Adrian Smith, do
Iron Maiden, surgiu este ano e já deixou a sua marca com o excelente
Awoken Broken. Apostado em um heavy metal moderno, o álbum foi
cercado de expectativa antes mesmo do seu lançamento, com um
anuncio, acreditem, na pagina principal do Iron Maiden. Após ser
lançado, o projeto superou todas as expectativas, com músicas
envolventes incrementadas com muito peso. O interessante desse
projeto, foi justamente ouvir as influencias e as ideias do Adrian
Smith.
KISS - Monster (2012)
Entre os gigantes que retornaram este ano, o KISS foi sem dúvida o que mais surpreendeu. Depois do bom trabalho em Sonic Boom (2009), o quarteto mascarado anunciou Monster e a promessa feita pro Stanley e Gene, de voltar as raízes. Muitos viram isso com desconfiança, porém bastou o álbum ser lançado, para perceber que o Kiss havia cumprido a promessa. E assim foi, uma viagem ao passado, mais precisamente nos anos 70 e 80, e Monster foi concebido de forma primorosa, com direito a mais puro rock'n'roll. O KISS voltou em grande estilo e fez de Monster, um dos melhores álbuns dos últimos anos da carreira, e também do ano. Em novembro, tive a chance de ir pela primeira vez ao show do KISS, foi inesquecível.
Hardbone - This Is Rock 'N' Roll (2012)
Se no debut Dirty 'N' Young (2010), os alemães do Hardbone
já arrancaram boas criticas da mídia especializada, This Is Rock’n’Roll (2012)
vem para firmar ainda mais o nome dos caras na busca por um lugar ao sol. Em
vista do debut, a banda manteve a mesma proposta, como letras que abordam temas
como álcool, mulheres e rock’n’roll, riffs e solos marcantes e bem trabalhados,
refrões grudentos e a influencia do som do AC/DC. O destaque fica por conta da
produção, que nesse segundo álbum está mais profissional. O vocal do Tim
Dammann soa mais agressivo nesse trabalho, mesclando entre um timbre rouco e
agudo. Os guitarristas Sebastian e Tommy mostram um entrosamento monstro nas
músicas, sendo que Sebastian é o responsável por boa parte dos solos, enquanto
Tommy se encarrega da base e dos riffs. Uma parceira perfeita. Juntos o
baixista Wolfgang Pohl e o batera Caim Grandt, fazem a cozinha perfeita, algo
essencial em uma banda de rock’n’roll.
Rival Sons - Head Down (2012)
O quarteto do Rival Sons chega ao terceiro álbum da carreira
mantendo a mesma qualidade que mostrou nos anteriores. Head Down (2012) mostra
o amadurecimento de uma banda, com composições impactantes e uma sutil mudança
na sonoridade, mas que fez toda diferença. Se antes a banda soava e bebia de
uma única fonte chamada Led Zeppelin, no novo álbum os caras deixaram isso de
lado, e trouxeram elementos de bandas como The Doors, The Who e até Lynyrd
Skynyrd, resultando em um hard rock contagiante, com uma pegada renovada e com
músicas carregadas de muito groove. E os responsáveis por isso são, o vocalista
Jay Buchanan, que mais uma vez se mostrou impecável e com um vocal calibrado, o
guitarrista Scott Holiday, responsável pelos riffs e os solos, e claro para a
cozinha feita com competência pelo baterista Michael Miley e o baixista Robin
Everhart. Head Down (2012) é um dos melhores álbuns de rock do ano,
recomendadíssimo.
Lynyrd Skynyrd - Last Of A Dyin' Breed (2012)
O Lynyrd Skynyrd também deu as caras em 2012, depois de três
anos sem lançar um material inédito, o maior nome do Southern rock está de
volta. Sob o comando Johnny Van Zant, a banda ressurge com Last Of A Dyin’Breed
(2012). Produzido por Bob Marlett, o décimo terceiro álbum de estúdio da banda
segue os passos do antecessor e excelente God & Guns (2009), porém com uma
sutil e notável diferença, que é a tentativa de soar um pouco mais moderno,
parece que a banda tirou um pouco o pé e deixou a sonoridade menos pesada, sem
abusar de riffs vigorosos, como no antecessor. Apesar disso, o Lynyrd Skynyrd
se saiu bem e o resultado é satisfatório. No repertório onze canções, onde a
banda explora várias sonoridades, como por exemplo o blues do delta em
“Mississippi Blood”, o hardão pesado e arrastado em “Nothing Comes Easy”, a
pegada empolgante de “Good Teacher” e a balada “Something To Live For”, algo
que o Lynyrd Skynyrd faz muito bem. É claro que em se tratando de uma banda
consagrada, não tem como agradar a todos a cada álbum lançado, o fato é que
Johnny Van Zant (vocal), Gary Rossington (guitarra), Ricky Medlocke (guitarra),
Mark Matejka (guitarra), Peter Keys (teclado) e Michael Cartellone (bateria),
mantiveram as expectativas, porém sabemos que o Lynyrd Skynyrd tem capacidade e
estrada suficiente para lançar um álbum muito melhor.
Billy Martin & Will Blades - Shimmy (2012)
O álbum Shimmy, foi uma das minhas grandes descobertas deste ano e sem dúvida um som que tem tudo para agradar os fãs mais exigentes de jazz funk. Um duo praticamente perfeito, entre o organista Will Blades e o batera Billy Martin. Juntos, eles criam uma sonoridade única, apenas com o Hammond B3 e a bateria, o resultando é um som repleto de grooves e um funkeado impecável. Vale conferir.
OS MELHORES ÁLBUNS AO VIVO DO ANO.
Iron Maiden - En Vivo (2012)
Entre os lançamentos ao vivo, não poderia deixar de fora da lista o álbum En Vivo, do Iron Maiden. Gravado em Santiago do Chile, durante a The Final Frontier World Tour, no estádio nacional, é um registro mais do que especial, aonde e banda trouxe para o palco um set list com as músicas novas e claro os clássicos já consagrados. E por se tratar de Iron Maiden, qualquer comentário ou elogio, é chover no molhado.
Warren Haynes - Live at the Moody Theater (2012)
O incansável e sublime guitarrista Warren Haynes, também lançou um álbum ao vivo de fazer inveja. Gravado no Moody Theater, o guitarrista brindou o público com um show impecável, onde cantou musicas do seu trabalho mais recente, Man in Motion (2010) na primeira parte do show e na segunda tocou músicas da sua banda Gov't Mule, Jimmy Hendrix e até uma versão de uma canção do Ziggy Marley. Músicas a parte, Warren provou mais uma vez ser incansável e mostrou ser dono de uma técnica apuradíssima já que ele domina com precisão cada solo ou riff. Por tudo isso, este é um dos melhores álbuns ao vivo do ano.
A DECEPÇÃO DO ANO
Aeromisth - Music From Another Dimension (2012)
Depois de exatos 11 anos sem lançar um álbum com músicas inéditas, o Aerosmith foi mais um gigante que despertou este ano, porém o resultado, embora cercado de muitas expectativas, não foi dos melhores. Por isso a decepção do ano, na minha opinião, vai para Music From Another Dimension. O álbum não é todo ruim, tem algumas boas músicas, como as baladas Tell Me, What Could Have Been Love, e canções mais pesadas como Legendary Child, Street Jesus, Oh Yeah. Porém no conjunto total, é um álbum que soa cansativo demais, com músicas que parecem repetidas. Digo isso porque esperava bem mais do Aerosmith, por ser uma banda consagrada. Então por isso, esse álbum é a decepção do ano.
Bom leitores e leitoras, espero que tenham gostado da lista de melhores do ano do Jazz & Rock, se você concordou ou não, deixe um comentário, falando também qual é a sua lista de melhores do ano.
Marcadores:
[ Reviews ]
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Stanley Jordan irá se apresentar no Bourbon Street
Por Daniel Faria
Uma dica quentíssima de show de jazz. O guitarrista americano Stanley Jordan irá se apresentar no próximo dia 11 no Bourbon Street em São Paulo.
Além do show em São Paulo, Stanley que tocou ontem (28) no Rio de Janeiro, irá se apresentar hoje (29) e amanhã em Vitória, dia 03 em Fernando de Noronha, dia 07 na Praia do Forte e encerra a tour no dia 13 em Goiânia.
Maiores informações: Ingresso Rápido e no site oficial do guitarrista Stanley Jordan
Marcadores:
[ Agenda de Shows ]
,
Stanley Jordan
"Us Against The World", novo clipe do projeto de Steve Harris
Por Daniel Faria
O baixista Steve Harris, acaba de lançar mais um clipe do seu projeto musical, British Lion. A música escolhida foi "Us Against The World". Confiram o clipe oficial.
Leia a resenha do álbum "British Lion" (2012) - Clique Aqui
Marcadores:
[ Rock ]
,
British Lion
,
Steve Harris
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Lynyrd Skynyrd lança clipe da música "Homegrown”
Por Daniel Faria
Acabou de sair do forno o novo clipe da banda de southern rock, Lynyrd Skynyrd. "Homegrown", faz parte do recente álbum lançado pela banda, Last Of A Dyin' Breed (2012).
Confiram
Marcadores:
[ Southern Rock ]
,
Lynyrd Skynyrd
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Jazz & Rock: 5 anos
Por motivos de muita correria na vida pessoal, esqueci do aniversário do Jazz & Rock, no último dia 17.
É quem diria, cheguei aos 5 anos com o meu blog pessoal. Bom sem muitos motivos para comemorar, resolvi escrever algo só para não passar em branco.
É quem diria, cheguei aos 5 anos com o meu blog pessoal. Bom sem muitos motivos para comemorar, resolvi escrever algo só para não passar em branco.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Review: KISS no Anhembi (São Paulo)
Por Daniel Faria
Em sua quinta passagem pelo Brasil e com energia renovada após o lançamento recente do vigésimo álbum, o show do KISS no Anhembi tinha tudo para ser inesquecível e ficar marcado na memória dos fãs.
E como não poderia ser diferente,
a preparação para ir ao show começa meses antes. No meu caso foi exatamente
assim. O KISS é uma das bandas que eu mais curto e ir no show deles era um
sonho que eu estava prestes a realizar. Tudo começou dois meses antes, quando
comprei o ingresso e assim marcava definitivamente minha presença nesse
espetáculo, um dos maiores do planeta. Apesar de achar que iria demorar, os meses
passaram rápidos, e a ansiedade aumentava a cada dia, até que chegou a tão
esperada véspera do show. Era evidente que de sexta para sábado seria
impossível pregar o olho.
Como moro no interior de São
Paulo, a opção que eu escolhi foi à excursão. Estava tudo previamente marcado,
a galera iria se reunir em uma praça em Taubaté e o ônibus sairia as 14:00
horas. Não é preciso dizer que cheguei meia hora antes né?. Chegando lá e sem
conhecer ninguém, tratei de me enturmar e bater papo. O tempo foi passando,
passando e acreditem, o responsável pela excursão chegou por volta das 15:00
horas da tarde. Depois em meios aos acertos, fomos sair as 15:30 horas, um atraso
que não estava no script. Claro que isso desanimou um pouco a galera, já que o
pessoal queria era sair no período da manhã. Já dentro do ônibus e com o
excesso de enrolação, começaram a pegar no pé do motorista, dizendo que ele não
sabia quem era o KISS e por isso estava enrolando, achando que o KISS iria
voltar na semana que vem (risos). É claro que essa zoação toda faz parte da
excursão.
Depois que saímos de Taubaté,
ainda fizemos uma parada na cidade vizinha para pegar um pessoal. A cada
minuto, era uma olhada no relógio e o medo de não dar tempo. Os portões estavam
marcados para abrir as 16:00 horas e todo mundo sabia que a fila estava
gigantesca. Bom a viagem correu bem, o motorista como sempre andando devagar
demais, até que paramos na altura de Jacareí, uma parada que na minha opinião
não era nada necessária, seria se fosse a hora do almoço. Em meio a ansiedade,
muitas risadas e zoação.
Chegamos em São Paulo por volta
as 18:45 horas, o estacionamento e as proximidades do Anhembi estavam lotados.
E para continuar o drama, mais alguns contratempos para aumentar ainda mais a
ansiedade. Entramos de fato na arena umas 19:10 horas. A essa altura a galera
já estava dizendo que o cara da excursão tinha pisado na bola e vacilado demais
com o horário, porém apensas de todos os contratempos que tivemos, estávamos no
local do show.
Para curtir o show, eu fiquei próximo
do pessoal que conheci durante a viagem, a essa altura eu já não sentia fome,
nem sede e muito menos frio. Eu estava lá, apesar de um pouco longe, não
importava, eu ia ver o show do KISS !!
E as 20:30 horas a lendária banda
Viper subiu ao palco, sob o comando de André Mattos nos vocais. A banda se reuniu este ano para
comemorar o aniversário de 25 anos do álbum “Soldiers Of Sunrise”. Confesso que
eu não conhecia os álbuns da banda, mais ao vivo foi um show impecável, apesar
de curto. Um heavy metal visceral, que envolveu o publico rapidamente, isso
mesmo com um ambiente limitado no palco, já que estava tudo preparado para
o KISS, porém o publico recebeu muito
bem a banda, que é um dos grandes nomes do metal nacional.
O set list foi bem curto, a banda
abriu o show com “Knights of Destruction”, faixa de abertura do álbum Soldiers
of Sunrise. Depois disso o Viper emendou um clássico atrás do outro, com
músicas do segundo álbum Theatre of Fate, levando o publico ao êxtase, com “To
Live Again”, “Prelude To Obilivion” e a “Cray From The Edge”. Na sequencia foi à
vez de “Living For The Night”, “Rebel Manic” e um cover da clássica “We Will
Rock You” do Queen. Um momento curioso, foi quando um cara dos bastidores
entrou no palco e foi direto até o André Matos, na intenção de avisa-lo sobre o
tempo, e ouviu em alto e bom som um “Já sei porra...” do vocalista.
A banda liderada por André Matos
e com Pit Passarell no baixo,Felipe Machado e Hugo Mariutti nas guitarras e
Guilherme Martin na batera, fizeram uma apresentação digna, para uma noite que
seria inesquecível. O Vipe encerra a tour de comemoração no dia 2 de dezembro,
com um show no Via Marquês.
Por volta
das 21:40 horas, as luzes se apagaram, foi nesse que mostrou no telão
lateral cena dos bastidores, sim, Paul, Gene, Tommy e Eric, estavam
vindo para o palco, nesse momento a euforia tomou conta do publico. A
cortina cobria o palco, foi ai que a voz do Gene Simmons soou no
Anhembi, anunciando a narração clássica: “All right São Paulo.
You wanted the best and you got the best. The hottest band in the
world, KISS !!”. A essa altura a sensação que eu tive é impossível de traduzir em palavras. O show estava começando, a
cortina caiu e a banda descia em uma plataforma lá do alto do palco,
uma entrada triunfal.
O show
abriu com o clássico “Detroit Rock City”, que de cara mostrou
que o arsenal pirotécnico do Kiss, a cada riff uma explosão no
palco, acompanhada por fogos de artificio, tudo perfeitamente
sincronizado. Paul Stanley no auge dos seus 60 anos, já não
consegue atingir seus melhores agudos, porém em nenhum momento
desafinou, sua presença de palco era impecável, assim como a do
Gene Simmons e Tommy Thayer.
Logo nos
primeiros minutos, era notável que não se tratava de um simples
show de rock, isso não existe com o Kiss, era um espetáculo, com
direito a efeitos especiais, lança chamas e um telão gigante em HD (ao fundo),
que mostrava imagens do show e também animações gráficas.
Na
sequencia o Kiss mandou outro clássico, “Shout It Out Load”, que levou as 25
mil pessoas presentes no Anhembi ao êxtase.
A
primeira interação de Stanley com o publico aconteceu ao termino da segunda
música. Paul começou dizendo: “São Paulo, como vocês estão?” e o publico
respondeu em alto e bom som, depois ele continuou dizendo que naquela noite
teriamos uma festa de rock'n'roll e que faziamos parte da família Kiss. E como
um bom homem de negocios, Stanley não poupou elogios ao publico paulistano, na
sequencia completou dizendo “Estivemos na Argentina e no Chile, mas vocês são o
numero um”. Vale ressaltar que Paul Stanley é um homem de negocio e sabe como
agradar seu público.
Gene
Simmons assume o vocal pela primeira vez, para cantar o clássico “Calling
Dr.Love”, mostrando uma presença de palco impressionante. Tudo soa perfeito, o
entrosamento entre o quarteto impressiona. Depois dos clássicos, Stanley
anunciou a próxima faixa, que seria do álbum Monster. “Hell or Hallelujah”,
contagiou o publico com seus riffs e mostrou que funciona ao vivo, afinal tem
um refrão grudento. Na sequencia a banda mandou outra música do novo álbum,
“Wall Of Sound”, que apesar de não ser tão conhecida, soou muito bem ao vivo.
Antes
da próxima música, Stanley puxou um coro junto com o público gritando o nome do
guitarrista Tommy Thayer, vale ressaltar que a forma com que o os músicos
interagem com o público é algo que poucas bandas sabem fazer, o Kiss tem nas
mãos o controle do espetáculo e do público. Tommy assume os vocais, para cantar
a música “Outta This World”, a terceira e ultima canção do álbum Monster (2012)
tocada na noite. Tommy surpreendeu, com um vocal muito bom, que soou muito bem
ao vivo.
Sem dar tempo do publico respirar, Tommy e Eric Singer ficam a sós no
palco, o guitarrista começa solando e mandando uma boa dose de improvisos, que
são acompanhados de perto pelo batera Eric Singer, um duo impecável e com um
entrosamento perfeito. O público reage com a cada chamada do Spaceman. No
decorrer do solo não demora muito para surgir os primeiros efeitos especiais,
como os tiros de fogos de artificio que saem da guitarra do Tommy. O Kiss não
economiza nos efeitos especiais em
nenhum momento, a prova disso é quando a bateria do Eric Singer é
erguida dos cabos de aço, enquanto Tommy Thayer é elevado por uma plataforma na
beira do palco. Nas alturas Eric Singer assume os vocais e grita “Sannn
Paulooooo” e da um tiro de bazuca.
Um dos pontos altos do show, é sem dúvida a hora do solo do Gene Simmons, que é uma grande figura. O Gene ‘The Demon’ Simmons, surge no palco e inicia o seu solo com a sua característica apresentação teatral, com direito a muito sangue. Nesse momento, Gene fica em silêncio e o público inicia um coro de “Olê..Olê..Olê Gene...Gene”. Amarrado em um cabo de aço, Gene voa até o ponto mais alto do palco, lá de cima ele mesmo puxa novamente o coro e manda um “Tudo Bem”, levando o público ao êxtase.
Começa
então outro clássico, “God Of Thunder”, uma das minhas músicas favoritas da
banda. Ao vivo ela fica simplesmente perfeita. O efeito de iluminação do palco também merece novamente destaque. Antes da próxima música, Paul Stanley interage novamente com o público, chamando o exercito do Kiss, antes de anunciar outro clássico da banda, "Psycho Circus", o refrão era entoado pelas 25 mil vozes, um momento mágico do show. O Kiss faz algo que poucas bandas conseguem fazer, a facilidade em criar refrões grudentos, feito isso a resposta do público é imediata.
O Kiss volta aos anos 80, para tocar mais um clássico, "War Machine", cantada por Gene Simmons. Uma música carregada de peso e que ficou perfeita ao vivo.
Paul Stanley assume os vocais para trocar algumas palavras com o público e se mostrando novamente muito gentiu, rasgou elogios a São Paulo, dizendo que amava a Argentina, Chile e o Paraguai, mais que o seu coração era de São Paulo. Ouvindo isso o público iniciou o coro de "Paul...Paul...Paul..." deixando o vocalista emocionado. Sem delongas, era chega outro ponto alto do show, a música "Love Gun", e o momento em que Paul usa uma espécie de tiroleza e voa para chegar em um pequeno palco no meio da pista e assim cantar mais próximo do público. No meu caso, eu estava próximo dessa plataforma, consegui ver o Paul de muito perto.
Com um solo inspirado do Tommy Thayer, a música chega ao fim com mais um efeito pirotécnico, com muita explosão sob o palco. Sem dar tempo do público respirar, Paul Stanley da inicio ao seu solo, momento em que ele arrisca a introdução da
clássica “Stairway to Heaven” e depois instiga o público perguntando: “Vocês
querem ouvir uma música do Kiss??”. A resposta era obvia, e da inicio ao refrão
da clássica “Black Dimmond”, com Paul trazendo novamente o público para perto,
até que uma explosão acontece e Eric Singer assume os vocais. O Catman canta
pra caramba ao vivo, o restante não é preciso nem dizer, Tommy faz um solo
primoroso, que por sinal é um dos mais fodas da banda, a música chega ao fim
com mais um efeito especial, a bateria do Eric Singer é novamente elevada às
alturas. E com mais um show de pirotécnica, com direito muitos fogos de artificio e fumaça.
É impressionante como ao vivo o show passa muito rápido, você perde completamente a noção de tempo, e nessa hora a primeira parte do show já havia acabado. Depois de alguns minutos, o quarteto retorna ao palco para o encore, as três últimas músicas. Paul Stanley assume o vocal e pede para todo mundo levantar as mãos, para tirar a tradicional foto.
Antes de chamar a próxima música, Stanley pergunta ao público se gostaríamos de ver a banda no futuro, a resposta é obvia, que SIM !
O encore começa com mais um clássico, a única da fase (sem mascaras) da banda, “Lick It
Up”. O público vai ao delírio, o refrão é muito grudento e por isso é cantado
em alto e bom som no Anhembi. Um detalhe interessante, é que ela ainda teve um
trecho rápido da música “Won’t Get Fooled Again”, do The Who, achei isso
sensacional.
Emendando
e sem dar tempo para o publico recuperar a voz, a banda mandou outro clássico “I
Was Made For Lovin’ You”, que dessa vez foi cantada mais arrastada e sem o
timbre agudo do Stanley. Naquele momento todo mundo sabia que o show estava chegando
ao fim e o publico entregava os últimos resquícios de fôlego para cantar o
refrão. Eu sempre curti essa música ao vivo, por um motivo bobo, é que depois
do solo, o refrão é acompanhado por fogos de artifícios, eu que sempre ouvi
isso no áudio, fiquei emocionado vendo ao vivo e a cores.
E para
encerrar uma noite de rock’n’roll, nada melhor que a clássica “Rock And Roll
All Nite”, com direito a chuva de papeis picados, que infelizmente por causa do
vento não chegaram até onde eu estava, nesse momento você sente a adrenalina
correndo por todo o seu corpo e você cantando o refrão com todas as forças do
seu pulmão. No palco os efeitos especiais deram um toque mais do que especial,
muita fumaça, explosões e efeitos pirotécnicos, culminando no ato tradicional do vocalista Paul
Stanley, em que ele quebra a guitarra.
Com o termino do show, o publico presente no Anhembi foi presenciou mais um momento mágico,
uma queima de fogos de artificio, que saiam de trás do palco, colorindo a noite
de São Paulo e assim encerrando não um show de rock, mais um espetáculo.
Ir a um show do Kiss é uma experiência incrível e que sem dúvida foi uma das maiores da minha vida. O dia 17 de novembro ficará marcado para sempre na minha lembrança, afinal não são fotos ou os videos o mais importante, e sim o que fica guardado no lugar mais especial da nossa memória.
Poder ver Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer tocando ao vivo é algo que é impossível descrever em palavras. É claro que digo isso como fã, afinal esta não é a resenha de um jornalista ou profissional da música, são palavras de um fã, em seu primeiro (e espero que de outros), show do KISS !!
Set List - KISS (Anhembi - São Paulo)
01. Detroit Rock City
02. Shout It Out Loud
03. Calling Dr. Love
04. Hell Or Hallelujah
05. Wall of Sound
06. Hotter Than Hell
07. I Love It Loud
08. Outta This World
09. Tommy Thayer & Eric Singer solos
10. Gene Simmons solo
11. God of Thunder
12. Psycho Circus
13. War Machine
14. Love Gun
15. Black Diamond
Encore:
16. Lick It Up
17. I Was Made for Lovin’ You
18. Rock
and Roll All Nite
Marcadores:
[ Review de Shows ]
,
Kiss
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
KISS: Faça você mesmo a maquiagem para ir ao show !
Por Daniel Faria
Você vai no show do KISS em São Paulo ou no Rio de Janeiro ?? No meu caso vou amanhã (17), para este show que eu espero há anos e que certamente ficará guardado na minha memória para sempre, já que será o primeiro.
E como todo mundo sabe, um show do KISS envolve muitos efeitos pirotécnicos, o que é sem dúvida um dos grandes diferenciais da banda. Porém existe algo que é ainda mais especial: as pinturas faciais. As mascaras tão famosas que acompanham a banda há anos.
Como é tradição nos shows da banda, muitos fãs fazem questão de fazer a maquiagem, seja a The Starchild (Paul Stanley), The Demon (Gene Simmons), Catman (Eric Singer) ou The Spaceman (Tommy Thayer).
E pensando nisso o portal Terra fez um passo a passo com a modelo Karina Magiore, que ensina como fazer a sua própria maquiagem para o show.
No meu caso, vou apenas com a minha camisa do KISS mesmo (risos), porém fica a dica ai para os fãs.
Para aqueles que não poderão estar no show do KISS, não se desespere. O portal TERRA irá transmitir o show ao vivo em HD. Saiba mais.
E como amanhã vou no show, volto no domingo com uma resenha do show do KISS !!
Marcadores:
Kiss
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Fatores sociais e culturais interferem no gosto musical ?
Por Daniel Faria
Vivemos em um país com grandes diferenças sociais e culturais, e isso independe se estamos nos grandes centros ou no interior.
A cultura do nosso país é uma das mais ricas do mundo, e isso fica evidente quando falamos da cultura regional. Em cada região presenciamos diversas manifestações culturais, como festas, comidas tipicas, danças e claro a música. Por exemplo a cultura preservada pelo povo sulista é bem diferente da do povo nordestino. São tradições mantidas durante gerações e que já fazem parte da vida do povo. Musicalmente falando, também existe grande diferenças, já que em cada região do nosso país predomina um gênero diferente.
O social em nosso país também é bem diversificado, tanto para o lado bom, como para o lado ruim. Assim como em outras partes do mundo, somos divididos por classes sociais, aonde encontramos de ricos à miseráveis. De uns anos para cá, esse cenário começou a mudar, já que milhões de brasileiros saíram a linha de pobreza extrema. Apesar disso é comum ver nas grandes cidades situações que acabam nos surpreendendo.
Ligado a essas questões, também podemos citar o abismo que existe entre as classes sociais, quando o assunto é acesso a cultura e ao ensino. Se por um lado os ricos e a classe média tem um acesso livre a cultura e ao estudo de qualidade, não podemos dizer o mesmo dos pobres, que infelizmente sofrem para ter um ensino digno e um acesso a cultura, como livros, internet ou outros meios.
O caro leitor deve estar se perguntando: Isso aqui é um blog de música ou de estudo ? (risos).
Eu não sou estudioso no assunto e muito menos sei fazer bons artigos (embora pretendo exercitar isso), e o pouco que eu sei é por que procuro ler sobre estas questões. A questão que eu quero levantar é justamente a que deu titulo ao texto. Fatores sociais e culturais interferem no gosto musical ?
Por isso em meio aos meus devaneios, outro dia me peguei pensando nessa questão, e achei que poderia render um texto meia boca e um questionamento para um possível debate.
O social em nosso país também é bem diversificado, tanto para o lado bom, como para o lado ruim. Assim como em outras partes do mundo, somos divididos por classes sociais, aonde encontramos de ricos à miseráveis. De uns anos para cá, esse cenário começou a mudar, já que milhões de brasileiros saíram a linha de pobreza extrema. Apesar disso é comum ver nas grandes cidades situações que acabam nos surpreendendo.
Ligado a essas questões, também podemos citar o abismo que existe entre as classes sociais, quando o assunto é acesso a cultura e ao ensino. Se por um lado os ricos e a classe média tem um acesso livre a cultura e ao estudo de qualidade, não podemos dizer o mesmo dos pobres, que infelizmente sofrem para ter um ensino digno e um acesso a cultura, como livros, internet ou outros meios.
O caro leitor deve estar se perguntando: Isso aqui é um blog de música ou de estudo ? (risos).
Eu não sou estudioso no assunto e muito menos sei fazer bons artigos (embora pretendo exercitar isso), e o pouco que eu sei é por que procuro ler sobre estas questões. A questão que eu quero levantar é justamente a que deu titulo ao texto. Fatores sociais e culturais interferem no gosto musical ?
Por isso em meio aos meus devaneios, outro dia me peguei pensando nessa questão, e achei que poderia render um texto meia boca e um questionamento para um possível debate.
Quando eu pergunto se o fator sócio cultural interfere no gosto musical de uma pessoa, é baseado em questões simples e observações. Já que na nossa sociedade as pessoas são pré-definidas pelo tipo de música que ela curte.
O jazz pode ser usado como um exemplo clássico. Nos EUA é um gênero que surgiu entre os negros, em sua maioria pobres, eles eram os grandes músicos em meados da década de 20 e 30. Depois os brancos acabaram aderindo a causa também. Não vou me aprofundar nessa questão pois é um tema imenso. Mas o que eu noto, é que mesmo com a sofisticação do jazz, por lá ele é considerado um gênero popular. Já no Brasil é considerado um gênero elitizado, logo se você curte jazz, as pessoas imaginam que você é intelectual ou tem muito dinheiro.
O rock/metal também tem seu diferencial nas letras, que muitas vezes falam sobre questões históricas, são composições bem trabalhadas e que exige muito dos músicos.
Já estilos como pagode, funk e sertanejo, estão longe de ter letras consideradas inteligentes. São letras populares, simples de ser decoras e que tratam de assuntos comuns ao publico. E se um individuo diz que curte funk, a imagem que lhe vem na cabeça é de que ele mora na periferia.
Então independente de gênero, cada tribo é rotulada de uma forma, e isso virou uma regra.
A questão principal que eu quero levantar com esse texto é: O nível de estudo e social, ligado ao nível de acesso a
cultura de um individuo serve como fator decisivo para definir quais estilos
musicais ele vai ouvir ?? E o gosto musical, define a personalidade de um individuo ??
Use os comentários (facebook ou do blogger) para expor a sua opinião.
[Comentário do autor: Espero que tenham gostado do artigo. E peço desculpas por possíveis tropeços ao tentar passar a minha ideia no texto, já que sou inexperiente nisso, por enquanto. ]
Marcadores:
[ Artigos ]
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Jimi Hendrix: Uma pequena biografia sobre um gênio
Esta postagem foi publicada pelo meu amigo e guitarrista Thiago Teberga, no meu - quase extinto - blog Musicólatras. O texto foi escrito pelo jornalista Ernesto Wenth Filho. Nele o jornalista faz uma biografia de um dos maiores nomes da guitarra de todos os tempos Jimi Hendrix. O texto foi publicado em 2006 na coluna do jornalista. É um texto carregado de informações preciosas e que vale a pena ser lido.
Por Ernesto Wenth Filho
Nascido como Johnny Allen Hendrix, depois passando a se
chamar James Marshall Hendrix e finalmente conhecido por todo o mundo como Jimi
Hendrix, podemos dizer que este homem é uma das maiores, senão a maior lenda da
guitarra e do rock mundial.
Filho de James Allen Hendrix, um jardineiro negro, e de
Lucille Jeter, filha de uma índia Cherokke, Jimi nasceu nos Estados Unidos, em
Seattle, Washington, em novembro de 1942.
Cresceu numa família com problemas, seus pais brigavam muito
e acabaram se divorciando em 1951, quando então Jimi foi praticamente criado
por sua avó Cherokke.
Em 1958, quando Jimi tinha 16 anos, sua mãe morreu e foi
neste ano que seu pai lhe deu o primeiro instrumento musical, um violão de
segunda mão, comprado por cinco dólares. Iniciava-se ali a brilhante carreira
musical de Jimi Hendrix, que formou sua primeira banda chamada The Velvetones,
que durou apenas três meses.
Depois de ver que o filho tinha habilidade com o violão, no
verão de 1959, Al Hendrix comprou uma guitarra elétrica para Jimi, que foi
tocar com o grupo The Rocking Kings.
Em 1961 Jimi se alistou no exército indo para a divisão de
pára-quedistas de Fort Campbell, onde conheceu Billy Cox, que era baixista, e
formou a banda The King Casuals. Ficou no exército por aproximadamente um ano,
quando foi dispensado após fraturar o tornozelo depois de um salto de
pára-quedas. Começou então a trabalhar como guitarrista de estúdio, com o nome
de Jimi James. Neste período, que durou até 1965, Jimi trabalhou com diversos
artistas do soul e do blues, como Little Richard, Isley brothers, B.B. King,
Ike e Tina Turner, Sam Cooke e Curtis Knight.
Jimmy James and The Blue Flames |
Em 1966, Jimi resolve montar sua própria banda, a Jimmy
James and The Blue Flames, que tinha na guitarra base Randy California e Jimi
fazendo os solos. Em Nova Iorque consegue um contrato para ficar tocando numa
casa chamada Cafe Wha?. Lá conheceu e trabalhou com Jeff Baxter (que mais tarde
tocou nos grupos Steely Dan e Dobbie Brothers) e também conheceu Frank Zappa
que tocava em outra casa, no mesmo bairro do Cafe Wha? Aliás, foi Frank Zappa
que apresentou a Jimi o recém criado pedal wah-wah, que Hendrix soube usar com
maestria e criatividade em suas músicas que estavam por vir.
Também foi no Cafe Wah? que Jimi foi descoberto por Chas
Chandler, baixista do grupo britânico The Animals, durante uma de suas
apresentações. Naquela noite Chandler ficou impressionado com Jimi e o levou
para a Inglaterra ajudando-o a formar uma nova banda, a The Jimi Hendrix
Experience, com Mitch Mitchell na bateria e Noel Redding no baixo. Após algumas
apresentações em Londres o nome de Jimi Hendrix era falado por todos os cantos
do cenário musical, atraindo fãs como Eric Clapton, Jeff Beck, Beatles e The
Who.
Através da Track Records, selo do The Who, foi gravado e
lançado o primeiro single da banda de Jimi, Hey Joe, que ficou dez semanas na
parada inglesa, atingindo a sexta posição nas dez mais!
Jimi Hendrix Experience |
Logo em seguida, em 1967, Jimi gravou seu primeiro disco
intitulado Are you experienced?, considerado um dos mais populares discos de
rock de todos os tempos, com músicas que hoje são clássicas como Purple haze,
Fire, Foxey lady, Wind cries Mary e a faixa título Are you experienced?.
Com o sucesso, em junho de 1967, Hendrix foi convidado a
participar do Monterey Pop Festival, nos Estados Unidos, e lá a The Jimi
Hendrix Experience incendiou o público e Jimi literalmente incendiou e quebrou
a sua guitarra, sendo que essas imagens foram imortalizadas no filme Monterey Pop,
do cineasta D.A. Pennebaker.
Jimi Hendrix no Monterey Pop Festival nos EUA, queimando a sua guitarra. |
Ainda em 1967, foi lançado o segundo álbum da banda chamado
Axis: bold as love, com faixas como Little Wing e If 6 was 9, que mostravam a
sensibilidade e a maestria de Jimi com a guitarra. Já neste disco Jimi
demonstrava seu interesse, preocupação e perfeccionismo nas gravações em estúdio
e aonde estivesse levava equipamentos de gravação registrando suas idéias e
jams com os amigos em fitas. A busca pela perfeição nas gravações, a liberdade
para criar e o retorno para os Estados Unidos fizeram com que Jimi iniciasse a
construção de seu próprio estúdio, o Eletric Lady Studios, em 1968, em Nova
Iorque. O estúdio só foi concluído em 1970, mas a idéia foi o embrião do
próximo disco chamado Eletric ladyland, o mais experimental e eclético de todos
os seus discos com uma jam-session espetacular na música Voodoo chile, que
tinha Jack Casady no baixo e Steve Winwood nos teclados. O disco trazia ainda a
regravação de All along the watchtower, de Bob Dylan, na versão mais conhecida
de todos os tempos desta música.
Nesta época o envolvimento de Jimi com as drogas não era
pequeno e as conseqüências também não, ele já havia sido preso na Suécia por
destruir um quarto de hotel e as gravações do álbum Eletric ladyland foram
muito conturbadas fazendo com que o produtor Chas Chandler deixasse a equipe.
Na seqüência, já no ano de 1969, o relacionamento com a banda também ficou
difícil e a Jimi Hendrix Experience acabou.
No verão deste mesmo ano (1969) Jimi montou outra banda, a
Gypsy Suns and Rainbows, que trazia o amigo Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell
na bateria, Larry Lee na guitarra base e Jerry Velez e Juma Sultan na
percussão. Foi este grupo que se apresentou no Festival de Woodstock, em agosto
de 1969, onde Hendrix fez a famosa e polêmica interpretação do hino nacional
americano, a Star spangled banner. A banda acabou logo e em 1970 Jimi formou o
grupo Band of Gypsys, ainda com Billy Cox no baixo e agora com Buddy Miles na
bateria, fazendo shows memoráveis que foram gravados ao vivo e posteriormente
foi feita uma seleção das músicas destas apresentações que originaram o álbum
Band of gypsys, lançado ainda em 1970.
Band of Gypsys |
Jimi não gostou muito da performance de Buddy Miles e
durante uma apresentação no Madison Square Garden tocou duas músicas e antes de
ir embora disse ao público: “desculpem por não conseguirmos nos entender”.
Novamente Mitch Mitchell voltou para a bateria e junto com
Billy Cox no baixo, Jimi gravou novas músicas para o seu próximo disco chamado
de First rays of the new rising sun.
Em agosto de 1970 Jimi ainda participou do Festival da Ilha
de Wight, na Inglaterra e depois no Festival de Fehmarn, na Alemanha, voltando
em seguida para a Inglaterra.
No dia 18 de setembro de 1970, em Londres Jimi toma nove
pílulas para dormir e é encontrado desacordado e asfixiado pelo próprio vômito,
no quarto de um hotel, pela namorada alemã Monika Danneman. Ela chama uma
ambulância que leva Jimi para o hospital, onde ele acaba morrendo mais tarde.
Seu corpo foi levado para os Estados Unidos e enterrado em Renton, no Estado de
Washington.
Foram cinco anos como músico, vividos com muita intensidade,
com muita criatividade, com muita dedicação e com muito amor à música.
Jimi nos deixou um legado incomparável como músico,
compositor, cantor, produtor e arranjador. E suas apresentações ao vivo foram
explosivas e inesquecíveis, um verdadeiro showman, uma aula para qualquer um
que goste de música.
Viva Jimi!!
Marcadores:
[ Artigos ]
,
Jimi Hendrix
domingo, 11 de novembro de 2012
Review: Ana Cañas - Volta (2012)
Por Daniel Faria
Em minhas aventuras musicais, um
dos caminhos que tentei trilhar foi o da música popular brasileira, mesmo
sabendo que iria tirar dessa lista os cantores considerados sagrados, já que eu
nunca gostei de ouvir Chico Buarque ou Caetano Veloso, então partindo desse
principio, eu sabia que passaria longe desses caras. Então o caminho que decidi
trilhar foi o de procurar ouvir novos talentos da MPB. E nesse período que
dediquei a isso encontrei de fato bons cantores e cantoras, do quais cito
Daniel Gonzaga, Pedro Moraes, Anna Ratto, Roberta Sá, Maria Rita, Marcio Faraco
– que não é jovem, porém é pouco conhecido – e claro Ana Cañas.
O meu primeiro contato com a
música e a voz afinadíssima da jovem Ana Cañas foi através do seu debut Amor e
Caos (2007). Um álbum que não parece ter sido gravado por uma jovem e ainda
mais por ser o primeiro álbum; um trabalho de extrema qualidade e com canções
refinadas, com um toque de jazz, que sem dúvida foi uma das grandes sacadas da
jovem cantora. Tempos depois Ana voltou e lançou Hein? (2009), que não trazia
mais o toque do jazz, e sim um toque mais pop rock, porém ela soube manter a
qualidade das composições. Um detalhe é que nos dois trabalhos, Ana conseguiu
emplacar hits como “Esconderijo”, “Devolve Moço”, “Cadê você?” e “Coração
Vagabundo”, música que ela regravou do Caetano Veloso.
E agora depois de três anos de
espera, a jovem e agora mais experiente Ana Cañas esta de volta, justamente com
um álbum chamado Volta (2012). Apesar da sua notável experiência, a jovem
mantem aquele ar dos álbuns anteriores, sua voz afinadíssima e suave.
O novo álbum traz uma grande
novidade em relação aos anteriores. Produzido pela própria Ana e lançado pelo
selo da cantora, Guela Records. O álbum foi gravado em um sítio no Rio de
Janeiro, ao melhor estilo ao vivo. Volta (2012) marca não só a volta da Ana,
mas o processo de composição e gravação, foi marcado pela liberdade e sem a
pressão imposta pelas grandes gravadoras. O resultado é um álbum com dezesseis
canções, sendo treze autorais. Por outro lado, Ana ainda não definiu que estilo
seguir, já que no novo álbum há uma mescla de gêneros musicais e até mesmo de
idiomas, já que ela interpreta duas canções em francês, como “La Vien en Rose”
da cantora francesa Edith Piaf e L'Amour, de sua autoria. Há espaço para o
espanhol também, na canção “No Quiero Tus Besos”, escrita em parceria com a
compositora Natalia Lafourcade. Um dos grandes destaques sem dúvida, fica por
conta da regravação da clássica “Rock’n’Roll” do Led Zeppelin, que ganhou um
toque especial na voz da Ana e uma sonoridade bem crua, que nos remeteu aos
tempos do álbum Hein? (2009). Ana também regravou os standards do jazz, “My
Baby Just Cares For Me”, que ficou bem ao seu estilo, e “Stormy Weather”, em
uma interpretação belíssima e um toque acústico. Entre as canções próprias, Ana
ousou e abusou, com ótimas interpretações e com estilos diferenciados. Como o
reggae da canção “Dificil”, o blues rock da excelente “Diabo”, a excêntrica “Urubu
Rei” e as românticas “Será que você me ama?”, “Amar Amor” e “Todas As Cores”. A
faixa titulo “Volta”, não é romântica, mais fala de amor, mas de uma forma
sensual.
Ana Cañas está de volta ao
cenário, apesar da investida em canções autorais e com ótimas interpretações, o
álbum Volta (2012) está aquém dos seus outros trabalhos. Não é um álbum ruim,
mas tem seus pontos altos e baixos. Em seu terceiro álbum, a jovem cantora não
conseguiu se firmar em um gênero, se no primeiro o jazz foi um dos pontos altos
e no segundo o rock foi o destaque, em Volta (2012) fica difícil definir isso.
Para quem é fã da Ana, vale a pena ouvir, para quem ainda não a conhece, este
álbum não é o melhor. Porém um ponto tenho que destacar, que foi a sua
liberdade com a sua nova gravadora, e espero que esse projeto traga novos
frutos no futuro da jovem cantora, afinal talento ela tem de sobra, já mostrou
isso, só precisa decidir qual caminho quer trilhar definitivamente.
O álbum foi disponibilizado na integra pela cantora e você
pode ouvi-lo no final da postagem. Boa Audição.
01. Será que Você me Ama?
02. Difícil
03. Urubu Rei
04. No Quiero Tus Besos
05. Diabo
06. La Vie
en Rose (Edith Piaf)
07. My Baby
Just Cares For Me
08. Feito pra Mim
09. Todas as Cores
10. Volta
11. Rock
and Roll (Led Zeppelin)
12. Foi Embora
13. L'Amour
14. Falta
15. Amar Amor
16. Stormy Weather
Site Oficial: Ana Cañas
Marcadores:
[ MPB ]
,
[ Reviews ]
,
Ana Cañas
sábado, 10 de novembro de 2012
A Donzela de Ferro e a História: Killers (1981)
Continuando a série A Donzela de Ferro e a História do Ricardo Heavynick (História e Caos), vamos para mais uma aula de história, desta vez com o álbum Killers.
Iron Maiden - Killers (1981)
E logo de cara, no som instrumental The Ides of March, um tema de minha preferência, Roma! A tradução para o termo é Idos de Março.
O primeiro calendário romano, segundo a lenda, foi elaborado por Rômulo em 753 A.C. e tinha 10 meses de 30 e 31 dias, totalizando 304 dias. Os 61 dias restantes de inverno, não entravam na contagem.
Em 713 A.C., o rei Numa Pompílio elaborou um calendário no modelo ateniense, mais preciso. Este tinha 12 meses de 29, 30 e 31 dias e a cada dois anos era inserido um 13º mês de 22 ou 23 dias.
Este modelo foi substituído pelo modelo de Julio Cesar, o calendário Juliano, que também era um modelo confuso, mas pelo menos era mais "estável".
Dentro de cada mês, 3 dias tinham nomes especiais, são eles:
Calendas (Kalendae): é o dia primeiro do mês, é o primitivo da palavra calendário, que usamos até hoje;
Nonos (Nonae): 5º ou 7º dia, dependendo do mês, normalmente a noite do quarto crescente;
Idos (Idus): 13º ou 15º dia, dependenddo do mês, era normalmente noite de lua cheia.
Eu levei tudo isso para dizer que no calendário romano, os Idos de Março correspondia ao dia 15, data em que Julio Cesar foi traído e assassinado pelos senadores romanos, em 44 A.C.
De acordo com Plutarco, foram 23 facadas e 60 foram os conspiradores liderados por Brutus e Cássio.
"Beware of Ides of March" (Cuidado com os Idos de Março), é o que um vidente teria dito a Julio Cesar dias antes de sua morte. Claro, nas palavras de Shakespeare, em A Tragédia de Julio Cesar, ano de 1599.
Wrathchild pode ser interpretada como a história de um filho de uma prostituta procurando pelo seu pai. E a criança está com raiva e procurando por todo lugar! Aliás, a palavra wrathchild não existe, são duas palavras juntas wrath e child.
Segue o álbum pela rua sangrenta, em Paris: Murders in the Rue Morgue que é nome de um conto de Edgard Allan Poe. Ele foi um escritor estadunidense nascido em Boston (1809) e morreu "semi-jovem", aos 40 anos. É um dos precursores da ficção científica moderna.
Este conto fala sobre assassinatos de mulheres na rua Morgue, esta rua é fictícia - pelo menos não achei no google mapas. O investigador Durpin é quem desvenda estes crimes.
Anoher Life e Innocent Exile parecem seguir um pouco a história da música anterior. Na primeira uma voz o pede para morrer e a outra o personagem foge por ser acusado de um crime que não cometeu. Killers fala sobre as sensações de um serial killer sedento por sangue.
A instrumental Genghis Khan não fala de nada [talvez por ser instrumental hehe], porém tem muita história. O Cã dos Clãs, Temujin (1162 - 1227) , foi o maior conquistador de terras da história [veja aqui na Super]. Ele ainda morreu dizendo não ter atingido seu verdadeiro objetivo: Não ter tido tempo suficiente para conquistar todo o mundo!
Purgatory é um remake de uma música que o Maiden já tinha. O purgatório, segundo a lenda cristã, não é bem um lugar, mas uma condição temporária de sofrimento pós morte para alcançar a salvação. É tipo assim: se você foi muito bom, vai para o céu, se foi muito mau vai para o inferno e se o julgarem como "nem lá, nem cá", vai para o purgatório se livrar dos males restantes, mediante sofrimento claro, e aí vai para o céu.
Prodigal Son também tem uma conotação cristã, e também de outra mitologia, a Grega. Na música do Maiden, o personagem fala para Lamia que cometeu muitos erros, foi possuído pelo Lu e que estava tornando-se mau.
Lâmia por sua vez, era filha de Posêidon e rainha da Líbia. Estava tudo bem na vida dela, até ela conhecer Zeus (o Deus safadão). Como de costume, Zeus a "persuadiu" e eles tiveram muitos filhos.
Um belo dia, Hera descobriu o novo casinho do maridão, matou as crianças de Lâmia, fez com que os olhos dela jamais se fechassem, algumas versões dizem que Hera a transformou em um monstro (Veja aqui o que ela fez com Hércules). Lâmia ficou louca e começou a devorar crianças. Zeus, penalizado, deu a ela a habilidade de tirar os próprios olhos para que ela sofresse menos com o que teria que ver.
O poeta inglês John Keats escreveu uma obra sobre Lâmia - talvez aí resida a inspiração de Steve Harris. No filme Stardust, Michelle Pfeiffer interpreta a bruxa Lâmia.
Twilight Zone tem relação com as demais quando ele diz que quer sair do purgatório, que ele, morto, chama por ela e espera que ela morra logo pois ele está tão só.
Este é o segundo e último do vocalista Paul Di'Anno. Imagino os fãs da época como devem ter ficado tristes com a saída dele. A sorte é que nem deu muito tempo, Paul Bruce Dickinson chegaria para o próximo álbum. O melhor da Donzela e um dos maiores da história do Heavy Metal!
1. The Ides Of March
2. Wrathchild
3. Murders In The Rue Morgue
4. Another Life
5. Genghis Khan
6. Innocent Exile
7. Killers
8. Prodigal Son
9. Purgatory
10. Twilight Zone
11. Drifter
2. Wrathchild
3. Murders In The Rue Morgue
4. Another Life
5. Genghis Khan
6. Innocent Exile
7. Killers
8. Prodigal Son
9. Purgatory
10. Twilight Zone
11. Drifter
Formação
Paul Di'Anno - Vocalista
Steve Harris - Baixo e Backing Vocals
Dave Murray - Guitarra
Adrian Smith - Guitarra e Backing Vocals
Clive Burr - Bateria
Steve Harris - Baixo e Backing Vocals
Dave Murray - Guitarra
Adrian Smith - Guitarra e Backing Vocals
Clive Burr - Bateria
Leia a primeira postagem da série: Iron Maiden - Iron Maiden (1980)
Fonte (ilustrações): Blogflight 666
Fonte (ilustrações): Blogflight 666
Marcadores:
[ Série: A Donzela de Ferro e a História ]
,
Iron Maiden
Assinar:
Postagens
(
Atom
)