Caros leitores e leitoras !
Estamos chegando ao fim de mais um ano, e pensando nisso não poderia deixar de fazer a tradicional lista de melhores álbuns do ano. O cenário musical em 2012 surpreendeu muita gente, com bons lançamentos, com retorno de grandes bandas e a confirmação de novas bandas no cenário musical. Foram tantas novidades, que eu não consegui ouvi tudo ainda, e muitos bons lançamentos ficaram de fora da lista.
Bom sem mais delongas, vamos dar inicio ao TOP 2012. É uma lista pessoal, onde eu selecionei os melhores álbuns que eu ouvi este ano.
Se você também tem o seu TOP 2012, deixe a sua lista nos comentários, será muito bem vinda !
Aproveito também para desejar um Feliz Natal e um prospero Ano Novo a todos os leitores do Jazz & Rock, e que o ano que vem seja bem melhor que este que está acabando.
Se o Jazz & Rock vai ter fôlego para voltar em 2013, ainda não sei.
ZZ Top - La Futura (2012)
Depois de nove longos anos, o trio texano do ZZ Top ressurgiu este ano com o excelente e surpreendente La Futura. O trio uniu uma sonoridade atual, sem deixar a pegada antiga de lado, resultando em um álbum vigoroso, com ótimos riffs, uma boa dose de solos e músicas marcantes.
Accept - Stalingrad (2012)
Os alemães do Accept também fizeram o dever de casa com muita competência. Seguindo a mesma fórmula do álbum Blood of the Nations (2010), o quinteto surpreendeu com o lançamento de Stalingrad. Um álbum feito sob medida, com canções marcantes, refrões grudentos e com o vocalista Mark Tornillo mostrando mais uma vez a sua excelente performance a frente do Accept.
Van Halen - A Different Kind Of Truth (2012)
Outro gigante que estava adormecido, e acordou com toda sua fúria este ano, foi o Van Halen. Desde 1998 sem lançar um álbum de estúdio, a banda ressurgiu após anunciar o novo álbum A Different Kind Of Truth, com David Lee Roth nos vocais e Wolfgang Van Halen na guitarra. O resultado não poderia ser melhor, um álbum com um hard rock de primeira qualidade, revigorante e com muita energia. O álbum ainda contou com a presença dos lendários membros Eddie Van Halen na guitarra e Alex Van Halen na bateria.
Blackberry Smoke - The Whippoorwill (2012)
Ari Borger Quartet - Back To The Blues (2012)
O cenário brasileiro não poderia ficar de fora, e um dos álbuns escolhidos foi o Back To The Blues, do Ari Borger Quartet. Um álbum onde o Ari Borger voltou as origens, ao blues norte americano, e acompanhado pelos músicos Celso Salim, Humberto Zigler e o recém chegado Rodrigo Mantovani, fizeram do Back To The Blues um trabalho para ser não apenas apreciado, mas reverenciado Mesclando clássicos do blues e composições próprias, o organista e pianista Ari Borger criou um ambiente inovador, onde ele contou com as músicas, um pouco da história do blues. Recomendo.
Esperanza Spalding - Radio Music Society (2012)
A jovem e talentosa baixista Esperanza Spalding marcou presença entre os melhores do ano com o excelente Radio Music Society. Se em Chamber Music Society (2010), o que predomina é o jazz clássico, o mesmo não acontece no novo álbum, Esperanza buscou e trouxe as influencias do R&B, soul, pop e do jazz para compor o repertório. O resultado não poderia ser melhor e a prova que Esperanza Spalding é uma cantora, baixista e compositora, acima da média.
John Pizzarelli - John Pizzarelli - Double Exposure (2012)
Double Exposure foi um dos álbuns que eu esperei acinosamente este ano. Não escondo que John Pizzarelli é o meu musico de jazz favorito. Não posso dizer que Pizzarelli inovou em seu novo álbum, até por que ele manteve a sua fórmula de sempre, de regravar canções consagradas. Em Double Exposure, Pizzarelli traz um repertório formado basicamente por canções populares que marcaram a sua vida ao longo dos anos. Um álbum surpreendente, com direito a Beatles, James Taylor, Elvis Castello e uma versão impecável de uma música do Allman Brothers Band. Para coroar o lançamento do álbum, também tive a chance de ir ao show do Pizzarelli no Bourbon Street.
Marcus Miller - Renaissance (2012)
Se você está a
procura de um jazz fusion, com uma pegada funkeada e muito groove,
Renaissance (2012), novo álbum do baixista Marcus Miller, é a
pedida certa. Em seu oitavo álbum da carreira solo, Marcus Miller da
mais uma aula de como se faz jazz fusion. Se a ideia do álbum é de
mostrar o novo renascimento da sua carreira, Miller conseguiu passar
isso, Renaissance transmite inovação, um vigor novo, é um álbum
que traz influencias do funk, do soul, do jazz e até mesmo da música
brasileira. Marcus Miller usa e abusa de técnicas que ele domina,
como a do slap, brindando o ouvinte com um som envolvente e carregado
de muito groove.
Igor Prado Band - Blues & Soul Sessions (2012)
Blues and Soul
Sessions, do guitarrista Igor Prado, também merece destaque. Mesmo
sendo um álbum com clássicos e convidados do blues norte americano,
este registro é sem dúvida um dos melhores do cenário nacional.
Gravado em São Paulo, ao vivo, usando equipamentos vintage e sem o
uso de overdubs, Blues & Soul não só traz um repertório
escolhido a dedo, como conta com convidados de peso, como Tia Carrol,
J.J Jackson e Curtis Salgado, além do hammond de Flavio Naves e
piano de Ari Borger, além de outros nomes. Um verdadeiro tributo ao
blues. Recomendo.
Primal Rock Rebellion - Awoken Broken (2012)
Primal Rock Rebellion,
projeto do vocalista Mike Goodman e do guitarrista Adrian Smith, do
Iron Maiden, surgiu este ano e já deixou a sua marca com o excelente
Awoken Broken. Apostado em um heavy metal moderno, o álbum foi
cercado de expectativa antes mesmo do seu lançamento, com um
anuncio, acreditem, na pagina principal do Iron Maiden. Após ser
lançado, o projeto superou todas as expectativas, com músicas
envolventes incrementadas com muito peso. O interessante desse
projeto, foi justamente ouvir as influencias e as ideias do Adrian
Smith.
KISS - Monster (2012)
Entre os gigantes que retornaram este ano, o KISS foi sem dúvida o que mais surpreendeu. Depois do bom trabalho em Sonic Boom (2009), o quarteto mascarado anunciou Monster e a promessa feita pro Stanley e Gene, de voltar as raízes. Muitos viram isso com desconfiança, porém bastou o álbum ser lançado, para perceber que o Kiss havia cumprido a promessa. E assim foi, uma viagem ao passado, mais precisamente nos anos 70 e 80, e Monster foi concebido de forma primorosa, com direito a mais puro rock'n'roll. O KISS voltou em grande estilo e fez de Monster, um dos melhores álbuns dos últimos anos da carreira, e também do ano. Em novembro, tive a chance de ir pela primeira vez ao show do KISS, foi inesquecível.
Hardbone - This Is Rock 'N' Roll (2012)
Se no debut Dirty 'N' Young (2010), os alemães do Hardbone
já arrancaram boas criticas da mídia especializada, This Is Rock’n’Roll (2012)
vem para firmar ainda mais o nome dos caras na busca por um lugar ao sol. Em
vista do debut, a banda manteve a mesma proposta, como letras que abordam temas
como álcool, mulheres e rock’n’roll, riffs e solos marcantes e bem trabalhados,
refrões grudentos e a influencia do som do AC/DC. O destaque fica por conta da
produção, que nesse segundo álbum está mais profissional. O vocal do Tim
Dammann soa mais agressivo nesse trabalho, mesclando entre um timbre rouco e
agudo. Os guitarristas Sebastian e Tommy mostram um entrosamento monstro nas
músicas, sendo que Sebastian é o responsável por boa parte dos solos, enquanto
Tommy se encarrega da base e dos riffs. Uma parceira perfeita. Juntos o
baixista Wolfgang Pohl e o batera Caim Grandt, fazem a cozinha perfeita, algo
essencial em uma banda de rock’n’roll.
Rival Sons - Head Down (2012)
O quarteto do Rival Sons chega ao terceiro álbum da carreira
mantendo a mesma qualidade que mostrou nos anteriores. Head Down (2012) mostra
o amadurecimento de uma banda, com composições impactantes e uma sutil mudança
na sonoridade, mas que fez toda diferença. Se antes a banda soava e bebia de
uma única fonte chamada Led Zeppelin, no novo álbum os caras deixaram isso de
lado, e trouxeram elementos de bandas como The Doors, The Who e até Lynyrd
Skynyrd, resultando em um hard rock contagiante, com uma pegada renovada e com
músicas carregadas de muito groove. E os responsáveis por isso são, o vocalista
Jay Buchanan, que mais uma vez se mostrou impecável e com um vocal calibrado, o
guitarrista Scott Holiday, responsável pelos riffs e os solos, e claro para a
cozinha feita com competência pelo baterista Michael Miley e o baixista Robin
Everhart. Head Down (2012) é um dos melhores álbuns de rock do ano,
recomendadíssimo.
Lynyrd Skynyrd - Last Of A Dyin' Breed (2012)
O Lynyrd Skynyrd também deu as caras em 2012, depois de três
anos sem lançar um material inédito, o maior nome do Southern rock está de
volta. Sob o comando Johnny Van Zant, a banda ressurge com Last Of A Dyin’Breed
(2012). Produzido por Bob Marlett, o décimo terceiro álbum de estúdio da banda
segue os passos do antecessor e excelente God & Guns (2009), porém com uma
sutil e notável diferença, que é a tentativa de soar um pouco mais moderno,
parece que a banda tirou um pouco o pé e deixou a sonoridade menos pesada, sem
abusar de riffs vigorosos, como no antecessor. Apesar disso, o Lynyrd Skynyrd
se saiu bem e o resultado é satisfatório. No repertório onze canções, onde a
banda explora várias sonoridades, como por exemplo o blues do delta em
“Mississippi Blood”, o hardão pesado e arrastado em “Nothing Comes Easy”, a
pegada empolgante de “Good Teacher” e a balada “Something To Live For”, algo
que o Lynyrd Skynyrd faz muito bem. É claro que em se tratando de uma banda
consagrada, não tem como agradar a todos a cada álbum lançado, o fato é que
Johnny Van Zant (vocal), Gary Rossington (guitarra), Ricky Medlocke (guitarra),
Mark Matejka (guitarra), Peter Keys (teclado) e Michael Cartellone (bateria),
mantiveram as expectativas, porém sabemos que o Lynyrd Skynyrd tem capacidade e
estrada suficiente para lançar um álbum muito melhor.
Billy Martin & Will Blades - Shimmy (2012)
O álbum Shimmy, foi uma das minhas grandes descobertas deste ano e sem dúvida um som que tem tudo para agradar os fãs mais exigentes de jazz funk. Um duo praticamente perfeito, entre o organista Will Blades e o batera Billy Martin. Juntos, eles criam uma sonoridade única, apenas com o Hammond B3 e a bateria, o resultando é um som repleto de grooves e um funkeado impecável. Vale conferir.
OS MELHORES ÁLBUNS AO VIVO DO ANO.
Iron Maiden - En Vivo (2012)
Entre os lançamentos ao vivo, não poderia deixar de fora da lista o álbum En Vivo, do Iron Maiden. Gravado em Santiago do Chile, durante a The Final Frontier World Tour, no estádio nacional, é um registro mais do que especial, aonde e banda trouxe para o palco um set list com as músicas novas e claro os clássicos já consagrados. E por se tratar de Iron Maiden, qualquer comentário ou elogio, é chover no molhado.
Warren Haynes - Live at the Moody Theater (2012)
O incansável e sublime guitarrista Warren Haynes, também lançou um álbum ao vivo de fazer inveja. Gravado no Moody Theater, o guitarrista brindou o público com um show impecável, onde cantou musicas do seu trabalho mais recente, Man in Motion (2010) na primeira parte do show e na segunda tocou músicas da sua banda Gov't Mule, Jimmy Hendrix e até uma versão de uma canção do Ziggy Marley. Músicas a parte, Warren provou mais uma vez ser incansável e mostrou ser dono de uma técnica apuradíssima já que ele domina com precisão cada solo ou riff. Por tudo isso, este é um dos melhores álbuns ao vivo do ano.
A DECEPÇÃO DO ANO
Aeromisth - Music From Another Dimension (2012)
Depois de exatos 11 anos sem lançar um álbum com músicas inéditas, o Aerosmith foi mais um gigante que despertou este ano, porém o resultado, embora cercado de muitas expectativas, não foi dos melhores. Por isso a decepção do ano, na minha opinião, vai para Music From Another Dimension. O álbum não é todo ruim, tem algumas boas músicas, como as baladas Tell Me, What Could Have Been Love, e canções mais pesadas como Legendary Child, Street Jesus, Oh Yeah. Porém no conjunto total, é um álbum que soa cansativo demais, com músicas que parecem repetidas. Digo isso porque esperava bem mais do Aerosmith, por ser uma banda consagrada. Então por isso, esse álbum é a decepção do ano.
Bom leitores e leitoras, espero que tenham gostado da lista de melhores do ano do Jazz & Rock, se você concordou ou não, deixe um comentário, falando também qual é a sua lista de melhores do ano.
Fazer uma lista pessoal dos melhores do ano seria quase uma copia da lista feita no blog...rs. Mas recomendo a todos os leitores do Jazz e Rock que (se der é claro!) comprem de Natal o livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer". Essa postagem me fez lembrar desse livro, que felizmente ganhei da minha noiva!!! Do mais um feliz natal a todos os que como eu fazem uso das preciosas dicas que o blog Jazz e Rock sempre traz!
ResponderExcluirAbraço
Thiago Teberga
valeu Teberga.
ResponderExcluirAbraço
Gostei da dica do Teberga. Já vi esse livro na livraria e sempre fico na dúvida se compro ou não. Pois bem, já está na minha lista de futuras aquisições.
ResponderExcluirQuanto à lista, confesso que não fui atrás de novidades esse ano, mas na minha lista certamente estaria esse do Pizzareli e o da Diana Krall.
Abraços e feliz 2013. Com o blog, de preferência.
Em tempo, o álbum Kisses on the Bottom, do Paul McCartney, é bem legalzinho também. Da mesma forma que o da Diana Krall, ele foge bem ao seu estilo habitual.
ResponderExcluirEsse livro eu já ouvi falar também, mas não cheguei nem a ler e muito menos folhear. O álbum da Diana eu ouvi umas tres vezes, mais ainda não achei extraordinário, o do Paul ainda não ouvi.
ResponderExcluirSobre o blog acho difícil continuar no ano que vem, agora além do meu emprego vou começar a fazer faculdade, ou seja, adeus tempo livre..rsrs.
A lista ficou bem legal, mas eu acho que no lugar do Primal Rock Rebellion dava para colocar o disco do Flying Colors, para mim o melhor lançamento do ano.
ResponderExcluirAbraço!
Obrigado pelo comentário Ricardo. Sobre o álbum que voce citou, eu mão conheço a banda Flying Colors, mas vou procurar pelo álbum e ouvir.
ResponderExcluirAbraço
Salve!!! Como faço para "baixar" arquivos de musica do blog? Se é possível......Existem os links dos albuns?
ResponderExcluirSaúde!