domingo, 31 de janeiro de 2010

Pink Floyd

1995 - P.U.L.S.E (Live)
Gênero: Rock Progressivo



“The Division Bell” (1994) foi o último álbum gravado em estúdio do Pink Fkoyd e para a divulgação foi realizada uma turnê pela Europa e EUA entre os meses de março e outubro do mesmo ano. Eu imagino que todos os shows tenham sido de altíssimo nível, como exige a história da banda. E pensando nas pessoas que não estiveram lá (risos) foi gravado durante a turnê um álbum duplo e o resultado está registrado em “P.U.L.S.E” lançado em 1995.

Como sugere o nome, o show foi pulsante e mostra toda grandiosidade da banda em uma apresentação que figura entre as melhores da história do rock mundial. O local escolhido foi o Earls Court em Londres, a banda levou para o show um verdadeiro aparato de equipamento, desde o palco gigantesco com um telão que durante a apresentação reproduzia imagens de acordo com o momento ou a música e um efeito de luz inimaginável, tudo digno de um mega-espetáculo e que tinha como atração principal uma mega-banda.

O repertório do show posso dizer que foi marcado por duas ocasiões, o primeiro CD contém obviamente algumas músicas do “The Division Bell” e que na minha opinião ganharam um toque diferente, como por exemplo, “What Do You Want From Me”, “Coming Back To Life”, “Keep Talking” e “High Hopes”. Porém a banda trouxe para o palco clássicos como “Shine On You Crazy Diamond” do álbum Wish You Were Here, essa com certeza foi a escolha certa para abrir o show, “Hey You” e “Another Brick in The Wall” música eternizada pelo Pink Floyd. A banda sobrava no palco , o público estava presenciando um dos maiores espetáculos da história do rock. Porém a melhor parte ainda estava guardado, até que o publicou começou a escutar a batida pulsante da música “Speak To Me” e que foi acompanhada em seguida por “Breathe”. O Pink Floyd trouxe para o palco nada mais, nada menos que o “The Dark Side of The Moon” completo, música por música, era literalmente o álbum tocado ao vivo, com todos os efeitos psicodélicos em uma produção jamais vista. O Pink Floyd atingiu a perfeição ao executar músicas como “Brain Damage”, “Eclipse”, “Time” “Money” - que no show ganhou uma versão de 8 minutos – porém não poderia deixar de citar a psicodélica “The Great Gig in the Sky”, que na versão do estúdio já merece todo respeito, mais ao vivo ela superou todas as expectativas, a sensação ao ouvir é que você entra em uma viagem sem fim, você fecha os olhos e deixa ser levado pelo instrumental perfeito e um coral digno de aplauso, realizado por Claudia Fontaine, Durga McBroom e Sam Brown. Porém o show ainda não havia terminado e para brindar o público mais uma vez, Tim Renwick na guitarra e Gilmour no violão começaram a extrair as primeiras notas da introdução mais famosa do Pink Floyd e em seguida soltou a voz na música “Wish You Were Here”, a parte mais emocionante do show, uma música que toca diretamente na alma de quem ouve. Em seguida “Comfortably Numb”, em mais uma apresentação impecável, o público se sentiu literalmente confortavelmente entorpecido. Destaque para o solo, bom eu não vou comentar a respeito, ouça você mesmo e tire suas conclusões (risos). E para encerrar o mega-show a agressiva “Run Like Hell” do álbum The Wall.

James Guthrie e David Gilmour foram responsáveis pela produção e merecem todos os elogios, pois conseguiram transmitir através do CD boa parte da energia contida no show. Isso sim foi um trabalho primoroso. Em 2006 o show foi lançado em DVD, com extras, entrevistas inéditas e som remasterizado. Boa Audição.

Track List

Disco 1:

01. Shine On You Crazy Diamond
02. Astronomy Domine
03. What Do You Want From Me
04. Learning To Fly
05. Keep Talking
06. Coming Back To Life
07. Hey You
08. A Great Day For Freedom
09. Sorrow
10. High Hopes
11. Another Brick In The Wall (Part Two)

Disco 2:

01. Speak To Me
02. Breathe In The Air
03. On The Run
04. Time
05. The Great Gig In The Sky
06. Money
07. Us And Them
08. Any Colour You Like
09. Brain Damage
10. Eclipse
11. WIsh You Were Here
12. Comfortably Numb
13. Run Like Hell

Pink Floyd "Money" (Pulse)


Site Oficial: Pink Floyd

sábado, 30 de janeiro de 2010

Márcio Montarroyos

2009 - O Rio e o Mar
Gênero: Música Instrumental Brasileira / Jazz


Márcio Montarroyos (1949-2007) foi um dos maiores trompetistas e instrumentista da música brasileira, dono de uma técnica apurada e que durante sua carreira revolucionou a música instrumental brasileira. Márcio infelizmente não está entre nós, ele faleceu em 2007 enquanto trabalha no seu último álbum, que foi lançado em 2009. Márcio vinha pesquisando sons eletrônicos e trabalhando no álbum juntamente com o amigo e saxofonista Leo Gandelman, o álbum contém 11 faixas, a maioria de autoria de Márcio e do guitarrista francês Gilles Cardoni, e ainda dois clássicos de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Segundo o próprio Gandelman, o trompetista estava animado com os resultados, porém ao saber do estado de saúde, fez questão de passar a maior parte do tempo ao lado do amigo. Gandelman lembra que Márcio mostrou todas as etapas do trabalho e o que deveria ser feito para finaliza-lo, e assim Gandelman fez, anotou tudo e após a morte do amigo deu sequência ao trabalho, pegando materias já gravados por Márcio, Gandelman finalizou o projeto em seu estúdio, seguindo todas as diretrizes do trompetista.

“O Rio e o Mar” é um tributo à cidade do Rio de Janeiro, que segundo Márcio era a sua casa e sua fonte de inspiração. A sonoridade do álbum impressiona, com temas que nos remete aos bons tempos do jazz fusion, mais sempre com um toque da música brasileira, o uso de teclados eletrônicos da um ar de modernidade as músicas, porém a grande estrela continua sendo as notas e a performance do trompete que Márcio executa de maneira única e primorosa. O trompetista mostra sua genialidade ao fazer as releituras de clássicos da bossa nova como, “O Barquinho” em que nessa versão instrumental é tocada no flugelhorn e também em temas autorais como “North Sea” e “Saco do Céu”.

Track List

01. Copa Blues
02. Rio
03. The Hague
04. O Barquinho
05. North Sea
06. Saco do Céu
07. The Kick
08. Troca Rápida
09. Contravento em Lá Amor
10. Mares do Sul
11. Red Eyed Samba

Site Oficial: Márcio Montarroyos

Pink Floyd "Comfortably Numb"

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dave Weckl Band

2003 - Live And Very Plugged In
Gênero: Jazz Fusion



Dave Weckl é um dos melhores e mais completos bateristas que eu já ouvi tocar, digo isso sem exagero nenhum, sua técnica apurada, a maneira como conduz o instrumento e a fusão de ritmos encontrada em sua música, comprovam isso claramente.

“Live And Very Plugged In” (2002) foi gravado em Catalina, durante uma apresentação de Dave e a sua banda, formada pelos músicos, Steve Weingart (teclado), Tom Kennedy (baixista) e Gary Meek (saxofonista), além dos convidados, Brandon Fields ( Saxofone Tenor), Gary Grant e Jerry Hey (trompete) e Bill Reichenbach Jr. (trombone). O resultado é um show impecável, para quem gosta da fusão entre o jazz/funk vai se amarrar. Dave Weckl explora ao máximo sua técnica, em músicas empolgantes e bem trabalhadas, instrumental impecável, desde os solos do baterista e dos outros músicos também, destaque em especial para o baixista Tom Kennedy que simplesmente arrebenta, principalmente nas músicas “The Chicken” e no dueto com o baterista em “Rhythm-a-Ning”. Em “Hesitation” o dueto fica entre Dave e o saxofonista Gary Meek, excelente atuação. Dave também mostra por que é um grande baterista e manda ver na música “Cultural Concurrence”, em um solo primoroso. "Tiempo De Festival", encerra o show em grande estilo, uma fusão de jazz com uns toques de música latina. As músicas em sua maioria são dos trabalhos anteriores do baterista, principalmente dos álbuns “Perpetual Motion” (2002), “The Zone” (2001) e “Transition” (2000).

“Live And Very Plugged In” é um álbum que merece ser apreciado da melhor forma possível, não somente por bateristas (risos), mais por todos amantes da boa música. Gostaria de citar música por música, afinal um álbum desses merece, mas para não passar em branco, citei algumas para aguçar a curiosidade e as outras - que também são geniais - deixo com vocês.
Boa Audição !

Disco: 1

01. Wake Up
02. Braziluba
03. Mesmer-Eyes
04. Oasis
05. Crossing Paths
06. Hesitation (Sax/Drum Intro)
07. The Chicken

Disco: 2

01. Toby's Blues
02. Just For The Record
03. Rhythm-A-Ning (Bass/Drum Duet)
04. Cultural Concurrence
05. Tiempo De Festival

Dave Weckl Band - "The Chicken"


Dave Weckl Band - "Tiempo de Festival"


Site Oficial: Dave Weckl

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Parabéns Tom Jobim...

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou simplesmente Tom Jobim. Não poderia deixar de prestar uma pequena homenagem a este que considero o maior representante da música brasileira, se bossa nova é conhecida internacionalmente hoje, devemos isso ao Tom. Tom nasceu dia 25 de Janeiro de 1927, no Rio de Janeiro. Sua tragétoria na música foi marcada principalmente pela criação da Bossa Nova na década de 50, juntamente com Vinicius de Moraes e João Gilberto – outros grandes expoentes do estilo. Tom Jobim estaria fazendo hoje 83 anos e certamente estaria em plena atividade. Tom Jobim revolucionou a nossa música, com seu jeito descomplicado de cantar e tocar, sua voz calma e seu toque inconfundivel no piano. Sem Tom Jobim nossa música seria certamente mais pobre e triste.

Bom chega de falar, vamos comemorar o aniversário do Tom relembrando as suas canções, é a melhor forma de homenagear e agradece-lo por essa obra. Obrigado mestre por tudo, você faz muita falta.

Especial Globo News sobre Tom Jobim. Exibido: 13/12/2009



Tom Jobin e Vinícius de Moraes "Garota de Ipanema"

BB King

1998 - Blues On The Bayou
Gênero: Blues



Escrever sobre BB King é sempre uma tarde prazerosa e ao mesmo tempo dificílima, sua música possui vida própria, ela por si só consegue mostrar e dizer o que o Rei do Blues representa.

“Blues On The Bayou” (1998) é um dos seus melhores trabalhos, começando pela produção, BB King levou toda sua banda para um estúdio em um lugar remoto em Louisiana e lá durante 4 dias gravou essa obra prima do blues. BB King trouxe para o álbum canções novas e antigas, ele tentou reunir de certa forma seus 50 anos de carreira, algumas próprias e outras em que ele foi co-compositor. Outro ponto fascinante do álbum é que BB King e sua banda, dispensaram qualquer tipo de overdub, o que BB King tinha em mãos, era sua Lucille e boas canções. Destaque? Para todas as músicas, eu seria injusto se fosse citar música por música, por que certamente esqueceria algum detalhe. O rei conseguiu transmitir sua mensagem através delas, fazendo cada nota valer por mil, o álbum é empolgante do início ao fim, é sentimento puro. Não poderia também, deixar de citar os nomes dos músicos que estavam com BB King, segundo informações, é a mesma banda que o acompanhou por 10 anos, o entrosamento não poderia estar melhor. Leon Warren (guitarra); Melvin Jackson (saxofone); Stanley Abernathy, James Bolden (trompete); James Sells Toney (teclados); Michael Doster (baixo); Calep Emphrey Jr. (bateria); Tony Coleman (percurssão).

Bom vamos parar de conversa fiada. Baixe o álbum, aumente o som e deixe as notas do Rei do Blues te levar !!. Boa Audição !.

Track List

01. Blues Boys Tune
02. Bad Case Of Love
03. I'll Survive
04. Mean Ole' World
05. Blues Man
06. Broken Promise
07. Darlin' What Happened
08. Shake It Up And Go
09. Blues We Like
10. Good Man Gone Bad
11. If I Lost You
12. Tell Me Baby
13. I Got Some Outside Help I Don't Need
14. Blues In G
15. If That Ain't It I Quit

Site Oficial: BB King

sábado, 23 de janeiro de 2010

Bruce Dickinson

1997 - Accident Birth
Gênero: Heavy Metal



“Accident Of Birth” (1997) é um álbum obrigatório para todo amante de heavy metal, riffs pesado, melodia e a voz incomparável de Bruce Dickinson. Em seu quarto álbum solo, Bruce traz para seu trabalho, um som consistente, moderno e que ao mesmo nos remete aos velhos tempos. Os guitarristas Roy Z (que também é o produtor do álbum) e Adrian Smith dão o toque necessário nas músicas, com guitarras sempre precisas e pesadas ao extremo, para quem é fã da Donzela, vai pensar que existe uma certa influência, e não estão errados, afinal os solos de Adrian continuam impecáveis e nos remete ao som da Donzela, porém “Accident of Birth” tem o toque pessoal de Bruce e consegue aliar elementos que não são encontrados no Iron. Entre as faixas, destaque para “Freak”, que faz com que o álbum comece em grande estilo, com guitarras pesadas, frenética e a voz agressiva de Bruce. “Starchildren” é uma das minhas favoritas, enquanto Bruce canta com precisão, as guitarras de Adrian e Roy dão conta de segurar o ritmo pesado, e o refrão que fica grudado na sua cabeça, “We are starchildren, coming out of nowhere and to nowherereturn/ Starchildren, a hundred million souls sucked out in one breath”, alias, nesse tipo de letra, Bruce continua se superando. “Taking The Queen” tem um clima épico, um som mais cadenciado e segue a mesma linha de algumas canções, violão e voz suave, e durante a música Bruce apresenta um vocal agressivo e potente. “Darkside Of Aquarius” tem uma pegada clássica, um heavy metal moderno, porém com um ar oitentista. “Road To Hell” é contagiante, riffs rápidos, solos bem elaborados, baixo no estilo Iron Maiden e a bateria no ponto certo. A faixa titulo “Accident of Birth” é interessante, mas não é a melhor álbum, apesar do vocal agressivo do Bruce e das guitarras soarem mais pesadas do que nunca, a música possui um refrão que contagia, mais nada que impressione. “The Magician” é outra música que merece atenção no álbum, letra emblemática e instrumental preciso, Bruce mais uma vez acerta nas linhas de vocais, enquanto Roy e Adrian apresentam um dos melhores solos do álbum, é mais uma que nos remete aos tempos da Donzela. “Welcome to The Pit” não é uma faixa que está na altura das demais – na minha opinião – porém vale falar pela pegada hard rock. “Omega” pode ser considerada a balada do álbum, outra marca registrada na carreira solo e a frente da Donzela, Bruce canta com maestria e a letra como sempre excelente. Por fim “Arc Of Space”, que encerra o álbum com chave de ouro, uma bela canção acústica, com um instrumental que fascina e mostra por que Bruce Dickinson é considerado um dos grandes nomes da história do heavy metal.

“Accident Of Birth” é isso aí, um álbum certo e na voz certa, com instrumental impecável, fazendo com que seja um álbum obrigatório para todo amante do heavy. Boa Audição !

Track List

01. Freak
02. Toltec 7 Arrival
03. Starchildren
04. Taking The Queen
05. Darkside Of Aquarius
06. Road to Hell
07. Man Of Sorrows
08. Accident Of Birth
09. The Magician
10. Welcome to The Pit
11. Omega
12. Arc Of Space

Site Oficial: Bruce Dickinson

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Homem Que Matou Getúlio Vargas (Jô Soares)

Ficha Técnica:

Titúlo: "O Homem Que Matou Getúlio Vargas"
Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance/Policial
Lançamento: 1998
Páginas: 342
Acabamento: Brochura
Selo: Companhia das Letras


Dando continuidade no “Projeto Resenha de Livros”, comentarei hoje sobre o segundo romance do Jô Soares, “O Homem Que Matou Getúlio Vargas”.

Lançado em 1998, o livro segue a mesma linha de literatura do “O Xango de Baker Street”, principalmente no quesito, realidade/fictício, alias, nesse gênero Jô Soares apenas consolidou-se como um dos maiores escritores do país. O livro é rico em detalhes e dados históricos, o período é de 40 anos (1914-1945), é nesse cenário que o livro relata episódios interessantes da história Européia e Brasileira. A pesquisa realizada por Jô é extensa, há quem diga que apesar de tudo isso, o livro peca pelo excesso de informações, principalmente por seguir uma linha da história que está fora do imaginário e da realidade do povo brasileiro. Durante a história você encontrará relatos sobre a execução da espiã Mata Hari, o assassinato do arquiduque Francisco Fernandino, que segundo consta desencadeou a primeira guerra mundial e personagens mais conhecidos, como Al Capone.

A história começa em 1897, em Ouro Preto (MG), onde a rivalidade entre os moradores das repúblicas provoca atritos e discussões. E foi no Bilhar Helena – um bar da cidade - que tudo aconteceu, uma discussão e briga entre jovens universitários, o resultado, um espancamento, juramento de vingança e pouco tempo depois um jovem é assassinato com nove tiros a queima roupa. Na mesma ocasião, porém na Bósnia, as margens do rio Vrbas, nasce Dimitre Borja Korozec. Filho de pai sérvio e mãe brasileira. Dimitre segue uma espécie de anarquismo, tem como profissão assassino e suas vitimas preferidas são lideres políticos.

Dimitri Borja é o grande personagem da história de Jô Soares, ele que apesar de ser um especialista em assassinato, possui um grande defeito: Uma dificuldade para realizar suas metas. Considerado o homem certo na hora errada. Sua pontaria é prodigiosa, mas bastou mirar, para que ele mesmo se torne a primeira vitima.

Apesar do livro parecer maçante e cansativo devido ao cenário que ele se desenvolve, Jô Soares com toda sua experiência consegue prender a atenção do leitor, com um arsenal de informações, que cita desde o menu gastronômico do Orient-Express, relata a origem do jogo do bicho e até mesmo explicações sobre armas de fogo. Porém o que intriga o leitor, acreditem se quiser, são fotos que buscam provar a existência do Dimitre nos fatos (apesar dele ser um personagem fictício). Jô Soares tem a precisão de um arquiteto (como diz no livro), ele pega uma história que até então, está esquecida pelos escritores e transformar ao seu modo, sempre com a combinação característica dos seus trabalhos: Fatos verdadeiros e fictícios e bom humor, fazendo com que tudo pareça apenas mais uma “obra do acaso”.

PS: Eu não encontrei o livro em PDF, se alguém tiver por favor me envie.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sara Gazarek

2005 - Yours
Gênero: Jazz



Conheço o som da Sara Gazarek há algum tempo, o suficiente para dizer que ela é sem dúvida uma das grandes surpresas da nova geração de cantoras de jazz. O cenário jazzístico sempre foi competitivo, todos os anos surgem novos talentos, todos em busca do seu espaço e do reconhecimento. Sara Gazarek é mais um talento, jovem, bonita e com uma voz cativante, é assim que posso descrevê-la. A jovem tem como influências, cantoras consagradas como, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Billie Holiday, Abbey Lincoln, entre outras.

“Yours” (2005) foi o seu álbum de estréia e a prova do talento de Sara, é comprovada pelo sucesso do seu trabalho, o álbum superou todas as expectativas, reconhecido pela critica e pelos amantes do jazz, foi parar no top 10 na Billboard Traditional Jazz, bem como bateu records de downloads, ficando no topo do iTunes. O repertório impressiona, na época do lançamento, Sara estava com apenas 25 anos e interpreta clássicos do jazz de maneira talentosa e magnífica, clássicos que foram lançados anos e até mesmo décadas, antes da Sara existir. Canções como, “My Shinning Hour”, “Cheek to Cheek”, "Ev'ry Time We Say Goodbye” e novas como a surpreendente “Yours” e uma faixa medley com a música dos Beatles “Blackbird” e “Bye Bye Blackbird”. Sara Gazarek é acompanhada pelo trio Josh Nelson (piano), Erik Kertes (baixo) e Matt Slocum (bateria).

Atualmente Sara Gazarek contém três álbuns na sua discografia, todos excepcionais, sua voz continua impecável, seu jeito de cantar, de pronunciar as palavras, o instrumental do trio sempre preciso. Se a jovem será uma cantora com uma carreia prolongada no meio jazzístico, isso só o tempo dirá, mais que ela tem talento de sobra e prova isso com suas músicas, é mais do que verdadeiro. Boa Audição a todos.

Track List

01. My Shining Hour
02. Yours
03. Amazing
04. Ev'ry Time We Say Goodbye
05. Cheek To Cheek
06. You Got By
07. Blackbird/Bye Bye Blackbird
08. The Circle Game
09. All Or Nothing At All
10. Too Young To Go Steady
11. You Are My Sunshine

Site Oficial: Sara Gazarek

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

John Pizzarelli Trio - "Route 66"



Live In Leverkusener Jazztage, Leverkusen/Germany '1995

John Pizzarelli (Vocal/Guitarra)
Martin Pizzarelli (Baixo)
Ray Kennedy (Piano)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Marcus Miller

2002 - The Ozell Tapes (The Offical Bootleg)
Gênero: Jazz/Fusion/Funk



Este bootleg já foi postado no Blog Jazz e Rock, juntamente com a discografia do Marcus Miller, porém senti uma necessidade imensa de posta-lo separado e escrever sobre esse show memorável do Miller.

Marcus Miller como baixista dispensa comentários. Já tocou com grandes músicos entre eles: Miles Davis (1980-1990), David Sanborn (saxofonista americano) (1975-2000) e Bee Gees (1987), Frank Sinatra, Mariah Carey e até Djavan. Miller foi treinado classicalmente como um clarinetista, e toca também o clarineto baixo, teclado, saxofone, e guitarra, e é um cantor competente. Miller abriu caminhos no desenvolvimento de uma técnica chamada de "slapping". Sua habilidade no baixo "fretless" (sem trastes) levou o instrumento para contextos musicais previamente inexplorados com qualquer tipo de baixo elétrico, alem do mais Marcus Miller nunca escondeu sua admiração e sua influência do baixista Jaco Pastorius. Cedo na sua carreira, Miller era acusado de imitar demais o estilo do Pastorius, inegavelmente uma influência que era, e ainda é, enorme. E uma curiosidade, no seriado "Todo Mundo Odeia o Chris", Marcus Miller tem uma participação muito importante, na trilha sonora do seriado, desde a música de abertura até as vinhetas durantes os episódios, ele também aparece tocando no episódio "Todo Mundo Odeia os Dj's".

"The Ozell Tapes" é um bootleg oficial, gravado ao vivo. Foi gravado direto da mesa de som, sem nenhum contato com estudio e esse é o resultado. Miller apresenta clássicos como, "Power", "Cousin John", "Panther", "3 Deuces" e um Medley de 20 minutos com musicas escritas por Miller em homenagem a Miles Davis e também presta uma homenagem a John Coltrane com a canção, "Lonnie's Lament", "Killing Me Softly", e uma versão de "I Loves You Porgy".

Acompanhado da banda que é formada por, Poogie Bell (bateria), Dean Brown (guitarra), Roger Byam (sax tenor e alto, flauta), Bruce Flowers (teclados), Lalah Hathaway (vocal -part.especial), Patches Stewart (trompete) e Leroy Taylor (teclados). Marcus Miller na minha opinião é um baixista completo, seu som tem pegada, swing , funk de primeira qualidade, um jazz fusion que consegue agradar até quem não é chegado muito estilo. Se você ainda não ouviu, não deixe de conferir. Boa Audição !!

Track List

CD 1

01.Intro (By Big Doug Empting)
02.Power
03.So What
04.Lonnie's Lament
05.Cousin John
06.Scoop
07.I Loves You Porgy
08.Panther

CD2:

01.3 Deuces
02.Your Amazing Grace
03.Nikki's Groove
04.When Your Life Was Low
05.Burning Down The House
06.People Make The World Go Round
07.Killing Me Softly
08.Miles-Marcus Medley

Marcus Miller - "Lonnie`s Lament"(Part I)


Marcus Miller - "Lonnie`s Lament"(Part II)


Site Oficial: Marcus Miller

Third World Love

“New Blues” é o mais novo álbum do quarteto de jazz Third World Love. O som é consistente e experimental, abrange uma série de influências, como o jazz, rock, blues, salsa, flamenco, samba, elementos da música africana e do Oriente Médio. O que torna o som ainda mais interessante, é que cada membro contribuiu com composições e na produção, essa colaboração é o ingrediente do sucesso do quarteto.

O Third World Love,tem como base na formação três músicos de Israel, Avishai Cohen (trompetista), Yonatan Avishai (pianista) e Omer Avital (baixista). Ambos foram para Nova Iorque, onde mergulharam literalmente no mundo do jazz. Em 2004 o musico nova-iorquino Daniel Freedman (baterista) se juntou ao trio em Barcelona para uma turnê, foi a partir desse ponto que a banda começou e desde então eles se apresentam em diversos festivais pelo mundo.

A musicalidade do quarteto é impressionante, o som é inovador e passa uma energia diferente, nas músicas é possível notar a harmonia entre os instrumentos, uma ligação perfeita, que apesar de ser complexas, soam com facilidade logo na primeira audição. “Joy of Life Intro” é a faixa de abertura e já passa uma exata noção do que está reservado, a apresentação memorável criada pelo baixista Ormer Avital, com uma participação excelente do pianista Yonatan e em seguida o solo do trompetista Avishai Cohen. Depois da intro, a faixa seguinte é justamente uma continuação, porém bem mais longa e que passa realmente a essência do quarteto, a música flui entre improvisos e um ritmo contagiante.

Destaque para as faixas, “Little Echo” e “La Camerona” ambas foram compostas pelo baterista Daniel Freedman. Já o trompetista Avishai Cohen, contribuiu com três musicas, “Gigi et Amelie”, “Nature’s Dances” e “New Blues”, a música que deu nome ao álbum do quarteto. Ambas mostram a genialidade desse trompetist, que também possui excelentes trabalhos na carreira solo. A harmonia da música “New Blues” impressiona, é contagiante, entre solos de trompete, existe a ligação e o acompanhamento perfeito do piano de Yonatan e da bateria do Daniel, sem dúvida uma das melhores faixas do álbum. Yonatan Avishai contribui com a música “Beauty of Death”, uma espécie de blues, porém bem cadenciado. Por fim o álbum fecha com a música “So” de Duke Ellington, uma apresentação excelente, em que o piano aparece em destaque juntamente com o trompete e com o acompanhamento primoroso dos demais.

“New Blues” é um álbum que merece ser apreciado de todas as formas, a cada audição ele soa diferente e mostra uma nova face do trabalho do quarteto Third World Love, sua infinidade de influências é o que deve ser reverenciado, pois não é fácil colocar tudo isso e de maneira tão perfeita em um simples álbum. Não sei se eu consegui expressar toda a essência ou pelo menos parte dela nessas palavras, todo caso o melhor jeito de descobrir é ouvindo o som. Se o pessoal curtir, em breve eu trago outros trabalhos do quarteto. Boa Audição !!

2007 - New Blues
Gênero: Jazz/Latin Jazz/Fusion/Blues/African/World



Track List

01. Joy of Life Intro
02. Joy of Life
03. Homeland
04. Little Echo
05. La Camerona
06. Gigi et Amelie
07. Nature’s Dance
08. Hamina
09. Beauty of Death
10. New Blues (Aint No Thing)
11. So

Site Oficial: Third World Love

domingo, 17 de janeiro de 2010

Rock in Rio faz 25 Anos



Esta matéria foi ao ar no Jornal da Globo no último dia 15.

Por Nelson Motta

A sensação era de que “o grande amanhã” finalmente havia chegado. Não era mais uma metáfora surrada das músicas de oposição. Em janeiro de 1985, com a eleição de Tancredo Neves, acabavam oficialmente 20 anos de ditadura. Com o Rock in Rio, finalmente, se realizava o sonho de milhões de jovens brasileiros desde Woodstock, em 1969. Com 16 anos de atraso, os megaeventos de rock chegavam ao Brasil. Porque na ditadura não havia liberdade e, sem liberdade e rebeldia, o rock não rola.

Finalmente, graças a Roberto Medina, o Brasil tinha o seu Woodstock, com mais de 200 mil jovens, e já não tão jovens assim, aplaudindo e cantando junto com seus ídolos que só conheciam de discos e vídeos. Bandas de heavy metal como o Iron Maiden, o Scorpion, o AC/DC e o Whitesnake, que ninguém sabia que tinham tantos fãs no Brasil, foram um dos pontos altos, pelo menos em volume, do festival. Até o comentarista estava animado à beça.

Além do público, quem mais se beneficiou com o Rock in Rio foi o rock brasileiro dos anos 80, que, estimulado pela recém conquistada liberdade, começava a fazer sucesso no underground com a Blitz, Lulu Santos, o Barão Vermelho e o Kid Abelha. Com o Rock in Rio, em rede nacional pela TV Globo, o Rock Brasil entrava na moda e revelava os Paralamas do Sucesso.

Mas nem só de rock viveu o Rock in Rio, grandes nomes da MPB como Alceu Valença, Ney Matogrosso, Moraes Moreira e Ivan Lins também se apresentaram, uns com mais e outros com menos sucesso, ao lado de estrelas do jazz como George Benson e do folk, como James Taylor, que estava meio esquecido nos Estados Unidos, mas renasceu artisticamente do Rock in Rio.

O Brasil nunca havia visto nada parecido. Nossos artistas nunca haviam tocado para tanta gente e com um sistema de som tão bom. Mas o Rock in Rio acabou, Tancredo morreu, Sarney tomou posse e Brizola, que era governador do Rio de Janeiro e adversário político dos Medina, mandou destruir a Cidade do Rock.

O Rock in Rio só voltaria seis anos depois e se espalharia pelo mundo, mas o primeiro a gente não esquece.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Numismata

2009 - Chorume
Gênero: Samba/Rock/Elementos Eletrônicos


Numismata é uma das gratas surpresas da nova geração da música brasileira, a banda paulista traz além da qualidade musical e letras inteligentes, um som inovador e original; em que ao mesmo tempo resgata a tradição do samba e da MPB, eles também se arriscam em um som diferente, onde o samba flerta com o rock e vão de encontro com toques eletrônicos, efeitos psicodélicos e um toque latino. A banda é formada pelos músicos, Russo (voz e percussão), Adalberto Rabelo Filho (guitarra), Carlos H. (baixo), Piero Damiani (voz, teclados e percussão) e André Vilela (guitarra).

“Chorume” (2009) é o mais novo trabalho da banda, o ponto forte é o samba que flerta com outros estilos, fazendo com que o álbum fique irresistível. A banda consegue expressar a musicalidade da cidade de São Paulo e explora todos os estilos e de forma competente, começando pela faixa de abertura “Tanto Céu e essas Pequenas Coisas”, que é uma música que homenageia à dureza e a beleza de São Paulo e presta um tributo ao samba paulista. “Prejuízo” é a minha música favorita, carregada de energia e um samba vibrante, a letra é grudenta, é uma declaração de amor ao samba e que tem a participação de Luiz Melodia. A faixa “Narif” traz uma pegada mais rock, porém sem exageros, “Passos Largos” contém uma letra excelente e um arranjo sofisticado, que tem como aliados os instrumentos de corda, “O Inferno e Um Pouco Mais” vem carregada de sintetizadores e uma pegada digamos carnavalesca e a participação do multi-instrumentista Kassin e a Orquestra Imperial. “Vira-Latas” traz uma pegada jazzística, como vi em um comentário sobre o álbum, dizem que soa um jazz de cabaré, eu não sei, deixo isso com vocês (risos). “A Vida Como Ela É” é uma música nostálgica e que resgata a mágica das marcinhas de carnaval, a letra é excelente e para finalizar “Fernando”, uma canção com ritmos e embalo latino.

O álbum figura sem dúvida entre os melhores de 2009, soa original, do tipo que dificilmente você verá algo semelhante e se por acaso isso acontecer, certamente não terá a mesma qualidade. Para uma primeira impressão, tudo isso soa estranho, mas certamente após a primeira audição soará surpreendente. Boa parte desse sucesso e do trabalho excelente, deve-se ao time de convidados, entre eles músicos consagrados como Luiz Melodia e músicos que pertencem a nova safra brasileira, como, Tatá Aeroplano, Rita Maria, Maria Alcina, entre outros.

E só para finalizar, queria citar as palavras da própria banda em relação ao novo trabalho. “Chorume é o líquido negro produzido pela degradação do lixo, em geral em aterros sanitários. Altamente tóxico, é também (assim como o disco) um subproduto da urbanização e do acúmulo de informação. ‘Chorume’ é o sumo, a soma dessas influências. É uma boa metáfora do disco, que engloba tudo, todos os ritmos, sons, influências, temáticas, tudo triturado e reprocessado”.


Track List

01. Todo o Céu e Essas Pequenas Coisas
02. Prejuízo (com Luiz Melodia & Thadeu Meneghini)
03. O Inferno e Um Pouco Mais (com Kassin)
04. Naïf
05. A Passos Largos
06. Tanta Saudade
07. Anhanguera (com Maria Alcina & Rita Maria)
08. Vira-latas (com Carlos Fernando)
09. A Vida Como Ela é (com Maria Alcina & Tatá Aeroplano)
10. Fernando

MySpace Oficial: Numismata

sábado, 9 de janeiro de 2010

Miles Davis

1959 - Kind of Blue
Gênero: Jazz



Como descrever um gênio? Como falar da sua maior obra prima? Difícil é encontrar as palavras certas para comentar um álbum dessa magnitude. Miles Davis foi um gênio, um músico que sempre esteve à frente do seu tempo, ele visualizava o futuro, foi considerado uns dos músicos mais polêmicos do jazz, mais isso só serviu para abrilhantar ainda mais sua carreira. O trompetista ditou a regra de uma geração e foi ousado em tudo que se propôs a fazer. Do bebop ao hip hop, flertando com rock e o funk, Davis usou e abusou de tudo para compor suas canções.

Nascido no dia 26 de maio de 1926 em Alton, seu contato com o trompete e a música começaram muito cedo, aos 13 anos. Seu currículo é invejável, além de influenciar músicos de todas vertentes do jazz e de outros estilos, Davis foi um dos maiores representantes do cool jazz, jazz modal e jazz fusion. Davis não só representou, mais foi além, ele moldava estilos inteiros.

Em 1959 Miles surge com a sua maior obra-prima, o álbum “Kind of Blue”. Começando pelo sexteto genial, um verdadeiro grupo dos sonhos, formado por, John Coltrane (saxofone ternor), Julian “Cannonball” Adderley (saxophone alto), Bill Evans (piano), Paul Chambers (contrabaixo) e Jimmy Cobb (bateria). Miles simplesmente reuniu o que havia de melhor na época, era uma espécie de galácticos do jazz, imbatíveis.

O álbum é puro improviso, complexo e divino, não existem palavras para descrever, o sentimento flui à flor da pele, a impressão que passa é que cada nota foi colocava com a precisão de um cirurgião. “Kind of Blue” soa maravilhosamente bem na primeira audição, depois com o tempo, você começa a prestar atenção na complexidade de cada canção, desde a faixa "So What" até a genial “All Blues”, o sexteto parece brincar com as notas, como um time de craques, é consistente e matador.

“Kind Of Blue” completou recentemente 50 anos e para comemorar o aniversário a Columbia/Legacy, uma divisão da Sony, lançou uma edição para colecionadores, que inclui dois Cds do álbum original, mais versões alternativas que não saíram neste álbum (clássico).

Miles Davis morreu há exatos 19 anos, porém sua obra permanece viva, está presente em vários lugares do mundo e continuará realizando seu maior propósito, saciar a sede dos amantes do jazz e influenciar novas gerações. Boa Audição !

Track List

01. So What
02. Freddie Freeloader
03. Blue In Green
04. All Blues
05. Flamenco Sketches (Bônus)

Miles Davis and John Coltrane "So What" (Live)


Site Oficial: Miles Davis

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Torsten Goods

Finalmente !!. Consegui um álbum do excelente guitarrista Torsten Goods para postar aqui no Jazz e Rock. Descobri o som dele ao acaso no youtube e desde então passei a procurar algum material dele, mas tudo que encontrava eram vídeos e mais vídeos – inclusive postei aqui – além de pouquíssimas informações, mas agora para minha felicidade, postarei um álbum completo.

Torsten Goods é filho de mãe irlandesa e pai alemão, começou sua carreira aos 14 anos, e tem como principais influências, George Benson, Bireli Lagrene, Wes Montgomery, Django Reinhardt, Stevie Wonder, Kenny Loggins e Freddie Mercury. De 2001 à 2003, Torsten ganhou uma bolsa para estudar guitarra na renomada New School University em Nova Iorque. Em 2005, ficou entre os dez finalistas do famoso "Thelonious Monk Jazz Guitar Competition", isso o ajudou para que ganhasse mais notoriedade no cenário musical.

Seu penúltimo álbum “Irish Heart"(2006), teve uma excelente repercussão na Europa, Torsten canta e toca guitarra como poucos atualmente, seu som é sofisticado e moderno, um jazz cativante e que flerta com o R&B e Pop. O álbum é uma homenagem à Irlanda, terra da sua mãe, por isso as raízes irlandesas são tão ligadas ao seu som, principalmente nas letras. Entre canções próprias, Torsten relembra clássicos populares de músicos irlandeses, como Van Morrison e Bill Whelan. O trio que acompanha Torster é de extrema qualidade, Jan Miserre (piano, Fender Rhoades, Hammond Organ), Marco Kühnl (Baixo) e Christoph Huber (bateria). E neste álbum, ainda temos os músicos convidados, Julian Wasserfuhr (fluegelhom - faixa 3), The Jürgen Neudert Big Band (faixas 4,10), The NBG Horns (faixa 6) e Strings (faixa 2).

O vocalista/guitarrista também é adepto dos scats, prova disso é são as músicas“Sweet North” e “No Religion”. Vale lembrar, para quem conhece o guitarrista John Pizzarelli vai notar uma grande semelhança. Apesar de seguir os moldes e influências de músicos como George Benson, com este álbum, que tem uma mescla diversificada entre as músicas, Torsten mostra quão versátil ele é, tudo isso, aliado ao virtuosismo.

Boa Audição !

2006 - Irish Heart
Gênero: Jazz/Rhythm and Blues/Pop



Track List

01. Sweet North
02. No Religion
03. Have I Told You Lately That I Love You?
04. Moondance
05. She Moved Through The Fair
06. The End Of The Line
07. Carrickfergus
08. What Makes The Irish Heart Beat
09. Riverdance
10. I'm Gonna Go Out Fishing
11. The Londonderry Air

Torsten Goods "Sweet North" (Live)


Torsten Goods - "No Religion" (Live)


Site Oficial: Torsten Goods MySpace: Clique Aqui

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ed Motta

2009 - Piquenique
Gênero: Funk/Soul/Pop



Escrever sobre um trabalho do Ed Motta é sempre uma lição pra lá de complicada. Desde 2003 quando trocou de gravadora, saindo da Universal e ingressando na Trama, Ed Motta trilhou pelo caminho da liberdade musical, prova disso foi o último álbum “Chapter 9” (2008), que foi cantado todo em inglês e o próprio Ed se encarregou de tocar todos os instrumentos, a meu ver foi uma das maiores mudanças na sonoridade do Ed, porém em se tratando de um gênio, o álbum caiu no gosto e agradou boa parte dos fãs. Outra prova dessa liberdade foi o samba-jazz que embalou o excelente “Aystelum” (2005), um álbum inovador e enigmático para muitos e o “Dwitza” (2000), um álbum quase todo instrumental. Mas como tudo tem um preço, Ed acabou pagando com a popularidade (se é que posso chamar assim) e agora com o seu novo trabalho em cena, ele traz um som que nos remete aos bons tempos do "Manual Prático Para Bailes, Festas e Afins" (1997), “Conexão Japeri” (1988) e “Entre e Ouça” (1992).

“Piquenique” foi produzido pelo próprio Ed Motta, em parceria com Silveira, já nas canções a ajuda é da sua esposa Edna Lopes, autora de onze das 12 letras e que também é responsável pela arte gráfica. O ponto forte do álbum é à volta as origens do músico, flertando intensamente com o funk e o soul, sem falar da pegada pop que tanto marcou a carreira do Ed. O som e as letras soam perfeitamente, com um ar de espontaneidade e alegria do começo ao fim, tudo sob medida e nada exagerado, as letras são gostosas e grudentas, sendo impossível ouvir apenas uma vez. Com participações especiais da cantora Rita Lee na letra da música “Nefertite” e da Maria Rita na sensual “A Turma da Pilantragem” – faixa que celebra Wilson Simonal – em um dueto sensacional com o Ed. Apesar de o álbum soar descontraído, Ed preza pelo som sofisticado e arranjos elaborados, usando e abusando de teclados e piano, em uma mescla de instrumentos digitais e analógicos. A prova disso são as faixas “Carência No Frio", uma balada digna de aplauso e as canções “Nicole Versus Cheng” e “Compromisso” ambas trazendo uma pegada jazzística, maravilhosas. Um ponto forte do álbum que me chamou a atenção, é justamente a liberdade – no sentido de cantar de maneira solta e despojada – Ed nem parece um cantor consagrado, seu vocal soa e transmite alegria, principalmente nas faixas “Pé Na Jaca”, “Piquenique”, “Mensalidade” e “Bel Prazer”, músicas que certamente irão embalar boas festas.



“Piquenique” tem tudo para despontar nas paradas de sucesso, vem sendo aceito pela crítica de um modo geral e celebrado entre os fãs, o lamentável fica por conta da gravadora TRAMA, que está pecando no quesito distribuição, já que o CD não chegou a boa parte das lojas pelo país, esperamos que isso seja solucionado o mais rápido possível. Ed Motta mostra por que é um músico conceituado e reverenciado, volta para o cenário musical (se é que ele saiu algum dia), com um som refinado, agradável e delicioso, relembrando os bons tempos de “Fora da Lei”, “Manoel”, “Vamos Dançar”, “Daqui Pro Méier” e tantas outras, um álbum que não merece ser apenas ouvido e sim “degustado” da melhor maneira possível. Apreciem sem moderação !

Track List

01. Minha Vida Toda Com Você
02. Mensalidade
03. Pé na Jaca
04. Carência no Frio
05. A Turma da Pilantragem (com participação da Maria Rita)
06. Piquenique
07. O Mestre e o Aprendiz
08. Nefertiti
09. Compromisso
10. Bel Prazer
11. Nicole Versus Cheng
12. Tanto Faz

Ed Motta "Mensalidade" (Estúdio Ensaio)


Ed Motta "Pé na Jaca" (Estúdio Ensaio)


MySpace Ed Motta: Clique Aqui para ouvir as músicas
Site Oficial: Ed Motta

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Hermeto Pascoal e Grupo

2003 - Mundo Verde Esperança
Gênero: Música Instrumental Brasileira


Atendendo aos pedidos do Guilherme Kenzo, estou postando um álbum do gênio brasileiro, Hermeto Pascoal.

Conhecido como “O bruxo”, é considerado por grande parte dos músicos, como um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Hermeto é conhecido pela sua capacidade em extrair música de qualquer coisa que possa produzir algum tipo de som, desde chaleiras, brinquedos de plástico e até mesmo copo com água. Nascido em Lagoa da Canoa, no interior de Alagoas, desde de pequeno se empenhou em aprender a tocar flauta e sanfona, aos 11 anos já se apresentava em forrós e feiras na companhia do irmão. Atualmente, Hermeto Pascoal apresenta-se com cinco formações: Hermeto Pascoal e Grupo, Hermeto Pascoal e Aline Morena, Hermeto Pascoal Solo, Hermeto Pascoal e Big Band e Hermeto Pascoal e Orquestra Sinfônica.

O álbum “Mundo Verde Esperança”(2003), foi gravado depois de um intervalo de 12 anos, neste trabalho Hermeto se apresenta ao lado do seu grupo musical, que o acompanha há 35 anos. Atualmente o grupo é composto por sete músicos: Hermeto Pascoal (teclado, chaleira, escaleta, berrante, copo com água, oito baixos, flauta-baixo...), Itiberê Zwarg (contrabaixo), Márcio Bahia (bateria), Fábio Pascoal (percussão), Vinícius Dorin (saxes e flautas), André Marques (piano) e Aline Morena (voz e viola caipira), além da participação da Itiberê Orquestra Família, comandada por Itiberê Zwarg (baixo) e formada basicamente por jovens músicos. Todas as músicas são inéditas e de autoria do próprio Hermeto, as canções prestam uma homenagem a seus netos e bisnetos, inclusive todas levam o nome de cada um. A única exceção é a faixa “Victor Assis Brasil”, que foi dedicada ao saxofonista que teve uma morte precoce em 1981.

O álbum segue o mesmo padrão dos outros trabalhos do multi- instrumentista, arranjos muito bem elaborados e surpreendentes, os improvisos são de uma espontaneidade que só Hermeto sabe fazer, se você está ouvindo o som do Hermeto pela primeira vez, vai ter a impressão de que tudo não passa de um emaranhado de notas e ritmos, mas com o tempo você começa a perceber a genialidade que contém no som desse músico que sempre esteve a frente do seu tempo. Não é a toa que até hoje “O bruxo”, ainda serve de referencia para os instrumentistas brasileiros e do mundo inteiro. Boa Audição !

Track List

01. Taiane
02. Celso
03. Airan
04. Uína
05. Caio
06. Taynara
07. Joyce
08. Ilzinha
09. Aluxan
10. Ursula
11. Camila
12. Renan
13. Victor Assis Brasil
14. Ailin

Site Oficial: Hermeto Pascoal

domingo, 3 de janeiro de 2010

"O Jogo do Anjo" (Carlos Ruiz Zafón)

Ficha Técnica

Escritor: Carlos Ruiz Zafón
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance
Lançamento: 2008
Páginas: 416 páginas
Acabamento: Brochura
Editora: Objetiva / Selo: Suma de Letras

A primeira postagem do Blog Jazz e Rock em 2011 será sobre um livro muito especial. Depois de ler “A Sombra do Vento” do escritor catalão Carlos Ruiz Zafón, não pensei duas vezes antes de comprar o seu último romance “O Jogo do Anjo”.

O escritor Carlos Ruiz Zafón vem destacando no cenário literário, “A Sombra do Vento” foi um sucesso, ultrapassou a marca de 10 milhões de exemplares vendidos no mundo, desde o seu lançamento em 2001. Um livro excelente em todos os sentidos, ambientado no período da primeira metade dó século XX, em Barcelona, o escritor nos leva por caminhos inimagináveis, com personagens cativantes e misteriosos, a história é narrada com detalhes e faz com que o leitor se sinta parte dela. A obra de Zafón toca no fundo da alma e mexe com o nosso sentimento diversas vezes.

Lançado em 2008, “O Jogo do Anjo” já é um sucesso literário. Apesar de não ser uma continuação do livro anterior, Zafón brinda seus leitores com cenários e personagens bem familiares. A começar pela cidade de Barcelona. O escritor volta à cidade, mas em um período anterior daquele vivido em “A Sombra do Vento”, mais precisamente década de 20. Em relação aos lugares, o leitor terá novamente o prazer de passear pela pequena e acolhedora Livraria Sempere & Filhos e o misterioso e mágico Cemitério dos Livros Esquecidos. É nesse ambiente que Zafón constrói com maestria a história do seu novo romance. Segundo o próprio Zafón, O Jogo do Anjo, é uma história de mistério e romance, e assim como A Sombra do Vento, explora e combina numerosos gêneros, técnicas e registros. Além disso, é novamente uma história de livros, de quem os faz, de quem os lê e de quem vive com eles, através deles e até contra eles.

“Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço".

Assim começa “O Jogo do Anjo”. O protagonista e narrador é David Martin, um jovem escritor que vive em Barcelona, na década de 20. David começou a sentir a dureza da vida ainda criança, com o assassinato do seu pai. O seu talento para a escrita logo se manifestou, mas as oportunidades nunca tiveram à altura do seu potencial. Jovem, desiludido profissionalmente e no amor, depois de ver Cristina – seu grande amor – ir parar nos braços de seu amigo e protetor, Pedro Vidal, herdeiro do jornal e o homem a quem era destinado o tiro que matou o pai de David. Aos 28 anos, David Martin estava habituado a vender barato o seu talento, em troca escrevia histórias em um jornal, sempre escondido atrás de um pseudônimo., também escreveu um livro, que apesar da qualidade, não vingou e a vendagem foi abaixo do esperado . Vivendo sozinho em um casarão em ruínas, o jovem escritor se vê com um problema: está gravemente doente e com poucos meses pela frente. É quando surge em sua vida Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem é um mistério, mas sua fala é mansa e sedutora. Corelli procura David, por acreditar que ele é o único escritor que pode realizar o seu pedido. O editor oferece a David muito dinheiro e promete devolver e restaurar a sua saúde. Em troca Corelli não pede pouco: sua encomenda é um livro com potencial de influenciar milhões de vidas. O pedido coloca David em um dilema que o leva a questionar as reais intenções do editor misterioso e a pensar o peso dessa decisão que poderá mudar sua vida para sempre.

O Jogo do Anjo é uma história de suspense, amor e fé. Zafón explora com maestria a cidade de Barcelona, mas de um ângulo diferente. No livro, David conhece e frequenta a livraria Sempere & Filhos e também é levado ao Cemitério dos Livros Esquecidos.

Carlos Ruiz Zafón diz que “O Jogo do Anjo” tem uma visão diferente do “A Sombra do Vento”, um dos motivos é que no anterior, a história era contada a partir da visão de um menino que estava amadurecendo, descobrindo a vida e seus mistérios e por isso ganhou um ar mais amável, agora o escritor vai além e diz que seu livro atual é mais completo. Ainda segundo o escritor, ele pretende criar uma tetralogia e que as histórias de todos os volumes se situarão em algum período entre a Revolução Industrial e o final da Segunda Guerra. O Jogo do Anjo por exemplo faz referencia a acontecimentos que vão de 1904 a 1945. O escritor diz que todos os livros poderão ser lidos de forma independente.

Como leitor, já me considero um fã da obra do Zafón. Os dois livros são excelentes, mas ao ler percebi que “O Jogo do Anjo” é mais complexo, ele aguça a nossa imaginação e assim como David fica preso em um dilema, nós também ficamos a cada descoberta. É sem dúvida uma obra completa. Boa Leitura.

Leia o primeiro capítulo do livro "O Jogo do Anjo": Clique Aqui

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Dossiê Iscariotes (Marcos Losekann)

Ficha Técnica:

Título: O Dossiê Iscariotes
Autor: Marcos Losekann
Gênero: Literatura Nacional (Romance/Policial/Ficção)
Lançamento: 2006
Páginas: 328
Acabamento: Brochura
Editora: Planeta

A primeira postagem em 2010 do Blog Jazz e Rock é uma dica livro, que alias é excelente e que marca a estréia do jornalista Marcos Losekann no concorrido mundo da ficção.

O Dossiê Iscariotes inaugura a trilogia “Entrevista com Deus”, fruto de um sonho acalentado pelo autor há quinze anos, desde quando ainda era repórter da Rede Globo em Brasília. Marcos Losekann é um leitor voraz de thrillers que misturam realidade e ficção – inclusive é um dos meus temas favoritos também – e foi nisso que Losekann apostou: criar um projeto com enredos eletrizantes que pudessem agradar os leitores mais exigentes do gênero. O jornalista preferiu buscar na história e nas questões brasileiras o cenário ideal para a sua ficção, o que não seria nada complicado para um jornalista talentoso e que trabalhou como repórter em Brasília, cobriu o julgamento dos assassinos de Chico Mendes, foi correspondente da Rede Globo na Amazônia.

Para completar o enredo da trilogia, Losekan precisaria criar um personagem com quem ele teria de conviver por muito tempo. Alguem com quem ele pudesse dividir suas lembranças, suas dúvidas, seus sonhos....E eis que surge Anderlon Gonçalves Valderês, ou simplesmente AGV, um jornalista consagrado e que está sempre em busca da sua maior reportagem. Entre idas e vindas, AGV chega a um dilema na sua carreira profissional, trocar as glórias conquistadas em alguns dos maiores jornais brasileiros por um saboroso desafio: viver na Amazônia como repórter do jornal brasiliense O Capital.

A empolgação inicial de AGV, um ateu convicto, dá lugar à desilusão. O sonho parece ter se transformado em um horrível pesadelo. Ele experimenta o sabor da derrota e vive uma crise sem precedentes. Até que, sem que lhe fosse dado o poder da escolha, o jornalista é pautado para cobrir uma rebelião na penitenciária de Manaus, porém no mesmo momento na cidade de Xapuri o seringueiro Chico Mendes é assassinado. O que parece uma simples coincidência logo se transforma na chave para um terrível segredo. À medida que avança na apuração de uma chacina de presos durante a rebelião, ele monta um quebra-cabeça que revela uma rede sem precedentes de interesses que envolvem a pedofilia na Igreja, corrupção no governo e tráfico de drogas. É nesse momento de investigação e revelações bombásticas que AGV é levado a indagar sobre sua própria fé, ele que sempre diz ser um ateu convicto, passa a ter evidências da existência de Deus. O que o jornalista não imagina, é que a partir desse momento, sua vida tomaria um rumo extraordinário e surpreendente.

AGV teria conseguido sua maior reportagem ? Uma entrevista com Deus ? Ou será tudo fruto da sua imaginação ? Bom para descobrir é só seguir os passos do jornalista em suas aventuras.

A trilogia “Entrevista com Deus” é composta pelos livros: “O Dossiê Iscariotes”, “O Segredo do Salão Verde” e “Entre a Cruz e a Suástica”. Em uma entrevista, o jornalista Marcos Losekann, disse que escreveu os três livros praticamente ao mesmo tempo e que mesmo sendo lançados em épocas diferentes, não existe uma seqüência entre os livros, são enredos e fundos históricos diferentes, sendo que, você pode ler em qualquer ordem, só que o surpreendente disso tudo é que, os livros de alguma maneira estão interligados, uma ação em um livro certamente terá uma reação no outro.

Eu tive a oportunidade de ler os três volumes e recomendo sem medo de errar, por se tratar do mesmo personagem – AVG – no decorrer da história você passa a ser mais do que um leitor, e passa a ser um seguidor do AGV, o livro aguça seu instinto jornalístico de alguma maneira, mesmo que você não perceba, talvez essa tenha sido a grande sacada da trilogia.


Onde Comprar? Lojas Americanas e Submarino

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