quarta-feira, 31 de março de 2010

Neural Code

2009 - Neural Code
Gênero: Jazz/Rock/Fusion/Música Instrumental


Seria errado dizer que o Neural Code é uma espécie de “supergrupo” ou "supertrio" ? Creio que não. A formação conta com músicos consagrados e talentosos. O trio apresenta seu primeiro trabalho, “Neural Code”, lançado em 2009 por um selo independente. O som é um dos melhores que eu ouvi ultimamente (no cenário nacional), muito improviso, um jazz/rock de tirar o fôlego. Eu particularmente não conhecia muito o som do Kiko Loureiro, até por não curti o Angra, porém nesse trabalho do trio, acabei me surpreendendo. Bom enfim, abaixo segue um texto retirado do myspace dos caras e que já diz tudo sobre o trio. Boa Audição a todos.

Formado por Cuca Teixeira (bateria), Kiko Loureiro (guitarra) e Thiago Espirito Santo (baixo), Neural Code apresenta uma eletrizante mistura de instrumental, rock e jazz, criando uma sonoridade contemporânea e brasileira. Na bagagem desses três grandes instrumentistas brasileiros nós encontramos Cuca Teixeira, um baterista de formação jazzística, que já trabalhou com gênios do Jazz como Joe Lovano, Michel Brecker e George Benson e figuras da MPB como Paula Lima, Maria Rita e Marina Lima; Kiko Loureiro, um guitarrista de rock e fusion, mundialmente conhecido por seu virtuosismo e musicalidade, que há 17 anos é o guitarrista da banda Angra; Thiago Espirito Santo, renomado contrabaixista da musica instrumental brasileira contemporânea vem para fechar o trio com seu jeito inconfundível de tocar, tendo atuado ao lado de músicos como Hamilton de Holanda, Yamandú Costa, Toninho Horta e Hermeto Pascoal. Em seu primeiro trabalho o trio apresenta oito composições inéditas concebidas em uma série de encontros informais, criando uma experiência única para todos, pois foi possível desenvolver uma linguagem totalmente nova, extraindo o melhor de cada músico e suas influências contidas no percurso de cada uma das carreiras. Assim nasceu o som do Neural Code, que é nitidamente matemático, musical e brasileiro.

Fonte: MySpace Neural Code

Track List

01. Drenal
02. For All
03. Ilusão de Ótica
04. Miró
05. Equação do Tempo
06. Sombra da Lua
07. Cangaceiro Marroquino
08. Pensativo

Neural Code "Drenal" (Programa Pontapé Inicial - ESPN Brasil)


MySpace Oficial: Neural Code

segunda-feira, 29 de março de 2010

The Brian Setzer Orchestra

2009 - Songs From Lonely Avenue
Gênero: Rockabilly



Brian Setzer é um dos meus guitarristas favoritos, principalmente por sua versatilidade e competência quando o assunto é música. Desde que conheço o som desse guitarrista, não me lembro de ter ouvido um álbum ruim, pelo contrário, a cada trabalho ele me surpreende, e dessa vez não foi diferente.

“Songs From Lonely Avenue” (2009) é o mais novo trabalho do Brian Setzer, dessa vez com uma novidade, as 13 canções do álbum foram escritas pelo próprio Brian. A inspiração? .Brian se baseou em trilhas sonoras de filmes noir dos anos 40 e 50. Esse álbum também pode ser considerado um dos mais bem orquestrados da carreira do guitarrista, o responsável por tal feito? Frank Comstock. Entre as 13 faixas, 3 são instrumentais, “Mr. Jazzer Goes Surfin'”, “Mr. Surfer Goes Jazzin'” e “Elena”

O resultado não poderia ser outro, o álbum é intenso do começo ao fim, prova disso é a faixa de abertura “Trouble Train”. Brian usou e abusou do bom humor em suas letras, além de trazer um ambiente com histórias de bandidos, crimes, paixão, desgosto, corações partidos, enfim tudo que uma boa trilha necessita. O álbum simplesmente envolve você, passando uma sensação de que você está sendo teletransportado para os anos 50. Destaque para as faixas: “Dead Man Incorporated”, “Kiss Me Deadly”, “Gimme Some Rhythm Daddy” (com participação da cantora Julie Reiten), "Lonely Avenue" e “Passion Of The Night”.

É sem sombra de dúvidas, um dos melhores e mais inovador trabalho do Brian Setzer. E para aumentar ainda mais esse lado clássico do álbum, ele também foi lançado na versão vinil.

Boa Audição.

Track List

01. Trouble Train
02. Dead Man Incorporated
03. Kiss Me Deadly
04. Gimme Some Rhythm Daddy
05. Lonely Avenue
06. King Of The Whole Damn World
07. Mr. Jazzer Goes Surfin'
08. Mr. Surfer Goes Jazzin'
09. My Baby Don't Love Me Blues
10. Love Partners In Crime
11. Passion Of The Night
12. Dimes In The Jar
13. Elena

Brian Setzer - "Trouble Train" (The Bob & Tom Show)


Brian Setzer - "My Baby Don't Love Me Blues" (The Bob & Tom Show)


Site Oficial: Brian Setzer

sábado, 27 de março de 2010

"O Símbolo Perdido" (Dan Brown)

Ficha Técnica:

Titúlo: "O Símbolo Perdido" (The Lost Symbol)
Escritor: Dan Brown
Gênero: Romance
Lançamento: 2009
Páginas: 512
Acabamento: Brochura
Selo: Sextante

Continuando o projeto "Resenha de Livros", hoje a resenha é o sobre um dos livros mais aguardados de 2009. "O Símbolo Perdido" (Dan Brown). Eu não li ainda, mais quem enviou a resenha foi minha noiva Gislaine, que leu e depois de muita insistência da minha parte, escreveu sobre.

Por Gislaine dos Santos

Pra mim Dan Brown é o melhor escritor, e o Robert Langdon o melhor personagem fictício. Um escritor polêmico por citar em suas obras Ciência e Religião. Uma das 100 pessoas mais influentes no Mundo.

Acho que isso a maioria já deve saber, "O Símbolo Perdido", não é uma continuação de "Anjos e Demônios", nem do "Código da Vinci", porém todos têm o mesmo personagem incomum, Robert Langdon.

Langdon é um simbologista, professor da Universidade de Havard, ele ensina Iconografia Religiosa e Simbologia. Em “O Símbolo Perdido” Langdon é convidado por seu amigo Peter Solomon a dar uma palestra em um instituto de Washington.Chegando no capitólio, Robert vem contando os minutos pois não pode se atrasar, afinal veio a pedido de seu grande amigo maçom.

Porém ao chegar percebe algo de errado, foi enganado, não havia palestra, não havia nada, ao procurar respostas para o que houve, descobre que seu amigo na verdade está desaparecido. Peter Solomon é um maçom de um alto grau, o que poderia ter acontecido!? Robert ouve gritos no meio da rotunda, ao se aproximar percebe uma mão ensaguentanda no meio, é a mão direita de Peter, e apontando para um quadro de 1865, Robert entende no exato momento o significado disso.

Nesse momento Robert Langdon está encrencado, pois o homem que seqüestro seu amigo, acha que somente ele pode desvendar os mistérios maçons e mais que isso acha que ele poderá ajudá-lo a desvendar o segredo maçom capaz de dar poderes sobrenaturais a ele. Robert é ajudado por Katherine, irmã de Peter, uma pesquisadora da ciência noética, a partir daí, precisam decifrar símbolos, mistérios ocultos e achar pistas onde para qualquer outro seria invisíveis, até mesmo para a CIA. Passando pelos principais pontos da capital norte americana, Robert e Katherine recebem ajuda, o professor precisa utilizar todo o seu conhecimento sobre os maçons.

Esse livro é um dos poucos, onde o começo é bom, o meio é bom, e o final melhor ainda, não encontrei nenhuma parte dele que eu pudesse pensar, poxa que parte chata, é eletrizante do inicio ao fim, Robert sem duvida nenhuma é um herói, inteligente como é, e totalmente calmo, tem uma habilidade fora do normal para solucionar problemas. Dan Brown nos mostra rituais, histórias e símbolos ligados a maçonaria, na trama é contado algumas partes da bíblia ao qual estamos acostumados a ler ou ouvir, mas como o livro nos ‘diz’ existem mistérios ainda a revelar... apocalipse não é o fim, e sim apenas uma revelação. Por Dan Brown Washington parece ser tão fascinante e misteriosa quanto o Vaticano.

Segundo andei pesquisando, como "O Código Da Vinci" e "Anjos e Demônios", "O Símbolo Perdido" também ganhara uma adaptação, a Columbia Pictures está começando a mecher os pauzinhos, e já está confirmado Tom Hanks novamente como o Langdon.

Agora é torcer e aguardar, e fica uma dica, leiam o livro, como eu disse inicialmente na verdade não é uma continuação, então se alguém não leu o "Anjos e Demônios" ou o "Código da Vinci", não tem problema pode ler "O Símbolo Perdido", e conheça as aventuras e encrencas que o Professor e Mergulhador de Havard apronta.

Entrevista: Dan Brown fala sobre o "O Símbolo Perdido".

quarta-feira, 24 de março de 2010

Chickenfoot

2009 - Chickenfoot
Gênero: Hard Rock



Explosivo. Assim defino o som da “superbanda” Chickenfoot. A exemplo do Them Crooked Vultures que surgiu para o cenário cercado de expectativas e com músicos consagrados, com o Chickenfoot não foi diferente. O nome está longe de ser chamativo ainda mais para uma banda de hard rock. Porém o que chama mesmo a atenção é a formação: Sammy Hagar (vocal) Michael Antohony (Baixo), ambos ex-Van Halen, Joe Satriani (Guitarra) e o Chad Smith (Bateria), ex-Red Hot Chilli Peppers.

O projeto inicialmente surgiu como uma brincadeira e acabou se transformando em banda e conseqüentemente no lançamento do primeiro álbum, “Chickenfoot”. O som é empolgante, com riffs pesados, groove e boas letras. Apesar de soar um som atual, a atmosfera é setentista e o que se vê é o bom e velho rock e algumas pitadas de blues e funk. Destaque para todos os músicos, Sammy Hagar apresenta um vocal equilibrado, com um timbre muito bom e agressivo na hora necessária, por outro lado Joe Satriani dispensa apresentações, um guitarrista consagrado e considerado virtuoso, no Chickenfoot tem um papel decisivo, com riffs pesados e solos bem elaborados, o baixista Michael Antohony não faz por menos, ao mesmo tempo que acompanha a batida clássica do hard rock, ele da o seu toque especial com grooves bem feitos e bem perceptíveis e por fim o baterista Chad Smith que também se sobressai em vários pontos do álbum.

As músicas em sua maioria são empolgantes, o álbum começa com “Avenida Revolution”, um excelente cartão de visita e depois continua com uma sequencia bombástica, “Soap on a Rope”, “Sexy Little Thing” e “Oh Yeah”. Destaque também para “Get it Up”, "Down the Drain", “My Kinda Girl” e a balada “Learning To Fall”.

O desejo de todo amante do rock é que esses supergrupos continuem surgindo e nos presenteando com tamanha qualidade. O rock de hoje não soa nem perto do antigo, por isso acho importante essas formações, eles trazem o som do passado a tona e de uma maneira única. Afinal são mestres no assunto. Infelizmente não da para saber se vão continuar depois desse álbum, assim como o Them Crooked Vultures, esperamos que sim.

Não poderia deixar de citar, quem me indicou o som do Chickenfoot, foi meu brother Daniel Duarte.

Boa Audição !

Track List

01. Avenida Revolution
02. Soap on a Rope
03. Sexy Little Thing
04. Oh Yeah
05. Runnin’ Out
06. Get It Up
07. Down the Drain
08. My Kinda Girl
09. Learning to Fall
10. Turnin’ Left
11. Future in the Past

Chickenfoot "Sexy Little Thing"


Site Oficial: Chickenfoot

segunda-feira, 22 de março de 2010

John Pizzarelli - Rockin' In Rhythm: A Tribute To Duke Ellington



John Pizzarelli está de volta, com mais um trabalho sensacional. Assim como homenageou Nat King Cole, Frank Sinatra e em seu último álbum gravou canções do compositor americado Richard Rodgers. Agora Pizzarelli apresenta um tributo ao pianista Duke Ellington.

Por enquanto não vou fazer a resenha do álbum, pois é apenas um aperitivo, mais posso adiantar que o álbum está maravilhoso. Ouvir clássicos do Duke Ellington com o toque genial do John Pizzarelli é bom demais.

Ouça a música: "In A Mellow Tone" (John Pizzarelli - A Tribute To Duke Ellington)


O álbum será postado o mais breve possível aqui no Blog Jazz e Rock. Aguardem !

Site Oficial: John Pizzarelli

sábado, 20 de março de 2010

Jacob do Bandolim

1967 - Vibrações
Gênero: Choro


Lançado em 1967, o disco “Vibrações” é considerado um dos melhores discos de choro de todos os tempos e consequentemente da carreira do bandolinista Jacob do Bandolim. Acompanhado pelo Conjuto Época de Ouro, que o próprio Jacob havia criado e que continuam na ativa até hoje, na época era formado por um time de primeira classe, além do Jacob, Dino (violão 7 cordas), César Faria e Carlinhos (violão 6 cordas), Jonas (cavaquinho), Gilberto D’Avila (pandeiro) e Jorginho (percussão). No repertório três canções inéditas do Jacob, “Vibrações”, “Receita de Samba” e “Pérolas”, a canção “Ingênuo” e “Lamento” são temas de Pixinguinha, “Assim Mesmo” é de autoria do clarinetista e saxofonista Luiz Americano, Jacob e o Conjuto Época de Ouro prezaram em apresentar canções de compositores pouco conhecido, assim a música “Cadência” do bandolinista Joventino Maciel e “Murmurando” do saxofonista Otaviano Maciel. As canções inéditas “Fidalga”, “Vésper”, que nunca foram gravadas antes e as canções “Floraux” e “Brejeiro”, são de autoria do compositor Ernesto Nazaré.

Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolim, nasceu no Rio de Janeiro, filho de pai capixaba e mãe polonesa, ganhou seu primeiro instrumento aos 12 anos, um violino, porém não se adptou ao arco do instrumento, depois de arrebentar várias cordas do instrumento e por indicação de uma amiga da familia, Jacob ganhou o seu primeiro bandolim. Não teve professor, sempre foi autodidata. Tentava repetir no bandolim trechos de melodias cantaroladas por sua mãe ou por pessoas que passavam na rua. Aos 13 anos, da janela de sua casa, escutou o primeiro choro, “É do que há”, composto e gravado por Luiz Americano. Era tocado no prédio em frente, onde morava uma diretora da gravadora RCA. "Nunca mais esqueci a impressão que me causou", afirmaria Jacob, anos mais tarde. O conjunto Época de Ouro foi criado no final dos anos 50, Jacob ainda gravava com o Regional do Canhoto, mas tinham dificuldades de se reunir para ensaiar em função da agenda lotada do grupo que era disputado por todos os grandes cantores. A última participação do Regional do Canhoto com Jacob foi no LP “Na Roda de Choro” gravado em março de 1960. Na sua concepção, Jacob necessitava de um grupo de músicos que o acompanhasse e que se reunisse com ele quando necessário. Assim estava criado o Época de Ouro, um grupo de músicos de caráter exclusivo e com o feitio de Jacob.

Track List

01.Vibrações
02.Receita de Samba
03.Ingênuo
04.Pérolas
05.Assim mesmo
06.Fidalga
07.Lamento
08.Murmurando
09.Cadência
10.Floraux
11.Brejeiro
12.Vésper

Site Oficial: Jacob do Bandolim

Parte das informações contidas no texto foram retiradas do site oficial.

sexta-feira, 19 de março de 2010

...





Nesse momento o rei do blues deve estar tocando sua Lucille e levando ao publico ao delírio com boas músicas e com conversas descontraídas.

Se essa postagem tivesse um titulo, certamente seria “Desabafo”, parece até estranho falar disso em um blog de download, porém foi o único lugar que achei adequado pra isso. Mesmo que ninguém leia, me fez bem poder falar o que eu estou sentindo e de alguma maneira colocar isso para fora.

Esperei muito por esse 19 de março de 2010, era o dia em que eu ia finalmente assistir um show do BB King. Desde o anuncio da sua vinda, me cerquei de expectativas e esperança. Primeiro por que estava desempregado e ir ao show com o valor dos ingressos nas alturas seria muito complicado, foi então que consegui o valor emprestado com meu avô, mas na ocasião como eu não estava em São Paulo, e pedi para que minha noiva comprasse o ingresso pra mim. Aparentemente tudo estava indo de vento em polpa, com o ingresso na mão era só esperar o grande dia.

Na semana que antecedeu o show a expectativa só aumentou, já era possível ver matérias na TV e na Internet sobre os shows do BB King. No dia 16/03 o rei fez a sua primeira apresentação no Rio de Janeiro, logo depois saiu uma matéria sobre o show e serviu para que a ansiedade fosse ainda maior. No dia 18/03 eu e minha noiva pesquisamos a rota certa para chegar ao Via Funchal, estava tudo planejado, mas já não parecia tão fácil assim.

A estação mais próxima do Via Funchal é a da Vila Olímpia, para chegar nela eu precisava fazer uma peregrinação pelo metrô. Minha “viagem” começaria na estação do Tietê e chegaria até a Luz. Lá eu teria que fazer a primeira baldeação para a estação Barra Funda, feito isso pegaria a linha diamante até a estação Pres. Altino. Chegando lá teria que fazer outra baldeação, para a linha esmeralda na estação Ceasa e desceria na Vila Olímpia. Da estação até o Via Funchal (pelo mapa) parecia uma longa caminhada.

Apesar de nunca sequer ter passado nesses lugares e nem andado pelas ruas de São Paulo, achei que era possível, até por que minha noiva anotou tudo e na ida iria comigo, já que ela iria trabalhar e conseguiria voltar pelo metrô até o local do trabalho. O meu receio era na volta, primeiro pela caminhada do Via Funchal até a Estação, até por que andar em São Paulo ás 23:00hrs, sozinho e por um lugar totalmente desconhecido, causa uma certa preocupação. Porém mesmo assim estava decidido a ir, já que na volta pelo metrô era só se informar nas estações para não errar o caminho.

Chegou o tão esperado dia, porém não imaginava o que estava para acontecer. Durante a tarde fui ver os últimos detalhes e para minha surpresa e decepção os horários de funcionamento do metrô de São Paulo são horríveis. O show estava marcado para 21:30 horas, certamente não começaria pontualmente, supondo que a duração do show seria um pouco mais de 1 hora e meia, e calculando o tempo de caminhada do Via Funchal até a estação para pegar o metrô e a cada baldeação ter que procurar alguém para conseguir informação, certamente não daria tempo. O detalhe é que eu teria que fazer tudo isso em pouco mais de meia hora. Impossível. Restava uma alternativa: Carro. Porém era inviável, tudo por que São Paulo viveu mais um dia de caos, com chuva, engarrafamento e alagamento, nenhuma novidade obviamente.

A conclusão é que mesmo com o ingresso na mão, eu perdi o show mais esperado da minha vida. Assistir o BB King ao vivo era um sonho e que durante meses parecia real e em questão de 2 horas desapareceu completamente. Enquanto BB King subia no palco, eu estava a caminho de casa, dentro do ônibus, preso no congestionamento da Marginal Tietê e depois da Via Dutra.

Isso tudo foi como um sonho, que veio sendo construído desde os tempos em que comecei a ouvir o som do BB King, depois o desejo de ir a um show, a oportunidade, a chance única e estar com o ingresso na mão, mas em poucas horas tudo desmoronou na minha frente. Talvez para muitas pessoas não significa nada, “Ahh é apenas um show de um velho que toca guitarra”, é o que muita gente pensa, mais para quem é fã e curte música, esse show vai muito além disso, é até difícil resumir em uma palavra a importância dele.

O que me restou? O ingresso ! Vou guardá-lo de recordação e para me lembrar que esse sonho não se realizou.

Sobre esse texto gigante, serviu como um bom desabafo e me ajudou a colocar isso tudo pra fora. Até por que as pessoas que estão em minha volta dificilmente vão entender o que esse show significava e o tamanho da sua importância. A única que entendeu foi minha noiva. O dinheiro nessas horas é irrelevante, pois isso é recuperável, agora o show do BB King é irrecuperável.

Abraço.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mike Stern

2006 - Who Let The Cats Out?
Gênero: Jazz Fusion



Não sei quem aqui já passou por isso. Eu na verdade estava procurando o primeiro álbum em que o Marcus Miller tocou com o trompetista Miles Davis – na sua fase fusion - e enquanto ouvia as músicas e ficava maravilhado com o som, comecei a perceber cada instrumento e na ocasião o guitarrista me chamou muito atenção. O jeito de tocar, o improviso e a forma intensa com que ele acompanhava a banda. Depois de ouvir fui pesquisar e acabei me surpreendendo ainda mais. De certa forma foi um jeito inusitado de conhecer o som do guitarrista e compositor Mike Stern.

“Who Let the Cats Out?” (2006) é o penultimo trabalho do guitarrista. A qualidade das músicas e o instrumental impressionam, não existe nenhuma que pode ser considerada “fraca”, todas são de altíssimo nível. Mike Stern trouxe para o seu trabalho um time de feras, começando pelo baterista Dave Weckl, os baixistas Richard Bona (vocal), Victor Wooten, Anthony Jackson, Meshell Ndegocello e no baixo acústico Chris Minh Doky, os saxofonistas Bob Franceschini e Bob Malach, no piano e sintetizador Jim Beard, na harmônica Gregoire Maret, no trompete Roy Haegrove e a baterista Kim Thompson, a única mulher na banda.

Considero Mike como um técnico de futebol, ele soube administrar um time de galácticos, e essa comparação é bem lógica. Cada música do álbum conta com uma formação diferente, o que foi sem dúvida uma idéia de mestre, onde Mike visou aproveitar ao máximo toda qualidade que tinha a sua disposição. Bom o resultado não precisa dizer que é excelente. “Tumble Home” é uma música contagiante, com uma pegada voltada para o funky, um sax imponente, a base e o solo de guitarra perfeitos de Mike e a grooveira do baixo acústico de Chris Minh. Em “KT” quem dita o ritmo é a baterista Kim Thompson, com muita pegada, ela demonstra sua qualidade, porém quem rouba a cena é o trompetista Roy Hargrove. “Good Question” apresenta o baterista Dave Weckl e o baixista Richard Bona, que simplesmente detona no baixo e no scat. Em “Language” Richard Bona continua demonstrando sua genialidade, com outra apresentação fantástica. “Leni Goes Shopping” é uma canção que foi escrita pela esposa do Mike. “Roll With” é outra música que tem uma pegada mais funkeada, destaque para o saxofonista Bob Malach. “Texas” é o que posso chamar de grudenta, impossível ouvir apenas uma vez, o destaque vai para Gregoire Marte que faz uma apresentação fantástica na harmônica (gaita). “Who Let The Cats Out?” é a única música em o trompetista Roy Hargrove aparece, nessa faixa todos participam, cada um faz uma apresentação solo, o resultado é uma música improvisada do começo ao fim. Sem dúvida uma das melhores do álbum. “Blue Runway” encerra o álbum com chave de ouro, uma música carregada de energia, conduzida pelos solos estonteantes de Mike Stern, aliado a precisão de Dave Wickl e Antohny Jackson e o sax refinado de Bob Franceschini. Porém o álbum reserva momentos ainda mais surpreendentes, como as duas baladas, a primeira é “We'Re With You”, aonde Mike da um toque acústico com seu violão, uma das músicas mais sentimentais do álbum. Em seguida “All You Need” outra belíssima canção, porém dessa vez Richard Bona novamente traz a tona seus scats, enquanto Mike evoca um solo envolvente da sua guitarra.

Como eu disse lá no começo, não existe nenhuma música que pode ser considerada fraca, essa jogada que Mike fez em cada música fez a diferença, ele soube trabalhar com cada músico, encaixando perfeitamente, por isso que todas as músicas soam tão especiais e com um instrumental tão refinado e preciso. “Who Let the Cats Out?” é um álbum que merece toda atenção, um trabalho primoroso e com certeza irá satisfazer os mais exigentes. Boa Audição !

Track List

01. Tumble Home
02. Kt
03. Good Question
04. Language
05. We'Re With You
06. Leni Goes Shopping
07. Roll With It
08. Texas
09. Who Let The Cats Out ?
10. All You Need
11. Blue Runway

Mike Stern - guitarra/violão
Dave Weckl - Bateria
Kim Thompson - Bateria
Richard Bona - Baixo/Vocal
Bob Malach - Saxofone
Bob Franceschini - Saxofone
Roy Haegrove - Trompete
Victor Wooten - Baixo
Anthony Jackson - Baixo
Meshell Ndegocello - Baixo
Chris Minh Doky - Baixo Acústico
Gregoire Maret - Harmônica
Jim Beard - Piano/Sintetizador

Site Oficial: Mike Stern

terça-feira, 9 de março de 2010

A prolíficua carreira do genial Nels Cline, guitarrista do Wilco, nos campos da improvisação livre !!!

Poucos fãs do Wilco, excelente banda americana de rock alternativo, sabem da trajetória do seu atual guitarrista e arranjador principal: o multifacetado Nels Cline. Poucos sabem, por exemplo, que Cline não começou sua carreira musical em uma banda de rock, mas sim no cenário da livre improvisação em Los Angeles, no final dos anos 70. Ora, sabemos que o termo e o estilo da “livre improvisação” ou “free improvisation” advêm da estética do Free Jazz, estilo de jazz cacofônico fundado pelo saxofonista Ornette Coleman nos anos 60, e Nels Cline, desde sua adolescência, passou à cultivar o gosto não só pelo rock da sua época – época essa que trouxe ao mundo a fúria e a frieza do punk, da new wave e do hardcore –, mas também foi atraído pelos ruídos e pela cacofonia dessa música totalmente improvisada que fora originada da experimentação jazzística. A sua primeira aparição como guitarrista e sideman, por exemplo, foi aos 22 anos no disco Openhearted, lançado em 1978 pelo vanguardista saxofonista Vinny Golia. Desde então, Cline já participou de mais de 70 discos – dentre os quais se destaca as suas colaborações com o saxofonista Tim Berne e a Liberation Music Orchestra, do contrabaixista Charlie Haden –, imprimindo uma carreira que aborda do free jazz à música experimental e ao noise, passando também pelo rock alternativo, pelo pop e pela country music.

Em seus mais de 30 anos de carreira, pode-se dizer que Nels Cline já alcançou sua merecida fama e prestígio por lançar trabalhos primorosos na área da improvisação de categoria denominada avant-garde. Nesse campo estritamente instrumental, o estilo de Cline é denominado por uma improvisação que ora pode soar totalmente livre e cacofônica, ora pode soar estruturada e melódica; assim como há discos onde suas criações soam ora jazzísticas e outrora imprimem uma roupagem mais “punk-rock”, psicodélica ou até noise mesmo, muitas vezes com o uso de efeitos eletrônicos ou manipulação eletroacústica. Atuando nessa linha de trabalho, um dos seus grupos que mais ficou conhecido pelo público e já foi amplamente exaltado pela mídia especializada, por exemplo, é o Quartet Music, com o baterista Alex Cline (seu irmão), o contrabaixista Eric Von Essen e o violinista Jeff Gauthier. Além desse quarteto, outro grupo de “free improvisation” que se solidificou e produziu trabalhos interessantes foi o Nels Cline Trio: com ele na guitarra, Mark London Sims no contrabaixo e Michael Preussner na bateria (posto que seria ocupado também pelos bateristas Bob Mair e Mike Watt). Mas Nels Cline já lançou outros trabalhos bem interessantes e oportunos com bandas, grupos e parcerias que não foram formados para se solidificarem ou que foram formados apenas ocasionalmente: é o caso dos trabalhos com o Acousti Guitar Trio (com três guitarras acústicas), a parceria com o guitarrista Thurston Moore (da legendária banda Sonic Youth) nos discos experimentais In-Store e Pillow Wand, bem como a parceria com o baterista Gregg Bendian no fantástico disco Interstellar Space Revisited: The Music of John Coltrane, uma releitura psicodélica da suite Interstellar Space, lançada pelo saxofonista John Coltrane em sua fase free jazz, pouco antes de falecer em 1967

Afora esses projetos instrumentais, vale lembrar que Nels Cline sempre foi bem antenado com bandas de rock alternativo que imprimem uma roupagem mais experimental e original: além de ter trabalhado com Thurston Moore, do Sonic Youth, ele tambem foi membro dos Geraldine Fibbers, banda de country-rock moderno fundada pela cantora Carla Bozulich. Com um currículo de experiências vastas e sua já conhecida versatilidade, em 2004 Nels Cline seria convidado para assumir o posto de guitarrista principal da banda Wilco que, inicialmente influenciada pelo country e folk, estabeleceu-se como uma das principais bandas do rock alternativo dos anos 90 e 2000. Ademais, a não perder está seu mais recente solo, o álbum Coward, lançado em 2009, com faixas inspiradas em suas principais influências: como as compositoras de jazz Carla Bley e Annette Peacock, o compositor erudito Steve Reich e camaradas como Thuston Moore e Jeff Gauthier, dentre outras influências.


Ouça no Farofa Moderna MTV: “Saturn” (do disco Interstellar Space Revisited, homenagem à John Coltrane lançada em 2001, em pareceria com o baterista Gregg Bendian), “Little Shaver” ( do disco Sad, lançado em 1998 com o Nels Cline Trio) e “Thurston County (faixa do disco Coward, de 2009, composta em homenagem à Thurston Moore). Ouça Aqui no Farofa Moderna MTV. Boa Viagem

segunda-feira, 8 de março de 2010

Iron Maiden anuncia novo álbum: “The Final Frontier”

O Iron Maiden anunciou hoje o lançamento do 15º álbum e revelou detalhes sobre a turnê que a banda irá fazer nos EUA e Canadá. Sobre o álbum, ele está previsto para o segundo semestre de 2010 e que já foi batizado de “The Final Frontier”. O último álbum de inéditas lançado pela banda foi em 2006, "A Matter of Life and Death".

Um site da Bulgária dedicado ao Iron Maiden divulgou em primeira mão o provável track list do novo álbum. Porém de acordo com o site as informações ainda não foram confirmadas.

Abaixo segue a tabela com os prováveis títulos das músicas (divulgados pelo site).

(Clique na Imagem para Ampliar)

Sobre a turnê, a informação mais detalhada é sobre os shows nos EUA e no Canadá, que será realizada entre os dias 09 de Junho à 20 de Julho. No site oficial a banda divulga todas as datas da "The Final Frontier 2010 North American Tour". Depois a Donzela segue para a Europa, onde participará de alguns festivais e continuará a turnê, inclusive com alguns shows já marcados a partir de 30 de Julho. A idéia é ampliar a turnê para 2011, porém até agora não há nenhuma informação a respeito de possíveis shows na América do Sul.

Em uma entrevista recente, o vocalista Bruce Dickinson conta que a banda está trabalhando no set list para os shows de verão e que desta vez ele vai cobrir toda a história da banda e que estará tocando uma prévia do novo álbum. Bruce afirma que já pensaram sobre o projeto sobre o novo palco da Final Frontier Tour e do espetáculo que estamos preparando para levar a todos, portanto, essa turnê de verão será um pouco mais que um preview para os fãs. Certamente teremos um palco fantástico nesta tour, com um novo Eddie e um espetáculo de luz!.

Fonte: Whiplash

Bom creio que a turnê ainda irá demorar para chegar até nós. Todo caso a expectativa fica em torno do novo álbum. Será que a banda manterá a linha do "A Matter of Life and Death" ou não ? Será que a Donzela irá buscar uma inovação ?? Acho pouco provável isso. Façam suas apostas !!

Site Oficial: Iron Maiden

domingo, 7 de março de 2010

Dica de Filme: "The Godfather" (1972)


Hoje o mundo inteiro está voltado para a maior festa do cinema, o Oscar. E nada melhor do que falar sobre um filme, que eu considero o melhor da história e que em 1973 teve seis indicações ao Oscar e levou três (Melhor Filme, Melhor Ator “Marlon Brando” e Melhor Roteiro Adaptado).

O filme é baseado no best-seller de Mario Puzo, ele que foi contratado pela Paramount para escrever o roteiro e que depois de pronto não foi usado, a produtora alegava que tal história não teria êxito naquele momento. Então Puzo lançou o roteiro em forma de livro e tempos depois o romance “The Godfather” se transformou em um best-saller, o que imediatamente chamou a atenção e o interesse da Paramount para produzir o filme. A ideia era ser fiel e mais popular que o livro de Puzo, o encaregado para tal tarefa seria o diretor Francis Coppola. A verba destinada a produção seria de apenas 2,5 milhões e para diminuir os gastos a ideia da produtora era de que o filme passaria na década de 70, o que seria diferente do livro. Coppola não concordou e batalhou para que o filme fosse ambientado nas décadas originais do texto de Puzo, portanto 40 e 50.

O elenco de todos os filmes da triologia são fantásticos, porém nesse primeiro o destaque é todo de Marlon Brando, que interpreta Don Vito Corleone, simplesmente o mafioso mais conhecido do cinema, uma interpretação digna de aplauso e que marcou sua carreira. A ideia de tê-lo como ator principal foi do diretor, mas não foi uma tarefa fácil, pois Brando carregava uma imagem de ator irresponsável e polêmico. Coppola era um visionário, deu o papel a Brando e escolheu o então desconhecido Al Pacino para o segundo papel mais importante do filme, o do Michael Corleone.

Como disse, o filme é uma triologia, o que eu estou postando hoje é a primeira parte, lançada em 1972. A segunda parte, lançada em 1974, é de certa forma dividida em duas histórias. Uma relata a continuação da Familia Corleone e os novos negócios. Em meio a isso, o filme conta a história de Vito Andolini (Don Corleone), porém vai na Sicilia para contar sobre sua infância, a vinda dos imigrantes para Nova York e como o Império Corleone começou a ser arquitetado. A terceira parte, lançada em 1990 e faz um flashback dos momentos vividos pela Familia Corleone e evidência claramente o rumo que a Familia tomou, uma das mudanças foi “Fundação Vito Corleone”, criada pelo seu filho Michael Corleone.

“The Godfather” é um filme que todos deveriam assistir pelo menos uma vez na vida, não só por sua importância, mais por ser um filme maravilhoso, com atores de auto nível e um roteiro que fez dele um clássico incomparável e inigualável.

Sinopse:

Como disse, a história desse primeiro filme, é baseada no romance de Mario Puzo. Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma “familia” de Nova York. O momento é de pura felicidade, pois sua filha Connie se casou com Carlo. Mas durante a festa, Bonasera está no escritório de Don Corleone pedindo que a justiça fosse feita contra membros de uma quadrilha, que espacaram sua filha por ela ter se recusado a fazer sexo e assim preservando sua honra. Don Corleone questiona a forma como Bonasera faz o pedido, porém promete que os homens que maltrataram sua filha, serão severamente castigados. Antes de sair, Don Corleone deixa claro que algum dia poderá chamar Bonasera para que o “favor” seja devolvido.

Do lado de fora, no meio da festa, está o terceiro filho de Vito, Michael (Al Pacino), um capitão da marinha muito decorado que há pouco voltou da 2ª Guerra Mundial. Universitário educado, sensível e perceptivo, ele quase não é notado pela maioria dos presentes, com exceção de uma namorada da faculdade, Kay Adams, que não tem descendência italiana mas que ele ama. Em contrapartida há alguém que é bem notado, Johnny Fontane, um cantor de baladas românticas que provoca gritos entre as jovens que beiram a histeria. Don Corleone já o tinha ajudado, quando Johnny ainda estava em começo de carreira e estava preso por um contrato com o líder de uma grande banda, mas a carreira de Johnny deslanchou e ele queria fazer uma carreira solo. Por ser seu padrinho Don Corleone foi procurar o líder da banda e ofereceu 10 mil dólares para deixar Johnny sair, mas teve o pedido recusado. Assim, no dia seguinte Don Corleone voltou acompanhado por Luca Brasi, um capanga, e após uma hora ele assinou a liberação por apenas mil dólares, mas havia um detalhe: nas "negociações" Luca colocou uma arma na cabeça do líder da banda. Agora, no meio da alegria da festa, Johnny quer falar algo sério com Don Corleone, pois precisa conseguir o principal papel em um filme para levantar sua carreira, mas o chefe do estúdio, Jack Woltz, nem pensa em contratá-lo. Nervoso, Johnny começa a chorar e Don Corleone, irritado, o esbofeteia, mas promete que ele conseguirá o almejado papel. Enquanto a festa continua acontecendo, Don Corleone comunica a Tom Hagen (Robert Duvall), seu filho adotivo que atua como cosiglerie, que Carlo terá um emprego mas nada muito importante, e que os "negócios" não devem ser discutidos na sua frente. Os verdadeiros problemas começam para Don Corleone quando Virgil Sollozzo, um gângster que tem apoio de uma família rival, encabeçada por Phillip Tattaglia e seu filho Bruno. Sollozzo, em uma reunião com Don Corleone, Sonny e outros, conta para a família que ele pretende estabelecer um grande esquema de vendas de narcóticos em Nova York, mas exige permissão e proteção política de Don Corleone para agir. Don Corleone odeia esta idéia, pois está satisfeito em operar com jogo, mulheres e proteção. O que parece um caso simples de se resolver, passa a ser apenas uma ponta do iceberg e que irá encadear uma luta sangrenta e sem precedentes para as “Famílias”.

Ficha Técnica:

Titulo Original: The GodFather
Titulo no Brasil: O Poderoso Chefão
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 157 min
Ano de Lançamento: 1972
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures
Direção: Francis Coppola
Música: Nino Rota

Elenco:

Marlon Brando (Don Vito Corleone)
Al Pacino (Michael Corleone)
Robert Duvall (Tom Hagen)
Diane Keaton (Kay Adams)
Richard S. Castellano (Peter Clemenza)
James Caan (Santino "Sonny" Corleone)
Sterling Hayden (Capitãoo McCluskey)
Talia Shire (Connie Corleone Rizzi)
John Marley (Jack Woltz)
Richard Conte (Emilio Barzini)
Al Lettieri (Sollozzo)
Abe Vigoda (Sal Tessio)
Gianni Russo (Carlo Rizzi)
John Cazale (Frederico "Fredo" Corleone)
Morgana King (Mama Corleone)
Lenny Montana (Luca Brasi)
Alex Rocco (Moe Greene)
Tony Giorgio (Bruno Tattaglia)
Victor Rendina (Phillip Tattaglia)
Salvatore Corsitto (Bonasera)
Al Martino (Johnny Fontane)

"The Godfather" (Cena Inicial)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Third World Love

2006 - Sketch of Tel Aviv
Gênero: Jazz/Latin Jazz/Fusion/African



Creio que muitos aqui já conhecem o Third World Love, pois já faz algum tempo que postei um álbum deles no blog.

Para quem não conhece, a banda tem como base na formação três músicos israelenses, Avishai Cohen (trompete), Yonatan Avishai (piano) e Omer Avital (baixo). Ambos foram para Nova Iorque onde mergulharam literalmente no mundo do jazz. Em 2004 o musico nova-iorquino Daniel Freedman (bateria) se juntou ao trio em Barcelona para uma turnê, foi a partir desse ponto que o quarteto despontou para o cenário jazzístico.

“Sketch of Tel Aviv” é mais um trabalho que confirma a qualidade e a criatividade desses músicos. A sonoridade como sempre é riquíssima, uma fusão entre a música do Oriente Médio, Africana, Latina e o Jazz Americano. Tudo isso na mais perfeita sincronia. Porém nesse trabalho é possível notar alguns toques diferenciado como por exemplo, na música “A Touch of Tahini”, que começa com uma introdução feita pelo baixista Omer Avital e que tem um toque de influência judaica e que flerta com a música latina. É maravilhoso. Na segunda faixa – “Sketch of Tel Aviv” – o cenário é um pouco diferente, o toque agora é digamos americanizado, uma forte influência do jazz que é reforçada por solos de trompete e flerta diretamente com o funk. Parece coisas inusitadas, mais essa é a grande carta na manga do Third World Love, a improvisação sem limites. O trompete de Avishai Cohen soa avassalador em “Suite African 2”, porém longe de solos estonteantes, o que se percebe são notas precisas, porém curtas e acompanhamento da banda deixa o clima propício para que o trompetista improvise. “Hareshut” começa com uma introdução solo feita por Omer Avital no oud. No decorrer da música é notável a influência da música oriental e também vale ressaltar a participação do cantor e compositor israelense Eviatar Banai nos vocais. A faixa seguinte é um show a parte do trompetista Avishai Cohen. “S'ai N'wai” dura pouco mais de 11 minutos, começa com uma introdução solo do trompetista, mais logo os demais músicos o acompanham. Não sei bem ao certo como definir essa música. No mais o que chama atenção é a participação dos músicos, destaque para apresentação impecável do pianista Yonatan Avishai. A faixa “Horizon” é curiosa por uma motivo, o vocalista (que eu não sei quem é) faz lembrar o jeitão de cantar do Chet Baker, porém cantando em hebraico, imagine a cena (risos). Com certeza quando você ouvir vai notar a semelhança. “Suzanna” tem uma clima mais cadenciado, diria que é a música balada do álbum, o piano coeso e ditando o ritmo e ao fim um instrumento com uma sonoridade eletrônica, bem interessante por sinal. Por fim “Three Four”, que na minha opinião encerra esse belíssimo trabalho de maneira digna.

Quem nunca ouviu o som do quarteto Third World Love, com certeza tem tudo para se surpreender, como se não bastasse esse conjunto maravilhoso de influências fazendo com que o som seja algo único e criativo, a banda ainda tem um outro pensamento que certamente ajuda e muito, cada músico é o líder do quarteto e todos tem a sua parcela no projeto, de alguma forma, desde o repertório até a produção. Isso conta e muito para esse sucesso mais do que merecido. Boa Audição !

Track List

01. A Touch of Tahini
02. Sketch of Tel Aviv
03. Suite African #2
04. Hareshut
05. S'ai N'wai
06. Horizon
07. Suzanna
08. Three Four (Not a Jazz Tune)

Omer Avital: Baixo,Oud
Avishai Cohen: Trompete
Yonatan Avishai: Piano, Fender Rhodes
Daniel Freedman: Bateria,Percussão
Eviatar Banai: Vocal (Faixa 6)

Site Oficial: Third World Love

quinta-feira, 4 de março de 2010

Projeto: Os 50 Melhores Álbuns da Década (Parte 5)


O projeto "Os 50 Melhores Álbuns da Década” infelizmente chegou ao fim. Hoje estarei apresentando a quinta e última parte para vocês. Nós esperávamos uma interação maior dos leitores, principalmente com opiniões e sugestões. Mais independente disso, espero que todos tenham gostado e aproveitado essa oportunidade para conhecer cantores, bandas ou até mesmo estilos diferenciados.

Aproveito para agradecer o Rafhael Vaz por ter me apresentado a idéia e a todos os blogueiros participantes, foi muito bom poder trocar tais informações. No mais já deixo avisando que estou pronto para o próximo projeto hein (risos).

Blogs Participantes:

Daniel Argentino - Jazz e Rock
Rafhael Vaz - Música & Cerveja
Emmanuela - Here Comes The Zombie
Luiz - Night Diving
Arthur Vaz - Extravasando Ideias

Confira todas as partes do Projeto.

Introdução + Parte 1 Clique Aqui
Parte 2 Clique Aqui
Parte 3 Clique Aqui
Parte 4 Clique Aqui


Reffer - Interference (2001)
indicado por Rafhael Vaz


Um trabalho muito a frente de sua época, Reffer conseguiu em seu primeiro e único álbum, ser considerada por muitos como a melhor banda de hardcore do cenário nacional. Sendo exagero ou não, nenhuma banda consegue tal status em tão pouco tempo a toa. Liderada pelo sempre competente guitarrista e vocalista Philippe Fargnoli (hoje guitarra do Dead Fish), Reffer faz neste disco um som fora dos padrões brasileiros, de audição obrigatória para quem acompanha a cena de hardcore brasileira.

Thrice - The Artist in The Ambulance (2003)
indicado por Rafhael Vaz


Vocal alternando entre o suave e o berro conforme manda a melodia, instrumentais com peso do começo ao fim com solos e riffs velozes completando o cardápio. Rock, peso, melodia, berros e belas letras, resumindo é o que encontramos neste belo disco. E o melhor é que o som soa limpo, conseguimos ouvir cada instrumento durante todo o disco, mesmo nas partes mais explosivas. Rock da melhor qualidade!!

Mad Caddies - Just One More (2003)
indicado por Rafhael Vaz


Levando em consideração apenas a 3° onda do ska, Mad Caddies é sem dúvida a minha banda preferida. Imprevissíveis como em toda sua discografia, em Just One More eles mostraram todas suas influências, ska, punk, pop, folk, reggae e algumas maluquices, com destaque ao vocalista Chuck Robertson, com um vocal bem limpo que se adapta à qualquer gênero que a banda se arrisque a tocar. Um ótimo trabalho, talvez o melhor deles.

Limp Bizkit - Chocolate Starfish and The Hot Dog Flavored Water (2000)
indicado por Luiz


Simplesmente empolgante, não tem como não ouvir este álbum e não querer pular. Toda a fórmula básica do Limp Bizkit é levada ao máximo com a criatividade do guitarrista Wes Borland e as letras cheias de críticas alheias e palavrões do vocalista Fred Durst. Na minha opinião é o auge do grupo e um dos álbuns que mais ouvi em toda a minha vida.

Nine Inch Nails - With Teeth (2005)
indicado por Luiz


Trent Reznor é foda até sóbrio. Mais uma obra de arte em que você sente todo o cuidado para produzir e todo sentimento do tio Trent. Quanto mais eu escuto esse álbum mais eu fico impressionado com a criatividade deste senhor.

Reel Big Fish - Our Live Album is Better Than Your Live Album (2006)
indicado por Emmanuella


Eu não sei se podia incluir álbuns ao vivo na lista, mas eu não podia MESMO deixar esse de fora. Essa pérola reúne 38 faixas de Reel Big Fish no melhor de sua performance e, melhor do que tocar com a mesma perfeição do estúdio, é a interação com o público. Cada vez que ouço esse álbum é como se fosse a primeira, é impossível deixar de rir com as piadinhas e trocadilhos infames daqueles malucos.

Anti-Flag - The Bright Lights of America (2006)
indicado por Emmanuella


Se algum "fã" de Anti-Flag topar com essa lista, provavelmente me xingou agora; afinal esse álbum é conhecido como "o momento em que o A-F se vendeu". Não ligo, eu ainda sou da opinião de que se você tem oportunidade de fazer com que a sua música seja mais divulgada, de forma que mais pessoas possam ouvir à sua mensagem, agarre-se a ela. A intenção é essa, não é? Qual é o sentido em se ter um monte de ideias legais pra meia dúzia de pessoas conhecer? De qualquer forma, de todos os álbuns do A-F, esse é o que eu acredito ter as melhores letras - afinal, indiferença é uma coisa que machuca a todos, não é mesmo?

Oasis - Dig Out Your Soul (2008)
indicado por Emmanuella


Gosto de Oasis sim, acho absurdo ter que me justificar (haha). Tá na lista por diversos motivos: foi o último da banda, tá uma viagem total numa onda psicodélica drug-free, composições quase não-monopolizadas por Noel Gallagher (único defeito do álbum) e um marco histórico pro Oasis: uma música de autoria do Liam que é realmente boa! (eu tiro mesmo, ainda tô com raiva.)

Ringo Ska - Betolzkahitoparat (2009)
indicado por Emmanuella


Ninguém conhece essa banda, ninguém nunca ouviu falar nesse álbum, mas ele tá na minha lista pelo simples motivo de ser a realização de um sonho pessoal meu. Como beatlemaníaca que curte um Ska de vez em sempre, constantemente me perguntava quando uma dessas bandas superdivertidas faria um cover qualquer de Beatles pra eu ver se ficaria legal. Daí topei com essa Ringo Ska da Alemanha e seu álbum todo de covers, e tirei minha dúvida: ficou realmente muito legal. Recomendo!

The Littlest Man Band - Better Book Ends (2004)
indicado por Emmanuella

Créditos: Sobame La Gaita

Quem é fã de Reel Big Fish muito provavelmente já ouviu falar do The Littlest Man Band. Foi um projeto paralelo de curta duração do trompetista/guitarrista/vocalista Scott Klopfenstein, e não tem absolutamente nada a ver com o que ele faz no RBF. O The Littlest Man Band foi uma banda de jazz/piano rock, onde Scott mostrou um lado sério e maduro que não conhecíamos. É um álbum intenso e recomendado para todos que curtam o estilo, independente de gostar ou não de RBF.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Miles Davis

1950 - Birth Of The Cool
Gênero: Jazz/Cool Jazz



É impossível falar de jazz sem ao menos tocar no nome do trompetista Miles Davis. Existe uma ligação que está muito além do nosso entendimento, um completa o outro, é algo raro no meio musical, sendo que isso está reservado apenas a um grupo seleto, aonde Miles Davis ocupa um lugar de honra. “Birth of The Cool” é mais uma prova disso. Aproveito para agradecer mais uma vez o Edison Junior por outra contribuição fantástica.

Que Miles Davis revolucionou o jazz, isso não é novidade. Se o cool jazz existe hoje foi por causa do trompetista. Essa vertente do jazz é caracterizada por ser associada a músicas mais cadenciadas e curtas com notas melódicas e um tom de melancolia. Mais como toda regra tem a sua exceção, com o tempo o próprio Davis se encarregou de fazer adaptações ao gênero.

“Birth of the Cool” (Nascimento do Cool) é a primeira obra-prima e foi lançado quando Davis tinha apenas 24 anos, não precisa dizer que o álbum entrou para a história do jazz né. Anos antes Miles estava no quinteto do saxofonista Charlie Paker, porém como todo gênio, o trompetista buscava novos desafios, foi então que em meados de 1947, ele montou o seu próprio grupo e assim pode trabalhar em novos experimentos. O álbum foi gravado em três sessões durante janeiro de 1949 e março de 1950. Na ocasião apenas Miles Davis e os saxofonistas Gerry Mulligan e Lee Konitz participaram das três sessões. A formação do noneto contava com o excelente baterista Max Roach, além do também baterista Kenny Clark, o trombonista J.J Johnson, o pianista John Lewis, entre outros. O pianista Gil Evans tem uma grande parcela nessa obra-prima, principalmente na produção e juntamente com Mulligan e John Lewis nos arranjos.

Miles Davis é um revolucionário nato, provou que poderia ir além e inovou, seu trompete soava diferente e com isso encontrou uma nova maneira de expressar seus sentimentos, agora cada nota era breve e não mais em um ritimo frenético, elas eram melódicas, suaves e continuam sofisticadas. Apesar de trazer um pouco do bebop, Miles utilizou como quis e deu a forma que achou necessário para que seu novo experimento ficasse ao seu gosto. Outro ponto que vale ressaltar é em relação ao tempo das músicas, no cool jazz a redução é significativa, porém a genialidade de Davis permite a sua adaptação e o controle do tempo.

“Birth of The Cool” é um álbum obrigatório para todos os amantes do jazz e admiradores do trompetista Miles Davis. Boa Audição !

Track List

01. Move
02. Jeru
03. Moon Dreams
04. Venus de Milo
05. Budo
06. Deception
07. Godchild
08. Boplicity
09. Rocker
10. Israel
11. Rouge
12. Darn That Dream (voc, Kenny Hagood)

Site Oficial: Miles Davis