domingo, 28 de junho de 2009

Iron Maiden


“No Prayer for the Dying” foi lançado em 1990, na época a banda estava querendo retomar sua sonoridade original, já que os álbuns “Somewhere in Time” e “Seventh Son of Seventh Son” tiveram como principal característica o uso de sintetizadores (um instrumento musical eletrônico projetado para produzir sons gerados artificialmente, usando técnicas diversas) e teclados. Steve Harris queria mudar a sonoridade, deixando de lado os sintetizadores, teclados e consequentemente os trabalhos mais elaborados para algo mais simples e prático. Essa mudança na sonoridade, foi um dos fatores para a saída do guitarrista Adrian Smith.Com o time desfalcado, Bruce teve que correr atrás de um substituto, foi então que o guitarrista Janick Gers chegaria a Donzela. Janick já havia participado do primeiro álbum solo do Bruce Dickinson, “Tatooed Millionaire” . Há quem diga que “No Prayer of The Dying” não agradou, no álbum fica claro a tentativa da banda em voltar com um som mais cru, parecido com os primeiros álbuns, sem o uso de mecanismos eletrônicos . Além disso, a turnê do álbum foi abaixo do esperado e terminou rapidamente, forçando a banda a trabalhar em seu proximo trabalho.

Muitos fãs acham que o álbum foi uma tentativa frustrada, na minha opinião, “No Prayer for the Dying” está realmente longe de figurar entre os melhores trabalhos da banda, mas não deve ser esquecido completamente, afinal toda tentativa que uma banda procura fazer para mudar o seu estilo, ou de certa forma voltar as raízes é valido. A única música que emplacou nas rádios foi "Bring Your Daughter... to the Slaughter", ela que foi composta por Bruce Dickinson, foi a única a atingir o primeiro lugar, e consequentemente esteve presente nos próximos trabalhos ao vivo da banda. Mas não podemos esquecer das músicas “Tailgunner”, “Holy Smoke”, “Public Enema Number One” e “The Assassin”, elas que representam bem o rumo que o Iron tentou tomar, vale lembrar que após esse álbum, a banda lançaria seu maior sucesso, o álbum “Fear of The Dark”.

1990 - No Prayer For The Dying
Gênero: Heavy Metal



Track List

01. Tailgunner
02. Holy Smoke
03. No Prayer For The Dying
04. Public Enema Number One
05. Fates Warning
06. The Assassin
07. Run Silent Run Deep
08. Hooks In You
09. Bring Your Daughter… To The Slaughter
10. Mother Russia

Site Oficial: Iron Maiden

terça-feira, 23 de junho de 2009

Entrevista Exclusiva: Felipe Cazaux








Ouça a música: "Must Be The Money" (Felipe Cazaux)

Foto: Yuri Amaral
Por Daniel Argentino

O compositor, cantor e guitarrista Felipe Cazaux, concedeu uma breve entrevista para o Blog Jazz e Rock. Ele que faz parte da nova safra do blues nacional, vem ganhando notoriedade através da sua música, com o seu primeiro álbum solo “Help The Dog!” lançado em 2007, Felipe traz em seu som influências que vão do blues ao classic rock, passando pelo groove brasileiro. Na entrevista Felipe nos conta sobre suas influências, suas experiências no meio musical e muito mais. Confira abaixo a entrevista na integra.

JR - Felipe, conte-nos sobre sua relação com a música, como tudo começou?

Felipe - Toda a minha família sempre me deu forças para aprender música, comecei cantando em coral aos nove anos e no violão aos 12, sempre com música popular.

JR - Quais são suas influências musicais?

Felipe - Minhas influências básicas são Beatles, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Rolling Stones, Buddy Guy, Robert Cray, Led Zeppelin e Stray Cats.

JR - E o que você costuma ouvir no dia-a-dia?

Felipe - Muito Buddy Guy e as outras influências.

JR - Você já teve a honra de se apresentar em clubes lendários de Chicago (EUA), em que ocasião surgiu essas oportunidades?

Felipe - Na ocasião estava em Chicago para um “intercâmbio”, aproveitei para conhecer os bares e alguns músicos. Em muitas vezes que visitava esses clubes era convidado para as Jam sessions, tendo assim a oportunidade de interagir com alguns mestres ao vivo no palco.

JR - Aproveitando o assunto, fale sobre suas experiências internacionais?

Felipe - Além dessa viagem à Chicago, onde conheci mestres como James Wheeler, Jimmy Burns e Buddy Guy. Tive o prazer de fazer Jam sessions aqui mesmo no Brasil com Scott Henderson e Magic Slim, além do próprio James Wheeler no início do ano. Outra viagem bem legal foi para Argentina. Em Buenos Aires eles valorizam muito o Blues e conhecem bastante o repertório dos clássicos.

JR - Você participou de diversos festivais pelo Brasil, na sua opinião, de que forma eles contribuíram para a sua carreira musical?

Felipe - Além da divulgação do meu nome e da minha música, adquiri uma experiência sobre como agradar o público, como desenrolar o show de uma forma que todos saiam satisfeitos e alegres. Afinal, é pra isso que as pessoas vão a um show: para se divertir e ouvir boa música.

JR - Como você vê o cenário do blues no Brasil?

Felipe - Está crescendo muito. Pelo menos no Nordeste está havendo uma união e agora temos contato com outros estados, o que fortalece muito a nossa região, pois assim podemos trazer mais artistas e temos um intercâmbio mais intenso. Enxergo uma facilidade em tocar em estados vizinhos e assim surge um maior interesse de outras regiões do país.

JR - “Help The Dog” é o seu álbum mais recente, tem uma musicalidade incrível, uma mistura do blues com rock clássico, sem dúvida é um dos melhores álbuns lançados recentemente no Brasil. Como nasceu esse álbum? As composições são todas de sua autoria?

Felipe - Muito Obrigado. Fico muito feliz com a repercussão do álbum, afinal é pra isso que fazemos todo esse trabalho. Ele iniciou a partir do momento que minha antiga banda parou as atividades, em torno de 2005. As músicas foram sendo criadas conforme o som da banda amadurecia com a nova formação, que passou a ser um trio. No segundo semestre de 2006, começamos a gravar lançando em maio de 2007. A idéia da capa veio a partir do conceito de amizade, onde todas as pessoas que estavam ao meu redor se esforçaram para ver o trabalho pronto.

JR - E a “Dupla K”? É o seu primeiro trabalho com eles?

Felipe - O Klaus Sena (baixista), toca comigo desde 1999. Ele é um dos remanescentes do Double Blues, minha antiga banda. O Netto Krápula (baterista) começou a tocar com a gente em 2005, logo que a banda dele também acabou. Foi o primeiro trabalho que gravamos com essa formação, e todos os arranjos foram construídos pelos três juntos.

JR - As músicas são todas com letras em inglês, mesmo não sendo um álbum de blues, propriamente dito, você acha que o blues não se encaixa com português?

Felipe - Não posso dizer que não encaixa, mas prefiro compor em inglês. Se quisesse compor em português usaria o samba ou qualquer outro estilo de música brasileira.

JR - Para a gravação do álbum, você contou com algum tipo de patrocínio ou foi tudo bancado do seu próprio bolso?

Felipe - Hoje em dia, mesmo com as leis de incentivo, ainda é difícil conseguir patrocínio. Ainda mais para um estilo underground, como o blues.

JR - A internet é um dos meios de divulgação mais eficientes dos últimos anos, ainda mais quando o assunto é música. Muitos músicos apóiam o uso de blogs de download para a divulgação dos seus trabalhos, por outro lado, outros questionam e são radicalmente contra, pois visam o lucro com as vendas dos CDs. Você como músico profissional, qual é a sua opinião sobre esse assunto tão polêmico?

Felipe - Acho que cada cabeça tem uma sentença. Eu não me importo se as pessoas estão baixando meus CDs na internet. Quem coleciona CDs vai querer comprar o álbum que vem com o cachorro na capa. Na internet não tem as letras também, então vai de cada um.

JR - Felipe, conte-nos sobre seus projetos futuros? Você já está pensando em lançar seu próximo trabalho?

Felipe - O sucessor do “Help the Dog!” já está gravado. Agora vamos começar o trabalho de mixagem e masterização, além da arte e toda burocracia. Acredito que no segundo semestre de 2009, já seja lançado. O cd vai contar com 10 faixas, sendo três com a Dupla K e sete com o baterista Beto Gibbs, outro amigo de longa data. A produção, feita pelo cearense Régis Damasceno, está ótima, e o estúdio, “Totem”, atendeu todas as necessidades das gravações.

Nas ultimas entrevistas, inauguramos uma nova coluna no BLOG. É uma cópia descarada (risos) de uma coluna da Cover Guitarra. Indo direto ao ponto:

JR - Pra você qual é o melhor álbum da história?

Felipe - Axis: Bold as Love – Jimi Hendrix

JR - E o pior álbum da história?

Felipe - Esse eu não consegui ouvir inteiro, e não lembro o nome. (risos)

JR - Qual disco você tem ouvido bastante na última semana?

Felipe - Mr. Spaceman

JR - Qual disco você curte, mas tem vergonha de admitir?

Felipe - Thriller – Michael Jackson. Mas a vergonha é pelo artista. (risos)

JR - Quero te agradecer por ter aceitado o convite e por conceder essa breve entrevista para o Blog Jazz e Rock. Um abraço e sucesso.

Felipe - Muito obrigado a você pela oportunidade de dizer o que penso e divulgar meu trabalho.

Grande abraço!
Felipe Cazaux

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Verônica Ferriani


Já faz um tempo que venho divulgando aqui no Blog, alguns cantores e cantoras que fazem parte da nova geração da MPB, meu conhecimento no assunto não é dos melhores, porém sempre que conheço alguma novidade, faço questão de postar aqui.

A cantora da vez é a Verônica Ferriani, natural de Ribeirão Preto, se mudou ainda jovem para São Paulo para fazer faculdade de Arquitetura e Urbanismo na USP, apaixonada por música desde os 8 anos, quando ganhou dos seus pais um violão e deu inicio as primeiras aulas, acabou herdando da família o gosto pela MPB produzida nas décadas de 60 e 70, bem como pelo cancioneiro brasileiro da geração de seus avós. Convidada para vários projetos com outros cantores, tais como Beth Carvalho, Martinho da Vila, Francis Hime, Paulinho Moska, Toninho Ferraguti, Tom Zé, entre outros. Em 2007, Verônica participou da gravação do programa “Som Brasil” da Rede Globo.

Com apenas 5 anos de carreira, Verônica chega para ficar, seu primeiro CD “Verônica Ferriani” com produção do produtor BiD, que juntamente com a cantora encontrou um repertório interessante e diversificado, entre as composições estão, Paulinho da Viola (“Perder e Ganhar”), Gonzaguinha (“Um Sorriso nos Lábios”), e uma parceria de João Donato e Paulo César Pinheiro (“Ahiê”). Tem também a ‘tragicomédia’ de Assis Valente (“Fez Bobagem”), a provocadora “Com mais de 30”, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle e um Cassiano característico (“Eu Amo Você”). Também no repertório está “If You Want to Be a Lover”, do bossa-novista catarinense Luiz Henrique, em parceria com o norte-americano Oscar Brown Jr, gravada originalmente por Luiz e Lisa Minelli, nos anos 70. Completam a lista “Retalhos”, de Paulinho Rezende e Paulo Debétio, e as inéditas “Bem Feito” e “Na Volta da Ladeira”, de Rubens Nogueira e Paulo César Pinheiro.

Verônica Ferriani é sem duvida uma das grandes surpresas no recente cenário da MPB, cantora se mostra confiante e segura no trabalho que faz, mostra disso é o repertório diversificado e a voz impecável.

2009 - Veronica Ferriani
Gênero: MPB



01.Um sorriso nos lábios
02.If you want to be a lover
03.Com mais de 30
04.Eu amo você
05.Perder e ganhar
06.Retalhos
07.Bem feito
08.Ahiê
09.Fez bobagem
10.Na volta da ladeira

Site Oficial: Veronica Ferriani
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Fonte: Parte das informações do texto foram extraídas do site oficial da cantora.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Melody Gardot

Melody Gardot‏ é uma daquelas descobertas musicais que não acontecem todos os dias. Uma cantora excelente, talentosa e com uma voz que cativa logo na primeira audição. Cheguei ao conhecimento da jovem cantora, através de um email enviado pelo leitor Vinícius Ramalho.

Melody Gardot tem uma história de vida marcada por uma tragédia, aos 19 anos teve um grave acidente, foi atropelada por um automóvel quando retornava de bicicleta a sua casa. Resultado: múltiplas-fraturas na região pélvica, cervical e da cabeça. Para recuperar alguma de suas antigas habilidades cognitivas, o seu médico recomendou que fizesse o uso da música como terapia. Foi presa a um leito que ela compôs e gravou as canções do EP intitulado “Some Lessons:The Bedroom Sessions”, foi vendido via internet e também chamou a atenção da rádio local. Aos 27 anos, ela continua lutando contra as sequelas do acidente que a obriga a usar constantemente óculos escuros(hipersensibilidade a luz e ruídos),bengala para se apoiar e um dispositivo preso a cintura que estimula a produção de endorfina em seu organismo, tornando suas dores mais suportáveis. O uso de elementos do Jazz, Blues e Folk em suas composições e o seu jeito suave de cantar, faz lembrar de duas cantoras Norah Jones e Madeleine Peyroux. Mas as semelhanças entre elas param por aí.

“Worrisome Heart” é o seu primeiro trabalho depois do EP, é sem dúvida um dos melhores álbuns lançados em 2008. Consistente, musicalmente impecável, o instrumental e a voz em perfeita sincronia, faz do álbum uma grata surpresa aos amantes do jazz e da boa música. Destaque para a faixa “All That I Need Is Love”, onde Melody acompanha o instrumental em um scat sensacional. Em breve postarei os outros trabalhos da Melody Gardot.

2008 - Worrisome Heart
Gênero: Jazz



Track List

01. Worrisome Heart
02. All That I Need is Love
03. Gone
04. Sweet Memory
05. Some Lessons
06. Quiet Fire
07. One Day
08. Love Me Like a River Does
09. Goodnite
10. Twilight

Melody Gardot: (vocal/guitarra)
Jef Lee Johnson: (guitarra)
Ken Pendergast: (baixo)
Charly Patierno: (bateria)
Ron Kerber: (clarinete)
Joel Bryant: (piano)
Dave Posmontier: (piano)
Diane Monroe: (violino)
Matt Cappy: (trompete)

MySpace: Melody Gardot

terça-feira, 9 de junho de 2009

Koko Taylor

2000 - Royal Blue
Gênero: Blues



Lançado em 2000, “Royal Blue” é o primeiro registro da cantora que foi lançado pela Alligator Records desde 1993. Koko Taylor simplesmente detona tudo nesse álbum, juntamente com um time de feras, entre eles, BB King, Keb ‘Mo’, Johnnie Johnson e Kenny Wayne Shepard. Koko Taylor que ficou conhecida também como uma excelente interprete, trouxe para este trabalho músicas do Ray Charles e Melissa Etheridge (cantora americana de rock). Outro ponto positivo é a banda que acompanha a rainha do blues, considerada uma das melhores que ela já teve, formada por Criss Johnson (violão), Kenny Hampton (baixo) e Kriss Johnson (bateria), além da participação de Dolpha Fowler (teclados) e Mark Colby (saxofone).

O destaque sem dúvida vai para a música “Blues Hotel”, dueto entre Koko e BB King (que dispensa comentários na guitarra), o resultado não poderia ser melhor. Em “Hittin' On Me” destaque para Johnnie, que apresenta um piano impecável ao lado de Koko. “The Man Next” traz um ar de improviso, Keb ‘Mo’ esbanja talento no slide em sua guitarra acústica e forma um dueto nos vocais com Koko. O saxofonista Mark Colby aparece na canção “Old Woman”. “Fuel to Burn” Koko vem acompanhada do músico Criss Johnson. O álbum termina com à agitada “Keep Your Mouth Shut and Your Eyes Open”.

“Royal Blue” é sem dúvida um dos melhores álbuns de blues e consequentemente da carreira da rainha Koko Taylor. O som impecável, músicas bem elaboradas e com uma energia contagiante, algo que sempre notei em seus trabalhos. “Royal Blue” prova que Koko Taylor era e continuará sendo para sempre a Rainha do Blues “The Queen of the Blues”.

Track List

01. Save Your Breath
02. Hittin' on Me
03. Bring Me Some Water
04. But on the Other Hand
05. Don't Let Me Catch You (With Your Drawers Down)
06. Blues Hotel (With B.B.King)
07. Fuel to Burn
08. Man Next Door, The
09. Old Woman
10. Ernestine
11. Keep Your Booty Out of My Bed
12. Keep Your Mouth Shut and Your Eyes Open

Site Oficial: Koko Taylor

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Rainha do blues", Koko Taylor morre aos 80 anos.








Ouça a música: "Piece of Man" (Koko Taylor) (2007 Old School)








Ouça a música: "Something You Got" (BB King duet with Koko Taylor)


Considerada um dos grandes nomes da música, Koko Taylor morreu na tarde da última quarta-feira (03/06) em Chicago, nos Estados Unidos. Considerada "rainha do blues", a cantora estava com 80 anos e sofreu complicações após uma cirurgia realizada no último 19 de maio em função de um sangramento intestinal.

Segundo informações do jornal Chicago Sun-Times, a notícia foi dada através de Bruce Iglauer, fundador da Alligator Records, gravadora que cuidava da carreira de Koko desde a década de 70. A cantora estava internada no hospital Northwestern Memorial e o empresário estava na instituição monitorando seu estado.

Órfã desde os 11 anos, a artista nasceu em Memphis (Tennesse) em 1928 com o nome de Cora Walton, foi apelidada de “Koko” devido sua paixão pelo chocolate. Começou muito cedo na música, inspirada pela música gospel e pelo blues, Taylor começou tocando junto com seus irmãos e irmãs, através de instrumentos caseiros. Em 1952 começou a crescer como cantora de blues nos clubes do sul de Chicago, o impressionante foi que ela chegou na cidade com nada mais nada menos que trinta e cinco centavos. Depois de muitas dificuldades e realizações, em seus 40 anos de carreira, ela recebeu 29 Blues Music Award, um Grammy (1984), recebeu a Medalha Nacional das Artes por sua contribuição à música dos EUA e também entrou para o “Blues Foundation’s Hall of Fame”, foi eleita a cidadã do ano de Chicago através da Chicago Magazine. Em seu ultimo trabalho “Old School” lançado em 2007, Koko foi nomeada para um Grammy. Durante a carreira, em que conseguiu superar o domínio dos homens em sua classe musical, ela levou a sua música do pequeno clube de Chicago, para o mundo. Ela compartilhou com todos os mestres do blues, incluindo Muddy Waters, Howlin’ Wolf, BB King, Buddy Guy e também com ícones do rock, Robert Plant e Jimmy Page.


A “Rainha do Blues”, Koko Taylor nos deixou aos 80 anos. Mais que uma rainha, uma batalhadora e acima de tudo, uma vencedora, passou pelo mundo de forma brilhante e certamente sua obra ficará viva por várias gerações.

Site Oficial: Koko Taylor

quarta-feira, 3 de junho de 2009

John Pizzarelli

Foto: Jens Palm

John Pizzarelli volta ao Brasil para uma breve temporada, com shows em São Paulo e em Santos. Na capital paulista o músico se apresentará nos dias 02, 03 e 04/06 no palco do Bourbon Street. Em Santos o show será realizado no dia 06, no Mendes Hotéis, na praia do Gonzaga.

“With a Song in my heart” é o seu mais recente trabalho, lançado em 2008 pela Telarc Records. Todos sabem que o Pizzarelli tem como "marca" interpretar grandes clássicos do jazz, rock (no caso dos Beatles) e da bossa nova, porém sempre deixando as suas características nas regravações Foi assim no álbum “Meets the Beatles”, onde ele interpretou canções clássicas do quarteto de Liverpool; no disco “P.S. Mr. Cole” que homenageia o pianista e vocalista Nat King Cole - uma de suas maiores influências -; e no cd “Bossa Nova”, com Garota de Ipanema, Águas de Março e outros clássicos de Tom Jobim, e agora no “With a Song in My Heart”, com 12 canções escolhidas a dedo, visto da vasta obra do músico e compositor americano Richard Rodgers. Segundo próprio John, o que teria motivado foi ver que o trabalho do compositor nunca foi devidamente explorado. Robert Friedrich produziu o álbum ao lado do próprio Pizzarelli, que gravou todas as 12 canções em apenas dois dias, na cidade de Nova York. John está acompanhado pelo trio, seu irmão Martin Pizzarelli (baixo), Larry Fuller (piano) e Tony Tedesco (bateria). O álbum dispensa comentários, mas é preciso destacar algumas participações importantes, na faixa "It's Easy to Remember”, John junta-se ao seu pai, o guitarrista Bucky Pizzarelli e a faixa “Happy Talk” tem a participação do pianista/arranjador brasileiro Cesar Camargo Mariano.

John Pizzarelli está cada vez mais em evidência e sendo reconhecido como um dos mais completos interprete da atualidade, seja pela sua competência, fidelidade com as canções originais, elegância e pelo seu humor. Pizzarelli tem um vasto repertório, que vai desde os Standards como Frank Sinatra, Nat King Cole, passando por Beatles e chegando até a bossa nova.

“With A Song in my heart” é sem duvida um dos melhores álbuns da carreira do John, talvez pelo fato de ser um fã, não consigo ver pontos negativos em seus trabalhos, mas certamente não existe (risos). Este álbum merece ser ouvido várias vezes e prestar atenção em cada detalhe. Vale e muito conferir.

2008 - With A Song In My Heart
Gênero: Jazz



Track List

01. With a Song in My Heart
02. This Can't Be Love
03. I Like to Recognize the Tune
04. It's Easy to Remember
05. Johnny One Note
06. Nobody's Heart
07. Happy Talk
08. Mountain Greenery
09. I Have Dreamed
10. The Lady is a Tramp
11. She Was Good to Me
12. You've Got to Be Carefully Taught

John Pizzarelli: Guitarra/Vocal
Martin Pizzarelli: Baixo
Larry Fuller: Piano
Tony Tedesco: Bateria
John Mosca: Trombone (1,2,5,8,10,11)
Andy Fusco: Saxofones alto e tenor, Clarinete (1,2,5,8,10,11)
Kenny Berger: Saxofone barítono, Clarinete baixo (1,2,5,8,10,11)
Tony Kadleck: Trompete e Flugelhorn (1,2,5,8,10,11)
Cesar Camargo Mariano: Piano (7)
Bucky Pizzarelli: Guitarra (4)
Don Sebesky: Arranjos (1,2,5,8,10,11)

Site Oficial: John Pizzarelli