sábado, 20 de julho de 2013

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Ken Burns: A História do Jazz - EP: 02 "Dádiva"



Por Daniel Faria

Bom depois de um tempo sem conseguir atualizar o blog, volto dando continuidade a série do Ken Burns sobre a história do jazz. 

2º Episódio: Dádiva.

Bares clandestinos, clubes de porão e dinheiro fácil: estamos na Era do Jazz, quando a história desta expressão artística se torna um conto de duas grandes cidades, Chicago e Nova York, e de dois artistas extraordinários, Louis Armstrong e Duke Ellington, cujas vidas e música irão marcar quase três quartos de século. Armstrong, órfão de pai, sem teto e criado nas ruas de Nova Orleans, desenvolve seu grande dom -- uma genialidade musical sem paralelo -- com a ajuda de King Oliver, melhor cornetista da cidade. Em 1922, ele o acompanha até Chicago, onde o som transcendente e ritmo alegre de Armstrong inspiram uma nova geração de músicos, brancos e negros, a se unirem ao mundo do jazz. Enquanto isso, Ellington, criado no conforto da classe média por pais que o chamavam de "abençoado", logo supera em talento a sociedade musical onde aprendeu a tocar, em Washington D.C., e parte para o Harlem. Lá, ele forma uma banda para criar uma música própria -- quente, banhada em blues e pontuada pela genialidade de Bubber Miley, seu novo trompetista. Avançando na década de 1920, Paul Whiteman, um bandleader branco, vende milhões de discos tocando jazz sinfônico, uma música doce e suave, ao mesmo tempo em que Fletcher Henderson, um bandleader negro, lota as pistas de dança do Roseland Ballroom, clube restrito aos brancos, com seus arranjos inovadores. Depois, em 1924, o ano em que Whiteman introduz "Rhapsody in Blue", de George Gershwin, Henderson traz Louis Armstrong para Nova York, somando sua brilhante improvisação ao novo som da banda. Logo, Louis Armstrong está mostrando ao mundo como se faz para suingar.



Para ativar a legenda do vídeo, clique em CC

quarta-feira, 12 de junho de 2013

"End of the Beginning", novo clipe do Black Sabbath.


Por Daniel Faria

E o Black Sabbath segue na divulgação do novo álbum "13" (2013). Depois de lançar o clipe do single "God is Dead?", a banda acaba de lançar mais um clipe da faixa que abre o álbum, "End of the Beginning", gravado durante a recente participação do grupo no episódio final da série CSI.

No clipe o Áudio  é diferente da gravação de estúdio e o baterista é o Tommy Clufetos no lugar de Brad Wilk, que gravou o disco.

Assista o clipe:

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Assista "God is Dead?", novo clipe do Black Sabbath


Por Daniel Faria

Depois de muitos anos, o Black Sabbath voltou a lançar um clipe oficial. E a música escolhida não poderia ser outra, a não ser a single "God is Dead?". 

O clipe em si é bem simples, com imagens antigas e atuais da banda e de pessoas em guerra ou questionando a própria fé.

Leia o review do álbum 13, do Black Sabbath: Clique Aqui

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Review: Ed Motta - AOR (2013)


Agradeço ao Marcelo Donati, que gentilmente cedeu a sua resenha e autorizou que eu postasse aqui no Jazz & Rock. Essa é mais um super lançamento do ano. 

Por Marcelo Donati ( Blog Marcelo Donati )

Um álbum pra ser ouvido no toca-fitas, passeando de carro pela ensolarada U.S. Route 101 na Califórnia, tomando um keep cooler, e usando uma camisa florida como a do Magnum P.I.

Assim é o clima que Ed Motta pretende criar no ouvinte que apreciar seu mais recente disco, AOR (Dwitza Music / LAB 344). Um álbum totalmente focado na linguagem musical AOR Westcoast, que invadiu as rádios FM no final dos anos 70 e no começo dos 80.

Steely Dan, Pages, Doobie Brothers, Todd Rundgren, Ned Doheny, Eric Tagg, Airplay, Boz Scaggs, Christopher Cross e Chicago são alguns nomes importantes que permearam e nortearam a ótica de Ed para este novo trabalho, o primeiro a ser lançado por sua própria editora musical, Dwitza Music, e distribuído em parceria com a gravadora LAB 344.

Muitas surpresas advém deste novo disco. Uma delas é que o disco foi gravado em duas versões: uma quase toda em português (com letras de Rita Lee, Adriana Calcanhoto, Edna Lopes, Chico Amaral, Dante Spinetta e o próprio Ed Motta), e outro em inglês, com letras de Rob Gallagher. O disco em português foi lançado apenas no Brasil e a versão em inglês no resto do mundo.

Outra surpresa é o time ultra-qualificado de músicos convidados. Além da banda base, que consiste em Robinho Tavares no baixo, Sérgio Melo na bateria e Glauton Campello nos pianos e teclados, o disco tem o mestre David T. Walker na guitarra, além de Bluey do Incognito, Torcuato Mariano, Chico Pinheiro, Jota Moraes, Jessé Sadoc (arranjador de metais de todas as faixas), o sempre e fiel escudeiro de Ed, Paulinho Guitarra, e muito mais.

A veia soul e a paixão jazzística pelas harmonias que são características de Ed Motta encontraram abrigo perfeito nessa nova empreitada, visto que todas as músicas exalam um apuro técnico, uma qualidade de composíção/arranjo/gravação lapidada até seu estágio mais avançado, culminando num néctar musical sofisticado e ao mesmo tempo atraente, do ponto de vista popular. AOR é a pop music servida em taça dourada.

Faixa a faixa:

Flores da Vida Real - possui uma progressão inicial de acordes (mesma do refrão) que serve como um crachá do estilo Westcoast. O arranjo de metais de Jessé Sadoc evoca os melhores tempos d'As Segundas Intenções do Manual Prático. O solo de sax é feito pelo autor da letra, Chico Amaral, e o solo de guitarra é de Torcuato Mariano.

S.O.S. Amor - a parceria Ed Motta/Rita Lee rende um novo fruto. Com cara de single, a música une a beleza das canções de Rita & Roberto com a meticulosidade do Steely Dan. A bateria de Sergio Melo evoca o estilo funky laid back de Bernard Purdie. Solo de guitarra classudo do mestre Paulinho Guitarra. E o piano de Glauton Campello é a cereja do bolo.

Epísódio - Aqui a coisa fica ainda mais séria. No melhor estilo Jay Graydon, a intro dobrada de guitarras de Paulinho Guitarra flerta com o AOR mais Rock, enquanto que os violões de Vinícius Rosa fornecem a calma ao tema. O quarteto de metais (Aldivas Ayres, Sadoc, Marcelo Martins e Zé Canuto) semeia um riquíssimo arranjo por toda a canção. E a letra cifrada de Edna Lopes parece ser um recado para alguém.

Ondas Sonoras - O renomado e lendário guitarrista David T. Walker contribui com estilo e finesse para a rica música de Ed, cuja linda linha de baixo de Robinho remete diretamente a Boz Scaggs. Ed cria brilhantes vocais de apoio, além de tocar clavinet e percussão.

Marta -  Além de ser a mais funk do disco (dá-lhe Robinho Tavares no groove do baixo), 'Marta' reflete a paixão de Ed por narrativas de HQ, seguindo a linha de 'Nicole versus Cheng', do disco Piquenique. Ambas são de autoria de sua esposa Edna Lopes. Além do tempero irresistível de Robinho, Glauton Campello dá  show no piano acústico e no belo solo de Rhodes. E não podemos esquecer que Bluey do Incognito está pilotando a guitarra!

1978 - Outra com letra de Edna, esta foi a primeira música apresentada por Ed Motta ao grande público. Ed dobra a linha de baixo de Robinho com seu clavinet. O destaque é o flugelhorn e trompete de Jessé Sadoc (o interlúdio de metais é divino), o Rhodes de Campello e o absurdamente bonito solo de guitarra fusion de Chico Pinheiro.

Latido - Com seu arranjo de metais que remetem à fase Aystelum, é uma prova de amor de Ed para com a Argentina, o Chile e nuestros hermanos latinos que tanto o amam. Traz Dante Spineta (letra e narração), filho do falecido Spinetta, cuja música Ed tanto aprecia.
É a única do disco que quase cai fora do escaninho AOR, flertando com o spiritual jazz, o latin jazz e o funk. Mas claro, vestida e arranjada de acordo com a estética do disco. O requintado vibrafone de Jota Moraes e os pianos elétricos de Campello colaboram para o clima jazzístico. A síncopa do ritmo é envolvente, do começo ao fim do tema.

AOR - A vinheta que dá nome ao disco. Toda gravada e tocada por Ed, a letra é quase uma oração ao estilo Westcoast, além de servir para informar aos incautos como pronunciar corretamente o nome do estilo!

A Engrenagem - Desde já, minha favorita. O Rhodes de Ed é a tônica do tema, um AOR quase progressivo, e o solo de Vinícius Rosa na guitarra sedimenta o clima complexo. O magnífico solo de teclado de Rannieri Oliveira, cheio de modulações no tom, lembra o clima da música Aja, com a bateria de Sergio Melo quebrando tudo. Amazing!
E a letra, de autoria do próprio Ed Motta, parece trazer um recado implícito, um aviso, uma verdade.

Mais do que eu sei - Música que não consta do CD (só é vendida pelo iTunes) carrega influências do dito AOR Hard Rock. E ao mesmo tempo, traz reminiscências da balada do disco Piquenique, 'Carência no Frio', principalmente por causa dos violões. Mas as inéditas guitarras pesadas injetam frescor à música de Ed. E o belo solo de guitarra, todo harmonizado? Caberia tranquila em algum disco do Toto ou do Foreigner. A preferida de minha esposa.

Resumo: Discaço! A única crítica negativa a se fazer é que o álbum é muito curto, pois música deste nível é desejável de se ouvir muito, e sempre. Mas não tem como não dar 5 estrelas. Obrigado, Ed, por nos permitir ouvir sua fabulosa música.

1. Flores da Vida Real
2. S.O.S Amor
3. Episódio
4. Ondas Sonoras
5. Marta
6. 1978
7. Latido
8. AOR
9. A Engrenagem


Ed Motta - 1978

Ed Motta - Marta Site Oficial: Ed Motta

terça-feira, 4 de junho de 2013

Review: Black Sabbath - 13 (2013)


Por Daniel Faria


A espera terminou e junto com ela surge a primeira grande pergunta: O que esperar de uma formação que tocou junta pela última vez há quase 35 anos atrás ?. Sim, pois foi no álbum Never Say Die (1978), que Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler entraram juntos no estúdio. E com esse fato em mente, surgiu mais uma dúvida: O novo álbum iria soar como os antigos ou o trio iria apostar em uma sonoridade nova ?

Em meio as expectativas, o primeiro single que o Sabbath divulgou foi a excelente "God is Dead?", uma música que apesar de não soar como os velhos clássicos, surpreendeu com um heavy metal poderoso  envolvido em um clima sombrio, com um som cadenciado e com momentos de explosão, característicos do Black Sabbath.

Para produzir o novo álbum, a banda chamou o renomado produtor Rick Rubin, que tinha como meta principal trazer o Black Sabbath de volta, com uma sonoridade próxima da década de 70. Porém trazer de volta aquele clima, está longe de ser uma tarefa fácil, principalmente por causa do tratamento que o novo álbum recebeu no estúdio, fazendo com que 13 (2013) tivesse um som limpo e bem polido, diferentemente dos antigos, que traziam um som abafado e sem muito tratamento, mais que segundo alguns puristas essa era a alma do Sabbath.

Detalhes a parte, 13 (2013) soa muito bem logo na primeira audição, talvez por se tratar do Black Sabbath, logo nos primeiros acordes você sente um frio na barriga e uma expectativa imensa, seu ouvido fica atento a cada mudança de nota. Em uma primeira impressão, diria que é um álbum de rock tradicional, aonde o hard rock e o heavy metal se unem continuamente, resultando em um som denso e poderoso. 

Tony Iommi dispensa comentários, apesar de beber da sua própria fonte, seus solos e riffs são alma desse álbum, o Príncipe das Trevas, Ozzy Osbourne surpreendeu, apesar de alguns momentos se esforçar para manter o vocal, mais convenhamos, o sessentão ainda está em forma, o baixista Geezer Butler é discreto, porém faz o difícil parecer fácil, fazendo o som do baixo saltar aos ouvidos em cada música, e por fim o baterista convidado Brad Wilk (do Rage Against the Machine), que foi preciso e bem perceptível.

O álbum traz oito faixas, nenhuma com menos de quatro minutos. "End of The Beginning" abre o disco em grande estilo, com um clima sombrio e um som arrastado, o Príncipe das Trevas surge e começa a cantar as primeiras palavras. Tudo soa familiar e o riff nos leva diretamente ao ano 1970, mais precisamente ao álbum Black Sabbath. O contrabaixo Geezer aparece discreto, porém marcando presença, porém é Tony Iommi que da as caras, com seus riffs e um solo que surpreende, mostrando que está inspirado. É nesse clima que a música segue, em mais de oito minutos de duração. 

A segunda-faixa é a já conhecida "God is Dead?", que a meu ver figura entre as melhores do álbum. Um heavy metal com um clima sombrio e um refrão muito grudento, o destaque nessa faixa vai para o contrabaixo do Geezer e para a performance do Ozzy. Na sequencia surge "Loner", que incia com um riff clássico do Iommi, e o clima sombrio das anteriores da lugar a um som com pegada e muito peso, com a primeira aparição de fato do baterista Brad Wilk. 

Passado o peso, surge "Zeitgeist", a primeira balada propriamente dita. Apesar de ser uma das mais fracas do álbum, alguns aspectos merecem destaque, como o solo do Iommi, o uso de alguns elementos do jazz e a tentativa de soar psicodélica, mas sem muito sucesso. Em "Age of Reason", a banda volta a pisar no acelerador e mostra mais uma vez uma pegada excepcional, a música começa com riff clássico do Iommi e uma cadencia não tão lenta e não tão rápida. O interessante dessa musica é a sensação dela ter sido dividida em duas partes. O destaque fica por conta do Tony Iommi, que proporciona um solo rápido e virtuoso, coisas que ele faz como poucos. "Live Forever" tem uma sonoridade voltada para o stoner rock, que tira o álbum 13 daquela sonoridade das antigas e colocando um aspecto atual, Ozzy se destaca pela sua interpretação.

Em se tratando de Sabbath, não poderia faltar aquele blues arrastado e com um clima sombrio, tão característico nas composições da banda, e eis que ele finalmente aparece, em "Damaged Soul". Dificil até descrever essa preciosidade, que tem três solos de guitarra e Geezer roubando a cena com seu contrabaixo. Uma das melhores músicas do álbum. O álbum encerra com "Dear Father", que traz um final digno de Black Sabbath, com riffs graves e pesados, Ozzy se empenhando ao máximo e um final  com direito a trovões e sinos, nos levando novamente ao Black Sabbath (1970) e claro, ao ponto inicial do 13. 

O álbum 13 (2013) pode não se tornar um clássico daqui uns anos, como aconteceu com outros álbuns do Sabbath, porém sem dúvida terá seu lugar reservado nessa extensa discografia. Outro fator que a meu ver é muito interessante, é que quando uma banda consagrada decide entrar no estúdio para lançar um novo álbum, e com uma formação que se reuniu há 35 anos, já faz dese álbum um marco histórico.

Eu ouvi o álbum pela primeira vez hoje de manhã e a sensação é de não querer desgrudar dele, e se pudesse ficaria ouvindo o dia inteiro. 13 não é apenas mais um álbum de heavy metal, não, ele traz toda uma mistica construída ao longo de décadas em torno do nome Black Sabbath e isso é mais do que suficiente para os amantes do bom e imortal rock'n'roll.  

01. End of the Beginning
02. God Is Dead?
03. Loner
04. Zeitgeist
05. Age of Reason
06. Live Forever
07. Damaged Soul
08. Dear Father

Black Sabbath - God is Dead?


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ken Burns: A História do Jazz - EP: 01 “Gumbo: Do Começo a 1917"


Por Daniel Faria

Recebi por e-mail uma sugestão enviada pelo leitor Thiago Maradei, sobre um documentário do Ken Burns, que fala sobre a história do jazz. 

Em uma rápida pesquisa, descobri que esse documentário é dividido em 4 dvds. Com mais de 12 horas e meia de duração, o aclamado “Jazz” conta a história da música jazz, desde suas raízes no século XIX aos dias de hoje. Uma jornada musical iniciada no blues e no ragtime, passando pelo swing, bebop e o fusion. Em 12 episódios, o documentário relaciona a música com a vida do povo americano e com a história dos Estados Unidos nos últimos 120 anos. Por meio de 2.400 fotografias, 75 entrevistas, 500 canções e 2.000 filmagens raras. Produzida por Ken Burns - um dos mais premiados e respeitados documentaristas dos Estados Unidos – e, co-produzida pela PBS (rede pública de TV americana) e pela BBC (inglesa) custou mais de US$ 13.000.000 e levou mais de 6 anos para ser produzida. “Jazz” apresenta centenas de momentos raros e clássicos, gravações e apresentações ao vivo colhidas de um século inteiro de música jazz, além de entrevistas exclusivas, clipes raros e fotografias inéditas. Alguns dos personagens que você vai encontrar em várias minibiografias: Louis Armstrong, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Miles Davis, Thelonious Monk, John Coltrane, Glenn Miller, Chet Baker, Billie Holliday, Sarah Vaughan, Herbie Hancock - todos os grandes nomes estão aqui, bem como dúzias de artistas menos conhecidos, cujo talento e criatividade ajudaram a moldar o curso de uma verdadeira revolução musical. 

E para não ficar uma postagem muito extensa, decidi postar toda semana um episódio. Cada episódio está com legenda e tem a duração de 1 hora. 

Agradeço a dica do Thiago Maradei e espero que vocês gostem do documentário.

1º Episódio: Gumbo - Do Começo a 1917.

JAZZ começa em Nova Orleans, a cidade americana mais cosmopolita do século 19, onde o som das bandas de marchina, as óperas italianas, os ritmos caribenhos e os shows de menestréis enchem as ruas com uma rica diversidade de cultura musical. Na década de 1890, músicos afro-americanos criam uma nova música com esses ingredientes, misturando a síncope do ragtime ao sentimento emocionado do blues. Logo após o começo do novo século, as pessoas já chamam esse estilo musical de jazz. Neste episódio, conheça os pioneiros desta revolucionária expressão artística: Buddy Bolden, um cornetista semi-louco que pode ter sido o primeiro homem a toca jazz; Sidney Bechet, um prodigioso clarinetista cujo som incendiário comparava-se a sua personalidade explosiva; e Freddie Keppard, que recusou a chance de se tornar famoso por temer que os outros roubassem o segredo da sua arte. Os primeiros músicos de jazz viajam pelo país nos anos que antecedem a Primeira Guerra Mundial, mas poucas pessoas tem a oportunidade de ouvir esta música nova até 1917, quando um grupo de músicos brancos de Nova Orleans chega à Nova York para fazer a primeira gravação de jazz. A banda chama-se Original Dixieland Jazz Band e, em poucas semanas, o disco se transforma num sucesso inesperado, levando o grupo ao estrelato. De repente, a América enlouquece com o jazz, e a Era do Jazz está prestes a começar.

domingo, 26 de maio de 2013

"O Redentor" (Jo Nesbo)

Ficha Técnica:

Título: O Redentor
Escritor: Jo Nesbo
Gênero: Policial
Lançamento: 2012
Páginas: 420 páginas
Acabamento: Brochura
Editora: Record


Como disse na postagem anterior, estou colocando o Jazz & Rock na ativa novamente. E para a primeira postagem, escolhi escrever sobre o livro "O Redentor" do escritor norueguês Jo Nesbo, que terminei de ler recentemente.

Comprei o livro totalmente por acaso, aconteceu depois de ficar alguns longos minutos dentro de uma livraria procurando algo para comprar, e por algum motivo achei a capa interessante e li rapidamente a sinopse na contracapa. Nunca tinha ouvido falar no Jo Nesbo, mas decidi levar o livro mesmo assim.

“O Redentor” é um livro de suspense policial de qualidade rara, um thriller que choca o leitor desde o começo e consequente segurar ele em uma trama cheia de reviravoltas.

A história começa a ser contada a partir do ano de 1991, em um acampamento do exercício da salvação. John e Robert Karlsen são dois jovens, que assim como outros, convivem e fazem parte do mesmo circulo.  É nesse cenário que naquele ano acontece um crime, uma garota de 14 anos é estuprada dentro do acampamento. Apesar da gravidade, o caso é abafado dentro do exercito e ninguém fica sabendo.

Doze anos depois, ás vésperas do natal, o inverno rigoroso transforma Oslo em uma cidade desoladora e inóspita. Pessoas percorrem as ruas atrás de presentes de natal, e disputam lugar com pedintes e viciados sem destino que vagam em busca de dinheiro e drogas. Apesar do frio, o tradicional show de fim de ano do Exercito da Salvação é realizado, com a missão de fazer caridade em meio a um local degradado.

O evento transcorria normalmente, até que um tiro é disparado em meio à multidão, e um dos membros do exercito da salvação é assassinado. É nesse momento que entra em ação o inspetor chefe da policia Harry Hole, que encontra uma cena do crime com poucos indícios e nenhum suspeito.

Correndo contra o tempo, o inspetor chefe e sua equipe começam uma caçada alucinante em busca de pistas. Depois de algumas investigações, Hole chega a um assassino profissional croata, conhecido como “pequeno redentor”.

O fato surpreendente é que o assassino descobre horas depois, que matou o alvo errado.  Com poucos dias para solucionar o caso, Hole se encontra em um quebra cabeça interminável, que ele e sua equipe precisam solucionar rapidamente, antes que o assassino encontre o seu verdadeiro alvo.

É com essa trama bem montada e com muita habilidade, que Jo Nesbo consegue literalmente segurar o leitor, que assim como Hole, também deseja juntar as partes e solucionar o caso. Tudo no livro, as histórias secundárias, se encaixam perfeita a principal. Isso é sem duvida uma das características mais sensacionais do livro. 

Outro destaque é sem dúvida o personagem Harry Hole, que se pudesse ser comparado seria tipo um policial de seriado, um cara durão, que enfrenta seu superior para solucionar um caso, e em contrapartida quando está sozinho se lamenta por erros na sua vida pessoal e luta contra o vicio da bebida. É um personagem carismático, e que apesar de enfrentar muitas adversidades, Harry é a peça chave na investigação do caso. 

Sobre o escritor Jo Nesbo, não sei se vocês já o conheciam, mas recomendo os outros livros dele, que apesar de eu não ter lido ainda, parecem excelentes. 


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