quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Freddie Hubbard morre...1938 - 2008

Morre a lenda do jazz Freddie Hubbard, um dos trompetistas mais importantes e versáteis de sua geração.


Por Leonardo Alcântara

No final de 2007, mais precisamente na véspera de Natal, fomos surpreendidos com a notícia da morte do nosso querido Oscar Peterson. Nesta última segunda-feira (29), no final de mais um ano, outro jazzista genial nos deixa: após sofrer um ataque cardíaco, o trompetista Freddie Hubbard morre aos 70 anos de idade.

Segundo seu empresário, o também trompetista David Weiss, do New Jazz Composers Octet, Hubbard morreu no Sherman Oaks Hospital, no noroeste de Los Angeles. Ele havia sido hospitalizado no dia 26 de novembro.

Nas últimas semanas, aconteceram diversos rumores sobre o estado de saúde de Hubbard. O diário Washington City e o site JazzTimes publicaram notícias que davam conta de que o trompetista havia sofrido um ataque cardíaco e entrado em coma.

2008: O renascimento e o fim de Hubbard

Em junho de 2008, os fãs de jazz foram presenteados com o álbum On the Real Side (70th Birthday Celebration), que celebrava os 70 anos de carreira do trompetista e marcava a sua volta às gravações, o que não acontecia desde o álbum New Colors (2001) devido ao seu estado de saúde. Acompanhado do The New Jazz Composers Octet, Hubbard revigorou o seu repertório regular, sendo elogiado por público e crítica especializada.

Hubbard foi conhecido por sua versatilidade. Tocou com os principais nomes, como Thelonious Monk, Miles Davis, Cannonball Adderley e Coltrane, além de ter participado das principais transformações do jazz durante seus 50 anos de carreira. A revista DownBeat descreve-o como tendo uma sonoridade que combinava a técnica de Clifford Brown, a bravura de Lee Morgan e a sensibilidade de Miles Davis. Sua obra inspirou diversas gerações de músicos, que admiraram o seu estilo exuberante de tocar.

“Ele influenciou todos os trompetistas que vieram depois dele”, disse Marsalis. “Certamente eu ouvi muito do seu trabalho... Todos nós o ouvíamos. Ele tem esse som alto, um grande senso de ritmo e tempo e a grande marca do seu estilo é uma exuberância. Sua técnica é exuberante”.

Hubbard, obrigado por tudo! JM

"The night has a thousand eyes" (Berna, 1989)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Alberto Continentino, André Neiva e André Rodrigues



Para encerrar as postagens do Blog Jazz e Rock em 2008 com chave de ouro, nada melhor do que um som instrumental de qualidade.

“Comtresbaixos” (é um neologismo que expressa a natureza da idéia), é um projeto inédito no Brasil e foi idealizado pelos baixistas, Alberto Continentino, André Neiva e André Rodrigues. A idéia do projeto é mostrar as muitas das possibilidades que o Contrabaixo pode oferecer, e mantém-se fiel à explicação, é uma união de forças em prol da boa música.

O trabalho possui composições inéditas de Alberto Continentino, André Neiva e André Rodrigues, que são executadas em diversas instrumentações e formações, com seus integrantes tocando baixos elétricos e acústicos, e se apresentando com baixo solo, em trios e quartetos – com Arthur Maia completando o grupo na faixa “Comtresbaixos” – e claro o baixo com os demais instrumentos.

Entre os convidados, grandes nomes da música brasileira, como Arthur Maia, Ricardo Silveira, João Castilho, Bernardo Bosisio, Ivan Conti (Mamão), Carlos Bala, Claúdio Bala, Claúdio Infante, Renato “Massa” Calmon, Kiko Continentino, Glauton Campello, Marcelo Martins e Zé Canuto. O repertório, todo autoral, é vasto e passeia pelos mais variados estilos, desde ritmos brasileiros, passando pelo funk, blues e até o jazz.

Alberto Continentino eu conheci através do som do Ed Motta, os outros dois baixistas já tocaram com vários músicos nacionais, por exemplo, André Neiva já tocou com: Tim Maia, Moraes Moreira, Jorge Aragão, Jorge Vercilo entre outros, já André Rodrigues tocou com: Marina Lima, Ed Motta, Lulu Santos entre outros.

O projeto “Comtresbaixos” oferece ainda um fato incomum na nossa música: está disponível em mp3, para download gratuito, e somente assim poderá ser adquiro já que não será comercializado. Imperdível né?

Com3Baixos
Gênero: Funk/Jazz/Blues/Ritmos Brasileiros



01.O Músico e o Monstro
02.Entre Sonhos
03.Vinheta 1
04.Porque também não fui
05.A Invasão dos Mutrons
06.Vinheta 2
07.Poderia ter sido Assim
08.João e Liah
09.Vinheta 3
10.Homem do Milênio
11.Vinheta 4
12.Comtresbaixos

Site Oficial do Projeto: Com3Baixos
MySpace: Alberto Continentino, André Neiva e André Rodrigues

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Iron & Wine

2002 - The Creek Drank the Cradle
Gênero: Rock/Folk Progressivo



Bom descobri o som do "Iron & Wine" através do Blog do Lenhador , e estou postando aqui para vocês. Excelente para ouvir e relaxar, pois o som é bem calmo, é um álbum totalmente solo pois só tem o Sam Bean na banda.

Iron & Wine é o nome artístico utilizado pelo cantor estadunidense Sam Bean. Originário do estado da Flórida, mas residente na Carolina do Sul, Bean lança o seu primeiro álbum “The Creek Drank the Cradle” pelo selo Sub Pop em 2002. Bean escreve, toca, grava e produz cada uma das músicas do álbum em seu próprio estúdio caseiro. O som do álbum, que inclui violão, banjo e outros instrumentos foi comparado com a música de Nick Drake, Simon and Garfunkel, Neil Young, Elliott Smith, John Fahey ou Ralph Stanley. Sua música é classificada como country alternativo, folk progressivo o indie folk.

Track List

01. Lion`s Mane
02. Bird Stealing Bread
03. Faded From The Winter
04. Promising Light
05. The Rooster Moans
06. Upward Over The Mountain
07. Southern Anthem
08. An Angry Blade
09. Weary Memory
10. Promise What You WIll
11. Muddy Hymnal

Site Oficial: Iron & Wine

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

John Pizzarelli

1996 - Let´s Share Christmas
Gênero: Jazz



John Pizzarelli não poderia faltar na noite de natal de forma alguma, ainda mais com um álbum exclusivo de canções natalinas. Eu não poderia deixar de posta-lo.

“Let´s Share Christmas” lançado em 1996 é o primeiro álbum de natal na carreira do Pizzarelli, juntamente com Martin Pizzarelli ,Ray Kennedy e participação de: The Vanguard Jazz Orchestra , Clayton/Hamilton Jazz Orchestra , Michel Legrand and His Orchestra e seu pai Bucky Pizzarelli, Pizzarelli traz canções natalinas com um toque refinado do jazz, como: “Let It Snow, Let It Snow, Let It Snow”, “Let's Share Christmas”, “White Christmas”, “Sleigh Ride” – interpretada pelo John Pizzarelli Trio - , “Santa Claus Is Near”, “Silent Night”, entre outras.

O interessante que ao ouvir o álbum, você vai perceber que ele – Pizzarelli - mantém suas características musicais, igual dos demais trabalhos, porém com letras de natal, e como é marca dos trabalhos do Pizzarelli, ele alterna bastante entre músicas mais lentas e outras mais agitadas. É um álbum excelente que não pode faltar durante seu Natal.

Feliz Natal a todos leitores do Blog Jazz e Rock !

01 Let It Snow, Let It Snow, Let It Snow
02 Let's Share Christmas
03 White Christmas
04 Have Yourself A Merry Little Christmas
05 What Are You Doing New Year's Eve?
06 Sleigh Ride
07 Christmas Time Is Here
08 I'll Be Home For Christmas
09 Santa Claus Is Near
10 The Christmas Song
11 Snowfall
12 Silent Night

John Pizzarelli - Vocals e Guitar
Martin Pizzarelli - Bass
Ray Kennedy - Piano
Michel Legrand - Conducter
Andy Fusco, Jeff Clayton - Alto Saxophone
Harry Allen - Tenor Saxophone
Bill Watrous - Trombone
Bucky Pizzarelli - Acoustic Guitar
Jay Berliner - Classical Guitar
The Vanguard Jazz Orchestra
Clayton/Hamilton Jazz Orchestra
Michel Legrand and His Orchestra

Site Oficial: John Pizzarelli

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Maria Rita

2005 - Segundo
Gênero: MPB



Maria Rita lança em 2005 seu segundo CD, chamado de “Segundo”. Apesar de não ter nenhuma canção própria, é um disco bastante autoral, da escolha do repertório à sonoridade final. O álbum conta com 11 canções e uma faixa bônus “Conta Outra” – gravada ao vivo – e que na época do lançamento podia ser baixada da internet com o código que estava no CD – uma jogada muito interessante na minha opinião.

“Segundo” foi produzido pelo compositor Lenine, junto com a Maria Rita e conta com as canções, “Caminho das Águas” e “Recado”, de Rodrigo Maranhão, mais “Casa Pré-fabricada” e “Despedida”, do vocalista dos Los Hermanos, Marcelo Camelo, além da música em espanhol “Mal Intento”, do ganhador do Oscar de melhor canção em 2005, Jorge Drexler, “Sobre Todas as Coisas”, de Edu Lobo e Chico Buarque e "Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)", do O Rappa.

Bom sobre o disco, eu o considero excelente, por ser diferente do primeiro trabalho da cantora e por ela saber explorar essa nova sonoridade, afinal arriscou até um samba na música “Recado”, por isso considero esse álbum um marco na carreira da Maria Rita, ainda mais por que depois dele, ela foi mais além com o seu mais recente trabalho “Samba Meu”. Se você está querendo conhecer o som da Maria Rita, esse álbum é um bom começo.

01. Caminho das águas
02. Recado
03. Casa pré-fabricada
04. Mal intento
05. Ciranda do mundo
06. Minha alma (A paz que eu não quero)
07. Sobre todas as coisas
08. Sem aviso
09. Muito pouco
10. Feliz
11. Despedida
12. Conta outra (Ao Vivo) (Bônus)

Site Oficial: Maria Rita

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Queen

1992 - Live At Wembley' 86
Gênero: Rock



Bom todo fã do Queen que se preze não esquece essa apresentação – que diga minha mãe que é fã do Queen e em especial do Freddie Mercury - não que ela esteve lá (risos), mais pelo que esse show representa para os fãs e para a história do rock mundial.

“Live at Wembley '86” é o resultado desse show lendário do Queen que foi realizado no estádio de Wembley (Londres) e ficou realmente marcado na história do Rock. O quarteto britânico a todo vapor tocando clássicos que ficaram eternizados como, “A Kind Of Magic”, “Love Of My Life”, “Bohemian Rhapsody”, “Radio Ga Ga”, “We Will Rock You”, “We Are The Champions” entre outras. Fica a dica.

Disco 1:

1. One Vision
2. Tie Your Mother Down
3. In The Lap Of The Gods
4. Seven Seas Of Rhye
5. Tear It Up
6. A Kind Of Magic
7. Under Pressure
8. Another One Bites The Dust
9. Who Wants To Live Forever
10. I Want To Break Free
11. Impromptu
12. Brighton Rock Solo
13. Now I'm Here

Disco 2:

1. Love Of My Life
2. Is This The World We Created
3. (You're So Square) Baby, I Don't Care
4. Hello Mary Lou (Goodbye Heart)
5. Tutti Frutti
6. Gimme Some Lovin'
7. Bohemian Rhapsody
8. Hammer To Fall
9. Crazy Little Thing Called Love
10. Big Spender
11. Radio Ga Ga
12. We Will Rock You
13. Friends Will Be Friends
14. We Are The Champions
15. God Save The Queen

Freddie Mercury - Vocais, piano
Brian May - Guitarra
John Deacon - Baixo
Roger Taylor - Bateria

Queen - "Crazy Little Thing Called Love" (Live At Wembley Stadium 1986)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Beatles'n' Choro

“Beatles ‘n’ Choro” é um projeto idealizado por Renato Russo (Legião Urbana) e produzida pelo cavaquinista Henrique Cazes, com quatro volumes lançados de 2002 a 2005 e com um time de primeira qualidade, Carlos Malta (sopros), Hamilton Holanda (bandolim), Marcelo Gonçalves (violão 7 cordas), Paulo Sérgio Santos (clarinete) e Rildo Hora (gaita). Além do Quarteto Maogani (no volume 1). O acompanhamento das faixas tem, além de Henrique Cazes (violão, violão-tenor, viola caipira, banjo, cavaquinho midi e cavaquinho de acompanhamento) e Marcello Gonçalves (violão de sete cordas), outros grandes como Alceu Reis (violoncelo), Beto Cazes (percussão), Chiquinho Chagas (acordeom), Omar Cavalheiro (contrabaixo acústico e violão baixo) e Rui Alvim (clarinete).

Nos quatro volumes o choro é de primeira qualidade e as canções que ficaram marcadas na voz do quarteto de Liverpool, ganha novos arranjos a moda brasileira e vale ressaltar que de forma alguma as canções perderam a originalidade. Entre as canções estão: “Help”, “Something”, “Day Tripper”, “Eleanor Rigby”, “A Hard Day's Night”, “She's Leaving Home”, “Hey Jude”, “Penny Lane”, “Let It Be”, ""Yesterday", "Come Together", entre outras.

O resultado não poderia ser melhor, vale conferir.

Beatles'n'Choro CD 1



01.Carlos Malta - Help!
02.Hamilton de Holanda - Something
03.Paulo Sérgio Santos - The Fool On The Hill
04.Henrique Cazes - Day Tripper
05.Rildo Hora - Here, There and Everywhere
06.Henrique Cazes e Marcello Gonçalves - Blackbird
07.Quarteto Maogani - While My Guitar Gently Weeps
08.Paulo Sérgio Santos - When I'm Sixty-four
09.Henrique Cazes - With A Little Help From My Friends
10.Hildo Hora - For No One
11.Hamilton de Holanda - Eleanor Rigby
12.Carlos Malta - The Long And Winding Road

Beatles'n'Choro CD 2



01.Carlos Malta - You're Going To Lose That Girl
02.Henrique Cazes - In My Life
03.Rild Hora - A Hard Day's Night
04.Hamilton de Holanda - Yesterday
05.Paulo Sérgio Santos - Martha My Dear
06.Hamilton de Holanda - I Want To Hold Your Hand
07.Marcello Gonçalves - She's Leaving Home
08.Rildo Hora - If I Fell
09.Henrique Cazes - You Won't See Me
10.Paulo Sérgio Santos - Michelle
11.Hamilton de Holanda - Here Comes The Sun
12.Carlos Malta - Come Together

Beatles'n'Choro CD 3



01.Carlos Malta - I Feel Fine
02.Hamilton de Holanda - Hey Jude
03.Paulo Sérgio Santos - Honey Pie
04.Henrique Cazes - Got To Get You Into My Life
05.Rildo Hora - Do You Want To Know A Secret
06.Marcello Gonçalves - We Can Work It Out
07.Henrique Cazes - All My Loving
08.Paulo Sérgio Santos - Wait
09.Henrique Cazes - Girl
10.Rildo Hora - Hello Goodbye
11.Hamilton de Holanda - Mother Nature's Son
12.Carlos Malta - Penny Lane

Beatles'n'Choro CD 4



01.Carlos Malta - The Night Before
02.Hamilton de Holanda - Ticket To Ride
03.Rildo Hora - Let It Be
04.Henrique Cazes - And I Love Her
05.Paulo Sérgio Santos - I Will
06.Marcello Gonçalves e Henrique Cazes - Because
07.Hamilton de Holanda - You Never Give Me Your Money
08.Rildo Hora - She Loves You
09.Paulo Sérgio Santos - Maxwell's Silver Hammer
10.Hamilton de Holanda - Ob-la-di, Ob-la-da
11.Henrique Cazes - Nowhere Man
12.Carlos Malta - The Inner Light

Créditos: Beatles Downloads

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jukka Eskola

2005 - Jukka Eskola
Gênero: Jazz e Eletrônico



Durante as minhas constantes buscas pelo soulseek, sempre me deparo com as coisas mais inusitadas. Uma das minhas últimas descobertas trata-se do jovem trompetista filândes Jukka Eskola, de Espoo, na costa sul da Finlândia. Com as ótimas colaborações de The Five Corners Quintet, NuSpirit Helsinki, Teddy Rok 7, Quintessence e Jimmy Tenor, Eskola nos presenteia com uma complexa viagem musical entre o eletrônico e o jazz, mantendo um forte linha de improviso e experimento.

Track List

01. Introduction
02. 1974
03. Kulo
04. Go Time
05. Buttercup
06. Timber Up
07. Selim
08. Duudamdej
09. Last Breath

Credits:

Bass - Antti Lötjönen
Drums, Percussion, Keyboards - Teppo Mäkynen
Fender Rhodes, Piano - Jukkis Uotila
Producer - Jukka Eskola , Teppo Mäkynen
Saxophones, Alto Flute - Timo Lassy
Trumpet, Flugelhorn - Jukka Eskola

Uma Colaboração do Blog JazzMan!


Sobre: Jukka Eskola

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Daniel Gonzaga

2004 - Areia
Gênero: MPB



Estou ouvindo esse cd sem parar, as letras e a sonoridade interessante devido à fusão entre o xote e o blues, fazem desse álbum um dos melhores da carreira do Daniel Gonzaga. Simplesmente perfeito. Um álbum com uma riqueza musical incrível.

“Areia” é o quarto álbum da carreira do cantor/compositor Daniel Gonzaga e a fusão que citei do xote e o blues é notável na primeira faixa, “Nascimento” – uma canção que da vontade de ficar ouvindo sem parar – um ritmo empolgante e uma letra que “gruda” da memória rapidamente. Outras faixas que posso citar são: “Palestttina”, “Tempestade”, “Concreto”, “Beijo”, “Vidro", Olhos Aparafusados" e “Areia”.

Todas as músicas - com exceção da canção “Janela” – foram compostas por Daniel Gonzaga, ele que explora muito as heranças do seu avô Luiz Gonzaga no ritmo e do pai Gonzaguinha nas letras ácidas, porém trilha seu próprio caminho e utiliza essas influências para enriquecer suas composições. Além do Daniel (voz/violão), os músicos que o acompanham nesse trabalho são: André Siqueira (percussão), João Gaspar (guitarra, violões e bandolim), Cássio Cunha (bateria) e Pedro Moraes (baixo). E a participação especial de Lui Coimbra (violoncelo).

Espero que você goste do álbum, eu particularmente não consigo parar de ouvir. Se você quiser conhecer os outros trabalhos do cantor/compositor Daniel Gonzaga é só entrar no site, lá é possível ouvir a discografia completa.

Track List

1. Nascimento
2. Caminho
3. Tempestade
4. Palestttina
5. Concreto
6. Beijo
7. Janela
8. 12:00
9. Vidro
10. Mudança
11. Olhos Aparafusados
12. Areia

Site Oficial: Daniel Gonzaga

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Paul Stanley

2006 - Live to Win
Gênero: Hard Rock



Sexta feira, nada melhor do que passar o fim de semana com uma boa trilha sonora. Recomendo hoje uma boa dose de hard rock e excelentes baladas na voz de Paul Stanley.

“Live to Win” é o segundo álbum solo de Paul Stanley (vocal/guitarrista do Kiss). O álbum é digamos bem a cara dele, um som atual e agradável de ouvir. Com uma sonoridade mais pop (do que o Kiss), Stanley passeia pelo hard rock, com canções agitadas, marcantes e por baladas (sua especialidade – ainda mais para quem conhece Kiss).

A faixa "Live to Win" tem uma pegada mais rockeira e um refrão que logo fica marcado na memória (ponto forte nas canções do Stanley). "Lift" e "Wake Up Screaming", as faixas seguintes, são rocks ao estilo do jovem e com toda cara de hits feitos sob medida para as rádios comerciais. As baladas ficam por conta das canções, "Everytime I See You Around" e "Loving You Without You Know" e a sensacional "Second to None" – música que Paul dedica a sua esposa. "Bulletproof" e "Were Angels Dare", digamos são as faixas que mais lembram o estilo Kiss.

“Live to Win” é um álbum agradável e no mínimo bem mesclado entre um bom hard rock e baladas sensacionais, creio que Stanley conseguiu agradar os fãs antigos do Kiss, assim como conseguirá novos fãs a partir desse excelente trabalho.

Track List

01. Live To Win
02. Lift
03. Wake Up Screaming
04. Every Time I See You Around
05. Bulletproof
06. All About You
07. Second To None - (Tradução)
08. It’s Not Me
09. Loving You Without You Now
10. Where Angels Dare

Site Oficial: Paul Stanley

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Kiss volta ao estúdio depois de 11 anos

Estava navegando na internet procurando novidades e me deparei com uma notícia animadora para os fãs do Kiss.

A banda vai voltar a gravar um álbum depois de 11 anos !!!!

Desde o lançamento do álbum “Psycho Circus" em 1998, o Kiss não entrava em estúdio para gravação de material inédito. A volta do Kiss aos estúdios está prevista para 2009, o disco será produzido por um dos guitarristas da banda, Paul Stanley.

Segundo a revista americana Billboard, o lançamento deve ocorrer durante a turnê comemorativa de 35 anos da banda nos Estados Unidos. Os integrantes do Kiss já haviam comentando a falta de entusiasmo em lançar um novo material, os músicos chegaram a culpar os fãs de música pela crise da indústria fonográfica.

Além de Simmons e Paul Stanley, únicos integrantes originais da formação do Kiss, devem gravar com a banda o guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer.

Apesar da banda, estar na ativa com shows e até algumas gravações ao vivo, eu particularmente achava que o Kiss não voltaria a entrar em um estúdio, afinal já são 10 anos sem nada e essa notícia me pegou de surpresa, agora é esperar pra ver a qualidade do material.



Abraço a todos.

Podcast Farofa Moderna: John Zorn, o gênio do experimental !


Sejam bem-vindos à mais um dos nossos podcasts especiais: neste eu abordo as composições e bandas do experimentalista John Zorn, mostrando desde suas abordagens ao Free Jazz, Música Erudita Contemporânea, até seus flertes com o Noise e Grindcore. John Zorn, saxofonista alto nascido em 1953, é um dos músicos mais multifacetados e um dos compositores de maior influência nos cenários vanguardistas: nos EUA ele fomenta o avant-garde, o free jazz e a música experimental na chamada Downtown nova-iorquina; na europa ele é um dos nomes mais benquistos no cenário da Free Improvisation; no Japão ele é uma lenda viva, venerado por improvisadores do noisecore japonês tais como Yoshida Tatsuya, Ikue Mori, Yamatsuka Eye e Keiji Haino; além disso, também é sabido a grande procura de composições de Zorn para interpretações, sendo um dos compositores mais interpretados por bandas, orquestras e conjunto de câmeras que abordam a Música Contemporânea: dois deles, por exemplo, são os conjunto de cordas Kronos Quartet e Crowley Quartet, esse presente num dos blocos deste podcast.

John Zorn iniciou sua carreira em meados dos anos 70 e, apesar de muito jovem, já demonstrava ser muito eclético e exigente: ele gostava de rock pesado e do caos, mas também gostava de ouvir Olivier Messiaen, John Cage, Charles Ives, dentre outros compositores da Música Erudita de Vanguarda; Zorn, que começou a tocar saxofone após ouvir o disco For Alto de Anthony Braxton, também tinha um grande talento como saxofonista e um grande talento para reunir músicos vanguardistas através das gigs que ele mesmo promovia em seu apartamento, em Manhattan. Assim, não foi nada difícil se tornar conhecido entre os músicos de Nova Iorque, chegando a receber vários convites para colaborar com nomes do Free Jazz no desgastado cenário do Loft Jazz americano, chegando a iniciar suas gravações em estúdio junto ao saxofonista Frank Lowe em 1977.

Já nos anos 80, após a passagem pelo decadente cenário do Free Jazz americano e, em paralelo à explosão do movimento modern mainstream dos Young Lions, John Zorn se manteve cada vez mais convicto nos caminhos do avant-garde, englobando, ainda, outras estéticas e estilos como o country, o heavy metal, o hardcore (uma corrente mais "nervosa" do Punk Rock), o noise, e, posteriormente, o Grindcore (um estilo que abrange noise e hardcore) e a música judaica, a chamada Klezmer Music. Junto a John Zorn começou, portanto, a envidenciar uma geração de músicos ecléticos, dos quais alguns tinham o Jazz como ponto de partida, mas eram abertos às inúmeras experimentações e estéticas vanguardistas, distinguindo-se dos jovens jazzistas da geração dominante do trompetista Wynton Marsalis. Na verdade, o trunfo de John Zorn foi liderar um reduto underground de roqueiros, músicos de jazz e improvisadores em Nova York que não ligavam para rótulos, nem mesmo ligavam com qual estilo a crítica os denominariam: alguns deses eram Joey Baron, Bill Frisell, Christian Marclay, Bill Laswell, Wayne Horvitz, Fred Frith, dentre outros. Esse movimento mais eclético, mas, ainda com algumas bases no Jazz, chegou a ser chamado, por alguns críticos, de Jazz-Punk, tendo John Zorn como a figura central dessa vertente.

Zorn: Aporias / Davies, American Composers OrchestraBook of Angels: MalphasJohn Zorn: Kristallnacht Zorn: String Quartets /Hammann, Feldman, Martin, Friedlander








Inicialmente bem restrito e underground, esse movimento liderado por John Zorn foi crescendo e atingindo um número maior de fãs a partir da década de 90. Não só fãs, mas ,sobretudo, houve uma maior integração entre John Zorn e seus músicos com o cenário europeu da Free Improvisation, bem como com novos improvisadores do noisecore japonês tais como Yoshida Tatsuya, Keiji Haino, Otomo Yoshihide, Yamatsuka Eye, dentre outros. Foi, também, em 1995, que Zorn criou o seu selo Tzadik, pelo qual ele passaria a lançar seus próprios discos, além de fomentar lançamentos de outros músicos e improvisadores do Jazz Avant-Garde e música experimental como um todo. E aconteceu que, apesar do público ser pequeno em relação aos públicos de gravadoras maiores, o selo Tzadik foi uma das etiquetas que mais cresceram, chegando a ser procurada até mesmo por grandes grupos do mercado fonográfico que abordam a Música Erudita Contemporânea tais como o Quarteto Kronos e a Filarmônica de Nova Iorque. Todo esse sucesso foi movido pelos lançamentos geniais de Zorn e seus seguidores, os quais abordam desde o Avant-Garde Jazz, passa pelo Experimental até Música Erudita Contemporânea, prezando pela excelência estrutural das composições. O selo Tzadik, portanto, acabou se tornando uma etiqueta de mesmo porte e requinte da gravadora alemã ECM, comparando, aí, as geniais abordagens contemporâneas e a excelência em sonoridades.

Asylum - Naked City (Radio 1999)

Como líder e compositor, John Zorn já gravou mais de 60 discos, dentre os quais há diversas séries como Cobra (baseado numa game piece, um jogo criado por ele mesmo), Book of Angels (uma série discos com composições inspiradas na mitologia e música de israel, chamada Klezmer), além da série Film Works (um cojunto de discos com trilhas sonoras) e a série Masada que aborda a música judaica. Nesses discos, as formações são as mais variadas possíveis. Desde sua ascensão na década de 80, Zorn já trabalhou com uma infinidade de músicos e bandas, tendo fundado bandas paralelas como Naked City (1988-1993) e Painkiller e, mais recentemente, o Masada String Trio, o Eletric Masada, dentre outros grupos. Os sidemans, parceiros e colaboradores, por sua vez, são, além dos músicos de Jazz e improvisadores citados, outros músicos como o violinista Mark Feldman, o trompetista Dave Douglas, o contrabaixista Greg Cohen, a pianista Sylvie Courvosier, o guitarrista Marc Ribot, o percussionista brasileiro Cyro Baptista, bem como músicos da corrente GrindCore como Mike Patton e Mike Harris.


Ouça


1º Bloco____________________

Asylum ( do disco Radio da banda Naked City 1993)
Razorwire (do disco Radio da banda Naked City 1993)
Batman ( do disco Naked City da banda Naked City 1989)

John Zorn – Sax alto, compositor
Bill Frisell – guitarra
Fred Frith – guiarra baixo
Wayne Horvitz – piano, sintetizadores
Joey Baron – bateria



2º Bloco____________________

Bethor (do 2º Volume da série Book of Angels: Azazel 2005)

Masada String Trio

Mark Feldman – violino
Erik Friedlander – cello
Greg Cohen – contrabaixo


Rigal ( do 3º Volume da série Book of Angels: Malphas 2006)

Mark Feldman – violino
Sylvie Courvosier – piano


Conjurations - Necronomicon ( disco Magik do Crowley Quartet 2004)

Jennifer Choi - violino
Jesse Mills - violino
Richard O'Neill - viola
Fred Sherry – cello



3º Bloco__________________

Trance Dance ( do 13º Volume da série Film Works: Invitation to a Suicide 2002)

Rob Burger - acordeon
Trevor Dunn - contrabaixo
Erik Friedlander - violoncelo
Marc Ribot - guitarra
Kenny Wollesen - vibrafone, marimba, bateria


Yatzar ( Eletric Masada : At the Mountains of Madness 2005)


Marc Ribot - guitarra
Kenny Wollesen - bateria
Cyro Baptista - percussão
Joey Baron - bateria
John Zorn – sax alto
Trevor Dunn – contrabaixo
Jamie Saft – teclados
Ikue Mori – electronicos, laptop



4º Bloco____________________

Lótus Blossom ( do disco News for Lulu 1987)

John Zorn – sax alto
George Lewis – trombone
Bill Frisell – guitarra


Rising Sign ( da série 50th Birthday Celebration 2004)

John Zorn – sax alto
Susie Ibarra – bateria, percussão



5º Bloco___________________

Tortured Souls ( do disco Buried Secrets 1991 – banda Painkiller)

John Zorn – sax alto
Mike Harris – bateria
Bill Laswell – contrabaixo
Justin Boadrick – vocal


Geting Curly ( do disco Locus Solus 1983 )

John Zorn (vocals, soprano & alto saxophones, clarinet, sound effects); Arto Lindsay (vocals, guitar); Peter Blegvad (vocals); M.E. Miller (vocals, acoustic & electronic drums, congas); Wayne Horvitz (organ); Anton Fier, Ikue Mori (drums); Christian Marclay, Whiz Kid (DJ).



Litany I ( do disco Litanies for Heliogabalus 2007)


Mike Patton - vocals
Joey Baron - drums
John Zorn - alto saxophone
Trevor Dunn - bass instrument
Jamie Saft - organ
Abby Fischer - background vocals
Kirsten Sollek - vocals
Martha Cluver - vocals
Ikue Mori - electronics

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Boa Audição !!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Madeleine Peyroux

2006 - Half The Perfect World
Gênero: Jazz



Madeleine Peyroux é mais uma excelente cantora que conheci através do programa do Jô Soares. Tive o prazer de ver a entrevista e ouvi algumas “palinhas” e duas músicas por completas. Achei muito interessante o som e estou trazendo para vocês. O nome francês da cantora pode confundir sua origem norte-americana, mas não seu gosto pelo ritmo nascido nos Estados Unidos, que, no entanto, aprendeu em Paris: o jazz. Além de cantora, Peyroux é compositora e violonista. Madeleine nasceu em Athens, na Geórgia, mas viveu na França dos 13 aos 22 anos. Aos 15 já cantava em bandas de jazz e blues de Paris.

“Half The Perfect World” é o 3º álbum da carreira. Entre as composições há “Smile”, que integra a trilha sonora do filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin, “La Javanaise” de Serge Gainsbourg, cantada no original, e o clássico de Joni Mitchell, “River”, entre outras.

A música de Madeleine Peyroux é calcada no Jazz, no Blues e o Bluegrass. Mas há mais do que isso: o ouvinte encontra Pop em canções como “I’m All Right” e “Once In A While”, e até Country, como revela a faixa “A Little Bit”.

Embora não circule no circuito musical pop, como Norah Jones e Diana Krall costumam fazer, Madeleine já participou de diversos festivais e se apresentou em casas de Jazz por todo o mundo. A cantora, cuja voz já foi comparada a de Billie Holiday, esteve no Brasil recentemente para realização de um show único em São Paulo.

Track List

01. I’m All Right
02. The Summer Wind
03. Blue Alert
04. Everybody’s Talkin’
05. River (dueto com K.D. Lang)
06. A Little Bit
07. Once in a While
08. (Looking for) The Heart of Saturday Night
09. Half the Perfect World
10. La Javanaise
11. California Rain
12. Smile

Site Oficial: Madeleine Peyroux

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Roberta Sá

2004 - Sambas e Bossas
Gênero: MPB



A nova geração da MPB está repleta de novos talentos musicais e digo mais, esse cenário está longe de ser exclusividade para os homens, as mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço....mais do que merecido.

Roberta Sá, nascida em Natal/RN, faz parte dessa nova geração da MPB, com muito talento, muita voz e um som refinado, a jovem cantora já coleciona 3 álbuns na carreira. “Sambas e Bossas” lançado em 2004 , evidencia a leveza do canto da Roberta e seu bom gosto para selecionar repertório. Entre os sambas estão “Alegria” e “O Sol Nascerá” (Cartola), “Essa Moça Tá Diferente” (Chico Buarque), “Falsa Baiana” (Geraldo Pereira), “A Flor e o Espinho” (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Guilherme de Brito) e “Pressentimento” (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho). As bossas estão representadas por clássicos como “Chega de Saudade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Coisa Mais Linda” (Carlos Lyra). E a canção “Novidade” do compositor Rodrigo Maranhão.

Além do álbum “Sambas e Bossas”, a discografia da cantora ainda conta com mais dois álbuns, “Braseiro” lançado em 2005, contém canções de campositores como, Chico Buarque, Paulinho da viola, Marcelo Camelo e Rodrigo Maranhão. E o álbum mais recente “Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria” lançado em 2007.

Track List

01. Alegria + O Sol Nascerá
02. Essa Moça Tá Diferente
03. Novidade
04. Falsa Baiana
05. Chega de Saudade
06. Pra Dizer Adeus
07. Fica Melhor Assim
08. Coisa Mais Linda
09. A Flor e o Espinho
10. Pressentimento

Site Oficial: Roberta Sá
MySpace Oficial: Clique Aqui

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Brasil na Bagagem


É interessante como os brasileiros e americanos (e, através destes o mundo) se entregaram a Tom Jobim por caminhos diferentes. O que “Chega de Saudade” significou para o Brasil foi representado, nos Estados Unidos, por “Desafinado” (“Off-Key” , na versão em inglês). A emoção que sentimos ao ouvir “Samba de Avião” pode ser incompreensível para os gringos – que, em compensação se apaixonaram por “Wave”. Os dois grandes casos de paixão em comum foram por “Garota de Ipanema” e claro “Águas de Março”.

De 1962 para cá, “Garota de Ipanema” fez de tudo na vida: nasceu Cult, tronou-se um sucesso, depois um mega-sucesso, passou a ser considerada o hino da bossa nova, foi reduzida a kitsch e, desde há muito, incorporou-se, com tranqüilidade, ao repertorio universal: é um dos maiores Standards do século XX. Já foi e continua a ser gravada por tanta gente que não se sabe como as sociedades que cuidam de seus royalties mantêm o controle: pelas ultimas contas, “Garota de Ipanema” teria perto de 300 gravações – mas o numero real deve ser o dobro disso, somando-se as obscuras versões não autorizadas que vivem sendo feitas. Na internet, fica-se sabendo de gravações por piano solo, orquestra sinfônica, quarteto de cordas, banda de gaita e foles e até gangues de funk e hip hop. O espectro de seus interpretes vocais vai de Frank Sinatra, que você sabe muito bem quem é, a Floyd the Barber, de quem você nunca ouviu falar (trata-se de um cantor de rap). Tudo isto é legalizado, mas, e as paródias de “Garota de Ipanema” – humorísticas, sensuais e tantas outras – que até hoje abundam, principalmente nos Estados Unidos?

Neste momento, os principais portais ou mecanismos de busca da internet, contêm, cada qual, um mínimo de 600 mil entradas relativas á “The Girl from Ipanema” – vasculhá-las por inteiro, só no espaço de uma ou duas vidas. Há paginas falando da Jeune Fille d’Ipanema, da Ragazza de Ipanema e da Chica de Ipanema, o que é normal, mais há também sites em russo, grego, japonês, chinês, coreano, árabe e outras línguas para as quais o computador precisa ter os caracteres adaptados. A partitura contendo a melodia de Tom, a letra original de Vinicius de Moraes e a versão em inglês de Normal Gimbel, esta exposta à exaustão na rede, muitas vezes com áudio (na gravação de Astrud com Getz). No caso da letra de Vinicius, não faltam adaptações fonéticas para ajudar o pessoal de língua inglesa a reproduzir a interpretação de João Gilberto resultando em coisas assim: “Aw-lyuh kee koey-suh mah-izh leen-dah/Mah-iz shay-ya dee grah-suh....”

Internautas dos EUA, do Japão e da Alemanha trocam mensagens relatando onde estavam, fazendo o quê e o que sentiram ao ouvir “The Girl from Ipanema” pela primeira vez. Mais ou menos como, por muitos anos, se fez com o assassinato do presidente John Kennedy em Dallas, Texas a 22 de novembro de 1963. Não por acaso, seu lançamento internacional, na gravação de Astrud, se deu em seguida à morte de Kennedy, a há quem associe seu imediato sucesso nos Estados Unidos ao efeito calmante que a canção teria sobre os americanos depois de um impacto violento – como se, de repente, para eles, o mais sensato fosse jogar tudo para o alto e ir para uma praia chamada Ipanema, uma Xangri-la moderna, bem longe do Vietnã, onde garotas altas e bronzeadas passeavam soberbas e soberanas pelas areias, e todo mundo fazia “Ah....”. A diferença é que cada vez há menos gente capaz de se lembrar onde estava naquele longínquo dia em que mataram Kennedy – mas “The Girl from Ipanema” continua a marcar quem, até hoje, a ouve pela primeira vez.

O mesmo acontece com “Águas de Março”, que, em português ou inglês, transporta o ouvinte para uma realidade fora de tempo e do espaço deste insensato mundo. Na realidade – assim como “Chovendo Roseira” – é uma crônica do sítio da família de Tom em Poço Fundo, aonde, desde cedo, ele foi se esconder dos carros, aviões e arranha céus que turvaram a sua fome de paisagem. Ou seja, um universo chão mateiro e, à primeira vista, a antítese da bossa nova, se comparado às temáticas urbanas e cariocas de praia/verão/mulher de sua obra inicial, e de que “Garota de Ipanema” é o exemplo supremo. Mas, curiosamente, aqueles paus e pedras e fins do caminho eram bossa nova do mesmo jeito – como tudo que ele fez.

Tom compôs numa variedade de gêneros, ritmos e metros brasileiros, como se promovesse uma verdadeira ocupação musical do Brasil, e a todos imprimiu uma sonoridade “bossa nova” – nomenclatura que, ao contrário de alguns, ele nunca rejeitou, numa notável fidelidade à musica que o consagrou. Tom foi também o herdeiro, e talvez o ápice, de uma grande tradição do piano brasileiro, que começou com Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Villa-Lobos, Sinhô, Ary Barroso, Custódio Mesquita, Vadico, Alcyr Pires Vermelho e outros, por ordem de entrada em cena, e prossegue hoje com Gilson Peranzetta, Francis Hime, Wagner Tiso e tantos mais.

Em 1967, quando aceitou o convite de Frank Sinatra, então o maior cantor do mundo, para gravar com este um disco de suas canções, Tom deve ter tido um problema com malas ao embarcar para Los Angeles: excesso de peso. Era inevitável. Afinal, levava o BRASIL NA BAGAGEM.

Fonte:

Livro: Coleção Folha 50 anos da Bossa Nova
Volume 1 - Antonio Carlos Jobim

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Milton Nascimento & Jobim Trio

2008 - Novas Bossas
Gênero: Bossa Nova



“Novas Bossas” é um projeto realizado por Milton Nascimento e o Jobim Trio (Daniel Jobim , Paulo Jobim e Paulo Braga). Com canções regravadas e com algumas inéditas, o álbum gravado em apenas três meses foi lançado para a comemoração dos 50 anos da Bossa Nova.

Com novos arranjos e uma canção inédita –“Dias Azuis” de Daniel Jobim – o álbum traz canções de Vinicius de Moraes “Medo de Amar”, Dorival Caymmi “O Vento”, além de musicas que ficaram consagradas, “Chega de Saudade”, “Inútil Paisagem”, “Brigas Nunca Mais” e “Samba de Avião”. E a última faixa é um espetáculo, “Trem de Ferro” (café com pão, café com pão), eu particularmente já ouvi muito essa música quando criança, mais não sabia que era do Tom Jobim.

Admirado por Tom Jobim - que dizia que ele era o melhor intérprete de suas canções - este é o primeiro disco que Milton grava com músicas do maestro e, segundo ele, o trabalho que mais queria fazer. "Essa parceria ainda pode render muito. Por isso, achamos que não vai parar por aí. Temos muitos aniversários para celebrar e todo mundo me pede para fazer um disco comemorativo. Mas queria realmente trabalhar em algo que nunca tinha feito. Eu devia isso ao Tom Jobim", diz Milton Nascimento.

E para alegria dos fãs da Bossa Nova, Milton Nascimento diz que tem músicas para 2, 3, 4 discos e quando o repertório acabar é só fazer novos arranjos e começar tudo de novo.

Apesar do excelente trabalho, acho que todos irão pensar “Faltou aquela música”, eu também pensei isso, agora é torcer e esperar os próximos lançamentos e com novos arranjos. A participação do Jobim Trio foi crucial para esse projeto, Daniel Jobim (neto), Paulo Jobim (filho) e Paulo Braga realizaram uma obra prima e certamente o maestro Jobim está orgulhoso disso.

Track List

01. Tudo o Que Você Podia Ser
02. Dias Azuis
03. Cais
04. O Vento
05. Tarde
06. Brigas Nunca Mais
07. Caminhos Cruzados
08. Inútil Paisagem
09. Chega de Saudade
10. Medo de Amar
11. Velho Riacho
12. Esperança Perdida
13. Samba de Avião
14. Trem de Ferro

Créditos:

Milton Nascimento: voz
Daniel Jobim: piano e voz
Paulo Jobim: violão e voz
Paulo Braga: bateria

Site Oficial: Milton Nascimento

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Tom Jobim - Eu Sei Que Vou Te Amar



Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

(Tom Jobim)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Jazz e Rock no Blog Vida Digital !



Primeiramente quero refazer meu sincero pedido de desculpas ao Ricardo Carvalho. Eu disse que faria uma postagem de agradecimento e não fiz. Mas promessa é divida.

Ricardo Carvalho é editor do Blog Vida Digital e faz um trabalho fantástico divulgando blogs com conteúdo voltado principalmente para música. E o “Jazz e Rock” foi presenteado com uma postagem em setembro – novamente peço desculpas – e o Ricardo fez uma analise muito interessante sobre o Blog.

Clique Aqui para ler a postagem.

Quero novamente parabenizá-lo por esse excelente trabalho de divulgação e agradecer por citar o Blog Jazz e Rock em meio a tantos blogs de qualidade, é sem duvida uma grande responsabilidade para mim.

Abraço.

Acesse: Blog Vida Digital

sábado, 29 de novembro de 2008

Entrevista: Roberto Muggiati - Improvisando Soluções

ENTREVISTA EXCLUSIVA - Roberto Muggiati

O blog JazzMan! tem a enorme honra de entrevistar o jornalista Roberto Muggiati, um dos mais importantes escritores e historiadores de jazz em nosso país.


Por Leonardo Alcântara (JazzMan!)
Colaboração: Fernanda Melonio e Vagner Pitta

O jornalista curitibano Roberto Muggiati tem sido nos últimos anos uma verdadeira autoridade no que tange à difusão do jazz entre os brasileiros. Com diversas publicações sobre o gênero, Muggiati consegue mostrar ao leitor, com uma linguagem agradável e elegante, que o jazz não é nenhum bicho de sete cabeças e que está além de um simples gênero musical, podendo ser utilizado como fonte de inspiração para diversas situações e decisões ao longo da vida.

Esta idéia é reforçada em seu último lançamento Improvisando Soluções: o Jazz como Exemplo para alcançar o Sucesso (Best Seller, 2008), onde o escritor cita diversos exemplos de jazzistas que superaram as mais variadas adversidades para impor a sua arte. Superação e improviso fazem parte da história e da estética do jazz, onde seus vitoriosos protagonistas transformaram vivências e sentimentos em uma arte espontânea, que permanece viva há mais de um século.

Roberto Muggiati estará no dia 05/12, em Curitiba, sua cidade-natal, para o lançamento do livro Improvisando Soluções: o Jazz como Exemplo para alcançar o Sucesso. Antes disso, ele generosamente nos concedeu a entrevista abaixo.

JazzMan!: O que foi que te chamou a atenção no jazz? Como foi o processo até se tornar um dos grandes escritores brasileiros do gênero?

Roberto Muggiati: Com pouco mais de dez anos de idade, ao ouvir naquelas velhas bolachas de 78 rotações-por-minuto os sons de Art Tatum, Nat King Cole, Louis Armstrong e Duke Ellington, percebi que aquela música era diferente das demais — era mais viva, mais inteligente, menos previsível e programada. Daí para o bebop de Charlie Parker e Dizzy Gillespie, para as invenções pianísticas de Bud Powell e Thelonious Monk, para o saxofone cool de Lester Young, foi a descoberta do jazz moderno, complementado depois pela escola da Costa Oeste (Stan Getz, Gerry Mulligan e Chet Baker, Shorty Rogers e seus grupos, a orquestra de Stan Kenton).

Como escrevia desde pequeno, a carreira enveredou para o jornalismo (e depois para os livros) e escrever sobre jazz — a música que amava acima de todas, foi um passo natural.

JM: Desde 2005 estamos tendo uma onda crescente de festivais de jazz pelo país. Os Festivais de Ouro Preto e Rio das Ostras já são reconhecidos como alguns dos melhores do mundo. Você acredita que prefeituras, produtoras e empresários estão descobrindo o poder do jazz?

RM: Com certeza. Você já ouviu falar dos festivais de Manaus, de Guaramiranga (no Ceará), de Joinville (Santa Catarina) e dezenas de outros “pocket festivals” nas capitais do Brasil. A maioria conta com patrocinadores públicos ou privados, indicação de que os marqueteiros descobriram finalmente o poder de penetração do jazz e a sua marca de qualidade e sofisticação.

JM: Como você avalia a difusão do jazz no Brasil?

RM: Ainda é pequena, apesar dos sites e blogs que existem. Mas publicações especializadas são raras, ou sazonais. Se você se der conta de que uma revista de uma grande editora sobre rock – a Bizz, da Abril – deixou de circular, a situação é ainda mais difícil para o jazz. Mas, graças principalmente à internet, o jazzófilo – como o jazzista – sabe se virar e encontra suas fontes de informação.

JM: No livro New Jazz: de volta para o futuro, você escreve a respeito de músicos que ficaram conhecidos como os Young Lions, surgidos nos anos 80 e 90 com a proposta de preservar uma tradição jazzística. Quais as diferenças entre essa geração mais recente e as anteriores, das décadas de 60 e 70, e quais as contribuições dos Young Lions para o futuro do jazz no século XXI?

RM: A geração dos irmãos Marsalis & Cia teve mais acesso do que as anteriores ao aprendizado não só do jazz, como da música em geral. (Muitos, como Wynton e seu irmão saxofonista Branford, são também exímios executantes do repertório erudito). Mas esta geração – embora toque admiravelmente bem – se viu condenada a uma releitura de todas as escolas do jazz que a antecederam, sem a capacidade de criar algo “novo”. (Este problema da criação do “novo” se aplica também a todas as outras artes: pintura, literatura, teatro, etc. — é uma espécie de característica da época, um momento, talvez, de apreender tudo o que já foi feito antes de começar algo novo, um momento de espera).

JM: O crítico inglês Stuart Nicholson, em seu livro Is Jazz Dead? (Or Has It Moved to a New Address), gerou polêmica ao dizer que o jazz europeu detém os reais inovadores do jazz contemporâneo, pois essa geração de Wynton Marsalis cristalizou o jazz em uma música baseada no tradicionalismo e esqueceram da necessidade de criatividade e inovação. Você concorda com as palavras de Nicholson?

RM: Nem o jazz morreu, nem se mudou para um novo endereço (a comunidade dos euros). Podemos dizer que se espraiou por uma série de novos endereços e, registre-se aí, além da contribuição européia, as contribuições latino-americana (Brasil, Argentina, Cuba, México), asiática (Japão, China, etc), africana e por aí vai.

JM: Como você avalia os músicos que surgiram a partir dos anos 2000? Qual a proposta da nova geração?

RM: É uma geração pulsante de talentos, experimentando todo tipo de formatos musicais e explorando todas as possibilidades no campo da instrumentação. A meu ver, um fato importante é a ascensão da mulher, não mais presa ao papel da crooner, mas competindo com os homens em instrumentos “viris” como o contrabaixo, a bateria, o trombone e o saxofone. Sem mencionar que a grande band-leader e orquestradora da década é uma mulher, Maria Schneider.

JM: Fale-nos um pouco sobre o Improvisando Soluções, seu mais recente livro. Como surgiu a idéia de escrevê-lo?

RM: Como eu relato no próprio livro, a idéia tomou corpo a partir de um curso que dei em Porto Alegre em fevereiro de 2006, no Espaço Cultural Santander, sobre os Cem Anos do Jazz, três palestras de três horas que tiveram a ocupação da sala completa, incluindo homens e mulheres nas faixas etárias de 16 a 80 anos. A receptividade deste público de quase cem pessoas me despertou a idéia de escrever um livro sobre “vivências do jazz”, sem elaborar demais na parte técnica ou musical, mas enfatizando as lições de vida dos mestres do improviso.

JM: Neste livro, você relata uma passagem em que o jazz o salvou de um suicídio. Em algum outro momento o jazz o influenciou em outras decisões importantes?

RM: Não só nesta ocasião crítica, mas em situações do dia-a-dia, o jazz sempre contou muito em minha vida — na tentativa de tocar saxofone, estudando dez anos com o Mauro Senise, como na cobertura de shows e festivais, na descoberta de novos álbuns dos grandes mestres e também de músicos “menores” porém altamente significativos. O jazz sempre atuou no meu mecanismo de memória como a famosa “madeleine” proustiana, cada época ou momento de minha vida amarrado a esta ou aquela música. Basta ouvir hoje, por exemplo, Sarah Vaughan cantando Over the Rainbow acompanhada do saxofonista Cannonball Adderley que eu viajo na máquina do tempo até aquele ano mágico de 1958, meio século atrás, e revivo exatamente o que eu fazia, o que eu sentia na ocasião.

JM: Você cobriu o Festival de Montreux (1985 a 1988) e a maioria das edições do antigo Free Jazz. Quais as lembranças mais marcantes destes festivais?

RM: Existem os punti luminosi, como as apresentações de Hermeto e o dueto de Hermeto com Elis (1979), de João Gilberto (1985), a volta de Miles Davis aos palcos (1985), tudo isso em Montreux, a big band de Gil Evans no Hotel Nacional, o show grátis de Sonny Rollins no Parque da Catacumba, no Rio, a entrevista exclusiva de uma hora com Chet Baker e sua apresentação no primeiro Free Jazz, em 1985; a Mingus Band com Elvis Costello no MAM; ali mesmo, o conhecimento dos novos talentos de Terence Blanchard, Nicholas Payton, James Carter, John Pizzarelli, a comovente apresentação de Michel Petrucciani no Hotel Nacional; e, também ali, a do veterano violinista Stephane Grappelli; a maestria de veteranos como Lee Konitz, Art Farmer e Johnny Griffin. Rever Griffin (no Rio) e Dexter Gordon (em São Paulo 1980 e Montreux 1986) foi viajar de volta a Londres em 1962-63, quando eles passaram cada um um mês inteiro no Ronnie Scott's Jazz Club. Dizzy Gillespie e sua United Nation Orchestra no Free Jazz. Enfim, são momentos marcantes de música, que a gente não esquece jamais.

JM: Uma última pergunta para descontrair: no hino do Flamengo há os versos que dizem: "Eu teria um desgosto profundo/Se faltasse o Flamengo no mundo...". Se fosse o jazz que faltasse, como seria?

RM: Eu teria um desgosto profundo se o jazz faltasse, mas isso nunca vai acontecer. A propósito, há uma cantoria que rola nos estádios brasileiros entre as torcidas que é puro jazz, o refrão de When the Saints Go Marchin' In — tararará, tararará, tararará-rá-rá-rá-rá, tarará, tará, tarára, tarará, rá-rá-rá-rá! Repito a você a pergunta que até hoje ninguém me respondeu: como foi que está canção de New Orleans veio parar nas arquibancadas do Maracanã? Tenho a minha teoria: ela chegou através das charangas, aquelas bandinhas de torcida, como a famosa banda do Bangu e a Charanga do Flamengo, que captaram When the Saints através de discos ou até através das apresentações pela rádio e TV do incrível Booker Pitman. É um mistério digno de uma profunda pesquisa. Quem se habilita? JM

Título: Improvisando Soluções
Autor: Roberto Muggiati
Editora: Best-Seller
Ano: 2008
Compre:


Bocato

2001 - Acid Samba
Gênero: Jazz



Caríssimos, eis aqui um prato cheio para quem admira o ritmo do samba aliado aos elementos do jazz que sempre permearam esta que chamamos de Música Instrumental Brasileira. Acid Samba, de 2001, é um dos melhores discos do trombonista paulista Itacyr Bocato Junior, ou simplesmente Bocato. São nove canções assinadas por ele, muitas delas em parceria com o tecladista Tiago Costa, que acompanha o trombonista em todas as músicas do disco. A faixa nº4, Bananeira, é uma parceria do grande pianista e compositor João Donato com o Ministro Gilberto Gil.

É difícil citar uma ou mais faixas que se sobressaiam, pois de alguma forma todas elas chamam atenção, seja pela rica levada rítmica do baterista Marquinho Costa e do percussionista Marco Xabu, ou pelos duetos de Bocato com o trompetista Cláudio Faria. We Want Samba, Lili’s Groove, Living in Jaçanã, além da faixa-título são as que encantam logo de cara. Mas como é comum acontecer quando ouvimos os bons discos, aos poucos passamos a descobrir e apreciar todas as faixas. Recomendo também audição atenta a Maybe Sometimes e Bananeira.

Track List

1. Living in Jaçanã
2. Ilha Bela
3. Lili’s Groove
4. Bananeira
5. Lausanne
6. Acid Samba
7. Maybe Sometimes
8. We Want Samba
9. Kizumba
10. Ilha Bela (Remix)
11. Betinho

Formação:

Bocato : Trombone
Cláudio Faria : Trompete
Marco Xabu : Percussão
Marquinho Costa : Bateria
Renato Bordon : Baixo Elétrico
Sérgio Boré : Percussão
Tiago Costa : Teclados

Créditos: JazzMan!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Som Brasil: Especial Tom Jobim

"No cinqüentenário da bossa nova, Som Brasil rende homenagem a Tom Jobim"


Na próxima sexta-feira, dia 28/11, o “Som Brasil” (Rede Globo) homenageia defensor da música brasileira, como assim se intitulava Tom Jobim.

Precisa dizer mais alguma coisa, para falar que o programa está imperdível?

Para relembrar algumas canções, sobem ao palco do programa BR6, Mario Adnet, Rosa Passos, Joyce e, para representar o grande maestro, Milton Nascimento e Jobim Trio. O programa será apresentado pela atriz Letícia Sabatella.

A cantora baiana Rosa Passos interpreta as canções: “Dindi”, “Retrato em branco e preto”, “Você vai ver” e “Águas de março”. O sexteto BR6 interpreta à capela “The Girl from Ipanema”, “Surfboard” e “Samba do Avião”. O violonista, cantor, compositor e maestro Mario Adnet tocam “Wave” e “Quebra pedra”, em um momento muito especial do programa Mario e sua Orquestra interpretam a canção “Luiza” junto com a cantora Joyce. Milton Nascimento e Jobim Trio interpretam “A Felicidade”, “Inútil Passagem”, “Eu sei que vou te amar” e “Chega de Saudade”.

Milton afirmou seu orgulho e admiração por Tom Jobim e disse que gravar o “Som Brasil” com canções do Tom é o máximo que pode acontecer com um músico.

O “Som Brasil” vai ao ar dia 28/11 (Sexta-Feira) depois do “Programa do Jô” .

Vai estar imperdível !

Making-of "Som Brasil" Tom Jobim


Fonte (Foto): A Caricatura

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Erja Lyytinen

2006 - Dreamland Blues
Gênero: Blues



Você já parou para pensar que na Finlândia existe uma excelente cantora/guitarrista de blues ? - Aposto que não !

Erja Lyytinen é o nome dela, nasceu na cidade Kuopio (Finlândia), faz parte de uma "Família Musical", sua mãe toca contrabaixo e seu pai é guitarrista. E sendo uma excelente guitarrista e dona de uma técnica fantástica no slide, Erja escolheu o caminho do blues para trilhar e compor suas canções.

"Dreamland Blues" lançado em 2006 é o penúltimo álbum da carreira, em suas composições Erja vai fundo no blues e traz elementos do jazz, R&B, pop e country . O álbum começa com uma música instrumental de tirar o fôlego "Skinny Girl" - simplesmente fantástica. "Why a Woman Plays the Blues" é um blues mais cadenciado. "Best for You" é uma faixa voltada para o country, "It Hurts Me Too" mostra um blues mais solado e que mostra todo feeling que o blues exige. Vale a pena conferir esse excelente álbum da Erja Lyytinen.

Track List

1. Skinny Girl
2. Why a Woman Plays the Blues
3. Best for You
4. It Hurts Me Too
5. Mississippi Callin'
6. I Need Love (To Get Over You)
7. Good Lovin' Man
8. Dreamland Blues
9. Nasty Weather
10. Join Everyone
11. Voyager's Rest
12. Lady

Erja Lyytinen - (Vocal, Guitarra "slide")
Davide Floreno (Guitarra)
Rami Eskelinen (Bateria)
Iiro Kautto (Baixo)

Site Oficial: Erja Lyylinen

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Michael Bublé

2007 - Call Me Irresponsible
Gênero: Jazz/Pop



Michael Bublé é considerado um dos grandes crooners da atualidade, nasceu na cidade Vancouver, no Canadá. Conquistou prêmios “Juno” no Canadá, além de nomeações para vários Grammys. Bublé despertou para a música graças ao seu avô, que lhe apresentou os sons de Mills Brothers, Ella Fitzgerald e Frank Sinatra. Michael Bublé achou que jamais faria sucesso, mais ganhou fama dando nova voz á clássicos da música americana.

Seus discos renderam 11 milhões de cópias e turnês por mais de 40 países, porém Bublé ainda tem um desafio, conquistar o público brasileiro. Segundos os críticos, Bublé é um showman no palco, além de cantor versátil e canta desde o pop/soul aos clássicos do jazz.

“Call Me Irresponsible”, seu mais recente CD, atingiu o primeiro posto na parada americana de 2007, façanha só concretizada pelos grandes nomes da música. O álbum conta com clássicos do jazz, romantismo e uma pitada de pop – sempre na medida certa. Com duas composições de autoria própria, “Everything” e “Lost”, além de um dueto imperdível com o músico brasileiro Ivan Lins na canção “Wonderful Tonight” (música original de Eric Clapton). O repertório do álbum inclui regravações de outros autores clássicos como, Henry Mancini “It Had Better Be Tonight”, Leonard Cohen “I’m Your Man”, Gamble & Gillbert “Me and Mrs.Jones” e um bônus track com á música “L O V E”.

Michael Bublé está no Brasil para turnê para apenas quatro apresentações, em São Paulo (Via Funchal – 18,19 e 20/11) e Rio de Janeiro (Vivo Rio – 22/11). Se você quer ir no show ainda da tempo.

Track List

01. The Best Is Yet To Come
02. It Had Better Be Tonight (Meglio Stasera)
03. Me And Mrs. Jones
04. I'm Your Man
05. Comin' Home Baby (duet Boyz Ii Men)
06. Lost
07. Call Me Irresponsible
08. Wonderful Tonight (duet Ivan Lins)
09. Everything
10. I've Got The World On A String
11. Always On My Mind
12. That's Life
13. Dream
14. L O V E (Bonus Track)

Michael Bublé - Everything


Site Oficial: Michael Bublé

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Aziza Mustafa Zadeh

1997 - Jazziza
Gênero: Jazz



“Jazziza” poderia ser um álbum digamos de início de carreira, uma cantora nova e talentosa no cenário do jazz e tocando Standards.

Mais não, “Jazziza” é o quinto álbum da cantora/pianista Aziza Mustafa, mesmo já conhecida em outros trabalhos, ela se rende aos clássicos do jazz. Com um estilo próprio ela passeia com muita competência por Standards, que ficaram imortalizados por Miles Davis, Nat King Cole, Chet Baker, Paker e Tom Jobim. Canções como “Lover man”, “My funny Valentine”, “Scrapple from the Apple”, “Nature boy”, “How insensitive”, tocadas de uma forma inovadora e por que não um toque da cultura musical do Azerbaijão.

O título do álbum é uma curiosidade, Jazziza era como o pai de Aziza a chamava. “Jazziza” é um excelente álbum que eu recomendo sem medo de errar, digamos que é uma nova faceta do trabalho desta talentosa pianista/cantora do cenário jazzístico.

Track List

01.Lover man
02.Sunny rain
03.My funny valentine
04.Scrapple from the apple
05.Character
06.Nature boy
07.You've changed
08.Butterflies
09.Black Orpheus
10.How insensitive
11.Take five
12.I can't sleep

Créditos:

Aziza Mustafa Zadeh (piano/vocal)
Toots Thielemans (harmonica)
Eduardo Contrera (bateria)
Philip Catherine (guitarra)

Aziza Mustafa Zadeh - Ladies Of Azerbaijan


Site Oficial: Aziza Mustafa Zadeh

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Rock + Música Caipira = Rock'n Roça

“Inspirações vão de Metallica ao mestre da viola Tião Carreiro. Ao lado de guitarras, baixos e baterias, o ponteado da viola.”


Pode chamar de rock caipira, rock´n roça, viola turbinada ou música caipira contemporânea. Nem as bandas sabem direito como definir esse gênero musical que mistura os acordes da guitarra com o ponteado da viola. Quem descobriu que a fusão dá certo faz sucesso pelo Brasil com canções que falam da vida no campo e na cidade. Da democrática mistura, sai até versão de Jimi Hendix no som da viola.

Os especialistas no assunto calculam que roqueiros e violeiros começaram a unir arranjos na década de 1980. Músicos sobem aos palcos com o tradicional cabelão e a camiseta preta, mas o chapéu do sertanejo e a camisa xadrez também ganham vez. Violeiro da banda Matuto Moderno, Ricardo Vignini, 35, diz que o começo foi estranho. "Éramos muito rock para o caipira e muito caipira para o rock.


Depois de dez anos, o músico garante que a mistura deu certo. Segundo ele, foi preciso vencer primeiro o preconceito dos roqueiros. "O preconceito surgiu no início com o pessoal do pop. São muito caretas", alfineta Vignini, que cita Tião Carreiro, Índio Cachoeira, Almir Sater, Tonico e Tinoco, considerados mestres da viola, e os clássicos Led Zeppelin e Metallica como inspiração.

Eclético? Pode ser, mas é dessa aparente diferença que surgem versões como "Voodoo Child", de Himi Hendrix, em um solo de viola de Vignini. Para quem acha que isso é o máximo, o músico até brinca. "O ponteado do Tião Carreiro tem a mesma energia do Jimi Hendrix". E completa: "o cara que vai tocar viola tem que conhecer os ritmos tradicionais antes de cair no rock para tirar os melhores resultados. Depois disso você faz as fusões", ensina ele


Vídeo sobre a matéria


Ricardo Vignini & Zé Hélder (Aces High)


Fonte (Texto): G1 Música

Podcast JazzMan! nº 9: Max de Castro

O Podcast JazzMan! nº 09 traz a obra de Max de Castro, um dos maiores artistas da sua geração.

A música brasileira é conhecida no mundo inteiro por sua diversidade e capacidade hábil de se fundir aos mais diversos gêneros musicais. Muitos deles como o jazz, hip-hop, rock, soul e funk não são genuinamente brasileiros, mas gradativamente foram se fundindo à nossa cultura, tornando-se parte da nossa linguagem musical. Um artista que representa muito bem esse processo é o cantor e multi-instrumentista Max de Castro.

Max não tem um estilo musical e uma maneira de tocar pré-definidos. Seu trabalho é uma constante busca por diferentes sonoridades e texturas, resultando num som "novo" e peculiar. Seu ouvido produtivo e seu senso de oportunidade fazem de Max de Castro um dos artistas mais criativos da sua geração.

Seu trabalho transita numa linha que vai das raízes até o que há de mais moderno na música contemporânea. Samba, Baião, Jazz, Soul, Funk e muito outros gêneros se misturam a batidas eletrônicas, efeitos e distorções, que fazem da sua música algo atraente e imprevisível.

A criatividade de Max de Castro também é perceptível em suas letras. Com temas que reverenciam a cultura brasileira e seus protagonistas, como Cartola e Pixinguinha, além de outras que focam questões políticas, sociais e cotidianas, Max se destaca como um compositor que funde vida e arte numa coisa só. Letras como Silêncio No Brooklyn e Mancha Roxa são retratos fiéis da sociedade atual e demonstram uma visão progressista do compositor para os nossos problemas.

A música de Max de Castro ainda não é muito difundida pelo país, sendo restrita a um pequeno grupo de admiradores árduos por sua obra desafiadora, que requer sensibilidade e atenção do ouvinte para uma discografia em constante progresso. De fato, sua música não é radiofônica, o que - curiosamente - é um ponto positivo nos dias de hoje. Não que ela não mereça ser executada no rádio, mas sua arte está totalmente descomprometida com esse padrão radiofônico atual, cheio de clichês e vazio no ponto de vista estético. Mas Max não se preocupa muito com isso, mostrando que está no caminho certo ao arquitetar projetos originais e fora dos padrões. Se no Brasil não é muito conhecido, sua originalidade vem abrindo os olhos de adeptos espalhados pelo mundo. Em 2001, Max estampou a capa de uma edição especial sobre música da revista americana Time, que o listou entre grandes nomes da música mundial. “Max é o talento musical mais original surgido no Brasil nas últimas três décadas”, ratificou a revista.

Ouça o podcast JazzMan! nº 9 e viaje com a música de Max de Castro.

Programa:

01-O Futuro Pertence À Jovem Vanguarda [Instrumental]
02-A História da Morena Nua Que Abalou as
Estruturas do Esplendor do Carnaval
03-Samba Raro
04-Afrosamba
05-Balanço das Horas
06-Silêncio No Brooklyn
07-lá vem o homem que matou o homem
(Lanny Gordin & Max de Castro)
08-Candura
09-Pra Você Lembrar
10-Stereo
11-O Nego Do Cabelo Bom
12-não identificado (Lanny Gordin & Max de Castro)
13-Iluminismo
14-Mancha Roxa (Marcha Rancho)
15-Onda Diferente
16-Programa
17-Pixinguinha Superstar
18-Acapulco, Daqui a Pouco [Instrumental]
19-10-Assim é...se lhe parece

MySpace Max de Castro
Last Fm Max de Castro
Time Magazine em referência a Max

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aerosmith

2004 - Honkin' on Bobo
Gênero: Hard Rock



Em mais de 30 anos de estrada, o Aerosmith já teve diversos altos e baixos, levando ao extremo as fases de fracasso e sucesso. Os norte-americanos são considerados um dos pioneiros do Hard Rock e entraram para a história da música com seu estilo despojado e, ao mesmo tempo, muito original. De uma década pra cá, entretanto, quando a banda ressurgiu novamente das cinzas para as paradas de todo o mundo, eles têm se repetido a cada lançamento, explorando uma fórmula chata de baladas e clipes superproduzidos que contam alguma historinha.

Por isso, nada melhor do que ouvirmos Steven Tyler e companhia tocando velhos clássicos do Blues, com muita vontade, pegada e energia, como se fossem uma banda cover, formada por integrantes no auge de sua juventude, no palco de algum bar. Assim é o álbum “Honkin’ On Bobo”.

O repertório foi escolhido a dedo e traz covers de Jimmy Reed, Fleetwood Mac e Mudy Waters, só para citar alguns. Só com a ótima “Road Runner”, que abre o trabalho, já conseguimos entender o espírito do disco e, a partir daí, é só relaxar e curtir. “Shame Shame Shame” e “Eyesight To The Blind” aparecem na seqüência e provam que o Aerosmith não esqueceu suas raízes, apesar de tê-las deixado de lado nos últimos lançamentos.

Um dos grandes destaques, como não poderia deixar de ser, é a performance do vocalista Steven Tyler, com sua poderosa voz e timbre tão particular. Há também faixas mais lentas como “I’m Ready” e “Never Loved A Girl”, onde o músico abusa do ‘feeling’ e, claro, da experiência. A única assinada pelo quinteto é “The Grind”, que apesar de ser interessante, ainda traz um pouco daquela cara de FM que eles se acostumaram a fazer.

“Honkin’ On Bobo” nos faz lembrar dos velhos tempos do Aerosmith, com toda sua crueza e influência direta de Blues e do bom e velho Rock dos anos 70 e, se você só conhece os lançamentos mais recentes, o material se torna obrigatório. Vale lembrar que para a produção foi convocado Jack Douglas, parceiro das antigas, que não gravava com eles desde “Draw The Line”, de 1977.

Fonte: Rock Online

Track List

01. Road Runner
02. Shame Shame Shame
03. Eyesight To The Blind
04. Baby Please Don’t Go
05. Never Loved A Girl
06. Back Back Train
07. You Gotta Move
08. The Grind
09. I’m Ready
10. Temperature
11. Stop Messin Around
12. Jeses Is On The Main Line

Site Oficial: Aerosmith

sábado, 8 de novembro de 2008

Dica de Filme: O Xangô de Baker Street

Hoje vou trazer uma dica de filme para vocês. "O Xangô de Baker Street" foi lançado em 2001, baseado no romance de Jô Soares, muito fiel ao livro por sinal. É um dos melhores filmes nacionais que já assisti, quem puder, leia o livro também.

Sinopse:

Rio de Janeiro, 1886. A diva francesa Sarah Bernhardt (Maria de Medeiros) pela primeira vez se apresenta no Brasil, deixando a elite do país ainda mais interessada na cultura francesa. O público se curva perante o talento de Sarah, incluindo o imperador D. Pedro II (Cláudio Marzo), que lhe conta um segredo: um valioso violino Stradivarius, um presente seu à baronesa Maria Luíza (Cláudia Abreu), desaparecera misteriosamente. Sarah então sugere que o imperador convite o famoso detetive Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) para investigar o caso, sugestão esta prontamente seguida. Enquanto isso, um assassinato choca a cidade e deixa em pânico o delegado Mello Pimenta (Marco Nanini). Uma prostituta fora assassinada e teve suas orelhas decepadas e uma corda de violino estrategicamente colocada em seu corpo pelo assassino. Enquanto o delegado busca pistas para capturar o perigoso assassino, que passa a cometer crimes seguidamente, Holmes e seu fiel parceiro Watson (Anthony O'Donnell) desembarcam no Rio de Janeiro sem esperar os perigos que os esperam: feijoadas, vatapás, pais de santo e o poder de sedução das mulatas locais.

Elenco:

Joaquim de Almeida (Sherlock Holmes)
Anthony O'Donnell (Dr. Watson)
Maria de Medeiros (Sarah Bernhardt)
Marco Nanini (Delegado Mello Pimenta)
Cláudia Abreu (Baronesa Maria Luíza)
Cláudio Marzo (D. Pedro II)
Emiliano Queiroz (Saraiva)
Letícia Sabatella (Esperidiana)
Jô Soares (Desembargador)
Marcello Antony (Marquês de Salles)
Caco Ciocler (Miguel)
Antônio Pedro
Maria Ribeiro
Christine Fernandes

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tom Jobim

2000 - Tom canta Vinicius (Ao Vivo)
Gênero: Bossa Nova



O álbum "Tom Canta Vinicius" foi realmente gravado em 1990, na ocasião Tom e sua banda, estavam apresentando um show especial em homenagem ao décimo aniversário da morte de seu velho amigo Vinícius de Moraes - relançado em 2000 por ser os vinte anos. A Banda formada por formada por seu filho Paulo Jobim (violão e voz), o casal Jaques e Paula Morelenbaum (violoncelo e vocal) e Danilo Caymmi (flauta e voz).

O sentimento ao ouvir o álbum é de tristeza, até por saber que é um amigo (Tom) cantando e homenageando um grande amigo. A voz de Tom as vezes se torna fraca, da para imaginar ele derramando lágrimas. Em meio a tudo isso e a belas palavras de Tom para seu amigo, surgem canções interpretadas como: "Soneto Da Separação", "Insensatez", "Eu Não Existo Sem Você" , "Eu Sei Que Vou Te Amar" "Carta Ao Tom/Carta Do Tom", "A Felicidade", "Garota De Ipanema" , "Pela Luz dos Olhos Teus" e muito mais.

Um álbum inesquecível, um gênio tocando em homenagem de outro gênio da música brasileira. Uma demonstração de amizade que hoje é impossível de se ver.

Track List

01.Soneto Da Separação (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
02.Valsa De Eurídice (Vinicius de Moraes)
03.Serenata Do Adeus (Vinicius de Moraes)
04.Medo De Amar (Vinicius de Moraes)
05.Insensatez (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
06.Poética (Vinicius de Moraes)
07.Eu Não Existo Sem Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
08.Derradeira Primavera (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
09.Modinha (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
10.Eu Sei Que Vou Te Amar (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
11.Carta Ao Tom / Carta Do Tom
12.A Felicidade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
13.Você E Eu (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes)
14.Samba Do Carioca (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes)
15.Ela É Carioca (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
16.Garota De Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
17.Pela Luz Dos Olhos Teus (Vinicius de Moraes)

Site Oficial: Vinicius de Moraes e Tom Jobim

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aziza Mustafa Zadeh

1995 - Dance of Fire
Gênero: Jazz


Na internet você encontra de tudo, coisas que sem esse meio de comunicação seria praticamente impossível ou levaria um tempo considerável. E quando o assunto é música (novidades) a internet passa a ser uma ferramenta indispensável.

Fui pesquisar sobre Aziza Masfata por causa de um pedido, até então eu jamais ouvi falar dela e encontrei um álbum e alguns comentários que me chamaram e muito a atenção. Então como eu sempre procuro aumentar meu conhecimento no mundo do jazz, baixei e conferi. O resultado não poderia ser melhor, superou minhas expectativas.

Aziza Mustafa é cantora/pianista de jazz, nasceu em Baku capital do Azerbaijão – isto foi o que me chamou a atenção. O pai dela – Vagif Mustafa Zadeh - era pianista e compositor, famoso por misturar mugam – a música tradicional de lá – com o jazz. Sua mãe era uma cantora lírica que abandonou os palcos para se dedicar à carreira da filha, que ganhou o primeiro prêmio do prestigioso concurso de piano "Thelonius Monk" nos EUA com o seu próprio estilo, herdado das influências diretas do pai.

“Dance of Fire” (1995) é o terceiro álbum da sua carreira (que conta com 9 atualmente). Confesso que no meu pouco conhecimento não ouvi nada igual. Aziza Mustafa seguindo seu pai faz a fusão entre o jazz/mugam de forma surpreendente. Acompanhada por músicos de primeira linha como, Al Di Meola (violões), Stanley Clarke (baixos), Bill Evans (sax) e Omar Hakim (bateria). Com 11 faixas de autoria própria e a sensação de suavidade em cada música, Aziza mescla de modo fantástico os estilos. Como posso citar algumas faixas, por exemplo, “Sheherezadeh” com um começo voltado para a música árabe, mais que depois se transforma em uma balada romântica. Em “Aspiration” , Al di Meola simplesmente arrasa com uma performance de solos em meio ao piano tocado por Aziza. E em minha opinião a faixa mais surpreendente “Bana Bana Gel” começa com uma demonstração de Aziza no piano e logo depois ela mesma começa a cantar em um belo improviso, com o passar da música (que dura 12 minutos), Evans começa o show particular no sax e o dueto com o piano/voz segue de forma sensacional até que os demais músicos entram no jogo e começa o que há de melhor jazz, o improviso. “Shadow” é uma balada romântica somente no piano e sax. “Father” dispensa qualquer comentário, em uma faixa praticamente solo de piano, Aziza conclui de forma sensacional esse trabalho.

Bom falar sobre todas as faixas seria um tanto complicado, mais o que me chamou realmente a atenção em Aziza Mustafa, foi a sonoridade diferente que ela demonstra no álbum, conseguiu reunir um grupo de músicos de primeira linha e que juntamente com ela realizaram esse belo trabalho. Aziza em outro trabalho “Jazziza” (que foi o apelido que seu pai lhe deu) traz outra faceta do seu estilo, é um álbum recheado de Standards do Jazz – um exemplo: “My Funny Valentine”, mais deixa para uma próxima vez.

Track List

01.Boomerang
02.Dance of Fire
03.Sheherezadeh
04.Aspiration
05.Bana Bana Gel (Bad Girl)
06.Shadow
07.Carnival
08.Passion
09.Spanish Picture
10.To Be Continued
11.Father

Créditos

Aziza Mustafa Zadeh (piano vocal)
Bill Evans (Sax tenor e soprano)
Stanley Clarke (Baixo Elétrico e Acústico)
Al di Meola (Violão)
Omar Hakim (Bateria)

Site Oficial: Aziza Mustafa Zadeh

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Brian Setzer & The Nashvillains

2007 - Red Hot & Live!
Gênero: Rockabilly



Está virando tradição no Blog Jazz e Rock ! – Fim de semana chegando e estou trazendo mais um álbum de arrebentar para vocês.

“Red Hot & Live!” é o resultado do show gravado em 2006 no Japão da maior lenda viva do rockabilly, Brian Setzer com a banda The Nashvillains. Além de grandes sucessos do Stray Cats como “Rock This Town” e “Gene And Eddie”, o álbum “Red Hot & Live!” traz também canções do álbum solo do Brain Setzer “13” – em breve aqui no Blog -, como “Take A Chance On Love” e “Broken Down Piece Of Junk”, em seu repertório. O show é cheio de energia, swingue e claro o bom e velho rock and roll.

The Nashvillains são um grupo de músicos profissionais, que acompanharam grandes nomes do R&B e do Country. A união com Brian Setzer não poderia ser melhor, como mostra nesse super álbum. É empolgação do começo ao fim.

Bom fim de semana a todos e muito Rock and Roll !! Fica a dica.

Track List

01.Red Hot
02.This Cat's On A Hot Tin Roof
03.Get It Off Your Mind
04.Slow Down
05.Put Your Cat Clothes On
06.Take A Chance On Love
07.Broken Down Piece Of Junk
08.Peroxide Blonde In A Hopped Up Model Ford
09.Tennessee Zip
10.Mini Bar Blues
11.Runaway Boys
12.Stray Cat Strut
13.Rocket Cathedrals
14.Fishnet Stockings
15.Rock This Town
16.Gene & Eddie