sábado, 29 de agosto de 2009

Led Zeppelin

Led Zeppelin em 1968: John Bonham, Jimmy Page, John Paul Jones, e Robert Plant

Quem nunca ouviu falar do Led Zeppelin?. Mesmo que você não conheça as músicas (como era meu caso), é praticamente impossível não saber da existência da banda que marcou época e consequentemente gerações. A banda foi formada em 1968, com a seguinte formação, Jimmy Page (guitarra), John Boham (bateria), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (Vocal e gaita). O Led Zeppelin teve um papel importante na história do rock, foi uma das bandas mais influentes de todos os tempos, tanto pela sua inovação e por ser uma das criadoras do heavy metal, sem contar que durante a carreira o Led inovou incorporando ao rock elementos de outros gêneros como o blues, soul, funk e jazz.

“Led Zeppelin II”
foi o primeiro álbum da banda que eu ouvi por inteiro e o som da é incrível, um rock setentista de tirar o fôlego, nada exagerado, há quem diga que é o trabalho mais “hevay” da banda. O álbum é o segundo da carreira da banda, lançado em 1969 e foi sendo criado em intervalos, entre um show e outro durante uma turnê e o interessante disso tudo, é que o álbum acabou sendo gravado em diversos estúdios nos EUA, porém foi finalizado no Olympic Studios em Londres. Destaque para as músicas, "Whole Lotta Love", "Thank You", "Heartbreaker" e “Living Loving Maid (She's Just A Woman)”. Para quem está conhecendo o som do Led Zeppelin agora, este álbum é altamente recomendado.

1969 - Led Zeppelin II
Gênero: Rock



Track List

01. Whole Lotta Love
02. What Is and What Should Never Be
03. The Lemon Song
04. Thank You
05. Heartbreaker
06. Living Loving Maid
07. Ramble On
08. Moby Dick
09. Bring It on Home

Led Zeppelin - "Whole Lotta Love" (Madison Square Garden, 1973)


Site Oficial: Led Zeppelin

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

BB King & Eric Clapton

2000 - Riding With The King
Gênero: Blues



“Riding With The King” (2000) está entre os melhores álbuns já lançados, tudo por causa de um encontro inesquecível, entre BB King e Eric Clapton. Um encontro adiado por anos e que não poderia ter acontecido em melhor hora, o resultado é um álbum mágico, músicas impecáveis, solos alucinantes e que leva qualquer um ao êxtase. Em se tratando do rei do blues e do “deus” da guitarra, tudo pode acontecer. Destaque para todas as faixas, em especial as músicas, “Riding with the king”, “When My Heart Beats Like a Hammer” e "Worried Life Blues". E durante o álbum é possível perceber a sintonia entre os dois, tudo é perfeito, o repertório, os solos, a harmonia, tudo no seu devido lugar, um álbum que pode sim, ser considerado uma obra prima.

Track List

01. Riding With The King
02. The Long Years
03. Key To The Highway
04. Marry You
05. Three O'Clock Blues
06. Help The Poor
07. I Wanna Be
08. Worried Life Blues
09. Days of Old
10. When My Heart Beats Like A Hammer
11. Hold On I'm Coming
12. Come Rain Or Come Shine

BB King & Eric Clapton - "Riding With The King"


Sites Oficiais: BB King e Eric Clapton

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Entrevista: João Alexandre

Por Daniel Argentino e Igor Almeida

João Alexandre é violinista, cantor, compositor, arranjador e produtor musical. É um dos grandes nomes da música cristã no Brasil, sua música é rica em todos os sentidos, explora o samba, jazz e a bossa nova,e nas letras aborda diversos temas em relação ao mundo, à fé e ao cotidiano das pessoas, sempre trazendo uma mensagem positiva e de conforto. Muitas vezes contestado, por falar a verdade e expor o que pensa através da música. Para nós do Blog Jazz e Rock, foi uma honra poder entrevista-lo, confira abaixo e conheça um pouco mais sobre a vida, a carreira e os projetos desse grande músico brasileiro.

JR - João, conte-nos como foi a sua trajetória na música?

João A. - Primeiramente, obrigado por este espaço tão precioso e distinto também.Comecei a ter contato com a música muito cedo, aos 9 anos de idade, cantando e meu primeiro contato com um instrumento, pra valer, foi na fanfarra da minha escola, tocando corneta e depois trompete, dá pra acreditar?

Praticamente nasci dentro da igreja e acho que só não nasci lá, literalmente falando, porque no dia não tinha nenhuma reunião. Sempre ia com minha mãe e lá passei a tocar bateria, com 12 anos, quando ganhei meu primeiro violão e um método do Paulinho Nogueira.Método na mão e violão me levou a seguir estudando, sempre sozinho, lendo os acordes e encadeamentos e me aventurando em busca de onde deveria utilizar aquilo tudo!. Daí, como já tinha "jeito pra coisa", meu ouvido foi sendo treinado por tabela, ouvindo músicas de cantores e bandas de todo tipo e procurando no braço do violão como tocá-las.Com o passar do tempo, comecei a ouvir e identificar os timbres dos outros instrumentos todos, o que me levou a entender as sonoridades das canções!

Isso me ajudou no meu trabalho como arranjador e me fascina até hoje, motivo pelo qual sou vidrado em trilhas sonoras, Ênio Morricone, John Williams, Dave Grusin, etc.

JR - Quais são suas influências musicais? E o que você costuma ouvir no dia-a-dia?

João A. - Tem muita coisa que forma o "ouvido" da gente, não dá pra fugir nem das coisas ruins, justamente pra não fazer igual, certo? .Não sou muito de ouvir Música sem parar, gosto do silêncio pra reciclar meu ouvido!

Se tiver que ouvir música, destaco Dori Caymi, Take 6, Cézar Camargo Mariano, Steve Wonder, Tony Benet, Martinho da Vila, Ivan Lins, Claúdio Nucci, Dianna Krall, The Singers Unlimited, Joshua Redman, Brian Blade, James Taylor, Yelow Jakets, Oscar Peterson, Almir Sater, etc. Dá pra perceber que gosto de tudo um pouco!!

JR - “É Proibido Pensar” caiu feito uma bomba no meio gospel, afinal você teve coragem de falar a verdade e de forma inteligente, como você lidou com a repercussão?

João A. - Ainda lido, embora faça mais de um ano e meio que foi gravada!
A ironia é sempre uma boa fórmula pra dizer certas verdades, sem ser arrogante, certo?

O problema da superficialidade é que, quem se torna "epidérmico", acaba nunca mais mergulhado em nada, enxergando só o que todo mundo enxerga e levado pela correnteza da mediocridade e do pensamento de alguém mais esperto que o escraviza quase para sempre, infelizmente! Parece difícil de entender, mas não é!

Mas, o site Crer e Pensar tem uma boa entrevista sobre essa música que vale a pena ser lida!

JR - Você escreveu há poucos anos atrás um livreto, que você fez em parceria do Luciano Garruti, chamado “Músico, profissão ou ministério”. Conte-nos o porquê da motivação de criar o livro. E pra você, músico é PROFISSÃO OU MINISTÉRIO?

João A. - Qualquer profissão pode se tornar um ministério, mas essa iniciativa tem que partir da vontade do profissional, nunca deve ser imposta pela Igreja, já que Deus só ama a quem dá com alegria!!!.

JR - A partir do álbum “Voz e Violão”, você decidiu bancar seus CDs por conta própria, quais foram às vantagens e desvantagens após esta decisão?

João A. - Deixei de ser o passarinho da gaiola, pra ser o passarinho da floresta! O primeiro recebe comida do dono, mas vive preso numa gaiola, coitado! O segundo tem correr atrás da comida, mas voa livre, tem todo o Céu pra se aventurar e voa pra onde quer!

JR - Você é produtor musical e tem o seu próprio estúdio de gravação, na sua opinião ainda é possível o músico sobreviver apenas com venda de CDs ?

João A. - Creio na provisão divina, no sustento que vem de Deus, que abençoa as nossas vidas com o suficiente pra cada um!. Me preocupo em sustentar minha casa de forma digna e séria, sem levar o dinheiro para o lado só do objetivo, mas tratando-o como consequência de meu trabalho! Os CDs podem estar com os dias contados, assim como nossas vidas, tão passageiras, mas a música sempre renasce do coração de Deus para o coração do homem, que, se honrá-la com carinho, há de ser abençoado e sustentado por Deus!. Dito isso, agradeço a Ele pelas pessoas que acreditam em meu trabalho e potencial e entregam suas canções pra que eu as arranje e grave em meu humilde home estúdio!.

Respeito e trato com carinho, todos aqueles que me procuram, pois o nome deles, o meu e o nome de Jesus estão em jogo na hora de produzir uma canção, seja ela singela ou complicada.

JR - Você faz workshops e seminários nas igrejas, correto? Conte-nos um pouco sobre como funciona esses workshops e como tem sido o aceitamento desse tipo de trabalho? A igreja tem aceitado o fato de ser importante investir nos músicos?

João A. - A Igreja ainda não sabe lidar com o fato de a Música, assim como qualquer outra forma de Arte, ser também serviço e, portanto, digna de sustento e valorização em todos os aspectos. Esses seminários abrem caminho para que as lideranças e os músicos e artistas profissionais e leigos também, possam abrir uma possibilidade de diálogo mais consistente em termos de como honrar os que trabalham nesta área tão mal resolvida em nossos dias.


JR - O disco “Família” conta com uma mistura enorme de ritmos e sabores. No entanto o tempero que sobressai é o JAZZ, bem mais que em qualquer outro cd seu. Conte-nos como foi o processo de gravação do disco – como foi gravar com a família e como foi lançar um disco bem mais “elétrico” que seus anteriores?

João A. - Um prazer muito grande, principalmente por contar com o talento de tantos músicos competentes nesse CD, que aborda temas familiares! Minha família sempre fez parte de meu trabalho e é uma das marcas de minha identidade musical também! Uma honra ininarrável!!

JR - Como foi à gravação do novo DVD? Existiu algum apoio, patrocino, ou saiu alguma grana pro DVD fora à grana do seu bolso?

João A. - Ainda estamos em fase de conclusão, com as gravações finais envolvendo a banda toda, marcadas para Julho.

Deve sair até o final do ano, com apoio total e incondicional da UNIVESIDADE METODISTA DE SÃO PAULO, a quem serei eternamente grato. Uma pequena parte está saindo do meu bolso, mas nada perto de tudo o que eles estão me dando, graças a Deus!

Site Oficial: João Alexandre

domingo, 16 de agosto de 2009

John Pizzarelli

2003 - Live At Birdland
Gênero: Jazz



O álbum “Live at Birdland” do cantor e guitarrista de jazz John Pizzarelli, figura entre os melhores álbuns já lançados da história do jazz, são duas horas, doze minutos e dezesseis segundos de um som impecável. O motivo do show é simples, a comemoração dos 10 anos do John Pizzarelli Trio, que é formado pelo pianista Ray Kennedy e o baixista (irmão) Martin Pizzarelli. O trio é comparado ao trio do pianista/cantor Nat King Cole, afinal John Pizzarelli é um fã declarado e já rendeu várias homenagens a Cole em outros álbuns e no show, apesar disso, Pizzarelli tem o seu próprio jeito de cantar e tocar, sempre com solos bem elaborados e que são acompanhados pela sua voz, dando a sua música um estilo único e inconfundível.

“Live at Birdland” tem tudo que um bom show necessita, boas músicas e uma dose de bom humor, e isso John Pizzarelli sabe fazer como poucos; a cada história contada, John leva o público as gargalhadas e a cada música tocada também, destaque para a faixa “I Like Jersey Best”, que faz justamente essa junção entre a boa música e a dose de humor. Outro destaque são as duas canções do cantor e compositor James Taylor - “Mean Old Man” e “Don't Let Me Be Lonely Tonight” – e que Pizzarelli interpreta de forma surpreendente. O vocalista Grover Kemble também se junta ao trio e participa de duas músicas “Headed Out to Vera's” e “My Castle's Rockin'”. O pianista Ray Kennedy também proporciona um momento único no show, faz uma participação solo com a canção “Gospel Truth”. E claro, não poderia faltar a marca registrada do guitarrista, solos e mais solos, destaque para as faixas “Just You, Just Me”, “Three Little Words”, “Stompin' at The Savoy”, “They Can't Take That Away From Me”, “Baby Just Come Home to Me”, “They Can't Take That Away From Me”, entre outras.

É por isso que eu considero o álbum “Live at Birdland” um dos melhores já lançados, são raras as vezes que podemos apreciar um show feito na medida exata, em que um trio esbanja todo esse talento e deixa o público querendo mais, e graças a Telarc podemos hoje participar de alguma forma do aniversário de 10 anos do John Pizzarelli Trio. Espero que vocês apreciem o álbum sem moderação.

Disco 1

1. Introduction
2. Just You, Just Me
3. The Frim Fram Sauce
4. This Song Is You
5. Isn't It A Pity?
6. Rhode Island Intro
7. Rhode Island
8. Ray Kennedy Library Of Congress Story
9. Gospel Truth
10. Ray Kennedy Dizzy Gillespie Story
11. Tea for Tatum
12. James Taylor Intro 1
13. Don't Let Me Be Lonely Tonight
14. James Taylor Intro 2
15. Mean Old Man
16. Manhattan
17. Rosemary Clooney Story
18. Moonlight Becomes You
19. Final Intro
20. Will You Still Be Mine?

Disco 2

1. Introduction
2. Three Little Words
3. They Can't Take That Away From Me
4. Oh, How My Heart Beats For You
5. The Day I Found You
6. Polliwog Story
7. It's Only A Paper Moon
8. Stompin' At The Savoy
9. Better Fun Before It's Spring
10. Grover Kemble Story
11. Headed Out to Vera's
12. Medley: Gee Baby, Ain't I Good to You / Baby, Baby All the Time / Midnight Blue
13. I Like Jersey Best Intro
14. I Like Jersey Best
15. My Castle's Rockin'
16. Baby Just Come Home to Me

Site Oficial: John Pizzarelli

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Idris Muhammad

1974 - Power Of Soul
Gênero: Jazz/Funk



Conheci o som do Idris Muhammad, através do Blog do Lenhador. Idris nasceu em 1939 e seu contato com a música foi iniciado logo aos 8 anos de idade, quando tocava em Nova Orleans, aos 16 anos já tocava em uma banda de jazz. Muhammad ficou conhecido como um dos mais inovadores percussionistas da década de 60. Apareceu em várias bandas como sideman (músico contratado para se apresentar ou gravar em bandas em que ele não é membro) e também tocou ao lado de músicos como Roberta Flack, Lou Donaldson, Pharaoh Sanders.

“Power of Soul” é um álbum que foi gravado durante sua carreira solo, quando o baterista tinha a sua própria banda, o álbum é considerado um dos melhores já lançados, um jazz/funk da melhor qualidade e competência. Uma curiosidade, apesar do nome, Idris é americano, porém teve seu nome alterado após se converter ao islamismo. Vale a pena conferir.

Track List

01. Power Of Soul
02. Piece Of Mind
03. The Saddest Thing
04. Loran's Dance

sábado, 8 de agosto de 2009

Foto dos Beatles na Abbey Road completa 40 anos

A capa do álbum “Abbey Road” dos Beatles, seja talvez a foto mais conhecida mundialmente em todos esses anos, tudo por que John Lenon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr resolveram posar em fila indiana na rua dos estúdios Abbey Road, e que para muitos é considerado o mais importante álbum da carreira da banda.

E neste dia 8 de Agosto de 2009, centenas de fãs marcaram presença na rua para comemorar os 40 anos da foto, ela foi tirada pelo fotografo – já falecido – Iain Macmillan, e na ocasião precisou apenas de uma rápida sessão de fotos (que durou cerca de 10 minutos).

Uma foto dessas poderia passar batido, mas quando se trata dos Beatles a tarefa fica complica, tanto que depois da foto o cruzamento perto de St Johns’Wood , noroeste de Londres nunca mais foi o mesmo, chega a ser um ritual devocional, turistas e fãs se posicionam da mesma forma e alguns arriscam até o figurino parecido aos dos Beatles para tiram fotos e mais fotos de recordação. Para muitos, isso não passa de besteira, mas para os fãs e para quem pode ir até a Abbey Road é sem duvida uma experiência incrível, só de pensar que há 40 anos o quarteto mais famoso do mundo esteve naquele mesmo lugar, é um momento único e marcante. No entanto posar para foto na faixa de pedestres é apenas uma etapa, já que o estúdio Abbey Road continua firme e forte e durante esses 40 anos já passaram por exemplo; Glenn Miller, Pink Floyd, Oasis e U2, sem contar o famoso muro que recebe milhares de assinaturas todos os anos dos mais diversos fãs e turistas, muro que é dedicado totalmente aos Beatles. Há quem diga que o muro é pintado seis vezes ao ano, tamanha quantidade de assinaturas, desenhos e declarações aos Beatles, até as casas vizinhas sofrem com isso, pois são “invadidas” pelas assinaturas.

Muro do estúdio Abbey Road.

Ainda sobre a foto, dizem que ela esconde um grande mistério, segundo os rumores, a foto teria servido para encenar o "enterro" do verdadeiro Paul: John Lennon seria o padre (roupas brancas), Ringo Starr seria o encarregado do funeral (terno preto), Paul McCartney o cadáver (com terno e sem sapatos nos pés, como é tradição em algumas religiões) e George Harrison o coveiro (roupas de trabalho). Além disso, Paul é o único do quarteto com a passada invertida durante sua caminhada. Fora isso, outro elementos também "provariam" a tese de que Paul estaria morto. O fusca estacionado do lado esquerdo tem a placa LMW-281F. Os boatos apontam que a sigla seria "Linda McCartney Widower" ou, em português, "Linda McCartney viúva". Levando em consideração o número 1 como a letra I, o restante seria "28IF", apontando que o verdadeiro Paul teria 28 anos de idade se estivesse vivo. Seria tudo boato e uma grande jogada de Marketing dos Beatles? (risos)

No ano de 1999, o estúdio Abbey Road instalou uma webcam , que filma a rua durante 24 horas e transmite as imagens para o mundo todo e também convida os fãs para que publiquem suas fotos tiradas ao melhor estilo “Beatles”.

O que é bom, o que tem qualidade fica eternizado para sempre, afinal em 40 anos muita coisa mudou e a memória de uma simples capa de álbum, que mais tarde tornaria um dos álbuns mais vendidos da história da música mundial, permanece viva, ao contrário das músicas que aparecem de passagem e que ninguém faz questão de lembrar.

O video abaixo é da banda Blame Ringo e que para o clipe da música "Garble Arch" (A Day in the Life of Abbey Road), tiveram uma ideia bem interessante, filmaram durante um dia normal o movimento da Abbey Road. É possível ter uma noção de como ela é movimentada e como os fãs/turistas param o trânsito a todo momento pra reproduzir a foto que ficou eternizada pelos Beatles.



Site Oficial: Abbey Road Studios

Diana Krall

2009 - Quiet Nights
Gênero: Bossa Nova/Jazz



“Quiet Nights” é o mais novo álbum da cantora e pianista Diana Krall, ela que ficou consagrada no meio musical com seu jazz/pop, e a cada trabalho Diana mostra algo novo e dessa vez não foi diferente, ela buscou inspiração na bossa nova; estilo que o maestro Tom Jobim eternizou mundo a fora. Para isso Diana trouxe o produtor musical Tommy LiPuma e o arranjador alemão Claus Orgemn, os mesmos que trabalharam no premiadíssimo “The Look of Love” (2001), sem contar o time de músicos, composto por Anthony Wilson (guitarras), John Clayton (baixo), Jeff Hamilton (bateria) e o brasileiro Paulinho da Costa (percussão).

Diana Krall simplesmente arrasa em “Quiet Nights”, com interpretações marcantes de clássicos da Bossa Nova e claro, como de costume, Diana se rende mais uma vez aos Standards do Jazz.

A voz da Diana continua impecável, é impressionante como ela usa um tom sensual em suas canções e uma voz que parece sussurrar palavra por palavra. Destaque para as faixas, “Where Or When”, “Este Seu Olhar” - cantado em português pela Diana, ela que parece se esforçar nas palavras, o resultado na minha opinião foi bem interessante, ela se mostrou bem corajosa e inovadora – “Quiet Nights” – a versão da canção Corcovado em inglês – “The Boy From Ipanema” – uma canção que parece ter sida adaptada de propósito – “So Nice” – versão em inglês da música “Samba de Verão” e as duas faixas bônus do álbum, “Ev'ry Time We Say Goodbye” do compositor Cole Porter e que já foi interpretada por músicos/cantores (as) como Ella Fitzgerald, John Coltrane, Nina Simone, Chet Baker,e para finalizar a música “How Can You Mend a Broken Heart” do Bee Gees.

Espero que gostem da dica. Boa audição ! Ahhh e não se esqueçam de ouvir a música “Quiet Nights” através do player automático na postagem.

Track List

01. Where Or When
02. Too Marvelous For Words
03. I’ve Grown Accustomed To Your Face
04. The Boy From Ipanema
05. Walk On By
06. Guess I’ll Hang My Tears Out To Dry
07. Este Seu Olhar
08. So Nice
09. Quiet Nights
10. You’re My Thrill
11. How Can You Meand A Broken Heart (Bonus Track)
12. Every Time We Say Goodbye (Bonus Track)

Site Oficial: Diana Krall

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Entrevista: Ana Cañas


A cantora Ana Cañas bateu um papo com o pessoal da revista TPM e falou em entrevista sobre o novo álbum "Hein?" (postado recentemente no Blog Jazz e Rock). Confira abaixo o artigo da revista na integra.
Com um pé no tropicalismo, muita guitarra e o apoio da experiência de Liminha, Arnaldo Antunes e Dadi a cantora Ana Cañas acaba de lançar seu segundo disco: “Hein?”. Batemos um papo com a cantora para saber mais sobre como está sendo essa nova fase, além de outras curiosidades.

Revista TPM: Este cd é bem diferente do anterior, o que mudou?

Ana Cañas: Na verdade, não houve uma “mudança”. Esse disco novo traz uma descoberta nos palcos da estrada do show Amor e Caos. Interpretando músicas de Cazuza, Raul Seixas, Itamar Assumpção e o próprio Gilberto Gil (Chuck Berry Fields Forever é uma música que entrou nesse show) senti que tinha um lado meu que não estava exposto no primeiro disco. Depois de ouvir muitos: “O seu show é melhor que o seu disco” saquei que tinha esse lado que eu precisava registrar num segundo momento, num próximo disco.

Revista TPM: Você tem alguma preocupação em se diferenciar das “novas cantoras” que se destacaram nos últimos anos?

Ana Cañas: Não. Tenho apenas uma preocupação: ser honesta, verdadeira. Acho que isso é o que nos torna únicos. Assim como tenho a certeza de que elas também têm essa busca.

Revista TPM: Uma música no seu cd novo fala de não fazer nada. Você consegue ficar um dia “sem fazer nada”?

Ana Cañas: Consigo ficar vários! Tem coisa melhor ou coisa mais necessária do que não fazer nada?!!

Revista TPM: Você se preocupa com a imagem que transmite para as pessoas? Como imagina que as pessoas te interpretam? Que rótulos elas usam?

Ana Cañas: Tenho a preocupação de ser real. De levar às pessoas o que estou pensando e sentindo de verdade. Se você bebeu um pouco isso pode aparecer também! Não gosto de pensar em “como as pessoas me imaginam”, mas posso ver através do olhar o que elas estão sentindo também. As pessoas não usam rótulos, não sinto isso. Pelo contrário, sinto um interesse, uma curiosidade sobre o trabalho, o que é muito bom. Todos nós podemos ter preconceitos. Estou trabalhando intensamente para transformá-los em pós-conceitos!

Revista TPM: Como surgiram as parcerias deste novo cd?

Ana Cañas: Surgiram de uma forma muito natural. Dadi, Arnaldo Antunes e Liminha são pessoas abertas, receptivas e generosas. É um privilégio contar com a “ajuda” deles! Foi muito enriquecedor sem dúvida.

Revista TPM: Você aparece como autora de muitas faixas. É dolorido o processo criativo? Como a inspiração vem pra você?

Ana Cañas: Nada dolorido! É prazeroso! Quando eu estou num boteco pé sujo na madruga, com amigos tocando, às vezes, até dormindo. Já acordei no meio da noite para escrever letra. Um bom filme, uma boa música também são muito inspiradores! Lembro que escrevi a letra de “O Amor é Mesmo Estranho” depois de assistir ao filme “Gran Torino”. O que tem a ver o cú com as calças, não sei, mais com certeza, me inspirou!

Revista TPM: Sente que composições próprias te expõe muito?

Ana Cañas: Sim. Mas esse é o lance. Temos que expor o que sentimos, muitas vezes coisas que aconteceram na nossa vida, mas de uma forma que outras pessoas também possam se identificar. É sempre um desafio delicioso fazer uma música.

Revista TPM: Já se sente famosa?

Ana Cañas: Não. Mas sinto que existem pessoas legais acompanhando o trabalho com muita atenção, e de forma carinhosa.

Revista TPM: O que você escutava quando era mais nova que não consegue mais ouvir?

Ana Cañas: Roxette. (Ah! Adolescência.)

Revista TPM: Que sons do dia-a-dia são inspiradores pra você?

Ana Cañas: Passarinho assoviando, Nina Simone, Neil Young, Iggy Pop, e uma pessoa cantando baixinho uma melodia. Isso sempre me inspira.

Revista TPM: Que disco você escutou até “furar”?

Ana Cañas: Odelay (Beck).

Revista TPM: Qual seu sonho mais recorrente?

Ana Cañas: Uma borboleta que sai da garganta das pessoas enquanto elas conversam. E sonho muito com o meu pai também (que já é falecido).

Revista TPM: Você canta pra você ou para os outros?

Ana Cañas: Para mim e para ou outros. Aprendi que não dá para amar os outros e ser amado se você não fizer isso com você e por você em primeiro lugar.

Revista TPM: O que te dá prazer ultimamente?

Ana Cañas: Vinho, cachaça, pão com manteiga. Amigos que só falam de música, Fellini.

Revista TPM: Complete a frase. Um dia feliz é um dia que....

Ana Cañas: a gente sente o amor.

Revista TPM: Que instrumento melhor complementa a sua voz?

Ana Cañas: No momento, guitarra. Estou apaixonada por elas.

Site Oficial: Revista TPM

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ed Motta

2000 - As Segundas Inteções do Manual Prático
Gênero: Funk/Soul



“As Segundas Intenções do Manual Prático” é um álbum digno de aplausos, as inovações do mestre Ed Motta não é novidade, em um álbum que segue a linha do renomado “Manual Prático Para Bailes e Afins, Ed usa e abusa das influências trazidas do funk, soul, jazz, samba e bossa nova. Suas parcerias dão um toque especial ao álbum, desde Zélia Duncan, que escreve a balada “À Deriva”, Lulu Santos, parceiro na música “Pisca Alerta” e a cantora Rita Lee – uma parceria dos tempos do álbum “Manual Prático”, parceria essa que deu origem a música “Fora da Lei” - nesse álbum assinam a música “Colombina”. Destaque para as músicas, “Mágica de um Charlatão”, “Ela Disse Sim”, “Outono no Rio” – uma jazz-ballad – e a sensacional “A Tijuca em Cinemascope”, um instrumental de tirar o fôlego e que vem carregada de um clima cinematográfico, uma fusão incrível de ritmos e que foi gravada praticamente ao vivo.

Para quem gosta de boa música, Ed Motta é sempre uma boa pedida, para quem tem seus 40 anos, o álbum terá um gostinho de volta ao tempo, por causa da sonoridade obtida durante a gravação devido a utilização de instrumentos antigos e segundo pesquisas, eu fiquei sabendo que o Ed gravou as bases do álbum com uma banda fixa e depois percorreu diferentes estúdios cariocas atrás do som perfeito e específico para cada um dos complementos, dos detalhes e dos solos para completar a obra musical. Sem dúvida é um álbum que vale a pena ser escutado com o máximo de atenção, para apreciar cada segundo da genialidade contida na criação musical do mestre Ed Motta.

Track List

01. Mágica de Um Charlatão
02. Dez Mais um amor
03. Colombina
04. Ela disse Sim
05. À Deriva
06. Conversa Mole
07. Pisca-Aletra
08. Uma Vida Inteira pra Mim
09. Suddenly You
10. Jóia de Mágoa
11. Assim, Assim
12. Outono no Rio
13. Drive Me Crazy
14. A Tijuca em Cinemascope

Site Oficial: Ed Motta