The Complete Early Recordings Of Skip James (1930)
Gênero: Blues
Na semana passada postei sobre J.B Lenoir e disse um pouco sobre a série “The Blues: A Musical Journey” (Blues: Uma Viagem Musical), produzida em 2003 por Martin Scorsese e mais sete produtores apaixonados por blues. A postagem de hoje é uma espécie de continuação, já que descobri a história de Skip James no mesmo capítulo da série.
Nehemiah Curtis "Skip" James nasceu perto de Bentonia, no Mississipi, em 1902. O seu pai era um ex-contrabandista de álcool convertido em pregador. Skip também seguiu por esse caminho, e contrabandeou bebida durante a época da Lei Seca nos Estados Unidos. Trabalhou na construção de estradas na sua terra natal, o Mississippi, no início da década de 1920 e na época escreveu aquela que é provavelmente a sua canção mais antiga, "Illinois Blues", acerca das suas experiências como trabalhador. Também foi agricultor e chegou até a produzir whiskey.
James escutou músicos locais como Henry Stuckey e os irmãos Charlie e Jesse Sims, tendo começado a tocar órgão no início da sua adolescência. Também aprendeu a tocar violão, onde desenvolveu uma técnica, que consistia em dedilhar com três dedos.
A vida do bluesman nunca foi fácil, no documentário conta a história da sua primeira gravação. Skip foi encorajado por amigos para que participasse de um concurso de talentos. Como tocava violão e piano muito bem, Skip venceu o concurso e recebeu do caçador de talentos H.C Speir, a oportunidade de gravar pela Paramount Records. Para isso, Skip precisaria viajar muitos kilometros de trem, e assim o fez. Saiu da sua cidade natal, em busca do seu sonho. Lá, o bluesman gravou um material bem variado, do blues, passando pelo gospel e versões de composições que já existiam. Entre as canções mais conhecidas gravadas na época estão “Devil Got My Woman”, “Jesus Is A Mighty Good Leader” e “22-20 Blues”. Apesar do sucesso aparente, o resultado não foi o esperado. Skip sequer chegou a ouvir o resultado das gravações e nunca recebeu um tostão por seu trabalho. Como se isso não bastasse, a vendagem dos seus discos foi muito baixa, devido à crise de 1929 que assolava os EUA. Vendo essa situação, Skip desistiu de tocar blues e foi trabalhar na igreja do seu pai, onde era responsável pelo coral.
Nos anos seguintes, o bluesman simplesmente desapareceu, não gravou nada, ensaiou regressar, porém sem sucesso, voltando a abandonar a música. Apesar da sua qualidade, ele ficou praticamente no anonimato até 1960. Já em 1964 os entusiastas do blues John Fahey, Henry Vestine e Bill Barte, encontraram Skip em um hospital na cidade de Tunica, no Mississipi. Naquele mesmo ano, Skip tocou no Newport Folk Festival, ao lado de outros artistas que foram redescobertos. Ao longo dessa década, Skip gravou para os selos Melodeon, Takoma Records e Vanguard Records, também tocou publicamente inúmeras vezes até seu falecimento em 1969.
Skip James não viveu para “ver” o seu reconhecimento, visto que hoje a sua música foi redescoberta e assim ganhou várias edições em CD. Isso sem falar na infinidade de músicos que regravaram suas composições. A música do bluseiro continua viva, influenciando cada vez mais novos músicos. Um fato interessante era em relação ao jeito de tocar do bluseiro, a afinação muitas vezes era em Ré Menor, o que dava ao instrumento esse timbre bem diferenciado e único. Com certeza vale a pena conferir. Boa Audição!
A TV Cultura segue reprisando a série “Blues: Uma Viagem Musical”, todo sábado, às 23:30 horas.
Track List
01. Devil Got My Woman
02. Cypress Grove Blues
03. Little Cow and Calf Is Gonna Die Blues
04. Hard Time Killin' Floor Blues
05. Drunken Spree
06. Cherry Ball Blues
07. Jesus Is a Mighty Good Leader
08. Illinois Blues
09. How Long "Buck"
10. 4 O'Clock Blues
11. 22-20 Blues
12. Hard Luck Child
13. If You Haven't Any Hay Get on Down the Road
14. Be Ready When He Comes
15. Yola My Blues Away
16. I'm So Glad
17. What Am I to Do Blues
18. Special Rider Blues
Skip James - "Devil Got My Woman"
Skip James - "Skip´s Worried Blues"
Fonte (Pesquisa): Wikipédia e Blog Música & Cerveja
Gênero: Blues
Na semana passada postei sobre J.B Lenoir e disse um pouco sobre a série “The Blues: A Musical Journey” (Blues: Uma Viagem Musical), produzida em 2003 por Martin Scorsese e mais sete produtores apaixonados por blues. A postagem de hoje é uma espécie de continuação, já que descobri a história de Skip James no mesmo capítulo da série.
Nehemiah Curtis "Skip" James nasceu perto de Bentonia, no Mississipi, em 1902. O seu pai era um ex-contrabandista de álcool convertido em pregador. Skip também seguiu por esse caminho, e contrabandeou bebida durante a época da Lei Seca nos Estados Unidos. Trabalhou na construção de estradas na sua terra natal, o Mississippi, no início da década de 1920 e na época escreveu aquela que é provavelmente a sua canção mais antiga, "Illinois Blues", acerca das suas experiências como trabalhador. Também foi agricultor e chegou até a produzir whiskey.
James escutou músicos locais como Henry Stuckey e os irmãos Charlie e Jesse Sims, tendo começado a tocar órgão no início da sua adolescência. Também aprendeu a tocar violão, onde desenvolveu uma técnica, que consistia em dedilhar com três dedos.
A vida do bluesman nunca foi fácil, no documentário conta a história da sua primeira gravação. Skip foi encorajado por amigos para que participasse de um concurso de talentos. Como tocava violão e piano muito bem, Skip venceu o concurso e recebeu do caçador de talentos H.C Speir, a oportunidade de gravar pela Paramount Records. Para isso, Skip precisaria viajar muitos kilometros de trem, e assim o fez. Saiu da sua cidade natal, em busca do seu sonho. Lá, o bluesman gravou um material bem variado, do blues, passando pelo gospel e versões de composições que já existiam. Entre as canções mais conhecidas gravadas na época estão “Devil Got My Woman”, “Jesus Is A Mighty Good Leader” e “22-20 Blues”. Apesar do sucesso aparente, o resultado não foi o esperado. Skip sequer chegou a ouvir o resultado das gravações e nunca recebeu um tostão por seu trabalho. Como se isso não bastasse, a vendagem dos seus discos foi muito baixa, devido à crise de 1929 que assolava os EUA. Vendo essa situação, Skip desistiu de tocar blues e foi trabalhar na igreja do seu pai, onde era responsável pelo coral.
Nos anos seguintes, o bluesman simplesmente desapareceu, não gravou nada, ensaiou regressar, porém sem sucesso, voltando a abandonar a música. Apesar da sua qualidade, ele ficou praticamente no anonimato até 1960. Já em 1964 os entusiastas do blues John Fahey, Henry Vestine e Bill Barte, encontraram Skip em um hospital na cidade de Tunica, no Mississipi. Naquele mesmo ano, Skip tocou no Newport Folk Festival, ao lado de outros artistas que foram redescobertos. Ao longo dessa década, Skip gravou para os selos Melodeon, Takoma Records e Vanguard Records, também tocou publicamente inúmeras vezes até seu falecimento em 1969.
Skip James não viveu para “ver” o seu reconhecimento, visto que hoje a sua música foi redescoberta e assim ganhou várias edições em CD. Isso sem falar na infinidade de músicos que regravaram suas composições. A música do bluseiro continua viva, influenciando cada vez mais novos músicos. Um fato interessante era em relação ao jeito de tocar do bluseiro, a afinação muitas vezes era em Ré Menor, o que dava ao instrumento esse timbre bem diferenciado e único. Com certeza vale a pena conferir. Boa Audição!
A TV Cultura segue reprisando a série “Blues: Uma Viagem Musical”, todo sábado, às 23:30 horas.
Track List
01. Devil Got My Woman
02. Cypress Grove Blues
03. Little Cow and Calf Is Gonna Die Blues
04. Hard Time Killin' Floor Blues
05. Drunken Spree
06. Cherry Ball Blues
07. Jesus Is a Mighty Good Leader
08. Illinois Blues
09. How Long "Buck"
10. 4 O'Clock Blues
11. 22-20 Blues
12. Hard Luck Child
13. If You Haven't Any Hay Get on Down the Road
14. Be Ready When He Comes
15. Yola My Blues Away
16. I'm So Glad
17. What Am I to Do Blues
18. Special Rider Blues
Skip James - "Devil Got My Woman"
Skip James - "Skip´s Worried Blues"
Fonte (Pesquisa): Wikipédia e Blog Música & Cerveja
Baixando!
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