Aos trancos e barrancos o Blog Jazz & Rock chega ao seu 4º ano de vida. Apesar de não me lembrar mais do dia exato em que ele nasceu, acabo sempre me lembrando nessa época. E como é de praxe não posso deixar essa data passar em branco né?. Até aqui foram 4 anos de muita insistência para manter o Jazz & Rock no ar e confesso que não esperava que ele iria durar tanto tempo assim.
Aproveito para agradecer a todos os leitores cultos e ocultos que continuam prestigiando o Jazz & Rock e também a todos os amigos que passaram por aqui me ajudando a escrever e manter o blog no ar. Obrigado mesmo.
Para muitos o nome do contrabaixista Tom Kennedy pode soar como uma novidade, afinal apesar da sua vasta experiência e com uma carreira consolidada, creio que o seu nome ainda não é tão conhecido entre os aficionados por jazz. Os leitores mais assíduos do Jazz & Rock certamente já se depararam com o trabalho do Tom por aqui. Conheci esse excepcional baixista através de um álbum do baterista Dave Weckl, na ocasião foi impossível não notar o virtuosismo do Tom Kennedy, com um fraseado de baixo impecável e uma levada bem grooveira. Apesar das suas inúmeras participações musicais ao lado de músicos como Tania Maria, Dave Weckl, Mike Stern e Connors Bill, Tom também deu inicio a sua carreira solo e como não poderia ser diferente, surpreendeu a critica especializada com ótimos álbuns e um jazz fusion de primeiríssima qualidade.
Just For The Record (2011) é o seu terceiro e mais recente álbum solo e que acabou de sair do forno. E apesar de não postar mais álbuns lançamentos aqui no blog, nesse caso eu tive que abrir uma exceção. Neste álbum Tom Kennedy contou com a participações de dois músicos de peso e que como disse anteriormente, já trabalharam juntos, o baterista Dave Weckl e o guitarrista Mike Stern. O fato de ter os três músicos reunidos, já seria um grande motivo para ouvir o álbum, mas Tom Kennedy foi além e trouxe para a gravações outros músicos, como Charles Blezing, Bob Abanese e Jay Oliver (teclados), Sarina Suno (violino) e Nathan Childers (sax).
Musicalmente, Just For The Record (2011) é praticamente completo. Quem curte jazz fusion certamente vai apreciar cada segundo dessa obra. O álbum se destaca por abranger vários gêneros, como jazz, funk e música latina, resultando em uma sonoridade prazerosa. Entre as músicas destaque para “Breakneck”, que abre o álbum em grande estilo, com Tom Kennedy fazendo um solo de baixo com muito improviso. Na sequencia temos a faixa titulo, “Just For The Record”, um jazz fusion com o que há de melhor, destaque para os solos inspirados do Mike Stern, que mostra por que é um dos grandes nomes do jazz. “Pumpkinette” tem uma levada muito interessante, com o uso dos teclados e um improviso primoroso do Tom Kennedy e Mike Stern. “Quasi” é uma das poucas canções onde os ritmos latinos estão em evidência. Há espaço para a balada fusion “Love's Disguise”. Um fato curioso é a presença de duas músicas diferentes, mas com o mesmo nome, procurei em vários sites e ao que parece é assim mesmo (confesso que não entendi). A música em questão a faixa-titulo “Just For The Record”, mas dessa vez ela surge com jazz bem mais cadenciado, porém não menos inspirador. E por fim a belíssima “Alone Together”, que tem um arranjo intimista e claro, não poderia deixar de ter mais uma aula de improviso e virtuosismo do Tom Kennedy.
Tom Kennedy é sem dúvida um dos grandes contrabaixistas de jazz, apesar de não entender muito do assunto, é notável a técnica apurada que ele demonstra durante a criação dos seus arranjos e solos, a meu ver é um baixista que sabe usar a velocidade na hora de solar e manda muito bem quando o som exige um pouco mais de groove. Just Of The Record (2011) tem tudo para figurar entre os melhores álbuns de jazz do ano, afinal é um álbum requintado e que traz o jazz fusion na sua essência. E claro não há como não falar da presença do Dave Weckl e Mike Stern, dois músicos que dispensam comentários. Enfim, um álbum mais do que recomendado. Boa Audição.
Track List
01. Breakneck 02. Just For The Record 03. Pumpkinette 04. Joyful Noise 05. Quasi 06. Since Then 07. Love's Disguise 08. Just For The Record 09. Alone Together
E vamos de clássico! Continuando nossa seria de discos clássicos hoje o Blog Jazz e Rock traz um álbum raro de Johnny Winter, uma verdadeira lenda viva dentro do Blues e Rock and Roll.
O álbum Park West Chicago é uma daquelas jóias da musica que de tanto garimpar agente acaba encontrando, nesse album Winter despeja todo o seu conhecimento de guitarra blues e em algumas musicas faz longas performances de Voz e Guitarra antes dos outros instrumentos da banda entrarem em ação, e diga-se de passagem que banda!
Você vai ouvir nesse álbum um Johnny Winter no auge da sua criatividade, inspiradissimo, cada solo é uma pequena aula de como se fazer blues ( e rock em Johnny B. Good) na faixa Come On In My Kitchen Johnny mostra um slide guitar no melhor estilo das raizes blueseiras.
Enfim, todas as fixas são incriveis. Grande album, registrou com perfeição o grande momento de Johnny Winter!
Boa Audição
Track List
01. Rolling and Tumbling 02. Come On In My Kitchen 03. Johnny B. Good 04. Mississippi Blues 05. Sweet Home Chicago
1989 - Jeff Beck´s Guitar Shop Gênero: Rock/Fusion/Blues
Continuando a nossa série de Clássicos trago hoje Jeff Beck. Após muita pesquisa, escutei toda a discografia Solo de Beck cheguei a conclusão de que fazer um post sobre Jeff Beck é uma tarefa árdua. (Sendo que pouco tempo atrás pstei um álbum dele, porém queria um álbum um pouco mais a “cara” de Jeff Beck)
Jeff Beck é um clássico por si só! Considerado por muitos como o guitarrista dos guitarristas, certa vez Jimmy Page disse: “- Quando Jeff esta por perto ele é o melhor” ou seja, se o próprio Page disse algo assim, quem sou eu pra dizer outra coisa. Mas voltando a pesquisa. Após ouvir e re-ouvir a discografia de Beck acabei optando pelo álbum Guitar Shop de 1989, que além de ser um trabalho primoroso de Beck traz uma das capas de disco mais conceituada da industria fonográfica.
Dentre algumas curiosidades do álbum a que mais me chama atenção é a falta de um baixista, nesse disco Jeff fez uma formação um tanto inusitada com Tony Hymas nos teclados e Terry Bozzio na bateria e toda a inquietação de Beck nas seis cordas, sendo que o inesperado é o que se espera a cada novo álbum do guitarrista. Outra curiosidade é o fato de Beck dispensar as palhetas e tocar somente com o dedos direto nas cordas ( Jeff deixou a palheta de lado no inicio dos anos 1980) e para terminar com a sessão curiosidades (rs) o álbum Jeff Beck´s Guitar Shop ganhou o Grammy de Melhor Performance de Rock Instrumental de 1989.
Destaque para todas as faixas! Boa audição.
Track List
01. Guitar Shop 02. Savoy 03. Behind the Veil 04. Big Block 05. Where Were You 06. Stand on It 07. Day in the House 08. Two Rivers 09. Sling Shot
Ao postar o álbum 12x5 dos Rolling Stones tive a idéia de fazer outros post´s no mesmo seguimento, ou seja, em breve o Blog Jazz e Rock trará alguns dos álbuns que marcaram época na historia do rock seja pelas musicas, condições de gravação ou mesmo uma historia que rendeu ao álbum o titulo de Clássico. Certamente deixarei de fora muitos álbuns que você que esta lendo esse texto agora considera clássico, porém além de tudo existe o fator gosto! Sim, isso mesmo, eu posso não agradar a todos com o meu gosto, mas gostaria muito da participação dos leitores e usuários do Blog de forma geral dando dicas de álbuns, bandas e até musicas, vale lembrar que muitas vezes uma única musica já vale um álbum inteiro!
Para abrir essa série de Clássicos começarei com o incrível álbum do saudoso guitarrista Gary Moore "Blues For Greeny". Esse álbum vale pelas musicas, pelo talento de Moore nas seis cordas e pelo fato de que Gary Moore gravou esse disco em homenagem ao seu herói da guitarra Peter Green (esse também tem muita historia mas fica pra um próximo post) no álbum Moore usou uma guitarra Gibson Les Paul que foi vendida a ele pelo próprio Peter Green! O álbum é recheado com alguns dos melhores blues da carreira de Green, com o toque inconfundível e a pegada única de Gary Moore, que traz um timbre um pouco mais suave (com menos distorção) do que nos seus demais trabalhos de Blues/Rock. Enfim, vale cada faixa! Boa audição e em breve trarei outro clássico!
Track List
1. If You Be My Baby 2. Long Grey Mare 3. Merry-Go-Round 4. I Loved Another Woman 5. Need Your Love So Bad 6. The Same Way 7. The Supernatural 8. Driftin' 9. Showbiz Blues 10. Love That Burns 11. Looking For Somebody
Clássico! essa foi a melhor palavra que eu encontrei para definir essa "jóia" do Rock And Roll, É com grande prazer que o blog Jazz e Rock posta esse raro album dos Stones. 12x5 é o segundo álbum da banda, lançado em 1964 tráz a formação original dessa que é até os dias de hoje uma das maiores bandas de rock do mundo. Com Mick Jagger – Vocal; Keith Richards – Guitarra, violão e vocais; Brian Jones – Guitarra, violão e vocais; Charlie Watts – Bateria e Bill Wyman – Baixo e vocais.
Rock and Roll de primeira grandeza, destaco todas as faixas. Esse é um daqueles discos que valem pela qualidade das musicas e por seu valor histórico. Item de primeira necessidade para o apreciador do bom e velho Rock And Roll.
Track List
01. Around and Around 02. Confessin' the Blues 03. Empty Heart 04. Time Is on My Side 05. Good Times, Bad Times 06. It's All Over Now 07. 2120 South Michigan Avenue 08. Under the Boardwalk 09. Congratulations 10. Grown Up Wrong 11. If You Need Me 12. Susie Q
A postagem de hoje será apenas uma breve dica, de um álbum que eu comprei na semana passada. O álbum "Diggin' The Blues", do guitarrista de blues Celso Salim e o baixista Rodrigo Mantovani.
A principio não vou fazer nenhuma resenha, deixarei isso para outra oportunidade, mas depois de ouvir esse álbum maravilhoso, não poderia deixar de postar os dois videos promocionais e mais um gravado ao vivo.
O Trabalho é inteiro acústico e teve sua maior parte gravada ao vivo, com um estúdio móvel montado na casa do próprio guitarrista Celso Salim. No repertório estão canções compostas entre as décadas de 30 a 60 de autores como Big Bill Broonzy, Willie Dixon, Muddy Waters e Blind Boy Fuller entre outros.
Como todo mundo aqui deve saber, no último fim de semana, aconteceu a segunda edição do Festival SWU. Confesso que não acompanhei muito a programação, talvez por não curtir 80% das bandas, das que eu queria ver, consegui assistir dois shows, as outras duas, Ultraje a Rigor e Tedeschi Trucks Band, sequer foi televisionado.
Das que eu vi, meu destaque vai sem dúvida para o show épico do Lynyrd Skynyrd, que literalmente sobrou no palco no domingo, com um show perfeito em todos os sentidos. Como fã da banda, fiquei decepcionado por não poder ir, mas restou a esperança, de quem sabe ver o Lynyrd Skynyrd retornando ao país. Outro show que aguardei muito, foi o do Megadeth, eu que sou fã dos caras, em especial do Dave Mustaine, não poderia cogitar a ideia de não assistir. A apresentação do Megadeth foi excelente, os caras trouxeram para o palco um set list perfeito, porém deixou um gostinho de que poderia ter sido melhor, afinal o show foi muito curto.
Claro que um festival nunca irá agradar a todos, e como não vi o SWU na integra, não posso dizer se foi melhor ou pior que o Rock in Rio, já que essa era a grande questão abordada pelos sites e blogs especializados. Como fã, creio que foi melhor, principalmente pela presença do Lynyrd Skynyrd.
Então para quem não viu ou deseja ver outras vezes, segue abaixo os shows do Lynyrd Skynyrd e Megadeth, na integra. Boa Audição.
O ano era 1989, dia 30 de Julho, pra muitos é só mais um dia que muitos fazem aniversário, mas dentre esses muitos esta a lenda viva do blues Buddy Guy. Conhecido por seu bom humor Buddy decidiu comemorar "essa data querida" com seus amigos no seu Buddy Guy´s Legend Club (seu clube de blues em Chicago). Buddy chamou sua banda, como de costume todos os ingressos esgotados mas faltava a cereja do bolo! Então Buddy Guy convidou seu amigo e também mestre do blues Stevie Ray Vaughan que entra a partir da segunda musica. Pronto a feste esta completa e o resultado disso esta nesse fabuloso álbum com apenas 4 faixas, e alguns dos melhores improvisos de guitarra que você vai escutar do estilo! Exagero? pode até ser, mas o que esperar quando dois mestres se juntam! Entre as faixas, destaco todas! Boa audição!
Track List
01. It´s Called The Blues 02. Champagne And Reefer 03. Mary Had A Little Lamb 04. Leave My Girl Alone
Sim, esse é mesmo Nuno Mindelis! Pra quem se acostumou com a ja tradicional pegada blueseira do guitarrista ira estranhar um pouco a sonoridade desse álbum com letras em português e além disso trás elementos de MPB e até Hip Hop. Porém o talento de Mindelis nas seis cordas atravessou estilos e caiu muito bem nesse formato um tanto "diferente". Entre as faixas destaco Tenho Medo e Como Dois Animais musica de Alceu Valença que Nuno recriou de forma genial. Do mais é curtir o som desse bluesman que foi além esta dando ao blues novas direções.
Track List
01. Tenho Medo 02. Mas que Nada 03. Rei dos Animais 04. Se Eu Fosse um Dia o Teu Olhar 05. Como Dois Animais 06. Gosto do Jeito 07. Siglas 08. Nunca se Esqueça 09. Chove Chuva 10. Bossa Folk 11. São Paulo 12. Não Me Diga Nunca Mais 13. Fica para o Próximo Disco
Live Alive é um dos melhores álbuns do guitarrista Stevie Ray Vaughan, que mostra em cada solo porque era considerado por musicos do patamar de B.B. King, Buddy Guy, Eric Clapton, Jeff Beck, entre outros como um dos melhores musicos de blues da história. Não é atoa que SRV revigorou o blues em plena decada de 1980, onde o Hard Rock estava no auge das suas fritações "guitarristicas", em pouco tempo de vida Stevie deixou seu legado. Empunhando suas Stratocaster´s SRV tocava sempre como se fosse a ultima musica de sua vida, tamanha emoção que o guitarrista conseguia passar a quem estava escutando, coisa pra poucos, diria mais, coisa de gênio mesmo!. Compilado de quatro apresentações de SRV com sua banda: a Double Trouble. As performances foram gravadas em 16 de julho de 1985 no Montreux Jazz Festival; 17 e 18 de julho; em 1986 na "Austin Opera House"; e 19 de julho de 1986 no "Dallas Starfest"
Track List
01. Say What! 02. Ain't Gone 'n' Give Up On Love 03. Pride And Joy 04. Mary Had a Little Lamb 05. Superstition 06. I'm Leaving You 07. Cold Shot 08. Willie the Wimp 09. Look at Little Sister 10. Texas Flood 11. Voodoo Child (Slight Return) 12. Love Struck Baby 13. Change It
Gravado em 2001 o álbum Águas Barrentas - Ao Vivo só veio confirmar o fato (quem já teve a oportunidade de ver a banda ao vivo sabe do que eu estou falando) de que se o Blues Etílicos em estúdio é bom, ao vivo é muito melhor! Apesar de cada membro da banda ser muito competente fica o destaque para a gaita do virtuose Flávio Guimarães e a precisa guitarra slide de Otávio Rocha. Entre as faixas destaco O Louco da Cidade clássico da banda e abre o álbum em grande estilo e Canceriano Sem Lar clássico de Raul Seixas.
Os Blues Etílicos são:
Greg Wilson - Norte-americano, natural do Mississipi. Possui bacharelato em música pela Universidade da Carolina do Sul (EUA). Além de vocalista, toca guitarra e trompete.
Flávio Guimarães - Gaitista referência no blues e rock nacionais, já dividiu o palco com Buddy Guy, Taj Mahal, Magic Slim, Charlie Musselwhite, Sugar Blue. Gravou com Alceu Valença, Ed Motta, Cássia Eller, Titãs, Zeca Baleiro, Renato Russo, Zélia Duncan, Fernanda Abreu, Luis Melodia e Paulo Moura entre outros.
Otávio Rocha - Pioneiro da slide guitar no Brasil, Otávio é um riff maker que segue a tradição dos guitarristas que fazem do riff algo tão importante como um solo de guitarra. Suas bases sólidas, solos contagiantes e divertidas performances de palco garantem um efeito cênico aos shows da banda.
Pedro Strasser - Baterista com formação no Musicians Institute (Los Angeles, EUA). Acompanhou artistas como Paulo Moura, Fernando Magalhães (Barão Vermelho) e Celso Blues Boy.
Cláudio Bedran - Baixista e também fundador da banda, atua como compositor de boa parte das músicas em português do grupo.
Track List
1. Louco da Cidade 2. Cerveja 3. Luz de Maluco 4. Na Pele 5. Misty Mountain 6. Dente de Ouro 7. Miss Coke 8. Pelicano 9. Canceriano sem Lar (Clinica Tobias Blues) 10. Camelo 11. Vou Pegá Ma Beibe 12. It´s My Soul 13. Terceiro Uisque 14. Águas Barrentas 15. O Sol Também Me Levanta
2011 - Bright Lights EP
Gênero: Blues, Rock, Electric Acoustic Blues, Soul
Na época em que o Eric Clapton se apresentou no Brasil, surgiram inúmeros artigos sobre os shows e como não tive a felicidade de ir em nenhum, me contentei em ler os comentários dos sites especializados. Mas por incrível que pareça, o que me surpreendeu não foi o deus da guitarra e sim o nome de um jovem bluesman norte americano, que era tratado como “a esperança do blues”. Como sou viciado em blues, não resisti e me senti na obrigação de ouvir e conhecer o trabalho do guitarrista Gary Clark Jr.
Aos 27 anos de idade, o guitarrista e vocalista Gary Clark Jr. era apenas mais um desconhecido do publico brasileiro e que graças ao Eric Clapton, teve a oportunidade de abrir os seus shows durante a turnê no Brasil.
Não deve ser nada fácil para um músico tão jovem, carregar o titulo de “esperança no blues”, ainda mais em um país onde é considerado o berço do blues. Se é exagero ou não, Gary Clark Jr, parece lidar muito bem com isso e de fato é um grande guitarrista e mostra muita personalidade.
Bright Lights EP (2011) é o seu mais recente trabalho e traz quatro músicas próprias, sendo duas em versão acústica. Logo no começo somos bombardeados com a faixa “Bright Lights”, um blues com uma pegada hard rock com um toque de soul, onde o jovem guitarrista demonstra todo seu feeling com solos inspirados, uma das grandes especialidades de Gary, que tem Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaugha como suas principais influências. “Don't Owe You A Thing” tem uma levada country com blues. Na acústica “Things Are Changin'”, Gary volta a surpreender pelo feeling e por sua cadência suave na hora de dedilhar e cantar. E por sim a “When My Train Pulls In”, outra canção de excelente qualidade.
Gary Clark tem apenas um álbuns na carreira, sendo o primeiro Worry No More (2008) e dois EPs. E além de músico, Gary também atuou no filme "Honeydripper - Do Blues ao Rock", interpretando um ex-presidiário que é convidado para tocar num bar de blues.
Se Gary Clark será de fato a nova esperança do blues, isso só o tempo irá dizer, mas independente disso, não há como negar o seu talento e virtuosismo como guitarrista e vocalista. Para quem ainda não o conhece e curte blues, fica a dica. A única coisa inevitável, é aquela sensação de quero mais, afinal quatro músicas é muito pouco, ainda mais quando é de qualidade. Boa Audição.
Track List
01. Bright Lights
02. Don't Owe You A Thing
03. Things Are Changin' (Live Solo Acoustic)
04. When My Train Pulls In (Live Solo Acoustic)
Em 1993 o genial guitarrista Jeff Beck resolveu prestar uma homenagem a seu heroi da guitarra, Cliff Gallup(o qual Beck tirou nota por nota cada solo nesse album). Para gravar o álbum Crazy Legs Jeff convidou a banda Big Town Playboys, uma banda que presta tributo aos sons dos anos 1950/60 (apesar da pouca idade dos musicos que na epoca não tinham mais de 20 anos). Cliff Gallup foi guitarrista da banda de um dos maiores nomes de todos os tempos no que se refere a Rockabilly o genial Gene Vincent. A influencia do som da guitarra de Gallup foi tanta que, além de Jeff Beck alguns nomes de peso também curtiram seu som, tais como Jimmy Page, Brian Setzer e até George Harrison. Apreciem Jeff Beck sem moderação!
Track List:
01. Race with the Devil 02. Cruisin' 03. Crazy Legs 04. Double Talkin' Baby 05. Woman Love 06. Lotta Lovin' 07. Catman 08. Pink Thunderbird 09. Baby Blue 10. You Better Believe 11. Who Slapped John? 12. Say Mama 13. Red Blue Jeans and a Pony Tail 14. Five Feet of Lovin' 15. B-I-Bickey-Bi, Bo-Bo-Go 16. Blues Stay Away from Me 17. Pretty Pretty Baby 18. Hold Me, Hug Me, Rock Me
Instrumental Mood é o 4° album da carreira do guitarrista gaúcho Solon Fishbone. Dono de uma pegada que consegue variar do forte ao suave Solon emprega muito bem o seu fraseado de acordo com o clima de cada musica. Apesar de ser um autentico Bluesman Solon Fishbone mostra nesse album toda a sua influencia dos sons jazzisticos. Cuidado, você pode viciar logo de cara no som da guitarra Stratocaster desse que é sem duvidas um dos melhores representantes do Blues nacional. Destaque para todas as músicas. Fica a dica.
Track List:
01. Blue Hand 02. Jamming In C 03. Fishing 04. Peace Out 05. Hip Funk 06. Bonanza 07. Just Picking 08. Melódica 09. Wes Side 10. Instrumental Mood