Por Daniel Faria
Bom depois de um tempo sem conseguir atualizar o blog, volto dando continuidade a série do Ken Burns sobre a história do jazz.
2º Episódio: Dádiva.
Bares clandestinos, clubes de porão e dinheiro fácil: estamos na Era do Jazz, quando a história desta expressão artística se torna um conto de duas grandes cidades, Chicago e Nova York, e de dois artistas extraordinários, Louis Armstrong e Duke Ellington, cujas vidas e música irão marcar quase três quartos de século. Armstrong, órfão de pai, sem teto e criado nas ruas de Nova Orleans, desenvolve seu grande dom -- uma genialidade musical sem paralelo -- com a ajuda de King Oliver, melhor cornetista da cidade. Em 1922, ele o acompanha até Chicago, onde o som transcendente e ritmo alegre de Armstrong inspiram uma nova geração de músicos, brancos e negros, a se unirem ao mundo do jazz. Enquanto isso, Ellington, criado no conforto da classe média por pais que o chamavam de "abençoado", logo supera em talento a sociedade musical onde aprendeu a tocar, em Washington D.C., e parte para o Harlem. Lá, ele forma uma banda para criar uma música própria -- quente, banhada em blues e pontuada pela genialidade de Bubber Miley, seu novo trompetista. Avançando na década de 1920, Paul Whiteman, um bandleader branco, vende milhões de discos tocando jazz sinfônico, uma música doce e suave, ao mesmo tempo em que Fletcher Henderson, um bandleader negro, lota as pistas de dança do Roseland Ballroom, clube restrito aos brancos, com seus arranjos inovadores. Depois, em 1924, o ano em que Whiteman introduz "Rhapsody in Blue", de George Gershwin, Henderson traz Louis Armstrong para Nova York, somando sua brilhante improvisação ao novo som da banda. Logo, Louis Armstrong está mostrando ao mundo como se faz para suingar.
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