sábado, 31 de março de 2012

Black Sabbath - Paranoid (1970)


Apesar de curtir muito heavy metal e muitas bandas consideradas sagradas, o Black Sabbath é uma banda que eu nunca tive muito interesse em conhecer a principio. Com o passar dos anos e o envolvimento com o heavy metal, fui conhecendo melhor o som da banda e acabei focando mais nos álbuns que tinham o eterno Dio nos vocais e acabei deixando os outros de lado. Minha visão em relação ao Black Sabbath começou a mudar drasticamente quando comecei a ler o excelente livro Heavy Metal – A História Completa, do escritor Ian Christe. Apesar de ter uma boa noção de como iniciou o heavy metal, foi através desse livro que tive a dimensão exata e principalmente da importância que o Sabbath teve para o nascimento do heavy metal.

O Black Sabbath foi praticamente à pedra fundamental para o heavy metal. Eram profetas criados à margem da sociedade inglesa, eles eram desempregados, socialmente desprezíveis e ainda moralmente suspeitos. Em 1970 a banda já havia lançado o álbum Black Sabbath, um álbum que chocou e trouxe revolução à música. Flutuando entre harmônicos zumbidos, a dimensão aterrorizante da música cresce até o clímax na mesma medida em que o juízo final persegue o relutante protagonista. A história macabra, digna de Edgar Allan Poe, contada por uma revoada de guitarras, bateria e um microfone crepitante. Assim o Black Sabbath, inspirou imediata admiração, cativou o publico completamente e também afetou a banda de modo tão irreversível, em meio à entorpecida inocência, percebeu-se levada por uma força misteriosa em direção ao sucesso. Não demoraria até se libertasse de suas origens, saindo do rock’n’roll para explorar a recém-conquistada liberdade de inovadores como Miles Davis.

O Sabbath e seus membros cultivavam uma imagem horripilante – embalada pela bruxaria e pelo misticismo de ocasião, acorrentados a bem combinadas cruzes prateadas – que deu a banda a fama de pretensos satanistas e ainda rendeu um ou outro protesto público por parte dos defensores da igreja. Antes deles, astros do rock haviam encantado a opinião publica com flores, desfiles e promessas de mudar o mundo. O Black Sabbath avançou ao fim dessa procissão, ainda professando a necessidade de amor, mas avisando aos errantes que não haveria volta a um ingênuo estado de graça.

No fim dos anos 60, o cenário do rock passava por um verdadeiro turbilhão de acontecimentos e beirava a decadência. Fatos como as quatro mortes ocorridas no show dos Rolling Stones, no Altamont Receway, em dezembro de 69, chocaram a comunidade do rock e deixaram os jovens desiludidos com os ideias pacifistas. Depois disso em abril 1970, enquanto o Sabbath estava bem posicionado nas listas dos mais vendidos, Paul MacCartney anunciava a efetiva separação dos Beatles e ainda Jonis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, em vez de confortar seu publico nesse mundo já tão incerto, morreriam de overdose em menos de um ano. A geração “paz e amor” que havia criado a contracultura, agora já cansada e frustrada, voltava em hordas para onde havia nascido ou ia em direção as montanhas – qualquer coisa que exorcizasse os pesadelos descomunais da utopia que havia entrado em colapso. Esse era o cenário no final dos anos 60.

Em meio a isso, o Sabbath parecia fortalecer-se, apesar de tais adversidades, e nunca fingia ter respostas para além das ocasionais exortações de amor ao próximo. Embora retratados como pobres coitados e desordeiros, o álbum de lançamento da banda logo alcançou a lista dos dez mais vendidos da Inglaterra. Em sua turnê inaugural pelos EUA, planejada em meados de 1970, foi cancelada graças ao julgamento de Manson, pois o clima do país era de pouca hospitalidade com tipos aparentemente perigosos. Então a Vertigo Records, tanto tentou que acabou conseguindo extrair mais material inédito d abanda, ao interromper a tour e recrutá-los para outro período de gravações em setembro de 1970.

Então bem mais entrosada e com propósito criativo intensificado a banda emergiu depois de dois dias de gravação com o seu álbum mais vendido, o poderoso Paranoid (1970), do qual saíram as músicas “War Pigs”, “Paranoid” e “Iron Man”.

Embora Paranoid (1970) mantivesse o assustador espirito do Black Sabbath, as propostas do segundo álbum eram menos místicas e mais tangíveis. Ozzy Osbourne, obcecado por temas como estrago e perda de controle, discorre sobre os males do vício em “Hand of Doom”, guerra nuclear em “Eletric Funeral” e trauma psicológico causado pela guerra em “Iron Man”. Assim como a impressionante faixa-titulo, a alma de “Paranoid” ainda parecia vir de uma publicação ocultista, Walpurgis, cuja a letra suscitava imagens como “as bruxas em missas negras” e “os feiticeiros da morte”. Quando gravada para o álbum Paranoid (1970), entretanto, a música foi levemente reescrita e virou “War Pigs”, um cataclísmico hino antiguerra, que acusava políticos de enviarem jovens pobres para fazer o trabalho sujo no lugar dos bancos e da nação.

Os membros do Sabbath agora tinham experiência não apenas como músicos, mas como porta-vozes de uma geração. Se a mudança aconteceria via música, o letrista Geezer Butler entendeu que teria de combater tudo que era feio logo na linha de frente. As novas músicas do Black Sabbath buscavam paz e amor, mas não nos moldes de Donovan e Jefferson Airplane, e, sim, na endurecida realidade de campos de batalha e fornos humanos. Ozzy Osbourne despejava as letras como em um transe, lendo mensagens dotadas de muita verdade.

Paranoid (1970) foi uma espécie de âncora para o heavy metal. Se antes a banda tinha uma proposta aterrorizadora em suas letras, nesse álbum isso não aconteceu com tanta ênfase, fato é que a banda buscou uma variedade, abordando temas bélico-politicas e de ficção cientifica, tudo girando em torno de uma critica severa.

O Black Sabbath teve uma importância sem precedentes para o heavy metal, que naquele tempo até existia, mas não era ligado a um gênero musical. Sem o Black Sabbath, a expressão "heavy metal", seria apenas um acidente poético, a profecia vazia contida no texto escrito por milhares de macacos brincando de máquinas de escrever, tentando escrever a Bíblia.

Track List

01. War Pigs
02. Paranoid
03. Planet Caravan
04. Iron Man
05. Electric Funeral
06. Hard of Doom
07. Rat Salad
08. Fairies Wear Boots

Ozzy Osbourne (vocal)
Tony Iommi (guitarra)
Geezer Butler (baixo)
Bill Ward (bateria)

Black Sabbath - Paranoid


Black Sabbath - Iron Man


** O texto em sua maioria foi retirado do livro “Heavy Metal – A História Completa” do escritor Ian Christe **

sexta-feira, 30 de março de 2012

John Pizzarelli: Novo álbum "Double Exposure"

Uma ótima notícia para os fãs do John Pizzarelli, ele está preparando um novo álbum, "Double Exposure", que deverá ser lançado nos próximos meses. Pizzarelli deverá seguir a mesma fórmula que o consolidou como um grande interprete. Há rumores de que o novo álbum terá 13 canções populares e uma mescla de jazz / pop. Entre as canções a “I Feel Fine” dos Beatles, “In Memory Of Elizabeth” do Allman Brothers, “Traffic Jam” do James Taylor, “Free Man In Paris” do Joni Mitchell, o hit “Diamond Girl” do Seals & Crofts.

Bom agora resta aguardar novas informações sobre o álbum "Double Exposure" e claro, torcer por uma tour e shows em São Paulo, como foi o ano passado.

Enquanto isso assistam o vídeo de divulgação.



Encontrei essas informações no site Voice of America.

sábado, 24 de março de 2012

Banda Black Rio - Maria Fumaça (1977)


Artista: Banda Black Rio
Título: Maria Fumaça
Gênero: Fusion (samba-jazz-funk)
Ano de lançamento: 1977
Selo/gravadora: Atlantic/Wea

Tenho recebido alguns comentários de leitores dizendo que não encontram o link para download ou então pedindo para re-upar o álbum. Por isso quero reforçar o que eu já disse anteriormente: O Jazz & Rock não disponibiliza mais links para download. Não adianta insistir. Quem acompanha o blog a um certo tempo, já sabe o motivo que me levou a tomar tal decisão.

Em relação a situação atual do Jazz & Rock, sei que as atualizações estão cada vez mais esporádicas, pelo fato de eu não ter mais ânimo para escrever e também pela falta de comentários, acho que isso é algo que aflige todo blogueiro que ainda insiste em perder o seu tempo postando as coisas para os outros. Então se as pessoas não se interessam em interagir, em perder alguns minutos para deixar um comentário sobre o álbum e não só para encher o saco pedindo link, quem sou eu para continuar perdendo o meu tempo, né? Mais enfim.

No mais quero novamente agradecer ao Ricardo Seiti, que tem me enviado as resenhas semanalmente, agradeço imensamente a sua colaboração.

Por Ricardo Seiti

Disco de estréia da incrível banda fusion carioca Black Rio, lançado em 1977.

Neste início, com certeza o carro-chefe do álbum foi a música-título "Maria Fumaça",
na época o tema de abertura de uma novela da Rede Globo chamada "Locomotivas".

Com seu ritmo e energia empolgantes, a banda tentava emplacar no Brasil na década de 70 um dos gêneros musicais mais ricos e populares da década, o fusion. Foi a aposta da banda e da gravadora em popularizar por aqui o estilo, em alta na nos Estados Unidos e Europa.

Roqueiros e jazzistas se divertindo juntos, a aproximação entre jazz, rock, soul e funk era um mundo novo a ser desbravado. Mas a Black Rio ia um pouco além disso: tínhamos uma grande vantagem em relação aos gringos,o nosso samba, com seus instrumentos de percussão afro-brasileiros e nordestinos. Incorporando às músicas instrumentos como o pandeiro, cuíca, agogô e triângulo,a Black Rio abria alas para o verdadeiro fusion brasileiro.

Formada pelo líder Oberdan Magalhães (saxofone), Cláudio Stevenson (guitarra), Jamil Joanes (baixo), Cristóvão Bastos (teclados), Lúcio (trombone), Barrosinho (trompete) e Luis Carlos (bateria), a Black Rio foi bastante cultuada na Europa e até no Japão.

Ao ouvir o disco, temos a impressão de ser alguma grande banda internacional de fusion da época (tipo Weather Report), até entrar o elemento surpresa: a batida evolui para o samba, e entram em cena cuíca, pandeiro, agogô e triângulo, tornando aquele som meio experimentalista em um convite para a dança.

Como muitos gênios que não tiveram o devido reconhecimento em seu tempo,
a Black Rio teria vida curta e só gravaria mais dois discos: "Gafieira Universal" (1978) e "Saci Pererê" (1980), encerrando suas atividades em 1984, com a morte de seu fundador, Oberdan Magalhães em um acidente automobilístico.

Em 1999, quinze anos após, William Magalhães, filho de Oberdan, já com certa carreira iniciada na cena musical, reativa os trabalhos da banda, totalmente renovada, com exceção de Lúcio (trombone) da formação original.Nessa nova fase, partem para um estilo mais universal, acrescendo o hip hop e até rap, lançando o disco "Movimento", segundo a mídia, com grande aceitação no exterior, principalmente na Inglaterra, onde recebe o nome de "Rebirth".

Mas por enquanto vamos ficar com essa primeira fase mais romântica e revolucionária da banda.

Track List

01.Maria Fumaça
02.Na Baixa do Sapateiro
03.Mr. Funky Samba
04.Caminho da Roça
05.Metalúrgica
06.Baião
07.Casa Forte
08.Leblon Via Vaz Lobo
09.Urubu Malandro
10.Junia

Black Rio - Maria Fumaça


Black Rio - Mr. Funky Samba


Site Oficial: Black Rio

terça-feira, 13 de março de 2012

Iron Maiden - Blood Brothers (Live In Santiago)



O Iron Maiden divulgou no Youtube uma prévia de seu mais novo registro: "En Vivo! Live at Estadio Nacional, Santiago" que chega às lojas no final de março.

O concerto foi filmado digitalmente usando 22 câmeras HD e uma octocam (a câmera voadora que captura cenas aéreas da multidão), gravado em stereo e áudio 5.1 e mixado pelo produtor de longa data do Maiden, Kevin "Caveman" Shirley. O segundo disco do DVD traz como bônus um documentário de 88 minutos, "Behind The Beast", que mostra os bastidores do show da Donzela de Ferro, o dia-a-dia e tarefas complexas da equipe da banda e outros personagens nos bastidores. O disco bônus também contêm uma versão estendida do vídeo promo "Satellite 15 ... The Final Frontier", um vídeo sobre o "making of" deste clipe, mais a seqüência de vídeo da abertura para a The Final Frontier World Tour.

Fonte: Iron Maiden / Blog Flight 666

domingo, 11 de março de 2012

The Best of The Velvet Underground: Words and Music of Lou Reed (1989)


Título: The Best of the Velvet Underground: Words and Music of Lou Reed
Gênero: Rock / Rock psicadélico
Ano de Lançamento: 1989
Selo: Verve / PolyGram Records

Por Ricardo Seiti

No último dia 02 de março Lou Reed, o fundador do Velvet Underground completou 70 anos, em plena forma. Fica esta resenha também como homenagem a um dos maiores rockeiros da história.

A primeira vez que ouvi falar sobre o Velvet Underground foi em uma entrevista do Dado Villa Lobos (Legião Urbana), dizendo: "Só decidi virar guitarrista depois de ouvir o Velvet Underground". O ano era 1986, e tivemos nessa época uma avalanche de bandas pós-punk no Brasil (shows internacionais eram raros aqui) - Siouxsie & the Banshees, Echo & the Bunnnymen, The Cure, P.I.L. (banda do ex- Sex Pistols John Lydon), The Church, Bolshoi, The Mission, Big Audio Dynamite (banda do ex-The Clash Mick Jones).

Em suas entrevistas, quase todos diziam da influência do The Velvet Underground em seu trabalho. Resolvi então conhecer a banda, que em sua carreira tinha cinco álbuns de estúdio e comecei pela coletânea.

Ao ouvir os primeiros acordes de "I'm waiting for the man", fiquei louco. Eu nunca havia ouvido nada parecido. Na segunda música, "Femme Fatale", extremamente cool, percebi a bipolaridade da banda: súbitos de euforia e êxtase contrastando com momentos de calmaria, depressão e introspecção. Seus temas, versando sobre o submundo de Nova Iorque: drogas, prostituição, violência, sexo e sadomasoquismo, crises existenciais. O som, passando por riffs crus e ácidos, solos confusos e bêbados a arpejos sublimes e angelicais.

No encarte da coletânea, que fala um pouco sobre a banda, consta a lendária informação de que, apesar de seu álbum de estreia (The Velvet Underground & Nico, de 1966) ter vendido apenas algumas centenas de cópias, todos que o compraram montaram uma banda. E também a observação de que este seu 1° trabalho só não teve maior repercussão por ter sido lançado na mesma época em que os Beatles lançaram "The Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band" (queixa também do Pink Floyd, ao lançar seu disco de estreia, The piper at the gates of dawn).

O The Velvet Underground nunca tocou em ginásios ou estádios, suas apresentações eram em pequenos palcos, obscuros e intimistas. Sua trajetória começa quando, um dia, o mundialmente conhecido artista plástico e produtor Andy Warhol, vendo a banda em uma apresentação ficou tão impressionado que se ofereceu para produzi-la. Seus integrantes eram: Lou Reed (vocal e guitarra), John Cale (vocal, guitarra, piano), Sterling Morrison (baixo e guitarra), Maureen Tucker (percussão). Andy sugeriu a entrada da vocalista Nico na banda para interpretar algumas músicas, fato aceito pela banda desde que ela não fizesse parte integrante do grupo. Após o fiasco de seu primeiro álbum, Nico e Andy Warhol se desligam da banda.

A banda gravaria no total cinco discos, porém o último deles sem Lou Reed, que partiria para uma grande carreira solo. Em 1993, 20 anos após seu término, a banda se reúne para uma série de shows e lança um cd duplo ao vivo e dvd. Aí sim tocam em ginásios lotados, sinal do reconhecimento póstumo de uma grande banda, que estava muito a frente de sua época. ,Fica a dica.

Track List

01. I'm Waiting For The Man
02. Femme Fatale
03. Run Run Run
04. Heroin
05. All Tomorrow's Parties
06. I'll Be Your Mirror
07. White Light/White Heat
08. Stephanie Says
09. What Goes On
10. Beginning To The Light
11. Pale Blue Eyes
12. I Can't Stand It
13. Lisa Says
14. Sweet Jane
15. Rock And Roll

Velvet Underground - "I´m Waiting For The Man"


Velvet Underground - "What Goes On"


Em tempo: uma pena a coletânea não ter a hipnótica "Venus in furs", do 1° álbum.


Site Oficial: The Valvet Underground

sábado, 3 de março de 2012

Seasick Steve - Walkin’ Man: The Best of Seasick Steve (2011)

Artista: Seasick Steve
Título: Walkin’ Man: The Best of Seasick Steve
Gênero: Blues
Ano de Lançamento: 2011
Selo/Gravadora: Rhino

Uma breve resenha sobre o guitarrista Seasick Steve, enviada pelo leitor Ricardo. Uma dica muito interessante, eu mesmo não o conhecia. Fica a dica.

Por Ricardo Seiti

A pouco tempo conheci o bluesman norte-americano Seasick Steve. Logo ao ver o primeiro vídeo, me impressionei. Sua simplicidade, sua técnica e sua energia me contagiaram. Sua voz grave me lembra John Lee Hooker.

Alguns fatos importantes de sua recente carreira: apesar de trabalhar a bastante tempo como produtor e músico de apoio, Steve só lançou seu primeiro trabalho em 2004, aos 63 anos. Hoje, aos 71 anos, já são 05 discos e uma coletânea, e não só seu talento é reconhecido, como também sua história sofrida, um grande exemplo de vida.

E que bom ver também que o blues sempre nos apresenta gratas surpresas.

Track List

01. Dog House Boogie
02. Cheap
03. I Started Out with Nothin' and I Still Got Most of It Left
04. Diddley Bo
05. Thunderbird
06. Happy Man
07. Cut My Wings
08. Treasures
09. St. Louis Slim
10. 8-Ball
11. Don't Know Why She Loves Me But She Do
12. Walkin' Man
13. You Can't Teach an Old Dog New Tricks
14. Fallen Off a Rock
15. The Banjo Song
16. Never Go West
17. My Donny
18. Prospect Lane
19. Xmas Prison Blues
20. That's All
21. Dark





Seasick Steve acompanhado do baixista John Paul Jones (ex-Led Zeppelin)


Site Oficial: Seasick Steve