quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ari Borger Quartet - "Tributo a Lonnie Smith"



Tributo do Ari Borger Quartet para o organista de jazz Dr.Lonnie Smith. O quarteto se apresentou ao vivo no projeto Studio nº7, da Jack Daniels.

Quem é leitor assíduo do Jazz & Rock, já teve a oportunidade de conhecer o som do Ari Borger Quartet, que é formado pelo organista e pianista Ari Borger, o guitarrista Celso Salim, o baixista Marcos Klis e o baterista Humberto Zigler.

Entre tantos videos, o que me chamou a atenção ao ouvir esse tributo, foi o entrosamento impecável entre os músicos. O meu destaque vai para o guitarrista Celso Salim, que apesar de ser um guitarrista de blues, manda muito bem quando o assunto é jazz, prova disso é o solo com a pegada jazzista que ele fez.

Site Oficial: Ari Borger

sábado, 25 de fevereiro de 2012

As aulas de história no metal do Grave Digger



O Jazz & Rock está de volta. E para comemorar o retorno do blog, trago até vocês uma postagem publicada no blog Combate Rock, escrita pelo Marcelo Moreira, falando sobre a banda de metal Grave Digger. Para quem curte música com temática sobre história, vale a pena conhecer e ouvir o som dos caras.

Por Marcelo Moreira. (Combate Rock)

Houve uma revista inglesa de heavy metal, a Kerrang, que afirmou ser algumas músicas do Iron Maiden verdadeiras aulas de história, graças ao interesse sobre o assunto do vocalista Bruce Dickinson e do baixista Steve Harris. “Powerslave”, o álbum de 1984, tinha uma espécie de conceito sobre o Egito antigo.

No entanto, ninguém levou esse conceito mais longe do que os alemães do Grave Digger, que completam 30 anos de carreira em 2010. Ícone do heavy metal tradicional, com um timbre de guitarra característico, o hoje quinteto passou investir em álbuns conceituais relatando fatos históricos a partir dos anos 90. O grupo se reinventou e aumentou a sua base de fãs.

As três décadas estão sendo comemoradas neste ano com mais um lançamento de mais um CD e DVD, “The Clans Are Still Marching”, que retoma a história da Escócia medieval como tema – e serve de apoio ao CD “The Clans Will Rise Agains”, lançado no ano passado.


O Grave Digger e seus álbuns conceituais têm como mentor Chris Boltendahl, vocalista de voz rouca e potente. As obras-primas são a trilogia iniciada em 1996 com “Tunes of War”, que narra as lutas pela independência da Escócia nos séculos XIII e XIV.

A banda foi ajudada pelo lançamento à época de “Braveheart” (Coração Valente), filme dirigido e estrelado por Mel Gibson, que interpretou o herói escocês William Wallace, também presente em “Tunes of War”, que se tornou o maior sucesso do grupo.


Com a grande aceitação, tão logo acabou a turnê de divulgação, Boltendahl iniciou a composição do álbum seguinte, “Knights of the Cross”, lançado em 1998, contando a história dos Cavaleiros Templários, que lutaram nas primeiras cruzadas contra o Islã no século XI. O sucesso foi repetido.


A fórmula estava dando certo, então, em 1999, surgiu “Excalibur”, tendo como tema as crônicas do Rei Arthur e a Távola Redonda, com a história inciando-se ainda no surgimento da espada fincada na pedra – texto fundamental da cultura britânica. Vendeu bem, mas nem tanto.


Após um álbum normal, em 2001, os temas históricos foram retomados em 2003 com “Rheingold”, é um disco conceitual baseado na ópera “O Anel dos Nibelungos” (Der Ring des Nibelungen) composta por Richard Wagner no século XIX, que por sua vez tinha como base texto que faz parte da mitologia nórdica e também da cultura alemã. A partir daqui a qualidade começa a cair um pouco, mas ainda assim fica em um npivel bem aceitável.

A história gira em torno de um anel mágico cuja posse concede o poder para controlar o mundo. O anel é feito do ouro roubado do rio Reno e foi forjado pelo anão Alberich, o nibelungo do título. Vários personagens lutam pela posse do anel, dentre eles Wotan (Odin), chefe dos deuses, e o herói Siegfried.


O sucesso se repetiu, o que levou a banda a compor “The Last Supper”, baseado nos relatos em torno da última ceia de Jesus Cristo com os apóstolos.


Em “Liberty or Death”, de 2007, a banda foge um pouco do conceito fechado. Todas as músicas giram em torno de fatos históricos envolvendo lutas pela liberdade em vários locais e momentos da história. “Ballads of a Hangman”, de 2009, segue a linha do anterior e o tema é a morte por enforcamento, mas sem se limitar a um só fato histórico.


Finalmente, com o recém-lançado “The Clans Will Rise Again”, a Escócia volta a ser o tema, com a descrição bastante elaborada de como os clãs escoceses enfrentaram as invasões vikings na alta Idade Média e os ingleses, a partir do século XII. É o melhor álbum do grupo desde “Rheingold”, o mais pesado e o mais dinâmico.

A julgar pelo vigor do novo CD, as aulas de história vão continuar, pois Boltendahl nem pensa em aposentadoria. Nós agradecemos


Grave Digger - Highland Farewell (Official)


Grave Digger - Ballad of a Hangman


Grave Digger - The Dark of The Sun (Wacken 2010 - Official DVD)


Site Oficial: Combate Rock

Jazz & Rock: De volta e com um novo formato.

Bom dia caros leitores cultos e ocultos.

Depois de muita dor de cabeça e um trabalho incansável na tentativa de revisar e recuperar as postagens, o Jazz & Rock está de volta, porém com um novo formato. Como adiantei anteriormente, não vou mais disponibilizar links para download, por motivos óbvios que todos aqui já sabem. Por isso a única alternativa que encontrei para manter o blog foi de publicar apenas as resenhas dos álbuns.

E aproveitando o recomeço, quero dizer que estou abrindo duas vagas para colaboradores. O único pré-requisito é que os colaboradores gostem de escrever sobre música e elaborar resenhas.

Os interessados podem enviar um email para: blog.jazzerock@hotmail.com

Bom por enquanto é isso. Espero que apreciem o novo formato e as dicas que virão.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Jazz & Rock: Um até breve.....



Caros leitores cultos e ocultos.

O que já era esperado aconteceu, infelizmente mais rápido do que eu imaginava. Hoje tive a ingrata surpresa de ver que TODOS os meus arquivos upados e hospedados no mediafire foram deletados, como mostra a figura acima. Ao todo foram quase 40 GB de arquivos upados ao longo de 4 anos.

Apesar de já esperar isso, confesso que estou sem palavras e agora posso dizer que o Jazz & Rock chegou ao fim, pelo menos no que diz respeito ao período em que disponibilizava álbuns. Não é mais viável fazer isso.

Enfim, foi muito bom enquanto durou, aprendi muito e creio que fiz o máximo para divulgar a boa música em um país onde ela sequer tem o seu espaço.

Depois desse tombo gigantesco, cabe mais uma vez ao blogueiro a tarefa de reorganizar as ideias e tentar pelo menos aproveitar os bons textos que ficaram. É um trabalho árduo, revisar postagem por postagem, apagar todos os vestígios de download, na tentativa de continuar o blog, porém com uma outra abordagem.

Obrigado a todos os leitores que me acompanharam durante esses 4 anos, deixo meu agradecimento. E quem sabe um até breve.

Abraço

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um futuro de incertezas.


A internet (como conhecemos) está mudando radicalmente. Já não é mais novidade as matérias relacionadas à SOPA, PIPA e ACTA, afinal muito tem se falado sobre tais projetos que visam dizimar o conteúdo considerado ilegal. De um lado estão os usuários, políticos, pessoas influentes e empresas que entendem que tal projeto é totalmente inviável. Do outro as gigantes do entretenimento, políticos (tais como Charles Schumer e Kirsten Gillibrand), entre outros. Apesar de todos os protestos e expectativa que se criou sobre a aprovação ou não do projeto, que dias depois acabou sendo barrado e engavetado, fomos surpreendidos pelo inesperado, o que eu considero ter sido o grande golpe, resultando em um baque que ninguém esperava: O fechamento do megaupload, resultando na prisão do dono e funcionários. De lá para cá o FBI tem intensificado a sua atuação, e numa espécie de “caça as bruxas”, começou a investigar outros servidores de hospedagem.

O que inicialmente parecia ser uma restrição aos servidores hospedados nos EUA, se alastrou para o mundo, onde muitos países da Europa aderiram a essa nova politica, o que gerou uma onda de protestos. Foram poucos os países que mantiveram uma posição firme e não consideram o download ilegal como pirataria.

O blog Jazz & Rock vai completar cinco anos de existência e nesse período já passei por muita coisa. Como blogueiro entendo que o que eu faço é visto como crime, embora eu discorde disso radicalmente. Esta pressão vem muito mais das gravadoras e da indústria de entretenimento, do que do próprio músico. Afinal dificilmente vejo alguém questionando o quanto estes blogs ajudaram aquele músico a se tornar conhecido, ou então, a pessoa que baixou um álbum – em um blog - e depois se tornou um grande fã e passou a pagar um absurdo para ir em shows e até mesmo comprar produtos originais. O curioso disso tudo é que esse tipo de impacto que os blogs causam ninguém comenta.

Em todos os blogs que eu visito e comento, li comentários bem pertinentes sobre esse assunto e consequentemente a preocupação e o receio dos companheiros blogueiros em continuar ou não mantendo o blog no ar. O fato é que em outros tempos, a caça as bruxas era em torno dos blogs, muitos blogs foram deletados, porém os arquivos continuavam lá, desta vez eles mudaram a estratégia e resolveram dizimar os servidores de hospedagem.

O Jazz & Rock tem praticamente 90% do seu conteúdo hospedado no mediafire e embora o servidor ainda funcione, saiu uma matéria dizendo que o FBI já está querendo explicações e deu um prazo de 90 dias para o mediafire. Certamente quando o prazo se esgotar creio que o baque será tão grande quanto foi com o megaupload. Isso sem falar dos outros, que tiveram grande parte do conteúdo hospedado, deletado. A lista de servidores afetados é imensa.

Porém em meio a tudo isso existe algo que eu não consigo entender. Eles colocaram tudo em um balaio e julgam tudo como pirataria. Mais e se eu compro um CD e quero upar e compartilhar gratuitamente ?? É um direito meu, certo ??. Eu comprei e paguei pelo produto, logo posso fazer o que bem entendo com ele. Mais ai esbarramos em outro fator: Esta lei está acabando com a nossa liberdade.

No último post que eu fiz, disse que estava sem motivação para continuar postando e um dos motivos é este. Eu levo o meu blog a sério, gosto do que eu faço e ao mesmo tempo fico preocupado por saber que posso perder todo um trabalho que demorei 4 anos para fazer. Embora muita gente só se lembre dos blogs para entrar e baixar o conteúdo, na realidade isso não é fácil e a prova disso é que muitos blogs já abandonaram o barco e deixaram de ser atualizados. Outros ainda estão lutando. No momento o que vemos é um futuro de incertezas.

A única pergunta que fica é: Qual será o destino da internet ??

Sem mais.

Se você ainda não sabe o que é SOPA/PIPA e como ela irá afetar a todos, assista o video.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

The Ronnie Scott's All-Stars

2012 - Jazz Classics
Gênero: Jazz



É com muito pesar e dúvidas (sim, muitas dúvidas), que dou inicio ao que tudo indica ser a última postagem do Blog Jazz & Rock. A maneira como tenho “encarado” o blog nos últimos dias, sinceramente é um indicio de que talvez não volte a atualiza-lo, ou pelo menos, não no formato atual. Mas no momento a unica certeza que tenho é a falta de motivação para continuar levando o blog. Porém o que não falta são incertezas.

Garimpando pela internet a procura de novidades da cena jazzística, me deparei com esse petardo. Ronnie Scott Jazz é o nome de um renomado e lendário clube de jazz do Reino Unido em atividade desde 1959. Desde a criação do clube, os proprietários Ronnie Scott e Pete King, formaram uma banda de apoio para os artistas locais que se apresentavam no clube, Ronnie co-liderou com o organista Mike Carr um quinteto que seria a banda do clube, tocando regularmente dos anos 80 até o ano 1996, quando Ronnie faleceu. Dez anos depois, o empresário Sally Greene comprou o clube e desde então reviveu a tradição e formando uma nova banda para o clube. O álbum Jazz Classics (2012) foi gravado no próprio clube, durante a apresentação da banda The Ronnie Scott’s All-Stars, o novo quinteto da casa. A qualidade dos músicos dispensam comentários, a começar pela cantora Natalie Williams, dona de uma voz belíssima, suave e afinadíssima, o saxofonista Alex Garnett, que mostra muita competência com fraseados e solos inspirados e envolventes, o pianista James Pearson, que também se destaca pelos solos e arranjos, o baixista Sam Burgess e o baterista Pedro Segundo, ambos conduzindo as músicas em um acompanhamento rítmico perfeito. No repertório onze canções de jazz clássico, destaque para “Great Day”, que abre o show em grande estilo, “On The Street Where You Live”, “Bye Bye Blackbird”, as baladas “Wonderful World”, “For All We Know” e “One Day I'll Fly Away”.

The Ronnie Scott’s All-Stars foi de fato uma grande descoberta, já perdi as contas de quantas vezes ouvi esse álbum, ainda mais por ser baseado em um repertório de jazz clássico, que é algo que eu curto demais. Talvez a minha único pitaco (se é que posso dizer isso), é que senti a falta de um guitarrista, que a meu ver daria um toque ainda mais especial ao som do quinteto. Mas independente de ter ou não guitarrista, o álbum traz um jazz visceral. Boa Audição.

Track List

01. Great Day
02. On The Street Where You Live
03. More
04. Lazy Afternoon
05. Bye Bye Blackbird
06. Wonderful World
07. Dat Dere
08. People Are Strange
09. For All We Know
10. Love For Sale
11. One Day I'll Fly Away

Site Oficial: The Ronnie Scott's All-Stars