sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Roxxcalibur

2009 - NWOBHM For Muthas
Gênero: Heavy Metal



Você curte NWOBHM ? Então esse som é para você.

O Roxxcalibur é formado por três membros da banda alemã Viron, o vocalista Alexx Sathal, o guitarrista Roxx Dequis e o baterista Neudi, que se juntaram ao guitarrista Roxx Kalli e ao baixista Mario Long. A proposta da banda é muito interessante e criativa, pois consiste em regravar clássicos da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). Porém não espere regravações do Iron Maiden, Judas Priest, Saxon ou Motörhead, pois apesar do status dessas bandas, aqui não há espaço para eles. Os caras do Roxxcalibur são tão viciados, que resolveram resgatar verdadeiras preciosidades, no repertório tem música de bandas que sequer chegaram a gravar um álbum e acabaram limitando-se apenas em demos.

NWOBHM For Muthas (2009) é o primeiro álbum do Roxxcalibur e traz um repertório que deixará os saudosistas de plantão para lá de satisfeitos. O álbum foi produzido por Uwe Lulis, ex-guitarrista do Grave Digger. Como não sou um exímio conhecedor da NWOBHM, muitas músicas soaram como novidades e por isso fiz questão de ouvir algumas na versão original, e posso dizer que os caras do Roxxcalibur não só regravaram com uma precisão cirúrgica e muita competência, mas também trataram de dar uma roupagem nova e lapidada a essas preciosidades. Nesse álbum você irá encontrar o que há de melhor em heavy metal tradicional, como aquele peso e velocidade característica, riffs, palhetadas e cavalgadas para todos os gostos e a vocal preciso do Alexx Sathal. Destaque para a “Running For The Line” do JJ’s Powerhouse, “The Gates Of Gehenna” do Cloven Hoof, “Rainbow Warrior” do Bleak House, “Axe Crazy” do Jaguar, “War Of The Ring” do Arc, “Spirit Of The Chateaux” do Chateaux, por fim o album encerra com a clássica “See You In Hell” do Grim Reaper.

Conheci o som do Roxxcalibur há pouco tempo, mas o suficiente para curtir e ficar viciado no som. Como disse anteriormente, o interessante é a proposta dos caras, que foge do totalmente do convencional. Por isso que mesmo sendo um álbum de regravações, a maioria das músicas acabam soando como novidades para muitos, como é o meu caso. Com isso abre uma nova possibilidade, a de você correr atrás dos álbuns da banda que mais curtiu. Isso é sensacional. Boa Audição.

Track List

01. Big Ben
02. Running For The Line (JJ’s Powerhouse)
03. The Gates Of Gehenna (Cloven Hoof)
04. Seven Days Of Splendour (Jameson Raid)
05. Rainbow Warrior (Bleak House)
06. Axe Crazy (Jaguar)
07. Lady Of Mars (Dark Star)
08. Destiny (Trident)
09. War Of The Ring (Arc)
10. Witchfinder General (Witchfinder General)
11. Let It Loose (Savage)
12. Angel Of Fear (Radium)
13. Spirit Of The Chateaux (Chateaux)
14. See You In Hell (Grim Reaper)

Roxxcalibur - "Seven Days Of Splendour" (Jameson Raid)


Site Oficial: Roxxcalibur

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Motörhead

2000 - We Are Motörhead
Gênero: Heavy Metal



Em quatro anos de existência do Jazz & Rock e com muito material na bagagem, acabei de maneira displicente deixando muito som que deveria ter lugar de destaque, de fora. E os motivos foram muitos, como não ter uma equipe de uploaders e parceiros, o tempo cada vez mais escasso e principalmente a quantidade de material que eu tenho em mãos para publicar. E mesmo fazendo o possível e o impossível para compartilhar esse material, não tem jeito, sempre irá ficar um som de fora, o que é sem duvida uma grande perda. E como metaleiro, um dos grandes pecados que cometi foi o de não postar um álbum dos deuses do metal, o Motörhead. Mesmo curtindo o som dos caras a pouco mais de três anos, acabei cometendo esse pecado. Mas felizmente, podemos nos arrepender, clamar por misericórdia e postar um álbum do Motörhead.

Primeiramente não há o que falar sobre o Motörhead e o vocalista/baixista Lemmy Kilmister. Talvez por que não somos dignos de citar o nome desse cara, ele que já fez muito pelo heavy metal, é sem duvida uma referência no mundo inteiro, sua importância vai além da compreensão humana. E sobre o Motörhead, bom são mais de 35 anos de estrada e muito rock’n’roll.

E como se trata da primeira postagem do trio britânico no Jazz & Rock, escolhi um álbum mais do que especial, foi através desse álbum que passei a curtir e venerar o som desses caras. We Are Motörhead (2000) pode ser considerado o álbum mais avassalador e barulhento do trio britânico.

O álbum abre com “See Me Burning”, um excelente cartão de visita do Motörhead, um heavy metal visceral, com uma pegada muito rápida, destaque para Mikkey Dee e sua bateria (ou seria uma metralhadora?), enquanto Lemmy solta a sua voz rouca de forma impiedosa e nesse caso, sem misericórdia. Não há tempo para respirar, são três minutos de um som brutal. Na sequencia surge “Slow Dance”, que começa com o guitarrista Phil Campbell dando as boas vindas com um riff pesado e arrastado, a música tem uma pegada mais cadenciada e um refrão grudento demais, “Slow dance, slow dance, slow dance... Show me you´re a mover”. “Stay Out of Jail” segue a mesma linha da primeira, com uma pegada acelerada, porém com um pouco menos de peso e não menos avassaladora. “God Save The Queen” está entre um dos hits da banda, o interessante dessa música é clima mais rock’n’roll, talvez uma das virtudes do trio, é não se prender a rótulos, como o próprio Lemmy diz, o que eles fazem é puramente rock. É na mesma pegada que começa “Out to Lunch”, um rock’n’roll de tirar o fôlego, o trio se mostrando cada vez mais entrosando, com Lemmy mais uma vez cantando demais, os solos de Phil e a batera impiedosa de Mikkey Dee. Em “Wake The Dead”, o Motörhead parte para um clima mais sombrio, com um Mikkey detonando tudo no bumbo duplo, Lemmy com uma voz ainda mais rouca. Na sequencia surge a cadenciada “One More Fucking Time”, uma música que até poderia ser uma balada, mas não quando se trata de Motörhead, essa música tem uma letra muito profunda, vale a pena conferir a tradução. Depois da suposta calmaria, o trio britânico manda outra música avassaladora, “Stagefright-Crash & Burn”, heavy metal com requintes de crueldade, mais um convite ao bate cabeça. Destaque para o solo do guitarra Phil Campbell e para o som brutal do contrabaixo do Lemmy, que não economiza na hora de mandar as suas linhas, sempre com muito peso. Mais uma vez não há tempo para pensar ou puxar um pouco de ar, logo na sequencia surge “(Wearing Your) Heart On Your Sleeve”, curto demais essa música, enquanto Lemmy vocifera, a banda mantem uma base quase hipnótica, com direito a mais um solo de Phil. E para encerrar esse álbum primoroso, a música titulo “We Are Motorhead”, que começa com o baixo distorcido do Mr.Lemmy Kilmister, são 2:22 minutos de um som visceral, a letra em si é muito foda, cada palavra soa como um aviso e por fim o refrão serve para mostrar a grandiosidade dessa banda: “NÓS SOMOS O MOTÖRHEAD !!

Não há palavras que possam traduzir a importância dessa banda no cenário do metal mundial, Lemmy Kilmister não por acaso é reverenciado por onde passa, sempre levando o som do Motörhead até os confins da terra. Como disse no inicio do post, eu curto o som desses caras a pouco mais de três anos e postar um álbum deles no Jazz & Rock está longe de ser uma obrigação, é mais uma gratidão mesmo, por tudo que esses caras representam. Prova disso é que ontem, mesmo não estando no Rock in Rio, a minha expectativa e ansiedade em relação ao show do Motörhead era inexplicável e quando o trio subiu no palco e fizeram aquele show impecável, ao fim a minha adrenalina estava a mil por hora. Então aproveito para avisar aos navegantes, que esse será apenas o primeiro, de muitos e muitos posts sobre o Motörhead. Boa Audição a todos.

Track List

01. See Me Burning
02. Slow Dance
03. Stay Out of Jail
04. God Save the Queen
05. Out to Lunch
06. Wake the Dead
07. One More Fucking Time
08. Stagefright/Crash & Burn
09. (Wearing Your) Heart On Your Sleeve
10. We Are Motörhead

Motörhead - God Save the Queen


Motörhead - We Are Motörhead (Live)


Site Oficial: Motörhead

sábado, 24 de setembro de 2011

Scott Feiner & Pandeiro Jazz

2010 - Accents
Gênero: Jazz



Os leitores mais assíduos do Blog Jazz & Rock, certamente irão se lembrar do pandeirista de jazz Scott Feiner. Sua música é mais do que um bom motivo para trazê-lo de volta ao blog, mas dessa vez teve algo a mais, é que o Scott irá se apresentar na próxima quinta-feira no Rock in Rio, no palco Rock Street.

Para aqueles que não leram o primeiro post sobre o Scott, aproveito para fazer um pequeno resumo da sua trajetória musical. Scott nasceu em Nova York e se formou em música como guitarrista de jazz, na renomada Hartt School of Music. Como guitarrista chegou a gravar dois álbuns. Mas foi em uma visita ao Brasil, que o então guitarrista se rendeu ao pandeiro, um instrumento pouco conhecido dos americanos, mas que serviu para que Scott tivesse um incentivo de voltar à cena musical. Apesar de ter levado o pandeiro para NY, Scott não estava completamente satisfeito e decidiu voltar ao Brasil em definitivo, mais precisamente no Rio de Janeiro, para que pudesse ficar mais próximo da música brasileira. Essa proximidade rendeu bons frutos para o agora pandeirista de jazz, já que ele gravou três excelentes álbuns e sempre inúmeras participações e apresentações. O interessante disso tudo, é que o Scott conseguiu fazer com que o pandeiro tivesse um papel importante no jazz, sendo que em seus álbuns, Scott usa o pandeiro como o instrumento de percussão, a ponto de deixar a bateria de fora.

Depois de lançar os álbuns Pandeiro Jazz (2006) e o Dois Mundos (2008), Scott Feiner apresenta o seu novo trabalho, Accents (2010). Assim como nos dois primeiros, o pandeirista segue a mesma receita que o colocou em evidência. Nesse novo álbum, Scott chamou três músicos de renome da cena jazzística nova iorquina, o saxofonista Joel Fraham, o baixista Joe Martin e o guitarrista Freddie Bryant, vale destacar que os três já tocaram com Scott no primeiro álbum. Ou seja, entrosamento é não é o problema do quarteto. Com esse time de feras, Scott segue a risca a mesma receita dos álbuns anteriores, usando o pandeiro como o único instrumento de percussão, dando a ele uma posição de destaque em meio a uma formação clássica de jazz e assim criando uma sonoridade única e versátil

Accents (2010) tem um repertório de dez canções, que se baseia em composições próprias e interpretações. O álbum abre com “Alone”, uma composição do guitarrista Freedie Bryant, uma canção empolgante, com direito a improviso do saxofonista Joel e o pandeiro jazzístico do Scott, a principio para quem não está familiarizado pode soar estranho, mas depois você passa a perceber a genialidade e a criatividade desse musico. “Accents” é o resultado da parceria de Scott e Freedie, uma canção com uma pegada rítmica muito interessante. “Jobimiola” tem uma pincelada de bossa nova e foi composta pelo saxofonista Joe Fraham, uma música que parece ser um grande improviso, onde todos os músicos participam. Outra excelente canção é a “7 na Ciranda”, que começa com Scott tocando apenas o pandeiro até que os demais músicos o acompanha, destaque para o arranjo dela, simplesmente perfeito. Mas não é só de composições próprias que o álbum é feito, há espaço para clássicos do jazz, como a canção “Watermelon Man” do pianista Herbie Hancock. A banda decidiu manter a base original, mas em cima dela fez um trabalho genial, como sempre com o pandeiro ditando o ritmo e acompanhado de perto pelo sax, o baixo e a guitarra. Há ainda a versão de outro standart do jazz, a clássica “Soul Eyes” do pianista Mal Waldron. Para encerrar o álbum, Scott como um bom pandeirista, escolhe a canção “Chiclete com Banana”, composição de Jackson do Pandeiro.

Scott Feiner mais uma vez mostra que é um musical genial e de um talento nato, afinal só ele mesmo para conseguir enxergar que o pandeiro poderia ser de alguma forma útil no meio de uma formação clássica de jazz e o resultado da sua ousadia é isso ai, três álbuns maravilhosos e que certamente cairão no gosto de qualquer jazzista. Boa Audição.

Track List

01. Alone
02. Accents
03. Watermelon Man
04. 7 na Ciranda
05. Share & Share Alike
06. Soul Eyes
07. Before Your Eyes
08. Jobimiola
09. Old Devil Moon
10. Chiclete com Banana

Scott Feiner & Pandeiro Jazz - "7 Na Ciranda" (SESC Instrumental)


Site Oficial: Scott Feinir

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Leo 037

2009 - Títere con Cabeza
Gênero: Hard Rock / Heavy Metal



No exterior, o cenário do rock continua surpreendendo pela quantidade e qualidade das bandas, ao contrário do Brasil, onde o rock’n’roll luta dia após dia para não ir de vez para a uti, lá fora as bandas e o publico vivem em uma realidade é bem diferente.

A novidade da vez fica por conta do vocalista espanhol Leo Jimenez, que atualmente canta e toca guitarra na banda de heavy/power Stravaganza. Sua carreira começou na banda Krysalida, onde gravou o seu primeiro álbum de estúdio, mas foi na banda de heavy metal Saratoga, que Leo ganhou notoriedade e gravou oito álbuns. E ao mesmo tempo em que cantava nas bandas, ele também arrumava tempo para fazer várias participações.

Conheci o trabalho do Leo Jimenez através de um projeto solo recente, chamado 037 (Leo). Com dois álbuns lançados, sendo o primeiro Títere con cabeza (2009) e o recém lançado Los Fuertes Sobreviven (2011). Não há como não elogiar um trabalho desses, a começar pela produção, a qualidade e principalmente o potencial do Leo, como vocalista, sem dúvida um dos melhores da atualidade e dono de um timbre agressivo e melódico.

Gostaria de postar os dois álbuns de uma vez só, mas depois de muito pensar, decidi postar o debut Títere com cabeza (2009). Para a estreia do seu projeto, Leo chamou três músicos de calibre, o guitarrista Ix Valieri, o baixista Marcos Miranda e o batera Carlos Exposito. No repertório, um heavy metal avassalador, com requintes de crueldade para deixar o fã mais exigente boquiaberto. Tudo isso com um detalhe muito importante: Letras em espanhol. Não poderia ser melhor.

E antes de começar o texto sobre o álbum, aproveito para fazer uma pequena ressalva: Não julguem o álbum pela capa, ok? Claro, que isso serve apenas para os metaleiros, já que as metaleiras de plantão não irão pensar duas vezes para baixar o álbum. Bom mais vamos ao que de fato interessa.

O álbum abre com “Caminhos De Agua”, um heavy metal visceral e empolgante, com Leo mandando bem demais no vocal, mesclando o timbre agressivo e o agudo. Outro ponto positivo, fica por conta do instrumental, impecável. Os riffs de guitarra, o baixista e o baterista com uma pegada precisa demais. Bom não precisa dizer que é um baita cartão de visita, né?. Em “Desde El Ataúd”, o heavy metal volta à tona, mas agora mesclando o peso com a melódia, com uma base de guitarra matadora. Com uma introdução ao melhor estilo heavy metal britânico, eis que surge “Condenado”, outra bela composição e com uma pegada bem mais pesada. Como toda banda de hard/heavy que se preze, não poderia de jeito nenhum faltar uma balada, e a canção “Bella Julietta” tem todos os atributos necessários para ficar na memória dos ouvintes, não só pela letra e por ser cantada em espanhol, mas também pelo clipe, muito bem produzido por sinal. Um detalhe interessante – e que eu não tinha reparado, até uma amiga comentar comigo – é o final da música, ao melhor estilo Axl Rose. Sem dar tempo para respirar, é chegada a hora da excelente “Bebe De Él”, um heavy metal que nos remete aos bons clássicos oitentista, com muito riff, solos, um andamento rápido e uma estrutura bem trabalhada, fugindo da mesmice. Para os fãs do heavy metal tradicional, a pegajosa “Volar”, e que música, simplesmente perfeita, destaque mais uma vez para o vocal do Leo e os riffs do guitarrista Ix Valieri. Em “Buitres” a banda deixa o heavy metal acelerado de lado e parte para um andamento bem mais cadenciado, com bases que soam mais arrastadas e ainda mais pesadas. E quando pensamos que já presenciamos do bom e do melhor no álbum, somos surpreendidos com mais um heavy metal arrebatador, “Tras Las Puertas Del Mal”, bom tentei de todas as maneiras encontrar palavras para descrever essa música e não consegui. Essa fica a seu critério caro leitor. E para encerrar em grande estilo, a banda ainda traz duas faixas bônus, a primeira “Llévame”, mais uma balada que não deve em nada para as já conhecidas e consagradas do heavy metal. Para quem estava pensando que a banda iria aliviar um pouco a pegada, está muito enganado, pelo contrário, os caras mandam mais uma daquelas que mais parece um soco no estomago (para tirar o fôlego), a pesada “Huye” e dessa vez um heavy metal com uma levada thrash/power.

Não há como negar a qualidade do projeto 037, do vocalista Leo Jimenez. Um álbum que trouxe a tona o heavy metal na sua mais pura essência e peso. Um jovem, porém experiente vocalista, que consegue reunir em um só trabalho: técnica, melodia, agressividade, boas composições, resultando em um dos melhores álbuns de heavy metal dessa nova safra. Quando eu disse que o rock no exterior, vai muito bem, é por causa de trabalhos como esse. Boa Audição.

Track List

01. Caminos de Agua
02. Desde el Ataúd
03. Condenado
04. Bella Julietta
05. Bebe de Él
06. La danza de Hyde
07. Volar
08. Buitres
09. El Tiempo Curará
10. Tras las Puertas del Mal
11. Llévame (Bonus)
12. Huye (Bonus)

Leo 037 - "Bella Julietta" (Oficial)


Site Oficial: Leo 037

sábado, 17 de setembro de 2011

B.B. King - "Live in Africa" (1974)


Ontem dia 16 de Setembro, o rei do blues B.B King completou 86 anos. E não poderia de forma alguma deixar essa data tão especial passar em branco, por isso preparei uma postagem especial, como forma de prestar uma singela homenagem ao melhor bluesman de todos os tempos.

Em 1974 aconteceu em Kinshasa, Zaire (atual Congo), uma luta de boxe que até hoje é lembrada e considerada como a mais importante do século XX. No ringue George Foreman e o campeão mundial Muhammad Ali. O interessante que ontem mesmo meu pai e um primo, comentaram sobre essa luta comigo, dizendo que foi algo épico, que durou 8 rounds, o que proporcionou uma luta inesquecível, a luta foi decidida no oitavo round, momento em que Ali aproveitou um descuido de Foreman, e finalizou o combate com uma sequência de três golpes, o que levou Foreman diretamente a lona. Eu não vi a luta, mais para quem se interessar, é possível encontra-la facilmente na internet. No blog do meu amigo Edison Junior , tem um post que conta a história detalhada sobre a luta do século.

Live in Africa (1974) é um registro mais do que especial desse acontecimento histórico, onde o rei do blues tocou para um público de 80 mil pessoas e fez jus ao titulo de rei, com uma das melhores performances da sua carreira. E tal afirmação não é exagero não, BB King cantou muito e tocou absurdamente bem, e realmente fazendo com que cada nota valesse por mil.

No repertório oito canções, entre elas as clássicas “Gess Who”, “I Believe in My Soul”, “The Thrill is Gone” e “Ain't Nobody Home”. O show teve duração de 42 minutos, mais tempo suficiente para BB King mostrar mais uma vez por que é considerado o Rei do Blues. Não consegui obter a informação sobre os músicos que estiveram presentes no show, mas um fato interessante é a presença dos metais no arranjo das músicas, uma espécie de orquestra, com direito a regente. Live in Africa’74 é um registro histórico e portanto obrigatório a todos os fãs de blues e consequente do BB King.

BB King completa 86 anos no auge e que mesmo com 60 anos de carreira e mais de 20 álbuns lançados, ele continua com a mesma disposição quando sobe no palco ao lado da sua inseparável guitarra Lucille. Happy Birthday King of Blues !! Fica a dica.

Track List

01. To Know You Is To Love You
02. I Believe in My Soul
03. Why I Sing the Blues
04. Ain't Nobody Home
05. Sweet Sixteen
06. The Thrill is Gone
07. Guess Who
08. I Like to Live The Love

BB King - "Ain't Nobody Home" (Live in Africa'74)


Site Oficial: BB King

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Página do Blog Jazz & Rock no Facebook.



Olá, caros leitores, cultos e ocultos !

Você já conhece a página do Blog Jazz & Rock no Facebook ?? Se ainda não conhece, não perca tempo e participe !!

A ideia da página é bem simples e o que me motivou a cria-la também. Quero reunir o maior número de leitores para que juntos possamos trocar ideias e informações sobre boa música. E a página do Blog Jazz & Rock no Facebook permite essa interação de maneira simples e fácil.

Então o convite que faço é esse. Entre no facebook, curta a nossa página e claro, participe com comentários, dicas e informações. O espaço é para isso.

Clique Aqui para curtir a página do Blog Jazz & Rock no Facebook

Aguardo a sua participação.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Herb Ellis

Falar sobre o guitarrista Herb Hellis é chover no molhado, então sem mais delongas deixo para o deleite de vocês, um DVD completo que encontrei no Youtube desse mestre da guitarra jazz/blues.



Herb Ellis (guitarra) e Dave Maslow (contrabaixo)

Tracks

01. Days Of Wine & Roses
02. Here's That Rainy Day
03. Wave
04. Might As Well Be Spring
05. Things Ain't What They Used To Be
06. Sweet Georgia Brown
07. America

Boa Audição.

sábado, 10 de setembro de 2011

V.A - Soul Summit

2008 - Live At The Berks Jazz Festival
Gênero: Soul / Funk / Jazz



Estou longe de ser um entendido quando o assunto é soul music, apesar disso não dispenso um bom álbum de soul, ainda mais quando este reúne grandes nomes da música.

O idealizador da ideia foi o tecladista e produtor musical Jason Miles, que em meados da década de 2000 fechou uma espécie de parceria com os promotores do The Berks Jazz Festival e passou a promover shows para homenagear grandes nomes da música, em especial da soul music, como Marvin Gaye, Luther Vandross e acreditem, o cantor brasileiro Ivan Lins. Para nossa sorte, J.Miles continuou seu trabalho em prol do projeto e buscou inspiração no seu amor pelo soul e criou o Soul Summit. O próximo trabalho do produtor era convidar os músicos e assim formar a sua banda. Com tantos nomes em evidência, acredito que foi um trabalho muito prazeroso para J.Miles, prova disso é o timaço que ele conseguiu reunir.

Começando pelo vocalista Mike Mattison, a guitarrista e vocalista Susan Tedeschi, a vocalista Maysa Leak da banda Incognito, o renomado saxofonista Richard Elliot, o flautista Karl Denson, o saxofonista alto e tenor David Mann, os trompetistas Tony Kadley e Barry Daniellian, o baixista Bob Babbitt, do The Funk Brothers, o baterista Steve Ferrone, a backing vocal Emily Bindiger e os guitarristas Reggie Youn e Sherrod Barnes.

Com esse timaço formado, o resultado não poderia outro, a não um show memorável de soul music e que culminou no excelente álbum Live At The Berks Jazz Festival (2008). Com um set list de onze canções, o álbum nos brinda com o melhor da soul music, com pitadas de funk e jazz a vontade. Apesar de ter a participação de todos, cada música traz formação diferente, o que deixa o show ainda mais interessante. Outro destaque interessante são os arranjos, os caras mandaram muito bem nos metais, criando um ambiente mais do que propicio a boa música. O vocal fica por conta do grande vocalista Mike Mattison, a cantora Maysa Leak e Susan Tedeschi.

Entre as canções destaque para a faixa de abertura “Shotgun”, um instrumental de tirar o fôlego, um soul com um toque bem funkeado. O destaque da música fica por conta do saxofonista Richard Elliot e do guitarrista Sherrod Barnes, que juntos mandam ver uma sequencia arrebatadora de solos e muito improviso. Na sequencia é a vez da cantora Maysa atacar ao lado do saxonista/flautista Karl Denson, com a funkeada “What A Man”. Em “It Tears Me Up” é a vez da primeira participação do vocalista Mike Mattison, que manda muito bem, com um vocal que nos faz lembrar das suas atuações no Derek Trucks Band. “Can You Feel It” é outra grande canção, um soul/funk gravado por nada mais, nada menos que The Jacksons Five. Susan Tedeschi faz a sua primeira participação na música “It's Raining”, uma composição da cantora Irma Thomas. Mike Mattison solta à voz no empolgante soul/funk da canção “Cold Snap”. Outra canção que merece destaque é “Son Of A Preacherman” da cantora Dusty Springfield, e que fora interpretada por grandes nomes da música como Janis Joplin, mas nesse show a responsável pela excelente interpretação foi a Susan Tedeschi. A instrumental “Memphis 2000” fica a cargo do flautista Karl Denson, o resultado é uma das mais bonitas canções do show. E para encerrar um show de soul, nada melhor que um medley com músicas do Rei do Soul, James Brown. Ao som dos clássicos “I Feel Good” e “I Got The Feeling”, Mike Mattison, Maysa e Susan se juntam e rendem uma grande homenagem ao rei.

Soul Summit é indispensável a todos os apreciadores da soul music e da boa música. Um dos melhores registros de soul que eu ouvi nos últimos tempos, afinal a formula escolhida pelo produtor J.Miles não poderia dar errado: clássicos do soul/funk + grandes nomes da música = Um show memorável. Boa Audição a todos.

Track List

01. Shotgun (Richard Elliot, Sherrod Barnes)
02. What A Man (Karl Denson, Maysa)
03. It Tears Me Up (Mike Mattison, Reggie Young)
04. Can You Feel It (Karl Denson, Maysa, Reggie Young)
05. It's Raining (Jason Miles, Reggie Young, Susan Tedeschi)
06. Memphis Underground (Karl Denson, Sherrod Barnes)
07. Cold Snap (Mike Mattison, Reggie Young)
08. Chicken And Waffles (Karl Denson, Richard Elliot)
09. Son Of A Preacherman (Reggie Young, Susan Tedeschi)
10. Memphis 2000 (Karl Denson)
11. James Brown Medley (Karl Denson, Maysa, Mike Mattison, Susan Tedeschi)

Cold Snap (Mike Mattison, Reggie Young)


James Brown Medley


Site Oficial: Não Encontrado.