Oscar Peterson ataca novamente. Dessa vez acompanhado por Sam Jones (baixo) e Bob Durham (bateria). Em Tristeza, Oscar inclui duas músicas brasileiras, Triste, de Tom Jobim, típica música da época da bossa nova, e Tristeza, um samba de Niltinho e Haroldo Lobo. Além dessas, são notáveis também Nightingale e, uma de minhas favoritas, Fly me to the Moon. Uma curiosidade: no encarte do álbum está indicado Edu Lobo (“the Bob Dylan of Brazil” – ahahaha, essa foi ótima) como autor de Tristeza, porém o correto é Haroldo Lobo, que não tem nada a ver com Edu. Fora esse escorregão, o álbum é imperdível para os fãs de Oscar e da boa música em geral. Fica a dica.
Track List
01. Tristeza 02. Nightingale 03. Porgy 04. Triste 05. You Stepped Out Of A Dream 06. Watch What Happens 07. Down Here On The Ground 08. Fly Me To The Moon
Se não tivesse nascido negro e pobre, Frank Lucas poderia ter sido um politico corrupto e rico. Como esse Sonho Americano não estava disponível, ele se tornou um rico narcotraficante. Uma história de sucesso, do outro lado da lei. Mas Frank Lucas não é o mafioso dos filmes de Coppola e Scorsese. Sua ascensão e reinado foram tão improváveis que até a policia demorou a reconhecer que esse homem elegante, carismático e implacável não só era o dono do Harlem, como também o mentor de um plano ousado. Um homem acima de qualquer suspeita, que desafiou a lógica de que um negro jamais estaria acima da máfia.
A história de Frank Lucas chegou aos cinemas com uma megaprodução. O Gângster, de Ridley Socott, estrelada por Denzel Washington e Russell Crowe. Em 2000, contudo, ele era apenas um suvenir de uma Nova York suja e violenta, a Cidade do Medo da era pré-Giuliani, antes da “revitalização” dos bairros menos nobres. Sua história foi relatada no artigo “The Return of Suprefly”, do jornalista Mark Jacobson para a revista New York.
Frank Lucas nasceu em 1930 na cidade de La Grange, Carolina do Norte. Mudou-se para Nova York em 1946, onde começou a trabalhar para Bumpy Johnson (Clarence Williams III) como motorista e guarda-costas por 15 anos. Com a morte inesperada de Bumpy, muitos traficantes do Harlem começaram a almejar aquele “posto” e assim tomar o controle do bairro. É nesse cenário que Frank Lucas demonstra sua ousadia e genialidade.
Na época a Guerra do Vietnã foi a porta de entrada escolhida por Frank Lucas. O método usado por Frank era engenhoso e audacioso. Através do seu “primo” e militar Nat (Roger Guenveur Smith), Frank decidiu que o ideal era ir direto a fonte, negociando pessoalmente com um grande fornecedor de heroína. Para transportar a droga até os EUA, Frank foi além e simplesmente usou nada mais nada menos que o exercito americano. A droga era transportada dentro dos caixões dos soldados mortos em combate.
Com a heroína em mãos, o plano de Frank seguiu adiante. Colocando a droga em pequenos papelotes azuis, estampou a sua marca “Blue Magic” e começou a distribuir pelas ruas a um preço menor que a concorrência. Não demorou muito para que a Blue Magic se tornasse a preferida dos viciados, já que era a heroína mais pura que havia circulado pelas ruas de Nova York. Frank sempre procurou se manter longe dos holofote, ele também decidiu trazer toda a sua família para sua nova casa, assim seus irmãos passaram a ajuda-lo diretamente nos negócios. Sua ascensão foi meteórica, seu esquema era tão seguro que não levantavam suspeitas, fazendo com que outras famílias e traficantes passassem a comprar dele, como foi o caso do Nicky Barnes (Cuba Gooding Jr.), que no filme tem uma aparição bem discreta, porém não menos genial, visto que um grande ator.
Outro fato que deve ser citado é em relação corrupção na policia. Não é de hoje que mafiosos e traficantes corrompem a policia para obter algum privilégio, ou até mesmo, a velha “vista grossa”. Na época do Frank Lucas as coisas não eram diferentes, havia muito policial envolvido no esquema, mas tinha suas exceções. O detetive Richie Roberts (Russell Crowe) era um policial que podemos chamar de diferenciado, não se envolvia em esquemas. Com sua vasta experiência, o detetive começou a notar uma mudança no mundo do crime, mais precisamente no comando. Incomodado e intrigado com a situação, decide iniciar uma investigação minuciosa. Para isso, recorre a outros bons policiais e monta uma equipe para ir ao encalço do crime organizado.
“O Gângster” (American Gangster) é um filme primoroso em vários aspectos. Os dois atores principais dispensa apresentação, mas vale destacar os outros, que também tiveram uma boa atuação. A equipe conseguiu criar um ambiente setentista, tudo milimetricamente pensado e arquitetado. A história é real. O diretor Ridley Scott teve grande competência ao transformar um artigo, em um filme muito bem produzido. Para quem gosta de música, não poderia deixar de citar a excelente trilha sonora, que certamente irá agradar os fãs de soul e black music. Por tudo isso, considero “O Gângster” como um dos melhores filmes dos últimos anos e que vale ser assistido várias vezes, como eu já fiz. Prepare a pipoca e bom filme !
Ficha Técnica:
Título Original: American Gangster Gênero: Policial Tempo de Duração: 157 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2007 Direção: Ridley Scott Produção: Ridley Scott, Brian Grazer Roteiro: Steven Zaillian, baseado no artigo de Mark Jacobson Trilha Sonora: Marc Streitenfeld Estúdio: Universal Pictures
Elenco:
Denzel Washington (Frank Lucas) Russell Crowe (Detetive Richie Roberts) Chiwetel Ejiofor (Huey Lucas) Josh Brolin (Detetive Trupo) Lymari Nadal (Eva) Cuba Gooding Jr. (Nicky Barnes) Ted Levine (Lou Toback) Armand Assante (Dominic Cattano) John Hawkes (Detetive Freddy Spearman) John Ortiz (Detetive Javier J. Rivera) RZA (Detective Moses Jones) Common (Turner Lucas) T.I. (Stevie Lucas) Yul Vazquez (Alfonse Abruzzo) Ruby Dee (Mama Lucas) Idris Elba (Tangov Jon Polito (Rossi) Carla Gugino (Laurie Roberts) Joe Morton (Charlie Williams) Ruben Santiago-Hudson (Doc) Roger Guenveur Smith (Nate) Kevin Corrigan (Campizi) Norman Reedus (Detective Norman Reilly)
"O Gângster" (American Gangster) - Trailer Legendado
Um registro histórico e raro. Assim classifico o segundo álbum da carreira do guitarrista John Pizzarelli. “Hit That Jack Jive” (1985) mostra Pizzarelli em inicio de carreira, buscando o nicho e a sonoridade ideal para sua música, mas por outro lado era possível perceber o seu diferencial, como o talento, a voz afinada e a sua forma de tocar, com solos rápidos e precisos, e claro o uso da técnica do scat. Características que permanecem intactas. Em relação ao repertório, Pizzarelli já mostrava bom gosto, fã declarado do pianista Nat King Cole, o guitarrista não pensou duas vezes para regravar cinco canções, entre elas “The Frim-Fram Sauce”, “This Will Make You Laugh” e “Baby, Baby, All The Time”, há outras ótimas canções, como “You're Nobody Till Somebody Loves You” de Russ Morgan, o blues “Davenport Blues” de Bix Beiderbecke, destaque para o gaitista Hugh McCracken. John Pizzarelli surpreende em “Racing With The Moon”, ao optar por um som funkeado e com muito groove, claro sem deixar de lado o seu toque característico. Um filme com o mesmo nome foi lançado em 1984, sinceramente não sei se existe alguma ligação. O jazz swingado fica por conta da faixa-título “Hit That Jive, Jack!”.
Durante as gravações, Pizzarelli contou músicos talentosos e experientes, mas ao que parece o “grupo” foi dividido, assim cada parte do álbum contou com uma formação diferente. Um “grupo” era formado por seu pai Bucky Pizzarelli (guitarra), Dave McKenna (pianista), Jerry Bruno (baixo) e Butch Miles (bateria), enquanto o outro contava com Gary Hasse (baixista), Stephan Ferrera (baterista) e Hugh McCraken (gaita). Não sei precisar qual grupo tocou qual música.
Ouvir o álbum “Hit That Jack Jive”, é o mesmo que fazer uma viagem de volta ao passado, e encontrar um jovem e talentoso guitarrista em inicio de carreira tentando encontrar a sonoridade ideal para sua música, que depois de 26 anos se tornaria conhecida em todo o mundo. Boa Audição.
Track List
01. Hit That Jive, Jack! 02. Better Run Before It’s Spring 03. The Frim-Fram Sauce 04. Davenport Blues 05. Racing With The Moon 06. Nobody’s Heart 07. This Will Make You Laugh 08. Haven’t We Met 09. Baby, Baby, All The Time 10. You’re Nobody Till Somebody Loves You
Udi Levy é um guitarrista israelense, começou sua carreira tocando em uma banda de hard rock em meados de 1994, também tocou ao lado de artistas do seu país, alcançando uma certa reputação na cena do rock e do jazz. Anos depois, Udi decidiu dar prioriade a um projeto de jazz e mudou-se para Vancouver, Canadá, sabendo que teria mais chances de mostrar seu trabalho. Não demorou muito para ele gravar uma demo e mandar para algumas gravadoras, até conseguir um contrato. Udi mudou-se novamente, agora para Nova Iorque, onde conseguiu finalmente lançar o seu álbum de estreia, “Smooth Jazz Tales” (2008).
Quem curte Smooth Jazz e um som ao estilo Wes Montgomery, Norman Brown e George Benson, certamente irá se agradar ao ouvir os acordes do guitarrista Udi Levy. Não fazendo comparações, mais tais nomes servem como referência. No repertório destaque para “We’ll Meet Again”, as baladas “Thoughts” e “Things From The Heart”, as funkeadas “Funktion” e “Just Say It”. Udi Levy se saiu muito bem em sua estreia, o resultado não poderia ser melhor. O guitarrista também acaba de lançar o seu novo álbum, que em breve vou postar aqui. Boa Audição.
Track List
01. We'll Meet Again 02. As Simple As That 03. Thoughts 04. Funktion 05. Those Beautiful Days 06. Would You 07. Just Say It 08. Things From The Heart 09. 44th Ave
Ahmad Jamal é um pianista e compositor nascido em 1930, em Pittsburgh, Pensilvânia. Por mais de seis décadas é um dos mais bem sucedidos líderes de grupos pequenos. Começou sua carreira por volta de 1949 e continua em atividade até hoje. Jamal toca de forma econômica, sem tentar impressionar os ouvintes com técnica e virtuosismo. Nunca foi um nome de destaque entre os maiores músicos de seu tempo, mesmo assim foi uma grande influência para Miles Davis, segundo o próprio.
Neste álbum todas as composições são de Jamal, com exceção de Mellowdrama, que é de Jimmy Heath. O trio é completado por James Cammack (baixo) e David Bowler (bateria). Fica a dica.
2004 - Live at Georgia Theatre Gênero: Jazz / Rock / Blues / Soul / Southern Rock
Caro leitor, se você curtiu o álbum “The Derek Trucks Band” (1997), postado aqui no Blog Jazz e Rock, com certeza irá ficar sem palavras ao ouvir essa obra-prima. Derek Trucks prova mais uma vez por que é um dos melhores guitarristas da atualidade, ao criar improvisações desconcertantes, elevando a música a níveis inimagináveis e incorporando elementos do jazz, do blues, do rock, funk e muito mais.
O álbum “Live At Georgia Theatre” (2004) é o quinto da sua discografia e o primeiro ao vivo. Desde que eu tive a oportunidade de ouvir, considero com um dos melhores da sua carreira, o guitarrista mostra toda sua capacidade em mesclar vários estilos, aliando muita técnica e feeling. O repertório composto por treze canções, apesar da presença marcante do vocalista Mike Mattison, que dispensa comentários, a maior parte das músicas é instrumental. A Derek Trucks Band é formada por músicos excepcionais e experientes, como Mike Mattion (vocal), Todd Smallie (baixo/vocal), Yonrico Scott (bateria/percussão), Kofi Burbrige (teclado/flauta) e Count Mbutu (percussão).
Não se espante se você ficar impressionado ao ouvir este álbum, porque a sensação é exatamente essa. Derek Trucks certamente estava em uma noite inspiradíssima, o mesmo pode-se dizer da banda. A DTB traz para o palco apenas quatro músicas que já estiveram presentes em álbuns anteriores, as demais são temas de outros músicos. Sem mais delongas, o show abre com “Kam-Ma-Lay”, um tema instrumental, onde Mike Mattison faz uma espécie de scats, enquanto Derek da às boas-vindas com solos empolgantes e que prepara o público para o que está por vir. Em seguida “Gonna Move”, de Paul Pena, destaque para o vocal potente de Mike Mattison, o instrumental com muito feeling, com uma levada funkeada, enquanto Derek mais uma vez cria um solo arrasador. Na sequencia a jazzística “Volunteered Slavery”, de Roland Kirk. O palco é invadido por um som vindo do Oriente Médio, com a música “Sahib Teri Bandi / Maki Madni”, sendo “Sahib Teri Bandi” do cantor paquistanês Nusrat Fateh Ali Khan, são 15 minutos de um instrumental envolvente e intenso, destaque para o guitarrista Derek Trucks e para o percussionista Count Mbutu. “I Wish I Knew” é sem dúvida uma das melhores do álbum, uma música com um toque funkeado, empolgante, Mike Mattison manda muito bem no vocal, e não precisa nem dizer que mais uma vez Derek Trucks arrasa com um solo frenético e com muito feeling. Em“Angola”, música de Wayne Shorter, quem dá as boas-vindas é o baterista Yonrico Scott, com um solo capaz de arrancar aplausos do público, o mesmo pode-se dizer do flautista Kofi Burbridge, que faz um solo magnifico, a música se desenvolve por 10 minutos em um clima de jam session. Na sequencia Derek Trucks emenda um blues, com a música “Feel So Bad” do guitarrista de blues Lightnin ‘Hopkins, uma versão contagiante e com um toque funkeado, onde mais uma vez Mike Mattison arrebenta no vocal, acompanhado por um instrumental perfeito. “For My Brother” é a minha música favorita do álbum, começa com um toque cadenciado, enquanto Derek Trucks esbanja virtuosismo em sua guitarra, até que Mike Mattison assume os vocais, com o refrão grudento “Fooor My Broootheeeer”, não demora muito até a música cair em um instrumental arrebatador, novamente criando um clima de jam session, com direito a uma levada funkeada e solos geniais de Derek Trucks. O clima de jam continua com a mágica “Sonido Alegre”, uma música que envolve diversas influencias. O rock toma conta do palco em “Joyful Noise”, são mais de 11 minutos de um instrumental vigoroso, a intensidade varia muito, o que deixa a música ainda mais interessante. “So Close, So Far Away” é outra música instrumental, com muito feeling, Derek Trucks mais uma vez mostra porque é considerado um dos melhores guitarristas, a música é a base perfeita, para que o guitarrista crie solos que envolvem público de uma maneira inexplicável. A música "Freedie’sDead” de Curtis Mayfield encerra o show em grande estilo, são 10 minutos de um clima agradável e contagiante, novamente a sensação é de estar em uma jam session, o interessante dessa música é que cada musico faz uma breve apresentação solo, algo que é muito comum em shows de jazz e blues.
Esperei muito para poder postar esse álbum, ouvi muitas e muitas vezes, antes de ter a certeza que poderia fazer uma resenha que fosse digna de um grande álbum, claro que só com palavras isso é impossível, mas creio que consegui descrever 1% do “Live At Georgia Theatre”. É impossível ouvir esse álbum e ficar indiferente, Derek Trucks Band trouxe para o palco a música na sua verdadeira essência. Um álbum que merece ser apreciado por quem realmente gosta de boa música. Boa Audição.
Tracklist:
Disco: 1
01. Kam-Ma-Lay 02. Gonna Move 03. Volunteered Slavery 04. Sahib Teri Bandi/Maki Madni 05. Leaving Trunk 06. I Wish I Knew 07. Angola 08. Feel So Bad
Disco: 2
01. For My Brother 02. Sonido Alegre 03. Joyful Noise 04. So Close, So Far Away 05. Freddie's Dead
The Derek Trucks Band "For My Brother" (Songlines Live DVD)
The Derek Trucks Band "I Wish I Knew (How It Would Be Free)" (Songlines Live DVD)
Título Origial: Il Suggeritore Escritor: Donato Carrisi Gênero: Literatura Estrangeira / Romance / Policial Lançamento: 2010 Páginas: 433 páginas Acabamento: Brochura Editora: Record
Se você está à procura de um livro com uma boa história policial e uma dose de suspense, “O Aliciador” do escritor italiano Donato Carrisi é a pedida ideal. Acabei de ler o livro recentemente e posso dizer que é surpreendente. Ao melhor estilo do seriado Law & Ordem, Donato Carrisi cria uma trama que irá fazer o leitor perder sono e junto com a equipe de homicídios e o criminologista Goran Gavila, ficará atento ao sinal de uma única pista, que o leve ao Aliciador.
Tudo começa quando dois meninos e um cão da raça labrador decidem fazer trilhas em um bosque denso e escuro, em meio à mata eles sobem a colina e desembocam em uma clareira. Com um faro aguçado, o cão fica louco ao farejar algo e logo começa a cavar, a descoberta inesperada deixa os meninos apavorados, que imediatamente avisam a policia local. Diante do caso, a policia não vê alternativa a não ser chamar o criminologista Goran Gavilla, e que ao chegar ao local acompanhado do agente Stern, vê uma cena assustadora e intrigante: Seis braços direitos foram desenterrados, todos de meninas entre 9 e 13 anos. À medida que os cadáveres são desenterrados, a equipe percebe a presença de apenas cinco meninas, que haviam sido identificadas anteriormente como desaparecidas. Com isso a esperança de encontrar a sexta menina com vida é grande, fazendo com que a equipe liderada pelo capitão Roche e o criminologista Goran Gavilla iniciem uma corrida contra o tempo, para resgatar a menina com vida e solucionar o caso.
Mas conforme a investigação avança e as pistas começam a surgir, a equipe e o criminologista passam a enfrentar um quebra-cabeça gigantesco. Para cada crime, uma situação diferente, e a equipe se vê diante de grande desafio que parece ser intransponível. Apesar de civil, Goran Gavilla exerce grande influência sobre a equipe de policiais, formada por Stern, Boris e Sarah Rosa, todos velhos conhecidos e que já trabalham em outros casos, inclusive com Gavilla. Sem encontrar uma solução imediata, a agente Mila Vasquez é chamada para integrar e ajudar a equipe, ela que é conhecida por sua habilidade em encontrar crianças desaparecidas. Mila por sua vez, é muito bem recebida por todos, com exceção de Sarah Rosa, que a trata com desprezo e uma certa ponta de ciúmes.
A trama de “O Aliciador” segue em um ritmo alucinante, a cada pista a equipe é obrigada a voltar ao passado e fazer uma investigação cada vez mais detalhadas. Com o tempo Goran e a equipe começam a perceber que o assassino está sempre um passo a frente das ações da policia e que ele é capaz de assumir aparências variadas, colocando a equipe sempre a prova. A corrida contra o tempo, a habilidade e o perfil do assassino é o maior desafio a ser enfrentado e vencido por Goran e sua equipe.
A medida que a história é contada e revelada, as pistas indicam que não se trata apenas de um assassino, mas de vários, como se um estivesse relacionado a outro, em meio a tudo isso, Goran e a Equipe entram em um mundo obscuro e desconhecido.
Não parece, mas “O Aliciador” é o primeiro romance do escritor e roteirista Donato Carrisi, ele que é formado em direito e com especialização em criminologia e ciências comportamentais. O livro vendeu mais de 180 mil exemplares na Itália, onde alcançou a lista de best sellers dos principais jornais e teve os direitos de publicação vendidos para vários países, inclusive o Brasil. O livro também foi vencedor do prêmio Bancarella em 2009. Sem falar que Carrisi teve audacia ao tratar de um assunto, que muitas vezes era atribuido apenas aos escritores americanos.
“O Aliciador” é sem dúvidas um dos melhores livros que li recentemente e pensar que foi comprado por acaso (risos). Como disse lá no inicio, o escritor cria uma trama surpreendente e que prende o leitor, como todo bom livro é repleto de reviravoltas, a experiência de Carrisi no assunto torna o livro ainda mais especial, já que todas as técnicas de investigação são reais, isso com certeza passa uma credibilidade muito maior à história. Um fato interessante é a nota do autor, logo no inicio do livro, onde ele faz uma breve explicação sobre a definição do termo Aliciador.
Em “O Aliciador” o leitor irá fazer algumas perguntas, o que significa que terá que encontrar as respostas junto com Goran e sua equipe. O fato é que por mais perto que você possa estar de solucionar o caso, o Aliciador estará sempre um passo a frente.
Mas afinal, quem é o aliciador? Como ele age e qual o real motivo? Bom isso você só ira saber se ler o livro ! Boa Leitura.
2010 - Live at Jazz Standard Gênero: Jazz Ensemble
Como o próprio nome diz Mingus Big Band, é uma big band que tem como base um repertório com canções do compositor e baixista Charles Mingus (1922-1979), e que conta com a direção artística de Sue Mingus, viúva do baixista. A banda foi uma expansão da Mingus Dynasty, formada em 1979 após a morte de Mingus, a Mingus Big Band surgiu em 1991. Desde então a banda passou a se apresentar semanalmente no Time Café em Nova York, e recentemente eles também se apresentam no Jazz Standard – premiado em 2008 como o melhor Jazz Club de Nova York -, além de fazer excursões pela Europa. A big band possui inúmeros músicos e arranjadores, para que isso funcione perfeitamente é usado um sistema rotativo, assim todos participam. A Mingus Orchestra e a Mingus Dynasty continuam na ativa, juntas as três bandas formam um repertório fantástico e com isso mantém viva a memória e a música de Charles Mingus.
Conheci a Mingus Big Band através da lista dos vencedores do Grammy 2011. O álbum “Live At Jazz Standard” foi premiado como o melhor álbum de Jazz Ensemble, prêmio que logo é justificado ao ouvir o álbum. Gravado ao vivo no Jazz Standard em 2008 na véspera do ano novo e transmitido pela NPR (National Public Radio), o décimo álbum da Mingus Big Band relembra alguns clássicos da carreira de Charles Mingus e celebra o seu 88º aniversário. Produzido por Sue Mingus e Abramson, o álbum apresenta um jazz intenso e marcante, o instrumental soa perfeito, com arranjos bem elaborados e com direito a solos desconcertantes. O álbum abre com “Gunslinging Birds”, música que Charles Mingus fez em homenagem a Charlie Parker, em seguida “New Now Know How”, uma música que tem como destaque os trompetistas Randy Brecker e Kenny Rampton, e que foi interpretada pela primeira vez desde 1959. A balada “Self-Portrait In Three Colors” surge na sequencia, com um som intimista e toque suave. A canção “E's Flat Ah's Flat Too (Aka "Hora Decubitus")” é uma das faixas do álbum que tem a presença do vocal, uma canção de Charles Mingus com letra de Elvis Costello, destaque para performance da big band, impecável. “Cryin' Blues” começa com um solo de trompete feito por Kenny Rampton e que segue solando de maneira sublime, até que entra e cena o baixista Boris Kozlov, destaque para o acompanhamento o baterista Jeff “Tain” Watts e do pianista David Kikoski. “Moanin'” começa em grande estilo com uma introdução de saxofone, feita por Lauren Sevian e Wayne Escoffery, e que aos poucos vai fluindo em sob um ritmo frenético, deixando o caminho livre para os metais, até que o pianista David Kikoski rouba a cena e apresenta um solo que arranca aplauso do publico. “Goodbye Pork Pie Hat” é outra música com a presença do vocal, destaque para o saxofonista Wayne Escoffery, que faz uma apresentação intensa e marcante. A banda encerra o repertório com “Song With Orange”, uma música que traz o publico para perto e que mais uma vez abre espaço para o desempenho dos músicos, cada um apresenta um pequeno solo, são 12 minutos ininterruptos de um jazz intenso.
Mingus Big Band faz jus ao Grammy e também ao repertório de Charles Mingus, o álbum “Live At Jazz Standard” mostra que essa é a melhor maneira de manter viva a memória e a música de um músico, apesar de ser o décimo e atual álbum, recomendo que o leitor conheça os outros trabalhos da big band, vale muito a pena. Boa Audição !
Track List
01. Gunslinging Birds 02. New Now Know How 03. Self-Portrait In Three Colors 04. Birdcalls 05. E's Flat Ah's Flat Too (Aka "Hora Decubitus") 06. Cryin' Blues 07. Open Letter To Duke 08. Moanin' 09. Goodbye Pork Pie Hat 10. Song With Orange
Membros da Mingus Big Band:
Randy Brecker, Kenny Rampton e Earlr Grardner (Trompete) Wayne Escoffery e Abraham Burton (Saxofone Tenor) Vicent Herring (Saxofone Alto) Douglas Yates (Saxofone Soprano, Alto e Flauta) Lauren Sevian (Saxofone Barítono) Earl Mcintyre (Trombone e Tuba) David Kikoski (Piano) Boris Kozlov (Baixo) Jeff “Tain” Watts (Bateria)
Mingus Big Band "Hora Decubitus aka E's Flat Ah's Flat Too"
Conheci o som do guitarrista Russell Malone recentemente, ao ouvir o seu álbum atual “Triple Play”. Considerado um das referências do cenário do jazz contemporâneo, Russell é reconhecido por sua versatilidade e técnica apurada, ao mesmo tempo que possui agilidade para um jazz swingado, ele também mostra habilidade ao fazer um som melódico e cadenciado.
Russell Molone nasceu em Albany na Georgia, seu primeiro contato com a guitarra foi quando ganhou uma de brinquedo da sua mãe. Autodidata, Russell foi influenciado por músicos como BB King, Wes Montgomery, The Dixie Hummingbirds, Kenny Burrell, Charlie Christian e principalmente George Benson. Russell também trouxe outras influências para sua música, como o blues e o country, música que ele ouvia quando criança. Em sua carreira, o guitarrista fez diversas participações e tocou com grandes músicos, seu primeiro trabalho foi com organista Jimmy Smith, de 1988 á 1990, trabalhou com o cantor americano Harry Connick Jr de 1989 a 1994 e a partir de 1995 trabalhou ao lado a cantora e pianista Diana Krall, o guitarrista também já se apresentou ao lado de Dianne Rives, o baixista Ron Carter, entre outros grandes nomes do jazz. Russell não só fez participações, como também liderou grupos próprios.
O álbum “Triple Play” (2010) é o seu trabalho mais recente e o primeiro que tive a oportunidade de ouvir, é um álbum que impressiona logo na primeira audição. Russell cria um ambiente intimista com um jazz da melhor qualidade. Toques rápidos e suaves, nada exagerado, há para todos os gostos, quem curte um jazz swingado, com direito a solos e improvisos, e também para quem aprecia baladas e até mesmo um toque de blues. O guitarrista é acompanhado pelos músicos Montez Coleman (bateria) e David Wong (baixo) e que merecem elogios por fazer um acompanhamento perfeito, deixando Russell totalmente à vontade. Com 11 faixas, o repertório é de extremo bom gosto, a faixa de abertura é “Honeybone”, embalada pelo toque da bossa nova, há também a funkeada“Sweet Georgia Peach”, a balada e melódica “Pecan Pie”, e as canções do saxofonista Oliver Nelson “Butch and Butch” e do pianista John Hicks “Mind Wine”, Russell também regravou a canção “Do I Love You” de Cole Porter, o álbum encerra com “Unchained Melody”, uma canção popular de Alex North e letra de Hy Zaret, é considera uma das canções mais gravadas do século XX. Triple Play certamente irá agradar os ouvintes mais exigentes do jazz, assim como o guitarrista Russell Malone, caso você não ainda não conheça. Boa Audição.
Track List
01. Honeybone (Malone) 02. Butch and Butch (Nelson) 03. Pecan Pie (Malone) 04. Sweet Georgia Peach (Malone) 05. Do I Love You (Porter) 06. Pocketwatch (Malone) 07. The Witching Hour (Jones) 08. Tail Feathers (Carter) 09. The Kind of Girl She Is (Bergman, Grusin) 10. Mind Wine (Hicks) 11. Unchained Melody (North, Zaret)
Russell Malone & Kenny Barron, "Road Song" (Monterey Jazz Festival)
Gravado na casa noturna The Chez, em Hollywood, entre fevereiro e março de 1967. Particularmente, é meu trabalho favorito de Buddy Rich, considerado por muitos especialistas um dos bateristas mais técnicos que já existiu. O repertório mistura temas clássicos do jazz (Love for Sale, de Cole Porter) a músicas que estavam nas paradas de sucesso de então (Norwegian Wood, de Lennon e McCartney). Todas interpretadas com muito suingue pela fantástica Buddy Rich Big Band.
Buddy Rich nasceu em 1917 e fez seu primeiro solo em público em 1921 (com quatro anos!?). Sua carreira no jazz começou em 1937, mas foi em 1939 que encontrou Tommy Dorsey e começou a despontar para o público como um dos grandes bateristas da época ao lado de Gene Krupa. Tocou mais tarde com Armstrong, Gillespie e outros. Fez parte do grupo JATP – Jazz At The Philharmonic – no final dos anos 40. Nos anos 60 e 70, passou a tocar com a sua própria banda. Músico de reconhecimento internacional faleceu em 1987 por problemas cardíacos.
Track List
01. Norwegian Wood 02. Big swing face 03. Monitor Theme 04. Wack wack 05. Love for sale 06. Mexicali nose 07. Willowcrest 08. The beat goes on 09. Bugle call rag 10. Standing up in a hammock 11. Chicago 12. Lament for Lester 13. Machine 14. Silver threads among the blues 15. New blues 16. Old timey 17. Loose 18. Apples (aka “Gino”)
Norwegian Wood – Vejam que suingue tem essa música dos Beatles!
Machine – Apesar da qualidade desse vídeo não ser lá essas coisas, coloquei aqui porque gosto muito do trabalho do baixista puxando a banda.
E, para encerrar, uma pequena amostra do trabalho solo do baterista. Reparem no trecho do solo que ele faz apenas com as baquetas.
Não é de hoje que tenho um fascínio pela Argentina, tudo começou por causa do futebol, isso a mais de dez anos, e com o passar do tempo comecei a me interessar pela cultura do país, e como sou louco por música, claro que seria um erro deixa-la de fora, então não demorou muito para acontecer os primeiros contatos com o tango de Carlos Gardel e Astor Piazzolla, e algumas bandas de rock. E no mês passado ao entrar no blog Musicólatras, me deparei com um artigo do Thiago Teberga com o seguinte título: Blues Made in Argentina. Na postagem citava o nome de dois bluseiros argentino, o Miguel Botafogo, e o bluseiro/rockeiro Pappo Napolitano. Não precisa dizer que fiquei fascinado pelo som. Pappo é um dos músicos mais importantes da Argentina, um guitarrista com um pé no blues e outro no rock, conciliando os dois de uma maneira única. Apesar disso, o que me chamou a atenção, foi o fato dele cantar em espanhol e podem acreditar, ficou bom pra caramba!. Contar a trajetória do Pappo com todos os detalhes seria impossível, ele que teve uma carreira magnifica, tocando em várias bandas e gravando uma infinidade de álbuns.
Noberto Anibal Napolitano, conhecido como Pappo, nasceu em Buenos Aires no dia 10 de março de 1950. Considerado um dos mais importantes guitarristas da Argentina, Pappo foi um ícone do rock e do blues portenho. Em sua longa carreira musical, tocou na primeira formação dos Los Abuelos de La Nada, grupo argentino formado pelo músico Miguel Abuelo, Pappo também tocou no Los Gatos, onde gravou dois álbuns. Participou em Conexión Nº5, em La Pesada del Rock and Roll e em Manal. No ano de 1970 formou sua própria banda, Pappo's Blues, com os músicos David Lebon e Black Amaya. Gravaram sete álbuns até o ano 1978, com algumas mudanças na formação, em 1980 o grupo chegou ao fim. Após o fim do Pappo’s Blues, o guitarrista forma o Aeroblus, ao lado dos músicos Alejandro Medina (baixo) e Castello Junior (bateria), gravando um álbum.
Pappo também viajava constantemente pela Europa e EUA, para se manter em contato com as bandas do gênero e para buscar novas tendências. Durante essas turnês, Pappo tocou ao lado do lendário Peter Green e também com o baixista Lemmy Kilmister, da banda Motörhed. De volta a Buenos Aires, Pappo forma a banda de heavy metal Riff, com os músicos Michel Peyronel, Hector Serafine e Juan Garcia, o grupo gravou 5 LPs e foi considerado como o principal responsável pela ascensão do rock and roll na Argentina nos anos 80. Em 1984 Pappo decide iniciar sua carreira solo, no inicio trabalhou com o grupo Boxer, onde gravou um álbum duplo chamado “En Concierto”. Nessa época a banda Riff tinha parado, porém Pappo decidiu retomar as atividades, ao chamar o baixista Vitico para dar continuidade. Bom já deu para perceber que o guitarrista não parava um só minuto, pois bem após gravar “Pacto Diabólico” (1987), Pappo decide mudar-se para Los Angeles, lá forma outra banda, batizada de The Widow Maker (“El Hacedor de Viudas”). Com sua nova banda, Pappo fez uma mini-turnê pela América do Sul e por 24 cidades dos EUA. Já em 1992 gravou o álbum “Blues Local”, ao lado dos músicos Javier Martinez e Alejando (que haviam trabalhado com ele na época do Manal).
O guitarrista também teve a honra de tocar com BB King em duas ocasiões, uma delas em 1994, durante uma turnê do Pappo pelos EUA, tocou ao lado do rei do blues no Madison Square Garden. Na Argentina o bluseiro/rockeiro abriu show para o Guns n’ Roses. Em 1995, retorna com o Pappo’s Blues, e apresenta o “Caso Cerrado”. Em 2003 grava o excelente “Buscando un Amor”, um disco clássico de rock e blues.
Em “Pappo & Amigos” (2000) é um dos melhores álbuns do guitarrista, o nome não poderia ser melhor, afinal Pappo convoca uma reunião importantíssima e reúne bandas e músicos da Argentina para tocar covers e clássicos do tempo do Pappo’s Blues e também do Aeroblus. Entre os convidados estão antigos companheiros como Alejandro Medina, Vitico, Vicentico, Miguel Botafogo, Juan Haymes, o músico de tango Omar Mollo, as bandas de heavy metal Almafuerte, de rock Viejas Locas, de hardcore e groove metal A.N.I.M.A.L., de hard rock La Renga, o músico Juanse, o compositor argentino Andrés Calamaro, e seu filho Luciano Napolitano, com quem toca a música “El tren de las 16”. Pacco é acompanhado por uma banda “base”, formada pelos músicos Ruth Yuli (baixo), Luís Rodrigues (gaita) e González Bag (bateria).
Pappo Napolitano certamente irá agradar os fãs de blues e rock, afinal não há como não curtir esse som. Um guitarrista com pegada, e como disse lá no inicio, ele tem um pé no blues e outro no rock, e usa essas influências na medida certa. O fato dele cantar em espanhol é outro diferencial, é a sensação de poder ouvir um Blues made in Argentina, vejo isso como uma maneira sabia de valorizar a cultura local e não partindo para o inglês, como muitos músicos brasileiros costumam fazer. Infelizmente Pappo veio a falecer em 2005 depois de um acidente, um carro colidiu violentamente contra a sua moto, matando o guitarrista na hora. Seu filho que estava na moto, felizmente não sofreu nada.
Para quem quiser conhecer mais sobre a história do Pappo, recomendo que visitem o site que está indicado no final da postagem, tem muita informação interessante por lá. No mais, Boa Audição a todos !
2000 - Pappo & Amigos Gênero: Blues Rock
CD 1:
01. Fiesta cervezal (Pappo & La Renga) 02. Vamos a buscar la luz (Pappo & Alejandro Medina) 03. El gato de la calle negra (Pappo's Blues) 04. El brujo y el tiempo (Pappo & Almafuerte) 05. Siempre es lo mismo nena (Pappo's Blues) 06. El sur de la ciudad (Pappo's Blues & Vicentico) 07. Pájaro metálico (Pappo's Blues & Omar Mollo) 08. Con Elvira es otra cosa (Pappo & Adrián Otero) 09. Solitario Juan (Pappo & Andrés Ciro) 10. Triple seis (Pappo & A.N.I.M.A.L.) 11. Insoluble (Pappo & Sr. Flavio) 12. Blues de Santa Fe (Pappo's Blues & Juanse) 13. Mírese adentro (Pappo's Blues & La Mississippi) 14. Abelardo el pollo (Pappo's Blues) 15. Tema solísimo (Pappo & Alejandro Medina) 16. Sandwiches de miga (Pappo's Blues) 17. Detrás de la iglesia (Pappo's Blues & Alambre Gonzalez) 18. Trabajando en el ferrocarril (Pappo & Antonio Birabent) 19. Mi vieja (Pappo & Andrés Calamaro) 20. Blues Local (Pappo & Viejas Locas) 21. El tren de las 16 (Pappo's Blues & Luciano Napolitano)
CD 2:
01. Sucio y desprolijo (Divididos) 02. El viejo (Pappo & La Renga) 03. Ruta 66 (Pappo's Blues) 04. El hombre suburbano (Pappo & Viejas Locas) 05. La adivina (Pappo & Omar Mollo) 06. Algo ha cambiado (Pappo & Andrés Ciro) 07. Desconfío de la vida (Pappo & Vicentico) 08. Llegará la paz (Pappo & Almafuerte) 09. Malas compañías (Pappo's Blues) 10. Slide blues (Pappo & Adrián Otero) 11. Completamente nervioso (Pappo's Blues & Ricardo Iorio) 12. Caras en el parque (Pappo & Alfredo Toth) 13. Gris y amarillo (Pappo's Blues y La Mississippi) 14. Tomé demasiado (Pappo's Blues y Juanse) 15. Tren azul (Pappo's Blues, Vitico & Juan Haymes) 16. Adónde está la libertad (Pappo's Blues & Moris) 17. Hay tiempo para elegir (Pappo & Sr. Flavio) 18. Cabeza de martillo (Pappo & A.N.I.M.A.L.) 19. Vine cruzando el mar (Pappo's Blues) 20. Nunca lo sabrán (Andrés Calamaro)
O pianista canadense Oscar Peterson dispensa apresentações. Em todo caso, se você quiser saber um pouco mais sobre ele, dê uma chegada no Musicólatras e confira (clique aqui).
O box com quatro CDs aqui postado é uma coletânea de 6 álbuns produzidos entre os anos de 1963 e 1968, todos gravados com o sub-título Exclusively for my friends, nos estúdios do Alemão Hans Georg Brunner-Schwer, na presença de um grupo muito pequeno de admiradores de sua arte, dentre os quais o próprio Brunner-Schwer. Poucos eram os ouvintes, poucos eram os músicos também. Uma parte do repertório é composta por solos de Oscar, mas na maioria das músicas a formação é de trio, revezando-se ao baixo Sam Jones e Ray Brown, e na bateria Bobby Durham, Ed Thigpen e Louis Heyes.
Para quem gosta de Oscar Peterson, esse é um box imperdível. E quem não gosta vai começar a gostar.
Track List
Volume 1
01.At long last love
02.Easy walker
03.Tin tin deo
04.I’ve got a crush on you
05.A foggy Day
06.Like someone in Love
07.On a clear Day you can see forever
08.I’m in the mood for Love
09.Girl talk
Volume 2
01.Robbin’s next
02.Medley
a)I concentrate on you
b)Moon river
03.Medley
a)Waltzin is hip
b)Satin doll
04.Love is here to stay
05.Sandy’s blues
06.Alice in wonderland
07.Noreen’s nocturne
08.In a mellotone
09.Nica’s dream
Volume 3
01.On green dolphin street
02.Summertime
03.Sometimes I’m happy
04.Who can I turn to?
05.Travelin’ on
06.Emily
07.Quit nights
08.Sax no end
09.When the light are low
Volume 4
01.Someone to watch over me
02.Perdido
03.Body and soul
04.Who can I turn to?
05.Bye, bye, blackbird
06.I should care
07.Lulu’s back in town
08.Little girl blue
09.Take the “A” train
In a mellotone – vídeo-montagem com a versão da música que está gravada num dos CDs que aqui apresentamos, com Sam Jones (baixo) e Bobby Durham (bateria)
You look good to me – aqui Oscar peterson toca com Ray Brown e Niels Pedersen (ambos no baixo).
Aos 62 anos, Charles Bradley surge definitivamente para a música, apesar de não ser um novato na vida, enfrentou e viveu muitos desafios. Sua vida poderia ser contada facilmente através de um filme, afinal aventuras e boas histórias não faltaram em sua jornada. Sei que vai ser difícil, mas vou tentar contar de maneira resumida um pouco da sua trajetória.
Charles nasceu em Gainesville, Flórida, em 1948, mas foi criado no Brooklyn, Nova York. Viveu boa parte da sua infância nas ruas. Um dos seus primeiros contatos com a música, foi quando teve a oportunidade de ir ao show do James Brown, no Apollo. Em seu site, Charles diz que aquele show impactou sua vida, o fato foi que ele chegou em casa, pegou uma vassoura e começou a imitar os movimentos do rei do soul; eis que nascia o seu desejo pela música. Mas como na vida nada são flores, as dificuldades levaram Charles a sair do Brooklyn, até encontrar emprego em um bar, no estado de Maine. Aprendeu a cozinhar, e até montou uma banda, era o começo da sua perseguição ao sonho de ser um artista. Na mesma época, Charles chegou a sentir o gosto dos palcos, fez algumas apresentações, naquele momento ele sabia que estava destinado a ser um cantor. Porém o destino tratou de impedir o seu sonho, seus companheiros foram para guerra do Vietnã, enquanto ele foi forçado a encontrar um trabalho como chef de cozinha em um hospital para doentes mentais, veja só. Depois de nove anos na mesma função, Charles decidiu abandonar tudo e partiu para o Oeste em busca de seu sonho, tinha economizado dinheiro suficiente para comprar um carro, mas logo percebeu que não poderia mantê-lo, a solução foi pedir carona. Charles percorreu os EUA, de Nova York para Califórnia, chegando até o Canadá, viveu perigos na estrada, inclusive pegar carona com um sujeito que confessou a ele que tinha acabado de matar a esposa e os filhos. No Alasca, Charles encontrou emprego de chef de cozinha, apesar do bom salário, ele não era muito querido entre seus colegas, assim ele decidiu fazer o caminho de volta para a California, dessa vez de avião. Na Califórnia, ficou mais de 20 anos trabalhando como chef e as vezes conseguia uma ou outra apresentação como musico, chegou até pagar algumas sessões no estúdio para finalmente alcançar seu sonho, a essa altura tudo parecia muito bem, mais a vida tratou de dar mais um duro golpe nele, Charles havia perdido o seu emprego. Depois disso, ele decidiu retornar ao Brooklyn, para ficar perto da sua família. Com o dinheiro que economizou, Charles encheu um caminhão com seus equipamentos musicais, comprados ao longo dos anos, e levou para Nova York, para novamente tentar a sorte. Fez algumas apresentações em clubes locais, aos 51 anos sua carreira finalmente começava a dar sinais de sucesso, mas ele seria testado mais uma vez. A morte do seu irmão foi um choque em sua vida, parecia não valer mais a pena viver. Tempos depois enquanto Charles se apresentava como Black Velvet, e foi visto por Gabriel Roth, co-produtor da Daptone Records, o qual reconheceu seu talento e levou diretamente para os estúdios. Charles conseguiria então o seu primeiro single. Depois conheceu o compositor e guitarrista Thomas Brenneck, juntos lançaram dois singles. Com o tempo se tornaram grandes amigos, Charles contou toda sua história, Thomas se emocionou ao ouvir o relato e disse que aquela história teria que ser contada em forma de música. O compositor já era conhecido entre os músicos de soul/funk, e ele mesmo estava trabalhando em um novo projeto, chamado Menahan Street Band, banda conhecida por reunir grandes nomes do soul. Resumindo, Charles finalmente teve oportunidade de mostrar seu talento. Em 2008 a banda Menahan Street Band, lançou um single comemorativo e entre os músicos presentes estava o então desconhecido Charles Bradley. A música “The World (Is Going Up In Flames)” ganhou forma e vida na sua voz, seu talento foi reconhecido e o lançamento do álbum era questão de tempo.
No álbum "No Time For Dreaming" (2011), Charles Bradley embala um soul fortemente influenciado por nomes como James Brown, seu grande ídolo na infância, uma sonoridade trazida lá dos anos 60, sua voz é rouca e forte, as letras são emocionantes e profundas, Charles traz a tona todos os seus sentimentos, sua música reflete todo seu lamento, impossível não se emocionar a cada música. No repertório 12 canções, todas excelentes, destaque para “The World (Is Going Up in Flames)”, as baladas “I Believe in Your Love”, “Lovin' You, Baby”, a contagiante “No Time For Dreaming”, nessa música Charles manda muito bem no vocal, “Why Is It So Hard”, em “How Long” e “Why is it so hard”, Charles celebra a vitória sobre os tormentos que passou. Na gravação do álbum, Charles teve o acompanhamento ilustre da Manaham Street Band, só não vou poder citar com exatidão os músicos que participaram.
Espero que “No Time For Dreaming”, seja apenas o primeiro de muitos, Charles Bradley mostrou que tem um talento nato, pena que a vida o tratou tão injustamente, mas nunca é tarde para começar e realizar um sonho, aos 62 anos, Charles mostra que tem a mesma energia de um jovem em inicio de carreira. Ele que passou a maior parte da vida sonhando por algo melhor, agora não há mais tempo para sonhar, e sim tempo de sobra para cantar e dançar.
Se algum leitor tiver alguma informação que possa ser acrescentada ao texto, não deixe de comentar a respeito. Boa Audição.
Track List
01. The World (Is Going up in Flames) 02. The Telephone Song 03. Golden Rule 04. I Believe in Your Love 05. Trouble in the Land 06. Lovin' You, Baby 07. No Time for Dreaming 08. How Long 09. In You (I Found a Love) 10. Why is it so Hard? 11. Since Our Last Goodbye 12. Heartaches and Pain
Charles Bradley - The World (Is Going Up In Flames)
Site Oficial: Charles Bradley(As informações a respeito da sua biografia, foram retiradas do site oficial.)
1997 - The Derek Trucks Band Gênero: Jazz, Blues, Fusion, Southern Rock
Derek Trucks é um dos melhores e mais completos guitarristas da atualidade, possui uma técnica apurada, principalmente a do slide, seus solos são estonteantes, sabe aliar a velocidade e precisão, tudo isso com muito feeling. Virtuoso, não há outra palavra para defini-lo. Começou sua carreira aos nove anos de idade, aos doze já trabalhava com músicos da cena local, e também já se apresentava regularmente, nessa época criou a sua primeira banda, mas se apresentava sozinho com seu violão. Saiu em turnê com o The Allman Brothers Band, antes de se tornar um membro oficial, em 1999. Esses foram apenas alguns feitos desse exímio guitarrista. Mas sua maior investida aconteceu aos quinze anos, quando chamou Tood Smallie (baixista de jazz e blues) e depois Yonrico Scott (bateria), formando em 1994 o The Derek Trucks Band.
Lançado em 1997 o “The Derek Trucks Band” foi o álbum de estreia da banda. Gravado no Dockside Studios e produzido por John Snyder, um lendário produtor que já trabalhou com lendas do jazz e do blues. Derek mostra por que é considerado um guitarrista virtuoso, usa e abusa da sua técnica, com composições bem elaboradas, solos estonteantes, arranjos perfeitos, tudo baseado no jazz, blues e rock, uma verdadeira fusão de ritmos. Os elogios não cabem somente ao guitarrista, mas também a sua banda, formada por Todd Smallie (baixo), Yonrico Scott (bateria/percussão), Bill Mckay (órgão Hammond B-3, Piano, Sintetizadores) e Gary Gazaway (trompete/ flugelhorn nas faixas 3 e 6).
O repertório do álbum é formado por 12 faixas, sendo onze instrumentais. Baseado em composições próprias e alguns clássicos do jazz e do blues, Derek cria um ambiente descontraído, onde a sensação é de estar em meio a uma jam session. O álbum abre e encerra com “Sarod” e “Sarod Outro”, dois temas instrumentais com um toque da música indiana, e Derek toca justamente o instrumento que da nome a música, o sarod. Entre os clássicos estão “So What” de Miles Davis, que ganhou uma versão inovadora, com arranjos diferentes mais mantendo a base já conhecida, “Mr.PC” e “Naima” de John Coltrane, e “Footprints” de Wayne Shorter. Já nas composições próprias, a Derek Trucks Band deixa o ouvinte sem reação e ao mesmo tempo perplexo. A faixa “555 Lake” começa em grande estilo, com uma intro de percussão, depois uma levada bem funkeada e um solo de guitarra, é única musica cantada, com vocal do Bill McKay. “D Minor Blues” como o nome já diz é um blues, lento e cadenciado, mas que do meio para o fim reserva um solo magnifico. “Out Of Madness” tem uma levada bem jazzística, a base perfeita para os solos de Derek Trucks. “Egg 15” é a minha música favorita do álbum, um instrumental perfeito e envolvente, e que reforça a ideia de jam session, guitarra, baixo, bateria e órgão em uma fusão perfeita.
The Derek Trucks Band é assunto para várias postagens, e cimo esta é a primeira, foi apenas uma pincelada na história do guitarrista e da sua banda, mais com o tempo e o surgimento de novos posts, a história continuará sendo contada. Bom o que dizer do álbum?. Eu já conhecia o Derek Trucks de ouvir falar, mas nunca me interessei em ouvir sua música, até que o meu amigo e guitarrista Teberga me indicou esse álbum, foi o bastante. Já tive a oportunidade de ouvir outros álbuns dele, que por sinal são tão excelentes quanto esse, mais com uma diferença, a presença do vocal, apesar do instrumental continuar na mesma qualidade e intensidade, o vocal está mais presente nas músicas. No final da postagem, tem um vídeo atual da The Derek Trucks Band, que vale a pena ser visto. Boa Audição.
Ouça a música "Egg 15" (The Derek Trucks Band)
Track List
01. Sarod 02. Mr. P.C. 03. 555 Lake 04. D Minor Blues 05. #6 Dance 06. Footprints 07. Out Of Madness 08. Naima 09. So What 10. Evil Clown 11. Egg 15 12. Sarod Outro
O Blog Jazz e Rock abre a oportunidade para você que deseja ser um colaborador. A vaga é destinada as pessoas que se interessam por música, e que gostariam de compartilhar o seu conhecimento musical em forma de textos e também na indicação de álbuns.
Em três anos a frente do blog, foram poucas às vezes em que tentei fazer um recrutamento assim. Agora resolvi fazer diferente e dar a oportunidade para aquele leitor que muitas vezes possui o talento para escrever e não tem o espaço para expor suas ideias.
Pré-requisitos:
. Dominar a língua portuguesa para elaboração dos textos: Elaborar um bom texto é fundamental na hora de resenhar um álbum. E para isso precisamos ter uma noção da língua portuguesa. Não procuro acadêmicos, mas o novo colaborador terá que ser rigoroso na hora de escrever. Erros existem, mas evite erros bobos. A resenha deve ser bem elaborada, não economizar nas palavras e melhorar sempre. O blog tem como foco a elaboração dos textos, do que adianta um bom álbum, com uma resenha ruim. É isso.
.Disponibilidade de tempo: Todos nós temos os nossos compromissos e o blog não irá interferir nisso. O novo colaborador deve ter disponibilidade para postar regularmente, no caso de algum imprevisto que irá atrapalhar, avise. Não queremos quantidade de colaboradores e sim qualidade.
.Ter uma noção básica de musica: Em um blog de música isso é obvio.
. Acervo musical: Em se tratando de um blog de download isso é um dos pontos principais. Ter o seu próprio acervo, digital ou não.
.Upar os próprios arquivos: A responsabilidade na hora de upar os arquivos é do colaborador. Evitamos usar links de outros blogs e de alguns servidores. Essa questão será tratada quando o novo colaborador for selecionado.
.Estilos musicais: O novo colaborador deve se encaixar no perfil musical do blog. Curtir os estilos que são postados no blog. O Jazz, Blues, Rock/Metal, Bossa Nova e MPB. Não quero dizer que ele deve curtir todos, mas curtir algum pelo menos.
Bom a principio esses são os principais pré-requisitos. Desde que você se encaixe neles, não há restrições sobre sexo e idade. Vale ressaltar que por enquanto só estou abrindo 1 (UMA) VAGA, mas nada impede de abrir uma exceção na hora da seleção.
Há também a possibilidade para quem quiser colaborar de outra maneira. Um colaborador "freelancer". Para aqueles que não tem disponibilidade de tempo para manter uma colaboração fixa, há essa opção, ao inves de mandar só o CD (link) seja criativo, crie uma resenha, envie para o nosso email (blog.jazzerock@hotmail.com) e ela poderá ser publicada aqui no blog.
Os interessados devem deixar um COMENTÁRIO com o endereço de EMAIL, NOME e IDADE.
OBS: O processo de seleção é feito em duas etapas. Deixar os dados nos comentários é apenas o primeiro. Acontece que na segunda etapa, o blog entra em contato com o candidato e pede que seja enviado uma RESENHA. Se o candidato não responder o e-mail, logo ele não terá concluido todo processo, perdendo a chance de ser um colaborador.
Krokus é uma banda de Hard Rock da Suíça, com mais de trinta e cinco anos de estrada. Conheci o som dos caras recentemente e gostei do que ouvi. Um hard rock com muita pegada, riffs e solos marcantes, e uma sonoridade que certamente irá agradar os fãs mais exigentes do estilo. A banda foi fundada em 1974, na cidade de Soleura, Suíça, pelo baixista e primeiro vocalista Chris von Rohr, e o guitarrista Tommy Kiefer. O atual vocalista Marc Storace, se juntou ao Krokus logo no primeiro álbum “Metal Rendez-vous”, lançado em 1980, que por sinal foi o inicio de uma década especial para a banda, com o primeiro álbum alcançou reconhecimento em algumas partes da Europa e nos EUA. Fizeram turnê com as bandas Nazareth, na Europa e AC/DC, Motörhead, Rush, Judas Priest, Sammy Hagar, nos EUA.
A sonoridade do Krokus lembra o AC/DC, em partes, não é uma copia descarada, pelo contrário, a banda tem identidade e sonoridade própria, a semelhança no caso é principalmente pelo timbre do vocalista Marc Storace, que parece com o do Bon Scott.
O álbum “Hoodoo” (2010) é o 16º da discografia e o mais recente. A formação da banda mudou radicalmente em comparação ao trabalho anterior “Hellraiser” (2006), ficando apenas o vocalista Marc Storace, que agora é acompanhado por Mark Kohler (guitarra base), Fernando Von Arb (guitarra solo), Freedy Steady (bateria) e Chris Von Rohr (baixo). Apesar da mudança na formação, a banda conseguiu manter a mesma sonoridade.
O álbum abre em grande estilo com “Drive it It”, um rock n’ roll com riffs rápidos e pesados, a música imprime um ritmo frenético do começo ao fim, certamente um excelente cartão de visita. Em seguida “Hoodoo Woman”, uma das melhores músicas do álbum, impossível ouvir apenas uma vez, letra e refrão grudentos, com uma levada empolgante, o Krokus envolvente o ouvinte com um hard rock de primeira. A música deu nome ao primeiro single do álbum e também rendeu um vídeo clip. O Krokus que tem como tradição regravar sucessos de outros músicos, e para este álbum escolheu o clássico “Born to be Wild” de Steppenwolf, que ganhou uma versão bem interessante e muito bem tocada. “Rock ‘n’ Roll Handshake” lembra e muito as músicas do AC/DC, tanto no timbre do vocal, como no refrão, riffs e solos. “Ride into the Sun”, parece ter sido trazida dos anos 80, com uma levada cadenciada e lenta, um refrão que fica grudado na mente, destaque para os guitarristas Mark e Fernando, que mandam muito bem. A banda emenda com “Too Hot”, que também tem uma pegada bem oitentista. O Krokus coloca um pé no blues com a faixa “Dirty Street”, uma das melhores composições do álbum, a junção do blues com o hard rock é praticamente inevitável e o resultado não poderia ser melhor. Destaque para o solo do guitarrista Mark Kohler. “Keep Me Rolling” começa explosiva, em um andamento mais acelarado, lembra a música “Walk All Over You” do AC/DC. O álbum fecha com “Firestar”, uma música empolgante, novamente a banda executa riffs precisos, o interessante é que apesar do instrumental intenso, há momentos tudo para, ficando apenas a voz de Marc Storace. “Hoodoo” encerra da mesma forma que começou, com um hard rock pesado e marcante.
Apesar de conhecer a banda a pouquíssimo tempo, gostei muito do que eu ouvi até agora, meu primeiro contato com o som do Krokus foi através do “Hoodoo”, um álbum que não perde em nada em relação aos grandes lançamentos de 2010. Não há como negar que mesmo com tanto tempo de estrada e com uma qualidade musical incrível, o Krokus pertence ao digamos “segundo escalão” no cenário do rock, com isso fica inevitável algumas comparações, como timbre do vocal, riffs, solos, enfim, mas logo na primeira audição percebi que o Krokus é uma banda que possui personalidade e identidade própria, algo raro nos dias atuais. Espero em breve, postar outros álbuns do Krokus aqui no Blog, a medida que eu for conhecendo vou apresentando para vocês. Por enquanto apreciem sem moderação do álbum “Hoodoo”. Boa Audição.
Track List
01. Drive It In 02. Hoodoo Woman 03. Born to Be Wild 04. Rock n’ Roll Handshake 05. Ride Into the Sun 06. Too Hot 07. In My Blood 08. Dirty Street 09. Keep Me Rolling 10. Shot of Love 11. Firestar
O saxofonista tenor Joe Henderson gravou esse álbum em homenagem a Tom Jobim em 1994, ano da morte do nosso maestro soberano. Ele foi gravado com duas formações diferentes de músicos. A primeira parte, chamada de Suíte 1, contou com a presença dos brasileiros Eliane Elias (piano), Oscar Castro-Neves (violão), Nico Assumpção (baixo) e Paulo Braga (bateria). Para a Suíte 2, Henderson chamou os músicos americanos Herbie Hancock (piano), Christian McBride (baixo) e Jack DeJohnette (bateria). Um time da pesada como se vê. O interessante é o tratamento dado a cada suíte, mais bossa-nova na primeira e mais jazzístico na segunda
Track List
Suíte 1
01. Felicidade 02. Dreamer (Vivo sonhando) 03. Boto 04. Lígia 05. Once I loved (Amor em paz)
Suíte 2
06. Triste 07. Photograph 08. Portrait in black and White 09. No more blues (Chega de saudade) 10. Happy madness 11. Passarim 12. Modinha