Ficha Técnica
Título: As Esganadas
Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance Policial
Lançamento: 2011
Páginas: 262 páginas
Acabamento: Brochura
Editora: Companhia das Letras
Se hoje sou um leitor assíduo, devo isso aos livros do Jô Soares, em especial ao seu best-seller “O Xangô de Baker Street”, que despertou em mim o gosto pela leitura. Em todos os seus romances, Jô Soares se mostrou um escritor hábil com palavras e acima de tudo um grande fazedor de tipos. O mesmo posso dizer sobre a trama de seus livros, quem já os leu, sabe disso, Jô Soares tem todo um cuidado na hora de escolher o pano de fundo para suas histórias, porém segue uma fórmula muito conhecida, a de misturar fatos reais e fictícios.
Em As Esganadas, o seu novo romance, Jô Soares leva o leitor de volta ao Estado Novo e traz para a trama fatos e personagens históricos, que se misturam com seus novos personagens. Diferentemente dos outros romances, onde o assassino é revelado nas últimas páginas, no seu novo romance, onde também há um serial killer, ele é desmascarado com todos os detalhes sórdidos logo nas primeiras páginas. Seu nome é Caronte, um homem mais do que magro e que serviria de modelo para uma caricatura da morte. Herdou do pai a funerária Estige, a mais conhecida e requintada da cidade. Caronte não é um serial killer qualquer, pois não mata deliberadamente, pelo contrário, tem como alvo principal as gordas. As motivações que o leva a mata-las e a forma como as atraí para a morte também são citadas nas primeiras páginas. Além do já conhecido serial killer, no decorrer da trama encontramos outros personagens marcantes e que juntos serão os responsáveis para desvendar a onda de crimes que assola a cidade e que passa a ser chamada pela imprensa como o “Caso das Esganadas”. São eles, o delegado Mello Noronha, um sujeito mal humorado e desleixado, o policial Valdir Calixto, subordinado de Noronha e sempre atrapalhado com as palavras, o ex-detetive português especialista em dedução e em doces portugueses Tobias Esteves e a bela e destemida jornalista e fotógrafa Diana Talles.
Como em uma jogada de mestre Jô Soares consegue prender a atenção do leitor, que mesmo sabendo quem é o assassino e o motivo que o leva a matar sem piedade as gordas, sempre com requintes inimagináveis de crueldade, também se vê abismado e muitas vezes rindo por causa das peripécias da policia na tentativa quase desesperada de capturar o assassino. Ao final das 258 páginas, como bem diz Luis Fernando Verissimo, na contracapa do livro, a trama o deixará horrorizado e ao mesmo tempo com fome e depois da leitura os pastéis de Santa Clara jamais significarão o mesmo.
Jô Soares lê um trecho do livro "As Esganadas".
Título: As Esganadas
Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance Policial
Lançamento: 2011
Páginas: 262 páginas
Acabamento: Brochura
Editora: Companhia das Letras
Se hoje sou um leitor assíduo, devo isso aos livros do Jô Soares, em especial ao seu best-seller “O Xangô de Baker Street”, que despertou em mim o gosto pela leitura. Em todos os seus romances, Jô Soares se mostrou um escritor hábil com palavras e acima de tudo um grande fazedor de tipos. O mesmo posso dizer sobre a trama de seus livros, quem já os leu, sabe disso, Jô Soares tem todo um cuidado na hora de escolher o pano de fundo para suas histórias, porém segue uma fórmula muito conhecida, a de misturar fatos reais e fictícios.
Em As Esganadas, o seu novo romance, Jô Soares leva o leitor de volta ao Estado Novo e traz para a trama fatos e personagens históricos, que se misturam com seus novos personagens. Diferentemente dos outros romances, onde o assassino é revelado nas últimas páginas, no seu novo romance, onde também há um serial killer, ele é desmascarado com todos os detalhes sórdidos logo nas primeiras páginas. Seu nome é Caronte, um homem mais do que magro e que serviria de modelo para uma caricatura da morte. Herdou do pai a funerária Estige, a mais conhecida e requintada da cidade. Caronte não é um serial killer qualquer, pois não mata deliberadamente, pelo contrário, tem como alvo principal as gordas. As motivações que o leva a mata-las e a forma como as atraí para a morte também são citadas nas primeiras páginas. Além do já conhecido serial killer, no decorrer da trama encontramos outros personagens marcantes e que juntos serão os responsáveis para desvendar a onda de crimes que assola a cidade e que passa a ser chamada pela imprensa como o “Caso das Esganadas”. São eles, o delegado Mello Noronha, um sujeito mal humorado e desleixado, o policial Valdir Calixto, subordinado de Noronha e sempre atrapalhado com as palavras, o ex-detetive português especialista em dedução e em doces portugueses Tobias Esteves e a bela e destemida jornalista e fotógrafa Diana Talles.
Como em uma jogada de mestre Jô Soares consegue prender a atenção do leitor, que mesmo sabendo quem é o assassino e o motivo que o leva a matar sem piedade as gordas, sempre com requintes inimagináveis de crueldade, também se vê abismado e muitas vezes rindo por causa das peripécias da policia na tentativa quase desesperada de capturar o assassino. Ao final das 258 páginas, como bem diz Luis Fernando Verissimo, na contracapa do livro, a trama o deixará horrorizado e ao mesmo tempo com fome e depois da leitura os pastéis de Santa Clara jamais significarão o mesmo.
Jô Soares lê um trecho do livro "As Esganadas".
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