Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance Policial
Lançamento: 2005
Páginas: 252
Acabamento: Brochura
Editora: Companhia das Letras
Como leitor assíduo dos livros do Jô, não poderia deixar de falar do terceiro e até então o último romance escrito por ele, “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”. Tive a honra de ler este livro alguns dias depois do seu lançamento, em 2005 e como já tinha lido o “O Xangô de Baker Street” e “O Homem Que Matou Getúlio Vargas”, a expectativa em torno deste livro era enorme.
O livro segue a mesma linha dos anteriores, Jô Soares continua dando uma aula de história e bom humor, misturando ficção e realidade, sempre na dose certa. Se em “O Xangô de Baker Street” o surgimento do primeiro serial killer no Brasil causava espanto, em “Assassinatos na ABL”, Jô volta a abordar o assunto, porém de outra maneira.
O cenário escolhido por Jô Soares é novamente o Rio de Janeiro, desta vez no ano de 1924. Na ocasião o jornal “O Paiz” estampa na primeira página que a cidade do Rio de Janeiro iria ganhar um Cristo Redentor, que seria colocado no alto do Corcovado. E na Urca, um cassino recém-construido promete se tornar um grande centro de agitação social. O Copacabana Palace, também recém-inaugurado, já recebia em seus salões as mais altas (e patéticas) figuras da república. Com todas essas atrações, o momento não poderia ser melhor, menos para os imortais da Academia Brasileira de Letras. A trama começa em clima de mistério, durante o seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia, no salão do Petit Trianon – uma réplica que o governo francês por meio do embaixador Alexandre Conty, doou à Academia – é acometido por um mau súbito e conseqüentemente uma morte fulminante. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes – súbita, sem sangue e sem violência aparente – traz um clima de tensão e uma situação até certo ponto inusitada para a tradicional Casa de Machado de Assis: um serial killer literário parecia solto e com uma missão: Queria ver mortos todos os imortais.
O senador Bezerra, que também era um escritor, conseguiu seu ingresso na Academia depois de alcançar um sucesso extraordinário com seu último livro “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, o livro conta a história de um poeta que foi negado duas vezes pelos imortais e por isso jurou vingança. Por coincidência ou não, a história escrita por Bezerra, aos poucos ganhava vida. O crime logo ganhou as páginas do jornal “O Paiz”, a imprensa apelidou o caso de “Crimes do Penacho” e logo despertou a curiosidade do comissário Machado Machado, um devorador de livros, que desde pequeno teve seu pai como um incentivador, ele que era um admirador de Machado de Assis, deu o mesmo nome ao filho, como uma forma de homenagem . Machado estava na polícia há dez anos e a noticia no jornal da morte dos dois acadêmicos por ataque cardíaco, fez seu instinto de investigador entrar em alerta. Machado era um tipo comum na paisagem carioca, não fosse seu chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser meras coincidências. Em sua investigação, o comissário Machado procura indícios em vários pontos da cidade e encontra uma lista de suspeitos, que vão desde políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, alfaiates e atrizes francesas.
Como disse anteriormente, Jô Soares cria um ambiente que mistura de realidade e ficção, baseada em uma pesquisa histórica muito interessante, que revela ao leitor um Rio de Janeiro até certo ponto desconhecido. Uma característica bem explorada pelo escritor, são as notícias do jornal “O Paiz”, que foram escritas com a regra de gramática da época. Em meio a tudo isso, uma dose de romance, investigação policial e bom humor.
Livro: "Assassinatos na ABL" (Jô Soares): PDF - Clique Aqui
Gênero: Romance Policial
Lançamento: 2005
Páginas: 252
Acabamento: Brochura
Editora: Companhia das Letras
Como leitor assíduo dos livros do Jô, não poderia deixar de falar do terceiro e até então o último romance escrito por ele, “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”. Tive a honra de ler este livro alguns dias depois do seu lançamento, em 2005 e como já tinha lido o “O Xangô de Baker Street” e “O Homem Que Matou Getúlio Vargas”, a expectativa em torno deste livro era enorme.
O livro segue a mesma linha dos anteriores, Jô Soares continua dando uma aula de história e bom humor, misturando ficção e realidade, sempre na dose certa. Se em “O Xangô de Baker Street” o surgimento do primeiro serial killer no Brasil causava espanto, em “Assassinatos na ABL”, Jô volta a abordar o assunto, porém de outra maneira.
O cenário escolhido por Jô Soares é novamente o Rio de Janeiro, desta vez no ano de 1924. Na ocasião o jornal “O Paiz” estampa na primeira página que a cidade do Rio de Janeiro iria ganhar um Cristo Redentor, que seria colocado no alto do Corcovado. E na Urca, um cassino recém-construido promete se tornar um grande centro de agitação social. O Copacabana Palace, também recém-inaugurado, já recebia em seus salões as mais altas (e patéticas) figuras da república. Com todas essas atrações, o momento não poderia ser melhor, menos para os imortais da Academia Brasileira de Letras. A trama começa em clima de mistério, durante o seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia, no salão do Petit Trianon – uma réplica que o governo francês por meio do embaixador Alexandre Conty, doou à Academia – é acometido por um mau súbito e conseqüentemente uma morte fulminante. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes – súbita, sem sangue e sem violência aparente – traz um clima de tensão e uma situação até certo ponto inusitada para a tradicional Casa de Machado de Assis: um serial killer literário parecia solto e com uma missão: Queria ver mortos todos os imortais.
O senador Bezerra, que também era um escritor, conseguiu seu ingresso na Academia depois de alcançar um sucesso extraordinário com seu último livro “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, o livro conta a história de um poeta que foi negado duas vezes pelos imortais e por isso jurou vingança. Por coincidência ou não, a história escrita por Bezerra, aos poucos ganhava vida. O crime logo ganhou as páginas do jornal “O Paiz”, a imprensa apelidou o caso de “Crimes do Penacho” e logo despertou a curiosidade do comissário Machado Machado, um devorador de livros, que desde pequeno teve seu pai como um incentivador, ele que era um admirador de Machado de Assis, deu o mesmo nome ao filho, como uma forma de homenagem . Machado estava na polícia há dez anos e a noticia no jornal da morte dos dois acadêmicos por ataque cardíaco, fez seu instinto de investigador entrar em alerta. Machado era um tipo comum na paisagem carioca, não fosse seu chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser meras coincidências. Em sua investigação, o comissário Machado procura indícios em vários pontos da cidade e encontra uma lista de suspeitos, que vão desde políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, alfaiates e atrizes francesas.
Como disse anteriormente, Jô Soares cria um ambiente que mistura de realidade e ficção, baseada em uma pesquisa histórica muito interessante, que revela ao leitor um Rio de Janeiro até certo ponto desconhecido. Uma característica bem explorada pelo escritor, são as notícias do jornal “O Paiz”, que foram escritas com a regra de gramática da época. Em meio a tudo isso, uma dose de romance, investigação policial e bom humor.
Livro: "Assassinatos na ABL" (Jô Soares): PDF - Clique Aqui
Eu adorei os livros do jô, mas esse não consegui ler.. tentei por 2x e nunca finalizo ¬¬ ...
ResponderExcluirmas eu gosto do jeito que o jô escreve =]