1981 - The Man With The Horn
Gênero: Jazz Fusion/Funk
Considero o álbum “The Man With The Horn” como um dos melhores da carreira do trompetista Miles Davis. Como já disse em outros posts, Miles Davis é um capitulo na história do jazz, é impossível citar um e não citar o outro.
Miles Davis estava afastado dos palcos e dos estúdios por um tempo, o motivo era a sua saúde que estava debilitada por causa da bebida e da cocaína e por isso necessitava de uma recuperação. A situação em 1979 era a seguinte: Davis viu a acessão e a evolução do fusion no cenário musical, porém quando voltou a ativa seus antigos parceiros, entre eles Chick Corea, não estavam tão engajados naquela vertente e buscavam novos caminhos. Miles com toda percepção e talento percebeu uma nova safra de bons músicos e buscou um meio de trazê-los e formar novo grupo, para mais uma vez revolucionar e moldar o jazz a sua maneira.
Como nas outras vezes, Miles acertou e não decepcionou, “The Man With The Horn” foi lançado em 1981 e o resultado é um álbum de extrema qualidade e moderno. O som é impecável como sempre, com muito groove, funk e rock. O álbum começa com a explosiva “Fat Time”, o que marca nessa música é o peso e a groove feito pelo genial Marcus Miller e o trompete refinado de Miles. Já “Back Seat Beety” começa com a guitarra destorcida do excelente Mike Stern e depois alterna entre o baixo, o trompete e o teclado marcante de Robert Irving III. “Shout” é a música mais dançante do álbum e com uma performance incrível de Miles Davis e mostra que seu retorno é mesmo triunfal. O cenário musical nos anos 80 foi marcado pelo uso de teclados e sintetizadores, muitas bandas de rock usaram isso nesse período. Miles Davis também abusou desse artifício, a prova são as músicas “Ainda” e “Man With The Horn”, destaque para Marcus Miller, que apresenta uma linha de baixo bem interessante e claro Miles por encaixar o som do trompete de maneira tão precisa. Por fim “Ursula” que começa com uma pequena intro de baixo e depois o trompete de Miles se sobrepõe, são mais de 10 minutos de pura viagem musical.
É por tudo isso que considero esse álbum como um dos melhores da carreira de Miles Davis. Apesar de ter ficado afastado e nas dificuldades que encontrou no seu retorno, o trompetista se mostra como sempre inovador, Miles tem o controle total sobre a música, ao ponto de moldá-la conforme o sua vontade e como num passe de mágica ela se mostra submissa. Depois desse álbum o trompetista continuou trilhando esse caminho e lançando excelentes trabalhos, que mais para frente vou postar aqui. Por enquanto é isso. Boa Audição ! E não esqueça de deixar um comentário.
Track List
01. Fat Time
02. Back Seat Betty
03. Shout
04. Aida
05. The Man With The Horn
06. Ursula
Miles Davis - (Trompete)
Marcus Miller - (Baixo)
Bill Evans - (Saxofone Soprano)
Mike Stern - (Guitarra)
Robert Irving III - (Sintetizadores)
Al Foster - (Bateria)
Sammy Figueroa - (Percussão)
Site Oficial: Miles Davis
Gênero: Jazz Fusion/Funk
Considero o álbum “The Man With The Horn” como um dos melhores da carreira do trompetista Miles Davis. Como já disse em outros posts, Miles Davis é um capitulo na história do jazz, é impossível citar um e não citar o outro.
Miles Davis estava afastado dos palcos e dos estúdios por um tempo, o motivo era a sua saúde que estava debilitada por causa da bebida e da cocaína e por isso necessitava de uma recuperação. A situação em 1979 era a seguinte: Davis viu a acessão e a evolução do fusion no cenário musical, porém quando voltou a ativa seus antigos parceiros, entre eles Chick Corea, não estavam tão engajados naquela vertente e buscavam novos caminhos. Miles com toda percepção e talento percebeu uma nova safra de bons músicos e buscou um meio de trazê-los e formar novo grupo, para mais uma vez revolucionar e moldar o jazz a sua maneira.
Como nas outras vezes, Miles acertou e não decepcionou, “The Man With The Horn” foi lançado em 1981 e o resultado é um álbum de extrema qualidade e moderno. O som é impecável como sempre, com muito groove, funk e rock. O álbum começa com a explosiva “Fat Time”, o que marca nessa música é o peso e a groove feito pelo genial Marcus Miller e o trompete refinado de Miles. Já “Back Seat Beety” começa com a guitarra destorcida do excelente Mike Stern e depois alterna entre o baixo, o trompete e o teclado marcante de Robert Irving III. “Shout” é a música mais dançante do álbum e com uma performance incrível de Miles Davis e mostra que seu retorno é mesmo triunfal. O cenário musical nos anos 80 foi marcado pelo uso de teclados e sintetizadores, muitas bandas de rock usaram isso nesse período. Miles Davis também abusou desse artifício, a prova são as músicas “Ainda” e “Man With The Horn”, destaque para Marcus Miller, que apresenta uma linha de baixo bem interessante e claro Miles por encaixar o som do trompete de maneira tão precisa. Por fim “Ursula” que começa com uma pequena intro de baixo e depois o trompete de Miles se sobrepõe, são mais de 10 minutos de pura viagem musical.
É por tudo isso que considero esse álbum como um dos melhores da carreira de Miles Davis. Apesar de ter ficado afastado e nas dificuldades que encontrou no seu retorno, o trompetista se mostra como sempre inovador, Miles tem o controle total sobre a música, ao ponto de moldá-la conforme o sua vontade e como num passe de mágica ela se mostra submissa. Depois desse álbum o trompetista continuou trilhando esse caminho e lançando excelentes trabalhos, que mais para frente vou postar aqui. Por enquanto é isso. Boa Audição ! E não esqueça de deixar um comentário.
Track List
01. Fat Time
02. Back Seat Betty
03. Shout
04. Aida
05. The Man With The Horn
06. Ursula
Miles Davis - (Trompete)
Marcus Miller - (Baixo)
Bill Evans - (Saxofone Soprano)
Mike Stern - (Guitarra)
Robert Irving III - (Sintetizadores)
Al Foster - (Bateria)
Sammy Figueroa - (Percussão)
Site Oficial: Miles Davis
Miles é fantástico, Valeu!!
ResponderExcluirAdoro Miles Davis.
ResponderExcluirMuito bom, seu som me acompanha em muitas noites insônes!
;*
Gosto demais de Miles e tenho este cd.Minha preferida é Ursula pois traz Miles numa versão meio bebop, meio jazz elétrico com o contrabaixo de Marcus Miller fazendo jazz standard ao mesmo tempo que joga com o fusion e o melhor: o batera ao Foster , meu baterista de jazz preferido empresta seu talento e brilho!
ResponderExcluirBill Evans no sax???
ResponderExcluirExatamente. Pelo jeito você está pensando no Bill Evans pianista, mas tem um que é saxofonista também.
ResponderExcluirhttp://en.wikipedia.org/wiki/Bill_Evans_(saxophonist)