segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Xangô de Baker Street (Jô Soares)

Ficha Técnica:

Titúlo: "O Xangô de Baker Street"
Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance Cômico-Policial
Lançamento: 1995
Páginas: 349
Acabamento: Brochura
Selo: Companhia das Letras


Para dar inicio ao novo projeto do Blog Jazz e Rock, nada melhor do que citar o primeiro livro que me despertou para a leitura. “O Xangô de Baker Street” é o primeiro romance do apresentador, humorista e escritor Jô Soares, trazendo uma história surpreendente e intrigante, vendeu mais de 620 mil cópias no Brasil e também foi publicado em vários países; Canadá, EUA, Alemanha, Itália, Holanda, Japão, entre outros. Anos mais tarde o livro chega as telas do cinema, com uma produção excelente e sucesso garantido.

“Ô Xango de Baker Street” pode ser considerado um thriller, Jô Soares traz para o livro personagens conhecidos da história política e cultural do país, como Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, D. Pedro II e em meio a tudo isso, dois personagens de ficção conhecidos mundialmente, o detetive inglês Sherlock Holmes e seu fiel amigo dr.Watson. O cenário é ainda mais surpreendente, Rio de Janeiro, século XIX, mais precisamente ano de 1886. Na ocasião desembarcava pela primeira vez no Brasil a legendária atriz francesa Sarah Bernhardt, para se apresentar no Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, a platéia aplaudia emocionada, afinal era um momento histórico para os presentes, pois há meses a cidade inteira se preparou para tal apresentação. Na platéia convidados ilustres, entre eles o imperador do Brasil Dom Pedro II, que durante uma conversa no camarim com a atriz revela um segredo: um valioso violino Stradivarius, um presente do imperador para a baronesa de Avaré, Maria Luíza Catarina de Albuquerque, desaparecera de maneira misteriosa. Sarah pergunta sobre a polícia local, mas dom Pedro II diz que a baronesa não gostaria de envolver as autoridades, por que a imperatriz não veria a história nos jornais com bons olhos. É nesse momento que a atriz sugere que o imperador convide o famoso detetive Sherlock Holmes para investigar o caso. Dom Pedro II aceita o conselho prontamente, e eis que o detetive concorda vir para tentar solucionar o mistério. Ao mesmo tempo uma prostituta é assassinada, porém são deixados vestígios na cena do crime: As orelhas foram decepadas e uma corda de violino fora colocada nos pêlos pubianos da moça. O assassinato deixa o delegado Mello Pimenta sem saber o que fazer, enquanto ele busca suas primeiras pistas, Sherlock Holmes e Dr.Watson chegam ao Rio de Janeiro, sem imaginar os perigos que os esperam: feijoadas, caipirinhas, pais-de-santo, intelectuais de botequim, cannabis sativa e as mulatas. Porém, aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial em busca de um violino Stradivarius, transforma-se numa saga surpreendente, devido à série de crimes hediondos e enigmáticos que acontecem na cidade e que deve ser solucionado o mais rápido possível.

O resultado é um livro contagiante, como se não bastasse o enredo histórico e rico em detalhes, o livro vêm acompanhado de algumas suposições ousadas, como por exemplo, a do Brasil ter sido o berço do primeiro serial killer da história, que executa seu plano nota a nota, com notável afinação e precisão de corte.

É nessa trama que Jô Soares traça um romance implacável e impagável, que deixará o leitor aguçado, em uma busca frenética e alucinante juntamente com o detetive inglês Sherlock Holmes e será obrigado a admitir que os crimes abaixo do Equador não são tão elementares assim.

Esperanza Spalding

2008 - Esperanza
Gênero: Jazz



Esperanza Spalding, 25 anos, contrabaixista e cantora Estadunidense. Revelação do Jazz, que há tempos não se vê ter tanta atenção. A mesma arrancou do apresentador David Letterman o seguinte comentário: "Você é absolutamente maravilhosa". Em 2008 a revista "Down Beat" a elegeu como "Melhor baixista acústica em ascensão". Se você acha pouco, ela compõe e ainda leciona para a famosíssima "Berklee College of Music" que fica em Boston. A cantora canta em inglês, espanhol e pasmem... Português. Fez versão até de Ponta de Areia de Milton Nascimento e Fernando Brant.

Comentário da própria sobre nossa música: "Eu me sinto muito ligada à música brasileira, particularmente à melodia e à harmonia, que contribuíram bastante para meu estilo de compor e tocar".

Ela tem dois discos, os dois relativamente recentes. Junjo (2006) e Esperanza (2008), disponibilizado abaixo.

A mãe apoiou a cantora desde cedo. A mesma sempre credita à mãe o seu sucesso e sua evolução musical. Desde cedo aprendeu violino, com muita dedicação até quando completou 15 anos, quando assumiu o posto de primeira violinista da Orquestra Comunitária do Oregon: "The Chamber Music Society Of Oregon".

Só para citar, a moça já tocou acompanhada de: Joe Lovano, Donald Harrinson, Michel Camilo e Pat Metheny. São alguns que resolvi destacar, dos que ela teve o prazer de tocar acompanhada. Destaque para as músicas "Ponta de Areia", versão e Precious, esta segunda muito boa.

Agradeço a Biu Oliveira que me apresentou Esperanza Spalding. Fica a dica.

Track List

01 Ponta De Areia
02 I Know You Know
03 Fall In
04 I Adore You
05 Cuerpo y Alma
06 She Got To You
07 Precious
08 Mela
09 Love In Time
10 Espera
11 If That's True
12 Samba Em Preludio



Site Oficial: Esperanza Spalding

Móveis Coloniais de Acaju

Olá a todos, me chamo Tiago e sou um novo colaborador do blog. Amante da música como todos vocês, prometo proporcionar o melhor do que eu achar do que eu costumo chamar de "garimpagem".

Neste primeiro post, peço que entendam a pessoalidade dele. Trago a vocês a banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju. Tentar definir Móveis Coloniais de Acaju é uma tarefa um pouco complicada, pois eles trazem elementos do rock, do swing (vide single), do ska (muito presente) entre outras coisas. O som é muito rico em detalhes, com letras bem "livres".

A banda foi formada em 1998, como contam numa entrevista com 6 membros mais ou menos e com o tempo foram se juntando mais 4 membros, totalizando 10. O som da banda foi definido por eles próprios como "feijoada búlgara". O primeiro álbum da banda se chama Idem e foi lançado em 2005, com tiragem inicial de 3mil, onde nos primeiros 10 dias a aceitação foi tão positiva que 2mil cópias já haviam sido vendidas neste período.

Em 2007 eles lançam o single "Sem palavras" que contém uma "pegada" mais influenciada pelo swing. 2009 foi o ano em que decidiram lançar o álbum virtual "C_MPL_TE" e além disso produziram clipes independentes gravados ao vivo e disponibilizados no youtube quase que periodicamente, música a música.

Além das influências já citadas, a banda carrega consigo também influências do leste europeu e claro música brasileira.

Particularmente é uma das bandas atuais nacional que mais ouço, admiro (pela relação entre os integrantes e a independência da banda), elogio e tudo o mais. Perdoem-me pela pessoalidade mas decidi realmente começar com uma banda que gosto muito mesmo.

Quero agradecer a oportunidade que me foi dada pelo Daniel Argentino, espero não decepcionar.Boa audição àqueles que não conhecem o som dos brasilienses aí!

2005 - Idem
Gênero: Rock, Ska



Track List

01. Perca Peso
02. Seria o Rolex?
03. Aluga-se-vende
04. Copacabana
05. Menina-moça
06. Cego
07. Esquilo Não Samba
08. Gregório
09. Swing Hum e Meio
10. Do Mesmo Ar
11. Sadô-masô
12. Receio do Remorso

2009 - C_MPL_TE
Gênero: Rock, Ska



1. Adeus
2. Lista de Casamento
3. O Tempo
4. Cão-Guia
5. Descomplica
6. Café com Leite
7. Pra Manter ou Mudar
8. Bem Natural
9. Falso Retrato
10. Cheia de Manha
11. Sem Palavras
12. Indiferença



Site Oficial: Móveis Coloniais de Acaju

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Resenha de Livros !

Já faz algum tempo que estou com essa idéia em mente e queria compartilhar com os leitores aqui do blog. Quando eu pensei sobre isso, me pareceu bem interessante, afinal eu sou um admirador de apenas três tipos de arte: música, cinema e literatura. Pode-se dizer que elas andam juntas, uma completa a outra, isso na minha opinião. Então a idéia inicial é usar o espaço do Blog para escrever sobre alguns livros, principalmente os que eu já tive a chance de ler. Assim como faço com alguns filmes e claro com a música, a maneira como procuro trazer os álbuns até vocês, de uma forma bem descontraída, até para tirar essa imagem que geralmente o jazz carrega, de ser um som para elite e complicado, sempre procurei mostrar o contrário disso. Então surgiu a idéia de falar sobre alguns livros, por que assim como na música, às vezes caímos no dilema: “Estou com vontade de ler um livro. Mais qual livro comprar?”. Pensando nisso (por que já passei por isso várias vezes), estarei trazendo algumas dicas de livros para vocês, sempre de um jeito descomplicado.

O que acharam da idéia? Sugestões por favor ! (risos).

Abraço a todos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Slide Guitar - Bottles, Knives, And Steel








Ouça a música: "God Don't Never Change".

1990 - Slide Guitar - Bottles, Knives, And Steel
Gênero: Blues



Na beira de uma estrada, uma garrafa quebrada, o gargalo sobre as cordas de um velho violão. Basicamente essa coletânea mostra toda essa história, de lado "Gospel" do Blues (com o velho Blind Willie Johson) até o lado "demoníaco" do blues beira de estrada (com o mistico Robert Johson). Uma coletânea histórica pra quem curte SLIDE GUITAR. Fica a dica.

Track List

01. Bottleneck Blues
02. (Untitled)
03. God Don't Never Change
04. Dark Was The Night
05. St. Louis Blues
06. Experience Blues
07. Guitar Rag
08. You Can't Get That Stuff No More
09. High Sheriff Blues
10. Homesick & Lonesome Blues
11. Packin' Trunk Blues
12. I Beleive I'll Make A Change
13. Don't Sell It (Don't Give It Away)
14. Muscat Hill Blues
15. Travelling Riverside Blues
16. Bukka's Jitterbug Swing
17. Special Stream Line
18. Swing Low, Chariot
19. Pearline

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rea Bar-Ness

2006 - Remember & Forget
Gênero: Jazz Contemporâneo/Middle Eastern Music



Como prometido, continuarei apresentando novidades musicais de Israel. Rea Bar-Ness é baterista/ percussionista, nasceu em 1973, ingressou no mundo da música um pouco tarde, em 1989 começou a tocar na Orquestra Filarmônica de Israel e na Orquestra Sinfônica de Jerusalém. Em 1995 recebeu uma bolsa de estudos e mudou-se para Berlim, ficou por lá durante sete anos, tocou em diferentes orquestras e conjuntos de música contemporânea. Anos mais tarde mudou-se para Nova York, acabou se envolvendo com música afro-cubana e se rendendo definitivamente ao mundo do jazz. Quando retornou para Israel, Rea Bar-Ness começou a trabalhar em sua própria música, com a bagagem musical que adquiriu, acabou combinando elementos de jazz clássicos com a música oriental.

Em seu primeiro álbum “Remember & Forget” (2006), Rea Bar-Ness demonstra todo seu conhecimento musical, a sonoridade é maravilhosa, soa diferente de tudo que estamos acostumados a ouvir no meio jazzístico, ainda mais pelos elementos da música oriental misturados sutilmente ao jazz clássico. Destaque para as faixas, “And If At All ...”, “Avazim Hayinu” – que começa com uma introdução feita com o Oud, instrumento de cordas típico do Oriente –, “Shuluka“ e “Tachlless”. O time de músicos que o percussionista reuniu para seu álbum de estréia é simplesmente genial, começando por Avishai Cohen, que apesar de ser um dos melhores baixistas do mundo, ele participa tocando trompete, Armos Hoffman (guitarra e Qud), Omri Mor (piano), Omer Avital (baixo), Gilard Abro (baixo) e Asaf Yuria (sax tenor). “Remember & Forget” é um álbum obrigatório para os amantes e apreciadores do jazz, ainda mais em se tratando de uma promessa do jazz, mal posso esperar pelos próximos trabalhos desse músico extraordinário.

Boa Audição !

Track List

1. And If At All ...
2. Avazim Hayinu
3. Intensity
4. Haj Ahmad
5. Shuluka
6. Kineret
7. Tachlless
8. Linda

Amos Hoffman - (Guitarra e Oud)
Omri Mor - (Piano)
Omer Avital - (Baixo: faixas - 1,4,5,8)
Gilad Abro - (Baixo: faixas - 2,3,6,7)
Avishai Cohen - (Trompete)
Asaf Yuria - (Sax Tenor)
Rea Bar-Ness - (Bateria e Percussão)

Site Oficial: Rea Bar-Ness
MySpace: Clique Aqui

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Squirrel Nut Zippers

Após um período de nove anos sem lançamentos, o Squirrel Nut Zippers volta à ativa em 2009, com o primeiro álbum ao vivo da banda, “Lost At Sea”. O show foi realizado no Southpaw, no Brooklyn, Nova York, o set list nada mais é que os maiores hits da carreira da banda. O ultimo álbum lançado pela banda foi “Bedlam Ballroom” (2000), e após uma série de conflitos a banda acabou se separando. Tom Maxell , um dos mais influentes membros, que escreveu entre as várias canções o maior hit “Hell”, não faz mais parte da banda. Nesse período muita coisa aconteceu, todos os membros partiram de alguma forma para projetos pessoais.

O álbum “Lost At Sea”, parece mais uma tentativa de trazer a tona o sucesso que o Squirrel Nut Zippers já conseguiram, afinal são mais de 3 milhões de álbuns vendidos durante a carreira, as músicas ao vivo soam ainda mais divertidas, descontraídas e claro nos remete ao passado glorioso da banda. Entre os destaques, a faixa de abertura “Memphis Exorcism”, um instrumental bem interessante, faz parte do álbum “Hot”(1996), “Good Enough for Grandad” é uma música típica de Nova Orleans , a música fala sobre a reverência ao passado, mesmo vivendo em um mundo moderno. Katherine Whalen faz sua primeira participação na música “It Ain’t You” e depois em “Prince Nez”, ambas sensacionais. “Put a Lid on It” é um clássico que foi lançado no álbum “Hot”. “Danny Diamond” é outra música que merece destaque, faz parte do álbum “The Inevitable”(1995). A canção “Suits Are Picking Up the Bill” foi gravada no album “Perennial Favorites” (1998). “Bad Businessman” e o classic dos clássicos “Hell” também foram lembrados no show, ambos fazem parte do álbum “Hot” (1996).

“Lost At Sea” será o ponto de partida para uma nova fase de sucessos da banda, e nada melhor do que celebrar todos esses anos com um lançamento desse porte, e sem dúvida não vai demorar muito até um material inédito anunciando definitivamente a volta do Squirrel Nut Zippers. Enquanto isso, nada impede que você conheça melhor os álbuns da banda, todos excelentes por sinal.

Boa Audição !

2009 - Lost At Sea
Gênero: Jazz Swing



Track List

01. Memphis Exorcism
02. Good Enough for Grandad
03. It Ain’t You
04. Prince Nez
05. Put a Lid on It
06. Fat Cat Keeps Getting Fatter
07. Danny Diamond
08. Suits Are Picking Up the Bill
09. My Drag
10. Happens All the Time
11. Bad Businessman
12. Hell
13. Ghost of Stephen Foster
14. You Are My Radio
15. Blue Angel
16. Do What
17. Missing Link Parade

Site Oficial: Squirrel Nut Zippers

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Oz Noy

2009 - Schizophrenic
Gênero: Jazz-Rock/Funk/Fusion



Peço aos leitores que prestem atenção nas futuras postagens do Blog Jazz e Rock, estou com um material de músicos israelenses, minha vontade era postar tudo de uma vez, mas como não é possivel, vou apresentando aos poucos, espero que apreciem (sem moderação) as novidades.

Oz Noy é um guitarrista de Israel, que começou sua carreira profissional aos 13 anos de idade tocando, jazz, blues, pop e rock. Aos 16 anos Oz já estava tocando com os principais músicos israelenses e aos 24 anos foi considerado um dos melhores guitarristas do país. Chegou em Nova York em 1996, onde teve um excelente reconhecimento entre os músicos locais, com seu som único que mistura um pouco do rock, blues, funk e jazz, aliada as composições bem elaboradas. Em 2003 lançou seu primeiro álbum solo "Oz Noy Live" acompanhado de Anton Fig e Keith Carlock na bateria, Reggie Washington, James Genus e Will Lee no baixo. Em 2004 assina com o selo “Magna Carta” e lança, em seguida, seu segundo CD intitulado “Ha!”.Em 2007 lança seu terceiro álbum “Fuzzy”, considerado um dos melhores da sua carreira.

“Schizophrenic ” (2009) é o seu mais recente trabalho, a diferença desse álbum em relação aos outros, é que dessa vez Oz traz uma sonoridade digamos mais tradicional, parece que o objetivo do músico foi o de buscar novos horizontes pra sua música, de maneira mais madura musicalmente, com a intenção de atrair novos fãs. O time de músicos que acompanharam Oz nesse trabalho é de primeira, Will Lee (baixo), Anton Fig (bateria), Keith Carlock (bateria) , Dace Weckl (bateria), Ricky Peterson (teclado), Chris Palmaro (teclado) e Steve Lukather (guitarra), como vocês perceberam existem três bateristas e dois tecladistas, isso significa que a formação varia de uma música para outra, uma sacada bem interessante por sinal.

Destaque para a faixa de abertura “Ice Pick”, nessa música é possivel notar uma sonoridade pop um pouco mais forte da usada nos álbuns anteriores. “120 Heart Beats” é certamente a música mais comercial que Oz já produziu, tem a participação do guitarrista Steve Lukather, o riff distorcido durante a música é dele , já na música titúlo “Schizophrenic”, Lukather aparece com uma guitarra bem mais pesada, entre as levadas de funk de Oz Noy, na mesma faixa tem um duelo de solos de bateria entre Anton Fig e Carlock Keith. “Seven” e “Underwater Romance” são as duas baladas do álbum, com um jazz mais suave, um som excelente, que convida o ouvinte a viajar a cada nota. Em "Elephant Walk" e "Jelly Blue", Oz mostra uma pegada voltada para o blues, alias isso é uma das qualidades do guitarrista, a improvisação e a sua vasta bagagem músical, e por que não dizer um espírito digamos aventureiro e com liberdade de criação, é isso que ele passa atráves da sua música.

Boa Audição !

Track List

01. Ice Pick
02. 120 Heart Beats
03. Seven
04. Schizophrenic
05. Elephant Walk
06. Twice in a While
07. Jelly Blue
08. Underwater Romance
09. Bug Out.

Oz Noy Trio - "Just Groove Me" (Oz Noy, Dave Weckl & Will Lee)


MySpace Oficial: Oz Noy

domingo, 15 de novembro de 2009

Dave Weckl Band

2005 - Multiplicity
Gênero: Jazz Fusion/Funk



Dave Weckl é sem dúvida um dos melhores bateristas que eu já ouvi tocar, possue uma técnica precisa, afinal é dono de um talento inquestionável. Eu já tive a honra de apresentar o som dele para vocês, na época eu postei o álbum “Transition” (2000), para quem ainda não o conhece, Dave é natural de Saint Louis e começou a tocar bateria com apenas 7 anos de idade, mais tarde mudou-se para Nova York onde alcançou uma excelente reputação nos clubes. Gravou com grandes nomes da música mundial, fez parte do grupo de Chick Corea, o “Chick Corea Eletric Band” e do “Chick Corea Akoustic Band”.

“Multiplicity” (2005) é o trabalho mais recente do baterista, são apenas 9 faixas, porém com um diferencial, nesse álbum Dave reúne toda bagagem músical que conseguiu em 25 anos de carreira. É uma grande mistura de referências musicais, desde o tempo em que tocava com Chick Corea. Os músicos que acompanham Dave neste trabalho são fantásticos, começando pelo tecladista Steve Weingart e Gary Meek, que colaboram e muito nas composições, Ric Fierabracci (baixista), que toca em quatro faixas e o também baixista Tom Kennedy, que é um parceiro antigo de Dave.

“Multiplicity” é um excelente trabalho, jazz fusion aliado ao funk, apesar da batera ser o som predominante, vale prestar atenção nas linhas do baixo, simplesmente arrazadoras. A sonoridade do álbum é bem variada por que reuniu diversas fases da carreira de Dave. Destaque para as faixas “Watch Your Step”, “Vuelo”, uma música com ritmos latinos e a música que contém uma pegada voltada para o funk, “What It Is”. Boa Audição !!

Track List

01. Watch Your Step
02. Elements Of Surprise
03. Vuelo
04. Inner Vision
05. What It Is
06. Chain Reaction
07. Cascade
08. Mixed Bag
09. Down On The Corner

Site Oficial: Dave Weckl

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aniversário de 2 Anos !

O “Blog Jazz e Rock” completou 2 anos de “vida”. Quero agradecer a todos os leitores que participam de alguma forma, seja em comentários, sugestões ou na divulgação do blog e também aos ex-colaboradores que ajudaram o blog de uma forma muito especial. Creio que o propósito do blog foi alcançado durante esse período, que é de levar música de qualidade as pessoas, porém de uma forma simples.

Procura-se um colaborador !

O blog entra no seu 3º ano de atividade, com algumas dificuldades é verdade, aproveitando o espaço, quero dizer que estou procurando um novo colaborador. Procuro uma pessoa que assuma um compromisso verdadeiro, para não acontecer de começar e depois parar e claro que goste desse “universo” dos blogs. Além do mais o novo colaborador precisa “respirar” música, e se possivel curtir os estilos que são postados aqui no blog. O novo colaborador poderá fazer suas próprias postagens, terá uma conta registrada aqui no Jazz e Rock para isso.

Se alguém se interessar, favor entrar em contato ok ?

Blog.jazzerock@hotmail.com

Abraço !

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

KISS



Não existe jeito melhor de fazer uma resenha de um álbum do KISS, do que escrever ouvindo o som da banda. “Sonic Boom” não é um simples lançamento, afinal desde o álbum “Psycho Circus” (1998), a banda não lançava um material inédito, lá se foram 11 anos de pura expectativa. Ninguém gosta de esperar tanto tempo assim, mais talvez esse tempo se fizesse necessário, tempo que você esquece depois que começa a ouvir “Sonic Boom”.

Apesar de novo, “Sonic Boom”, soa como um verdadeiro clássico, com a sonoridade inconfundível do KISS, o álbum reúne um pouco de cada fase da banda, desde o rock and roll clássico, passando pelo hard rock e uma pitada nada exagerada de heavy metal, estilos que ficaram marcados na carreira do Kiss em álbuns como “Animalize”, “Lick It Up” e “Carnival of Souls”, entre outros, está nesse novo trabalho, talvez isso tenha sido a melhor jogada da banda na criação do novo álbum, realmente valeu a espera.

O álbum começa com explosiva faixa “Modern Day Delilah” – que foi o primeiro single do álbum – a música vem carregada com riffs pesados e um solo digno de clássico do KISS, sem falar do vocal de Paul Stanley, que continua inconfundível. O baixista Gene Simmons aparece como vocalista nas faixas “Russian Roulette”, relembrando os bons tempos de “Deuce”, claro guardadas as devidas proporções do clássico, "Yes I Know (Nobody's Perfect)" é o que podemos dizer de canção típica do Kiss, “Hot And Cold” cantada por Gene e que tráz um solo muito bem elaborado por Tommy Thayer, a faixa “I'm An Animal” é definitivamente a cara de Simmons, principalmente pela letra juntamente com um instrumental pesado e por fim “Stand" que é cantada por Gene e Stanley, uma faixa que nos remete aos tempos de "Shout It Out Loud", é a música mais longa do álbum, o refrão é grudento, a sonoridade perfeita, porém sem grandes pretensões. O baterista Eric Singer mostra seu potencial como vocalista na faixa “All For The Glory”, a música é composta por Paul Stanley, vem marcada por uma linha de baixo interessante e com riffs pesados, o vocal de Eric lembra um pouco o do ex-baterista Peter Criss. Outro momento interessante do álbum é a participação do guitarrista Tommy Thayer nos vocais na música “When Lightning Strikes" e creio que surpreendeu os fãs mais exigentes do Kiss, afinal ficamos acostumados em ouvir o ex-guitarrista Ace Frehley cantando, mais longe de comparações, Tommy fez uma excelente participação. “Danger Us” é uma faixa que não poderia deixar de comentar, cantada por Stanley, ela vem carregada de rock’n’roll, uma música que sem dúvida será lembrada durante os shows da banda, riffs e solos empolgantes e a bateria impecável de Eric Singer. A faixa “Say Yeah” composta pro Stanley, Gene e Eric Singer, pode ser considerada a melhor do álbum, uma música que tem tudo para ser um clássico do Kiss, agradável de ouvir, marcante e com um refrão grudento ao extremo, que nos remete novamente aos bons tempos de Kiss, que parece ter voltado em grande estilo.

A banda ainda reservou uma surpresa para os fãs, além da versão comum, o álbum foi lançado na versão tripla – versão que está sendo vendida nos EUA pelas lojas Wal-Mart – o pacote traz o CD “Kiss Classics”, que contém 15 sucessos da banda, como “Deuce”, “Calling Dr. Love”, “Rock And Roll All Night”, “Forever”, entre outros, e ainda um DVD “Live in Buenos”, show da mesma turnê que passou pelo Brasil no mês de abril. Aqui no Blog Jazz e Rock, estarei postando o álbum “Sonic Boom” e o CD com os clássicos que foram regravados, já o DVD eu fico devendo (risos).

“Sonic Boom” está longe de ser um simples lançamento - como disse no inicio da resenha-, é mais do que isso, depois de 11 anos a banda ressurge no cenário musical com um trabalho magnífico, digno de aplausos e que nos faz pensar que esse tempo todo sem um material inédito foi apenas um detalhe e ver Paul, Gene, Eric e Tommy trabalhando em um projeto novo é algo satisfatório para qualquer fã, e saber que a banda conseguiu realizar um trabalho digno e que reúne o melhor do Kiss, fazer o que mais sabe: compor clássicos. O Kiss apostou em músicas bem elaboradas, porém carregadas de simplicidade, músicas que serão cantadas por estádios lotados mundo a fora.Boa Audição !!

2009 - Sonic Boom
Gênero: Hard Rock



Track List

01. Modern Day Delilah
02. Russian Roulette
03. Never Enough
04. Yes I Know (Nobody's Perfect)
05. Stand
06. Hot And Cold
07. All For The Glory
08. Danger Us
09. I'm An Animal
10. When Lightning Strikes
11. Say Yeah

Kiss Clássicos (CD Bônus)

01. Deuce
02. Detroit Rock City
03. Shout It Out Loud
04. Hotter Than Hell
05. Calling Dr. Love
06. Love Gun
07. I Was Made For Lovin' You
08. Heaven's On Fire
09. Lick It Up
10. I Love It Loud
11. Forever
12. Christine Sixteen
13. Do You Love Me?
14. Black Diamond
15. Rock And Roll All Nite

Kiss "Modern Day Delilah" (Live in Davi Letterman)


Site Oficial: KISS