Ouça a música: "Must Be The Money" (Felipe Cazaux)
O compositor, cantor e guitarrista Felipe Cazaux, concedeu uma breve entrevista para o Blog Jazz e Rock. Ele que faz parte da nova safra do blues nacional, vem ganhando notoriedade através da sua música, com o seu primeiro álbum solo “Help The Dog!” lançado em 2007, Felipe traz em seu som influências que vão do blues ao classic rock, passando pelo groove brasileiro. Na entrevista Felipe nos conta sobre suas influências, suas experiências no meio musical e muito mais. Confira abaixo a entrevista na integra.
JR - Felipe, conte-nos sobre sua relação com a música, como tudo começou?
Felipe - Toda a minha família sempre me deu forças para aprender música, comecei cantando em coral aos nove anos e no violão aos 12, sempre com música popular.
JR - Quais são suas influências musicais?
Felipe - Minhas influências básicas são Beatles, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Rolling Stones, Buddy Guy, Robert Cray, Led Zeppelin e Stray Cats.
JR - E o que você costuma ouvir no dia-a-dia?
Felipe - Muito Buddy Guy e as outras influências.
JR - Você já teve a honra de se apresentar em clubes lendários de Chicago (EUA), em que ocasião surgiu essas oportunidades?
Felipe - Na ocasião estava em Chicago para um “intercâmbio”, aproveitei para conhecer os bares e alguns músicos. Em muitas vezes que visitava esses clubes era convidado para as Jam sessions, tendo assim a oportunidade de interagir com alguns mestres ao vivo no palco.
JR - Aproveitando o assunto, fale sobre suas experiências internacionais?
Felipe - Além dessa viagem à Chicago, onde conheci mestres como James Wheeler, Jimmy Burns e Buddy Guy. Tive o prazer de fazer Jam sessions aqui mesmo no Brasil com Scott Henderson e Magic Slim, além do próprio James Wheeler no início do ano. Outra viagem bem legal foi para Argentina. Em Buenos Aires eles valorizam muito o Blues e conhecem bastante o repertório dos clássicos.
JR - Você participou de diversos festivais pelo Brasil, na sua opinião, de que forma eles contribuíram para a sua carreira musical?
Felipe - Além da divulgação do meu nome e da minha música, adquiri uma experiência sobre como agradar o público, como desenrolar o show de uma forma que todos saiam satisfeitos e alegres. Afinal, é pra isso que as pessoas vão a um show: para se divertir e ouvir boa música.
JR - Como você vê o cenário do blues no Brasil?
Felipe - Está crescendo muito. Pelo menos no Nordeste está havendo uma união e agora temos contato com outros estados, o que fortalece muito a nossa região, pois assim podemos trazer mais artistas e temos um intercâmbio mais intenso. Enxergo uma facilidade em tocar em estados vizinhos e assim surge um maior interesse de outras regiões do país.
JR - “Help The Dog” é o seu álbum mais recente, tem uma musicalidade incrível, uma mistura do blues com rock clássico, sem dúvida é um dos melhores álbuns lançados recentemente no Brasil. Como nasceu esse álbum? As composições são todas de sua autoria?
Felipe - Muito Obrigado. Fico muito feliz com a repercussão do álbum, afinal é pra isso que fazemos todo esse trabalho. Ele iniciou a partir do momento que minha antiga banda parou as atividades, em torno de 2005. As músicas foram sendo criadas conforme o som da banda amadurecia com a nova formação, que passou a ser um trio. No segundo semestre de 2006, começamos a gravar lançando em maio de 2007. A idéia da capa veio a partir do conceito de amizade, onde todas as pessoas que estavam ao meu redor se esforçaram para ver o trabalho pronto.
JR - E a “Dupla K”? É o seu primeiro trabalho com eles?
Felipe - O Klaus Sena (baixista), toca comigo desde 1999. Ele é um dos remanescentes do Double Blues, minha antiga banda. O Netto Krápula (baterista) começou a tocar com a gente em 2005, logo que a banda dele também acabou. Foi o primeiro trabalho que gravamos com essa formação, e todos os arranjos foram construídos pelos três juntos.
JR - As músicas são todas com letras em inglês, mesmo não sendo um álbum de blues, propriamente dito, você acha que o blues não se encaixa com português?
Felipe - Não posso dizer que não encaixa, mas prefiro compor em inglês. Se quisesse compor em português usaria o samba ou qualquer outro estilo de música brasileira.
JR - Para a gravação do álbum, você contou com algum tipo de patrocínio ou foi tudo bancado do seu próprio bolso?
Felipe - Hoje em dia, mesmo com as leis de incentivo, ainda é difícil conseguir patrocínio. Ainda mais para um estilo underground, como o blues.
JR - A internet é um dos meios de divulgação mais eficientes dos últimos anos, ainda mais quando o assunto é música. Muitos músicos apóiam o uso de blogs de download para a divulgação dos seus trabalhos, por outro lado, outros questionam e são radicalmente contra, pois visam o lucro com as vendas dos CDs. Você como músico profissional, qual é a sua opinião sobre esse assunto tão polêmico?
Felipe - Acho que cada cabeça tem uma sentença. Eu não me importo se as pessoas estão baixando meus CDs na internet. Quem coleciona CDs vai querer comprar o álbum que vem com o cachorro na capa. Na internet não tem as letras também, então vai de cada um.
JR - Felipe, conte-nos sobre seus projetos futuros? Você já está pensando em lançar seu próximo trabalho?
Felipe - O sucessor do “Help the Dog!” já está gravado. Agora vamos começar o trabalho de mixagem e masterização, além da arte e toda burocracia. Acredito que no segundo semestre de 2009, já seja lançado. O cd vai contar com 10 faixas, sendo três com a Dupla K e sete com o baterista Beto Gibbs, outro amigo de longa data. A produção, feita pelo cearense Régis Damasceno, está ótima, e o estúdio, “Totem”, atendeu todas as necessidades das gravações.
Nas ultimas entrevistas, inauguramos uma nova coluna no BLOG. É uma cópia descarada (risos) de uma coluna da Cover Guitarra. Indo direto ao ponto:
JR - Pra você qual é o melhor álbum da história?
Felipe - Axis: Bold as Love – Jimi Hendrix
JR - E o pior álbum da história?
Felipe - Esse eu não consegui ouvir inteiro, e não lembro o nome. (risos)
JR - Qual disco você tem ouvido bastante na última semana?
Felipe - Mr. Spaceman
JR - Qual disco você curte, mas tem vergonha de admitir?
Felipe - Thriller – Michael Jackson. Mas a vergonha é pelo artista. (risos)
JR - Quero te agradecer por ter aceitado o convite e por conceder essa breve entrevista para o Blog Jazz e Rock. Um abraço e sucesso.
Felipe - Muito obrigado a você pela oportunidade de dizer o que penso e divulgar meu trabalho.
Grande abraço!
Felipe Cazaux
Site Oficial: Felipe Cazaux
MySpace: Clique Aqui
Comunidade no Orkut: Clique Aqui
Daniel, mais uma vez obrigado pela oportunidade. Quero aproveitar e convidar o pessoal que curtiu pra entrar na comunidade do orkut, é só procurar por Felipe Cazaux. Grande abraço a todos os leitores do blog Jazz e Rock.
ResponderExcluirOpa eu que agradeço Felipe. Adicionei o Link da comunidade no post para ficar mais fácil.
ResponderExcluirE me avise quando lançar o CD novo hein rs..
Abraço
Valeu Felipe.
ResponderExcluirCom certeza estamos esperando e muito por esse lançamento.
Ai galera,
ResponderExcluiro Felipe já lançou o cd novo!
o nome é ''Good Days Have Come''!
Vamo comprar ai né!? Tá muito bom.
O som que ele manda é muito irado, se vocês quiserem ouvir algumas músicas pra ter noção, entra no MySpace dele, lá tem algumas músicas!
Abraço