Atendendo o pedido de um leitor do Blog Jazz e Rock (nos cometários), estou postando uma obra do grande pianista de Jazz Bud Powell.
Bud Powell foi um dos grandes expoentes do movimento bebop dos anos 40, quando os melhores músicos do século XX costumavam se reunir na Minton’s Playhouse, de Nova York. Mas além disto, Powell foi um dos maiores pianistas de todos os tempos, considerando todo e qualquer gênero musical. Sempre muito bem acompanhado, em formações que incluíam mestres como Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Dexter Gordon, Max Roach, entre outros, o pianista deixou como legado um punhado de ótimas composições, como “Bouncin’ with Bud”, “So Sorry Please”, “John’s Abbey”, “Sub City”, entre outras.Bud Powell teve uma carreira inconstante, abalada por crises de doenças mentais que o impediram de trabalhar durante quase toda a década de 50. Morreu em 1966, aos 32 anos, vítima de uma tuberculose contraída quatro anos antes. Sem dúvidas, o cessar precoce de sua arte foi uma tragédia para o jazz, para os admiradores do piano e da música em geral.
O trio formado por Powell - que assina todas as faixas, Sam Jones no baixo e ‘Philly’ Joe Jones na bateria, executa com exuberância baladas como “Dry Soul” e temas Bebop por excelência como “Marmalade” e “John’s Abbey”. A faixa-título é carregada de emoção, totalmente climática, quebrando a alucinação rítmica de outras como “Monopoly” e “Sub City”. Destaque individual para os solos inspirados de ‘Philly’ Joe Jones em “Buster Rides Again” e “Monopoly”.
Track List
1. Buster Rides Again 2. Sub City 3. Time Waits 4. Marmalade 5. Monopoly 6. John's Abbey 7. Dry Soul 8. Sub City (alternate master)
Credits:
Bud Powell - Piano Sam Jones - Baixo 'Philly Joe Jones - Bateria
1957 - Louis Armstrong Meets Oscar Peterson Gênero:Jazz
Louis Armstrong faz um passeio em diversas vertentes jazzísticas, apoiado pelo Oscar Peterson Trio e o baterista Louis Bellson. Esse encontro memorável representa uma das melhores fases de Peterson frente ao seu trio, executando arranjos simples e sublimes, que ganham doçura e extrema beleza na voz e nos solos de Louis Armstrong.
Track List
1. That Old Feeling 2. Let's Fall in Love 3. I'll Never Be the Same 4. Blues in the Night 5. How Long Has This Been Going On? 6. I Was Doing All Right 7. What's New? 8. Moon Song 9. Just One of Those Things 10. There's No You 11. You Go to My Head 12. Sweet Lorraine 13. I Get a Kick Out of You [*] 14. Makin' Whoopee [*] 15. Willow Weep for Me [*] 16. Let's Do It (Let's Fall in Love) [*]
Credits
Louis Armstrong - Trumpet, Vocals, Performer Louie Bellson - Drums Ray Brown - Bass Herb Ellis - Guitar Norman Granz - Producer Oscar Peterson - Piano, Performer
"Eu gostaria de fazer um livro com alguns músicos que sinto que foram deixados para trás... Como Kenny Dorham. Muita gente conhece Kenny, mas durante toda sua vida, ele nunca recebeu as honras nem as rosas que deveria ter recebido por tudo o que ele nos deu." --Jackie McLean
Por JazzMan!
Talvez você nunca tenha ouvido falar no nome Kenny Dorham, mas trata-se de um dos trompetistas mais influentes e talentosos da história do Jazz. Sua pouca popularidade deve-se ao fato de ter sido por muito tempo músico de músicos. No seu currículo, estão registradas participações em bandas de músicos de renome como Dizzy Gillespie, Art Blakey, Bud Powell, Max Roach, Thelonious Monk, Charlie Parker e John Coltrane. Outro fato que pode ter pesado na carreira do trompetista foi seu estilo complexo e a inclinação para outras vertentes, o que o deixava em desvantagem com trompetistas mais evidentes, como Miles Davis, Dizzy Gillespie e Clifford Brown.
Nascido em 1924, no Texas, Dorham começou a tocar piano aos sete anos. Na adolescência, iniciou o estudo de trompete na Wiley College Band com Russell Jacquet. Em 1942, foi recrutado pelo exército, onde tocava com a delegação de boxe. Ao sair do exército, muda-se para Nova York, onde atuou com grandes figurões, como Dizzy Gillespie em 1945, BilIy Eckstine no ano seguinte, com Lionel Hampton em 1947, com Mercer Ellington (filho de Duke) um ano depois e Charlie Parker entre 1948-50, substituindo Miles Davis.
Em 1953, aos 29 anos, gravou Kenny Dorham Quintet, seu primeiro álbum como líder, acompanhado por grandes nomes como Bud Powell (piano), Sonny Stitt (sax alto), Percy Heath (bass), Jimmy Heath (sax tenor) e Kenny Clarke (bateria). Esta gravação já mostrava um músico maduro, mostrando que não estava ali apenas para ser uma sombra de outros músicos. (Foto: Kenny Dorham Quintet - 1953)
Sua complexidade harmônica e a capacidade de fazer melodias marcantes e improvisar eram características que geravam muita admiração em vários músicos, o que gerou um paradigma em sua carreira: pouco conhecido entre o grande público e muito admirado pelas pessoas do seu meio.
É impressionante imaginar que um músico com este talento peculiar teve que fazer "bicos" para sustentar sua família. O dinheiro que vinha do Jazz não era suficiente, o que o obrigou a dividir suas atividades musicais com tarefas extras, como escrever uma coluna na revista Down Beat, vender plantas medicinais e trabalhar em uma refinaria de açúcar.
A partir de 1955, Dorham foi influente em formações que revigoraram o bop e mostrou uma faceta inovadora: aderiu ao estilo “Afro-Cuban Jazz”, misturando elementos latinos e africanos ao seu Jazz. Nesta época, formou o grupo Jazz Messengers com o baterista Art Blakey e o pianista Horace Silver. A formação não durou muito tempo e Dorham saiu para formar o Jazz Prophets que, assim como o Jazz Messengers, serviu de ponte para o lançamento de novos talentos, como Joe Henderson, Kenny Burrell, Herbie Hancock e Tony Williams (os dois últimos tocaram com Dorham antes de tocar com Davis). Ainda em 1955, grava o respeitado LP Afro-Cuban que, como o nome diz, mostra a sua aproximação e amor pelo recém-adotado estilo, que persistiu até os últimos álbuns de sua carreira. Em 1956, substituiu Clifford Brown no Max Roach Quintet, após a morte prematura do trompetista. Em 1957, liderou o mesmo Max Roach Quintet para a gravação de Jazz Contrasts, um memorável registro de 41 minutos, mostrando uma sintonia perfeita de seu trompete com o sax de Sonny Rollins. (Foto: Afro-Cuban - 1955 e Jazz Contrasts - 1957)
No final da década de 50, Dorham se firmou definitivamente na carreira solo, liderando seus próprios Quarteto e Quinteto e gravando obras que hoje são verdadeiras referências. Em 1958, mostrou que além de grande trompetista, tinha autoridade para cantar, gravando Kenny Dorham Sings and Plays: This Is The Moment!. Em 1959, registrou um dueto histórico com o saxofonista Cannonball Adderley, gravando o memorável Blue Spring. (Foto: Kenny Dorham Sings and Plays: This Is The Moment! - 1959)
Esteve no Brasil em 1960, onde se encantou pela “batida” da bossa nova e a diversidade da nossa música. Essa viagem serviu de inspiração direta para álbuns, como Matador, onde toca Prelude de Heitor Villa-Lobos e Una Mas, que incluiu a faixa São Paulo, uma homenagem à cidade. Permaneceu gravando grandes álbuns até a metade dos anos 60, onde também colaborou com os amigos Joe Henderson e Tony Williams, levando-os a gravar uma série de álbuns, como Our Thing, In'n'Out e Page One, este último com a gravação do standard Blue Bossa, mais um investida do trompetista na fonte da música brasileira. (Foto: Una Mas - 1963)
Além de grande músico, Dorham se mostrou engajado nas questões sociais de seu país. Foi consultor da “Harlem Youth Act Anti-Poverty”, programa social para jovens pobres de Nova Iorque. Foi membro do conselho administrativo da New York Neophonic Orchestra antes de sua morte, em 1972, causada por problemas renais que já o atormentavam há algum tempo.
Durante a semana, acompanhe os momentos mais significativos da carreira do trompetista Kenny Dorham
Este post é uma parceria entre o Blog Jazz e Rock e o Blog JazzMan! .Para baixar outros discos de Jazz acesse já:
Os homens são mesmo fascinantes e engraçados. Afirmam-se como indivíduos, mas, inevitavelmente, são destinados a serem peças de encaixe do muro histórico. A música sempre levou à busca dos extremos e o fim acabaria sendo esse. Chet Baker não foje à regra ao tornar-se o principal expoente da Costa Oeste e da escola de cool jazz, no início e meados dos anos 50. Como trompetista, tinha um modo aguçado e moderado, tocando com um estilo intimista e atraindo atenção para além do jazz fotogênico. Sua música: um constrangimento, um sussuro, um xingamento, um ruído, ou o próprio silêncio dos escarnecidos; parte importante da música, são as evidências de cada apresentação do espoente Baker, assim como já vinha ocorrendo com suas obras aleatórias e inesperadas.
"Let's Get Lost" também é o disco preferido do fotógrafo e diretor Bruce Weber que deu esse mesmo nome de seu documentary filme em look, que rendeu um oscar em 1989 na categoria de melhor documentario. O filme traz uma série de entrevistas com amigos, parentes e até amantes do músico, além de imagens de Baker em suas últimas apresentações. Uma retrospectiva da vida do grande trompetista e vocalista Chesney Henry Baker Jr. (1929-1988) - ou Chet Baker se assim o preferirem - em uma abordagem espetacular do gênio musical indiscutível: sua toxicodependência lendária, sua vida agitada e seus percausos polo lado negro da vida, traduzindo uma incrível testemunha até sua morte em última instância, direta pelo precipício, como quem escolhe um preço. O cineasta afirma que seu filme sobre o lendário trompetista de jazz nunca quis "expor as entranhas" do personagem. Segue um trecho da entrevista que o cineasta concedeu à Folha de São Paulo:
Curiosidades: Dvd Let's Get Lost 1988 (EUA)
Tipo: Longa-metragem / P&B 120 min. Diretor: Bruce Weber
Elenco: Chet Baker, Carol Baker, Vera Baker, Paul Baker , Dean Baker, Missy Baker, Dick Bock, William F. Claxton(Como Roterista de Bonanza -1959), Hersh Hamel, Chris Isaak(O Pequeno Buda - 1993) , Lisa Marie (Planeta dos Macacos - 2001), Andy Minsker, Jack Sheldon (Assassinatos na Rádio WBN - 94), Lawrence Trimble (Superhomem - O Filme - 78), Joyce Night Tucker.
FOLHA - Em "Let's Get Lost", vários entrevistados comentam o poder de sedução de Chet Baker. Como isso influenciou o documentário?"
BRUCE WEBER - Quando comecei a fazer o filme, eu já era fã de Chet. Ele foi um ícone de estilo e atitude, era extremamente cool. Começamos o documentário um ano antes de sua morte. Chet já estava envelhecido, mas ainda tinha capacidade de seduzir a todos com seu charme. Uma vez que você entendia esse traço de sua personalidade, tudo ficava mais fácil. Às vezes, as pessoas dizem coisas lindas, duras ou interessantes e todos se perguntam se aquilo é verdade. Não quero saber se o que Chet disse era 100% verdade, minha intenção nunca foi expor suas entranhas. Só importa que ele tenha tido coragem de se expor à sua maneira. Não faço documentários tradicionais, não tenho esse tipo de pacto com a verdade.
FOLHA - Quando Chet morreu, em 1988, você estava editando o filme. Como reagiu à notícia?
WEBER - Eu estava na sala de edição quando alguém chegou com a notícia. Eu e minha equipe deitamos no chão e ficamos em silêncio, alguns choraram. Levantamos e fomos para casa. Depois de duas semanas, eu disse: "Vamos terminar, em homenagem a ele". Chet tinha problemas com drogas e bebidas, e eu alimentava a fantasia de que poderia salvá-lo. Houve boatos sobre suicídio, mas a versão oficial, na qual acredito, é que ele caiu de uma janela".
Track List
01.Moon And Sand 02.Imagination 03.You´re My Thrill 04.For Heaen´s Sake 05.Eve´ry Time We Say Goodbye 06.I Don´t Stand A Ghost Of A Chance With You 07.Daybreak 08.Ingaro 09.Blame It On My Youth 10.My One And Only Love 11.Everything Happens To Me 12.Almost Blue
Chet Baker - Trompete e Vocais Frank Strazzeri - Piano John Leftwich - Baixo Ralph Penland - Bateria e Percussão Nicola Stilo - Guitarra e Flauta
Quem assistiu o programa "Por Toda Minha Vida" na Globo ? - Foi um especial sobre o Mamonas Assassinas. Quem não se lembra dessa banda que mudou o Brasil no ano de 1995. E com apenas 7 meses mais ou menos de sucesso interrompido por um trágico acidente.
Dinho, Bento, Júlio , Samuel e Sergio eram os Mamonas Assassinas. Creio que muita gente que entra no blog passou sua juventude ouvindo essa banda. Quem nao se lembra das músicas como "Vira-Vira", "Pelados em Santos", "Mundo Animal", "Jumento Celestino", "Sabão Crá-Crá" entre outras. Bom pode ser que não tenha nada a ver em postar essa banda no blog, mais confesso que depois de ver o ótimo programa em dedicação aos Mamonas fui logo procurar o cd para baixar e voltar a ouvir. Os Mamonas venderam 2,3 milhões de cópias desse único album, batendo todos os recordes da atual música brasileira.
Enfim eu nem vou escrever muito por que todos já conhecem a história dos Mamonas Assassinas, eu estou postando esse album no blog por puro saudosismo e por que de certa forma essa banda fez parte do cenário do Rock Nacional levando um jeito único - que jamais será imitado - para o palco. Fica ai a homenagem do blog Jazz e Rock a essa banda que mudou por meses a cara do Brasil. O som do Mamonas atingiu de crianças a adultos, e o mais incrível não era 1 ou 2 músicas que faziam sucesso, mais sim TODAS. Em 2008 faz exatamente 13 anos da morte do Mamonas Assassinas. Fico imaginando (se eles estivessem vivos) como séria? como estaria o sucesso ? quantos albuns lançados?.
Track List
1. 1406 2. Vira-vira 3. Pelados Em Santos 4. Chopis Centis 5. Jumento Celestino 6. Sabão Crá Crá 7. Uma Arlinda Mulher 8. Cabeça de Bagre Ii 9. Mundo Animal 10. Robocop Gay 11. Bois Don't Cry 12. Débil Metal 13. Sábado de Sol 14. Lá Vem o Alemão
2000 - Accordion A La Mode - A Perfect Match Gênero: Jazz
Acordeão no jazz ? Parece algo impossivel, não é?. Mais não para o músico americano Art Van Damme, 81, que é mestre nas duas coisas. Pouco utilizado no jazz - na verdade utilizado em poucos estilos; jazz entre eles -, o acordeão é explorado por Van Damme sob a sombra do swing de Benny Goodman e do apuro técnico de Ray Brown.
Conheci Art Van Damme no "Programa do Jô" - quando foi anunciado um músico de Jazz que tocava Acordeão - fiquei espantado e fiquei para assisti. E me supreendi com esse senhor de 81 anos. Esse CD foi um dos primeiros a ser postado no Blog Jazz e Rock e hoje estou postando novamente.
Bom Art Van Damme começou a tocar com apenas 9 anos. E lembro até hoje que no Jô ele disse: "Que a sua maior dificuldade era encontrar música (Jazz) voltado para arcordeão, e como ele desde pequeno foi influenciado pelos discos do Benny Goodman nos Anos 30 , começou a transcrever para o acordeão os solos do clarinetista". Art Van Damme ganhou notoriedade no cenário do Jazz e esteve ao lado de grandes músicos como Ella Fitzgerald, Peggy Lee, Dizzy Gillespie e Buddy DeFranco.
Nesse album Art Van Damme interpreta grandes canções do Jazz , inclusive música do grande Nat King Cole " Just You, Just Me". Enfim para quem não conhece esse Jazz um tanto diferente tocado com arcordeão vale e muito conferir. Aposto que você vai se amarrar no som desse mestre do Jazz - afinal ele foi por 50 anos o melhor músico de jazz em acordeão.
Track List
01. A La Mode 02. You Stepped Out of a Dream 03. That Old Feeling 04. Sweet And Lovely 05. How About You 06. I'm Shooting High 07. You Were Meant for Me 08. Charmaine 09. On Green Dolphin Street 10. Just You, Just Me 11. Diane
12. Star Eyes 13. Bye Bye Blackbird 14. In the We Small Hours of the Morning 15. Tickle-Toe 16. Gone With He Wind 17. Valse Hot 18. The Best Thing for You 19. Satan's Doll 20. Blusey 21. Spring is Here 22. Tangee 23. Poinciana 24. Nicollet Avenue Breakdown
Bom de todos os álbuns que eu ouvi dessa diva o que eu achei melhor foi o "Let's Roll".
Etta está há mais de 50 anos nessa estrada. Let’s Roll é um disco maduro. Um trabalho clássico e competente. Não espere inovações ou experiências. É blues de raiz. Com uma banda competente e uma voz divina. É impossível você ouvir duas faixas do álbum e não se contagiar. A faixa "Somebody To Love" é uma prova disso. Destaque também para as faixas "The Blues Is My Business", "Strongest Weakness", "Old Weakness".
"Let's Roll" é um álbum que eu recomendo para todos os amantes da boa música. Etta James dispensa comentários da minha parte, então resta você conferir o álbum. E não vai se decepcionar. Boa Audição.
Track List
1. Somebody To Love 2. The Blues Is My Business 3. Leap Of Faith 4. Strongest Weakness 5. Wayward Saints Of Memphis 6. Lie No Better 7. Trust Yourself 8. A Change Is Gonna Do Me Good 9. Old Weakness 10. Stacked Deck 11. On The 7th Day 12. Please, No More
Em 2003 Maria Rita seria conhecida como a mais nova voz no cenário da MPB. Começou a sua carreira de cantora um pouco tarde, já com 24 anos, pois o fato de ser filha única de Elis Regina, que foi uma das maiores cantoras brasileiras, pesou muito e a solução foi estrear tardiamente na intenção de não ficar na sombra da mãe, que hoje é um mito da música brasileira. Este disco é o seu primeiro trabalho solo e o sucesso foi tão imediato quanto grandioso. O sucesso foi tão grande que seu nome ultrapassou as fronteiras e já figura entre os grandes nomes da música brasileira no exterior. Muitos atribuem o seu sucesso ao fato de ela ser filha de Ellis Regina, mas é evidente que ela busca fazer um trabalho original, além de ser uma cantora de grande talento e com uma excelente voz. O interessante deste disco é que ele é totalmente acústico e não se ouve muitos intrumentos elétricos. Aqui, Maria Rita cria aquele ambiente puro e natural como, por exemplo, numa parte onde ela canta apenas acompanhada de um contrabaixo acústico. No repertório estão presentes canções de Marcelo Camelo, Rita Lee, Lenine, Zélia Duncan, entre outros. O destaque fica por conta da faixa "A Festa", um presente especial de Milton Nascimento que no último dia da turnê "Pietá" no Canecão, tirou do bolso um pedacinho de papel escrito à mão onde estava a "A Festa" e entregou a Maria Rita.
Já no seu primeiro disco a cantora leva três Grammys latinos numa tacada só: Revelação do ano, Melhor disco de MPB e Melhor canção brasileira. Definitivamente, vale a pena conferir.
Track List
1.A Festa 2.Agora Só Falta Você 3.Menininha Do Portão 4.Não Vale A Pena 5.Dos Gardenias 6.Cara Valente 7.Santa Chuva 8.Menina Da Lua 9.Encontros E Despedidas 10.Pagu 11.Lavadeira Do Rio 12.Veja Bem Meu Bem 13.Cupido