O pianista canadense Oscar Peterson, uma das grandes lendas do instrumento no jazz, morreu neste domingo (23) de insuficiência renal. Ele tinha 82 anos.
Conhecido pelas levadas nas duas mãos, pela técnica primorosa e pelos solos velozes, Peterson foi um dos músicos mais gravados do gênero, tanto como líder de banda como instrumentista acompanhante. Ele é considerado um nome de grande influência sobre gerações subseqüentes de músicos - a também canadense Diana Krall é uma delas.
Oscar Peterson nasceu em Montréal no dia 15 de agosto de 1925 e começou a estudar piano clássico aos seis anos. Ao completar 14, ganhou um concurso amador e passou a trabalhar regularmente numa rádio local. Em 1949 foi convidado por Norman Granz a integrar seu grupo "Jazz at the Philharmonic", que excursionava pelos Estados Unidos com celebridades como Roy Eldridge, Zoot Sims e Ray Brown. Desde que fez uma aclamada aparição no Carnegie Hall de Nova York no mesmo ano, Peterson recebeu um grande número de prêmios e títulos, como um Grammy pelo conjunto da obra no ano de 1997 - foram oito estatuetas no total.
O Canadá concedeu a ele a mais alta honra para civis e também o tornou a primeira pessoa a ser estampada nos selos de país ainda em vida.
Em entrevista à agência Reuters em 2000, Peterson afirmava que os jovens jazzistas tinham dificuldades distintas do racismo que enfrentou décadas atrás.
"A luta deles é outra. Eles precisam superar um obstáculo diferente: a invasão da música pop. E muitos deles são mais inseguros. As dificuldades são maiores hoje, mas penso que o jazz voltará a conquistar terreno.
Conhecido no Brasil.
Peterson era muito conhecido no Brasil, onde esteve no final dos anos 80, com o trio então formado por David Young no baixo e Martin Drew na bateria. Também esteve em novembro de 1998 no país, com shows no Teatro Municipal de São Paulo e uma apresentação gratuita no parque Ibirapuera.
O pianista era considerado um improvisador de muito swing e forte personalidade, sendo sua música conhecida pela força e vitalidade, sendo premiado várias vezes pela revista "Downbeat", durante os anos 50.
Formou o primeiro trio com a guitarra de Herb Ellis e o baixo de Louis Hayes; o segundo, mais famoso, tinha Ray Brown no baixo e Ed Thigpen na bateria, tendo durado de 1959 a 1965; o terceiro era formado por Sam Jones no baixo e Bob Durham na bateria e durou até 1967.
A partir dos anos 80, Peterson passou a realizar trabalhos mais intimistas, principalmente através de solos e duetos, como o gravado com o guitarrista Joe Pass, em Paris, na sala "Le Pleyell".
Segundo o crítico James Collier, Oscar Peterson pode ser definido como um eclético. Quando executa suas baladas, se assemelha a Art Tatum, quando toca bebop, lembra Bud Powell - sem contar as influências que teve de músicos como Errol Garner e Teddy Wilson.
FONTE: Globo.com
Uma perda irreparável, mas esperada.
ResponderExcluirO jazz fica menor rico, o piano lamenta.
leia-se "menos rico"
ResponderExcluirInfelizmente não eh. Eu conheci muito pouco do Oscar Peterson. Agora que eu to baixando cd dele.
ResponderExcluirMais concerteza um dos grandes musicos do Jazz.