Ontem dia 26 o Ari Borger Quartet se apresentou na abertura do Programa do Jô, para divulgar o seu mais novo álbum, Back To The Blues.
Em 2012, ano que comemora 20 anos de atividade profissional, ele decidiu gravar um disco inteiro dedicado a esse gênero. Opção natural para um músico que morou durante anos em New Orleans e tocou nas mais renomadas casas da região, como o “House of Blues” e “Tipitina´s”. “Back to the Blues” foi gravado ao vivo em apenas 3 dias, de forma analógica, na melhor tradição “old school”. São 5 composições inéditas de autoria de Ari Borger, sendo que na faixa “Funky Jam”, a parceria é dividida com sua banda e mais 4 novas interpretações para “Chicken Shack”, “Key To The Highway”, “Funky Miracle” e “I’d Rather Go Blind”. Seja em composições próprias ou retomando canções clássicas, o Ari Borger Quartet nos entrega uma musica contagiante, repleta de feeling e personalidade. O ímpeto criativo de Ari somado aos talentos individuais de cada músico da banda, resulta numa experiência de alto impacto emocional e valor estético insuperável. “Back to the Blues” é um disco que já nasce clássico. (Fonte: ST2 Music)
Tracklist
01 Boogie Train 02 Back At The Chicken Shack 03 Key To The Highway 04 Ccoming Home 05 Funky Miracle 06 I'd Rather FGo Blind 07 Boogie Pro Bê 08 Funky Jam 09 Back To The Blues
Contagem regressiva para a "Maiden England Tour"! O Iron Maiden publicou em seu canal oficial no Youtube um vídeo com cenas dos ensaios para a turnê que começa nesta quinta-feira (21/06) nos Estados Unidos. Assista!
Após o enorme sucesso da The Final Frontier World Tour 2010-2011, o Iron Maiden estará de volta na estrada neste verão com uma série de shows em arenas, anfiteatros e festivais nos EUA e Canadá, abrindo a turnê em Charlotte/NC, EUA na próxima quinta-feira, 21 de junho e terminando em Houston, TX, em 18 de agosto, a ser seguida por outras datas ao redor do mundo em 2013.
A MAIDEN ENGLAND WORLD TOUR será baseada, em termos de produção e conteúdo, ao vídeo de mesmo título lançado em 1988, filmado durante a "Seventh Son Of A Seventh Son Tour". Esta primeira parte da turnê mundial será a visita mais extensa da banda à América do Norte em muitos anos e inclui uma série de cidades onde a banda não tem tocado durante muito tempo, como Charlotte, Atlanta, Buffalo, Indianapolis e Salt Lake City.
Artista: Eddie Cochran Título: The 25th anniversary album Gênero: Rockabilly Ano: 1985 Selo/gravadora: Liberty Records
Por Ricardo Seiti
Um acidente automobilístico em 1960, na Inglaterra, mudaria bastante a história do rock: falecia precocemente o americano Eddie Cochran, aos 21 anos, em sua primeira excursão pela Europa.
Anos antes, em 1957 Eddie lançava seu primeiro e único álbum oficial,"Singin' to My Baby". A mais, dezenas de compactos, compilações e coletâneas, a maioria póstumas. Conheceu o rockabilly aos 16 anos e Elvis aos 17 e seu talento se aflorou. Buscou a lendária Sun Records mas, ofuscado pelo início de carreira do rei do rock só conseguiu gravar suas músicas pelo pequeno selo Crest.
Esta coletânea dupla, lançada em 1985 traz suas faixas fundamentais e algumas inéditas e raras.
Em sintonia com os astros do rock (Elvis, Little Richard, Gene Vincent, Buddy Holly) Eddie gravava e se apresentava, porém com um diferencial: era um experimentalista. Algumas de suas gravações eram diferentes do formato fixado pelo gênero, com aquele som limpinho e previsível. Eddie buscava efeitos de gravação,como o uso de reverberação, overdub (a muito tempo tão comum, gravar várias linhas de guitarra na mesma música), além de seus vocais em falsete e outras técnicas de estúdio. Além de ser um excelente cantor e compositor, experimentava coisas que os outros ainda nem sonhavam em um dia fazer. Mais do que os acordes básicos do rockabilly Eddie também experimentava bastante no uso dos bordões, vocais agressivos a serenos, batidas rudimentares, quebradas de ritmo e backing vocals.
A lista de músicos que declarou ter sido influenciada em algum momento por Eddie Cochran é extensa, mas vamos destacar Jimi Hendrix, Pete Townshend (The Who) e claro, seu maior fã, ninguém menos que Brian Setzer (The Stray Cats) que regravaria algumas de suas músicas (C'mon Everybody, Summertime Blues) e o interpretaria no cinema no filme La Bamba (1987), reencarnando seu grande ídolo!
Em tempo: Buddy Holly e Ritchie Valens também se foram precocemente,mas não tiveram a mesma influência e incisão no rock como Eddie. Tenho a convicção de que Elvis teria seu posto de rei do rock em algum momento compartilhado por um gênio chamado Edward Ray Cochrane.
Eddie só não foi mais além, mesmo após sua morte, pois a América já havia transformado Elvis em seu grande ídolo, que apesar de não ter a mesma genialidade musical de Eddie, tinha todo um apelo visual, simbólico, performático. Já Eddie Cochran não. Foi apenas um dos maiores músicos do rock.
Track List
01. Summertime Blues 02. Teresa 03. Weekend 04. Teenage Cutie 05. Never 06. Completely Sweet 07. Sittin' in the Balcony 08. Think of Me 09. Hallelujah I Love Her So 10. Am I Blue 11. My Love to Remember 12. Three Steps 13. Eddie's Blues 14. Little Lou 15. Cut Across Shorty 16. Long Tall Sally 17. C'mon Everybody 18. Mean When I'm Mad 19. Pretty Girl 20. Rock'n'Roll Blues 21. Milk Cow Blues 22. Boll Weevil Song 23. Somethin' Else 24. Teenage Heaven 25. Twenty Flight Rock 26. Love Again 27. Jeannie Jeannie Jeannie 28. Cherished Memories 29. Little Angel 30. Sweetie Pie 31. My Way 32. I Remember
Destaques da coletânea:
"Somethin' Else", uma das mais incríveis músicas do Rockabilly na época
A cool "Sittin' In The Balcony", com seu genial solo de guitarra
E claro um de seus maiores sucessos, "C'mon Everybody" ao vivo.
Gravada no dia 06 de junho de 1962, a clássica Love Me Do completou 50 anos. Esse foi o primeiro single dos Bealtes e foi lançada posteriormente no álbum Please Please Me (1963). Essa alegre canção, que gira em torno de dois simples acordes, transformou o Beatles em um grupo internacional. Isso porque, com Love Me Do, o grupo deixou de ser “uma banda local” para levar suas melodias para além do condado de Merseyside.
“Antes dessa canção, os Beatles eram apenas um grupo bastante popular na região de Liverpool. No entanto, ninguém conhecia a banda fora desta cidade”. (Efe Jerry Goldman, diretor-geral da The Beatles Story)
Essa é a mais uma prova de que a boa música se torna inesquecível e sobrevive geração após geração.
Debut da banda, clássico do hard setentista. Formada em 1970 na Inglaterra por músicos fora de série: o vocalista Mike Patto, vinha da ótima Spooky Tooth, nas baquetas John Halsey, que havia tocado com Joe Cocker e gravado nada mais nada menos do que o disco Transformer de Lou Reed, na guitarra o influente Ollie Halsall, que tocou com um dos maiores nomes da psicodelia inglesa, Kevin Ayers, e um dos maiores usuários do vibraphone, um instrumento da família da percussão, aparecendo constantemente nesse disco, que duela em condições de igualdade com o segundo álbum da banda, Hold Your Fire, de 1971.
A banda navega pelo fusion, rock, jazz e progressivo com uma realeza peculiar. A primeira faixa confirma isso, The Man tem uma levada jazzística com o solo do vibraphone de Halsall lembrando o trompete dos grandes nomes do estilo. Se você ouvir Hold Me Back e/ou Red Glow por acaso na casa de um amigo ou em um bar vai achar que é alguma faixa desconhecida da Jimi Hendrix Experience, tamanha semelhança vocal e instrumental desses petardos. San Antone é o puro hard, a faixa descontraída do disco, o descompromisso no bom sentido. Em Government Man, a banda elabora formas mais complexas com um refrão forte e marcante, com passagens até southern. Money Bag é um festival de improvisações em seus mais de 10 minutos. O disco fecha com a brilhante Sittin´ Back Easy, demonstrando um talento absurdo, Mike Patto rouba a cena, assim como a cozinha sensacional e pesada.
Uma lenda que vaga pelas entrelinhas roqueiras, diz que o guitarrista tinha aprendido guitarra há três anos, pelo jeito, se for verdade, ele dedicou esses anos somente a aprender as nuances do instrumento. Os integrantes tiveram finais trágicos, Mike Patto faleceu em função de uma leucemia em 1979, o baixista Clive Griffiths sofreu um acidente de carro grave que apagou sua memória, não tendo lembranças do passado, Halsall teve um ataque cardíaco decorrente do uso de heroína em 1992 e o baterista Halsey hoje se locomove com o uso de muletas.
Um disco absurdamente fenomenal e quando você ouvir, vai lhe caber a velha máxima: "Como não ouvi isso antes?". Presença obrigatória em toda lista e coleção de melhores discos do Hard Rock Setentista.
Track List
01. Man 02. Hold Me Back 03. Time To Die 04. Red Glow 05. San Antone 06. Government Man 07. Money Bag 08. Sittin Back Easy
Artista: Vários artistas Título: WTSGD: The Secret History of Rock & Roll Gênero: Blues Ano de Lançamento: 2002 Selo/gravadora: Sony/Bmg (Bluebird Records)
Por Ricardo Seiti
Quarto e último álbum da série, apresentando os rumos do Blues,em especial agora sobre o surgimento do Rockabilly e o Rock. O foco agora é o período pós-2ª guerra mundial. Conforme a análise do encarte do disco, o conflito mundial foi um divisor de águas não só para o Blues mas como para a música popular. As gravações vão de 1939 a 1955.
Com a escassez de recursos, o foco das gravadoras era os artistas de maior expressividade, daí a aposta dos grandes selos nos músicos de Chicago e no gênero Country. Os músicos do Delta Blues migravam para os selos independentes enquanto o interesse das grandes gravadoras era tornar o Blues cada vez mais "comercial" e rentável.
Destaques desta quarta e última coletânea:
O quinteto vocal The Five Breezes, com "My Buddy Blues".Alheios à modernização do Blues, o grupo tinha um excelente trabalho vocal, em que a voz se sobrepunha aos elementos elétricos. Ninguém menos que Willie Dixon, uma das lendas do Blues,era apenas um músico coadjuvante nesta gravação.
Arthur "Big Boy" Crudup, com "That's all right". Arthur Crudup talvez tenha sido o músico mais completo do Blues. Suas gravações vão desde o estilo Delta Blues, passando pelo estilo Chicago até pre-criar o Rockabilly. Bem, ninguém menos que Elvis Presley era seu fã e regravou esta música em seu início de carreira.
Little Richard, com "Get rich quick", de 1951. Nascido Richard Wayne Pennyman, Little Richard foi o pioneiro do Rock. Incorporou saxofone, piano, guitarra, contrabaixo e guitarra elétrica ao gênero, além de seus vocais gritantes.
Track List
01. Doctor Clayton - Pearl Harbor Blues 02. The Five Breezes - My Buddy Blues 03. Big Maceo - Worried life Blues 04. The Cats & A Fiddle - I'd rather drink muddy water 05. Memphis Slim - Grinder Man Blues 06. Pete Johnson & Albert Ammons - Walkin' the Boogie 07. Lil Green - Why don't you do right 08. Robert Lockwood - Little Boy Blue 09. Doctor Clayton - Angels in Harlem 10. Sunnyland Slim - Illinois Central 11. Eddie Boyd - Chicago is just that way 12. Arthur "Big Boy Crudup" - That's all right 13. Henry "Red" Allen - Get the Mop 14. Jazz Gillum - Look on Yonder Wall 15. Roosevelt Sykes Trio - Anytime is the right time 16. Tampa Red - When things go wrong with you 17. Arthur "Big Boy" Crudup - Dust my broom 18. Washboard Sam - Soap and water Blues 19. Piano Red - Rockin' with Red 20. Tampa Red - Sweet Little Angel 21- Arthur "Big Boy" Crudup - My baby left me 22. Johnny Moore'w Three Blazers - How Blues can you get (Downhearted) 23. Piano Red - Right String, but the wrong yo-yo 24. Sonny Terry - Ride and Roll 25. Little Richard - Get rich quick