terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Oscar Peterson

1952/59 - The Gershwin Songbooks
Gênero - Jazz



Não, não...nunca houve um pianista tão esporádico, fantástico, habilidoso e elegante como Oscar Peterson, senão o próprio mestre que lhe influenciou: Art Tatum. Perterson, apesar da demasiada atenção ao bebop e hard bop, foi, sobretudo, um jazzista eclético: tocava tudo com muita técnica e muito improviso, brilhando igualmente em vários estilos como boogie-oogie, stride, swing, cool, bebop, hardbop, música erudita até standards do pop tradicional da cultura afro-americana. Enfim, vale lembrar que sua obra é tão extensa quanto necessária: talvez seja impossível obter todos os discos que ele gravou, mas é mais do que necessário que se tenha alguns ou muitos dos seus disco como esse "The Gershwin Songbooks". Como se pode ver o disco faz um bom apanhado com 24 canções do songbook de um dos maiores compositores americanos de todos os tempos: George Gershwin, o branco que tinha a alma de um negro. É bom deixar de aviso que esse disco é só um entre uma série de coletâneas contendo songbooks, sendo que aqui está exposto o lado mais tênue e elegante de Oscar Peterson com lindas releituras às canções de Gershwin, ou seja, não é aquele disco com interpretações esporádicas que expõe mais o apreço técnico do pianista. No entanto, não seria nenhum exagero dizer que essas são algumas das mais lindas e elegantes interpretações de George Gershwin que já se pôde ouvir. Quer dizer, talvez, se Bill Evans tivesse gravado um disco como esse ou se reunísse uma coletânea de canções de Gerswin interpretadas por ele, seria possível ouvir outras grandes interpretações à altura dessas, já que Evans era dotado de um lirísmo e uma harmonia ímpar; mas poderíamos dizer que em suas mãos essas baladas seriam lindamente melancólicas, enquanto que nas mãos de Peterson elas soam alegres, dançantes e elegantes. Para realçar essa comparação, deixo uma frase do grande maestro e compositor Lalo Schifrin que certa vez afirmou: "se Bill Evans é o Chopin do jazz moderno, Oscar Peterson é o seu Liszt. Assim, esse disco traz as alegres releituras de Peterson em duas sessões: uma gravada em 1952 pelo selo Clef com o trio composto por Oscar Peterson (piano), Barney Kessel (guitar) e Ray Brown (bass); a outra foi gravada em 1959 pela Verve com o trio Oscar Peterson (piano),Ray Brown (bass) e Ed Thigpen (drums). A Verve juntou essas duas sessões e lançou-as nesse disco em 1996, mostrando as refinadas interpretações de Peterson e os seus famosos e habituais power trios.

1. It Ain't Necessarily So
2. Man I Love, The
3. Love Walked In
4. I Was Doing All Right
5. Foggy Day, A
6. Oh, Lady, Be Good!
7. Love Is Here To Stay
8. They All Laughed
9. Let's Call The Whole Thing Off
10. Summertime
11. Nice Work If You Can Get It
12. Shall We Dance?
13. Man I Love, The - (mono)
14. Fascinating Rhythm - (mono)
15. It Ain't Necessarily So - (mono)
16. Somebody Loves Me - (mono)
17. Strike Up The Band - (mono)
18. I've Got A Crush On You - (mono)
19. I Was Doing All Right - (mono)
20. 'S Wonderful - (mono)
21. Oh, Lady, Be Good! - (mono)
22. I Got Rhythm - (mono)
23. Foggy Day, A - (mono)
24. Love Walked In - (mono)

Esse post é uma parceria entre o Blog Farofa Moderna e o Blog Jazz & Rock. Para baixar outros discos de Jazz, Blues, Word Music, MPB e Música Instrumental Brasileira, acesse já:

www.farofamoderna.blogspot.com

Um comentário :

  1. Um álbum desse tipo de Oscar Peterson que também é fantástico, é o songbook de Cole Porter. Abraços!

    ResponderExcluir