domingo, 4 de julho de 2010

Deep Purple

(Segunda formação do Depp Purple. Da esquerda para direita: Jon Lord, Ian Paice, Ian Gillan, Ritchie Blackmore e Roger Glover)

Hoje vou trazer dois álbuns clássicos do Deep Purple. “Machine Head” (1972) e “Burn” (1974). O Deep Purple é uma banda da Inglaterra, que surgiu em 1968 e foi uma das pioneiras do heavy metal, ao lado do Led Zeppelin e Black Sabbath. Ao longo dos anos, a banda passou por várias formações diferentes. Há quem diga que a formação mais bem-sucedida esteve no período de 1969 a 1973 e depois de 1984 a 1989, fazia parte dela Ian Gillan (vocal), Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclado), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria).

E foi com essa formação que o álbum clássico “Machine Head” foi gravado. Posso estar errado, mais este foi o trabalho que mostrou definitivamente o Deep Purple para o mundo. O álbum foi gravado no período de apenas 15 dias (dezembro 1971) em Montreux, Suiça. O disco contém verdadeiros clássicos, como “Highway Star”, “Maybe I’ a Leo”, “Never Before”, “Lazy” e “Smoke on the Water”. Esta que por sinal deve ser a música mais conhecida da banda, na introdução um riff criado por Blackmore que ficou eternizado, o baixo preciso de Roger Glover, a batera de Paice e o vocal inconfundível de Ian Gillan, tudo isso fizeram com que esta música se tornasse um clássico. Por outro lado, “Smoke on The Water” tem uma história muito interessante e verídica que aconteceu dia 04 de dezembro de 1971, na ocasião do Deep Purpler havia chegado em Montreux, para gravar um o álbum no estúdio móvel do Rolling Stnes. Porém na véspera teve um show do Frank Zappa e sua banda, idealizado em um cassino, e durante o show um cara da platéia disparou um sinalizados no teto do cassino, dando inicio a um incêndio que devastou boa parte do cassino, juntamente com todo equipamento da banda do Zappa. Devido a esse incidente que a música “Smoke on The Water” foi composta e creditada ao baixista Roger Glover. E vale dizer que o álbum não foi gravado no estúdio móvel, por causa do valor altíssimo, depois de algumas confusões e de muita procura a banda se instalou no Grand Hotel de Montreux, que estava praticamente vazio e improvisou um estúdio de gravação, onde gravaram a maior parte das músicas do álbum “Machine Head”, um dos melhores da história do rock.

“Burn” é outro álbum clássico do Deep Purple, mais que mesmo sendo lançado dois anos depois, sofreu uma mudança significativa. Ian Gillan (vocal) e Roger Glover (baixo) deixam a banda. Para buscar novos músicos e que estivessem à altura, a banda trouxe o baixista Glenn Hughes, do Trapeze. Era um baixista competente e que trazia na sua bagagem algumas influências do soul, além disso, Hughes também era um bom vocalista. Mesmo assim a banda não estava satisfeita e continuou em busca do seu frontman. O escolhido foi o novato Davi Coverdale. Com a banda formada novamente, o Deep Purple viaja até Montreux para gravar o álbum “Burn”, em novembro de 1973. Como toda mudança de formação acaba gerando algumas alterações na sonoridade, com o Depp Purple não foi diferente. Isso não significa que a qualidade tenha caído, pelo contrário, o nível continua praticamente a mesmo, prova disso é a clássica “Burn”, uma música reverenciada até hoje pelos fãs, e que traz um riff marcante, solos bem executados, Coverdale e Hughes impecáveis, Jon Lord sobrando no teclado e Ian Paice que simplesmente detona na batera. “Might Just Take Your Life” foi o nome do primeiro single, nela Jon Lord ganha mais espaço, o dueto vocal de Hughes e Coverdale, enfim uma boa música. Em “Lay Down, Stay Down” o baterista Ian Paice mostra toda sua habilidade, com viradas precisas e pequenos solos bem executados, destaque também para o guitarrista Blackmore, que surge em grande estilo. A música “You Fool No One” não é das melhores, mais vale citar a importância dela nos shows, são mais de 10 minutos de solos de bateria, teclado e guitarra. “What’s Goin’On Here” é um blues ala Deep Purple, bem interessante. “Mistreated” é outra música que ficou famosa nos shows, um blues-rock bem tocado, com solos breves e simples, porém bem executados por Blackmore. O álbum fecha com a instrumental “A 200”, destaque para o tecladista Jon Lord.

Em 1974 o Deep Purple realizaria uma apresentação memorável para o programa TV ABC, e ficou registrado no álbum “California Jam 1974”. Em 1977 os membros anunciam que a banda havia chegado ao fim, com isso novos grupos foram formados, entre eles o “Rainbow”, do guitarrista Blackmore e o “Whitesnake” do vocalista David Coverdade. O fato é que o Deep Purple acabou por que não havia mais clima para continuar. A banda ficou oito anos sem gravar e sem realizar shows. A banda recomeça em 1984, com a mesma formação clássica, mais isso é história para um próximo post. Boa Audição!

1972 - Machine Head
Gênero: Heavy Metal / Hard Rock / Rock Progressivo



Track List

01. Highway Star
02. Maybe I'm a Leo
03. Pictures of Home
04. Never Before
05. Smoke on the Water
06. Lazy
07. Space Truckin'

Deep Purple - Smoke On The Water (From "Live At Montreux 2006" DVD)


1974 - Burn
Gênero: Heavy Metal / Hard Rock / Rock Progressivo



Track List

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' On Here
07. Mistreated
08. A 200

Deep Purple - Burn (Live at the California Jam, 1974)


Site Oficial: Deep Purple

4 comentários :

  1. Olá!
    Agradeço a você pelo seu blog! Sim, é muito bom, e sempre encontro o que mais gosto por aqui: Jazz e bossa! Desejo a eternidade a esse blog! COM CERTEZA, já é meu favorito, há muito tempo!
    PARABÉNS!

    Jaci Magalhães

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  2. Muito obrigado pelas palavras Jaci.

    Também espero que o Blog Jazz e Rock continue por muito tempo.

    Abraço

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  3. Salve Daniel,

    Grande resenha a sua. Só gostaria de sugerir uma complementação à ela. Se não me falha a memória, li que a "Smoke on the Water" surgiu quando o baixista viu a fumaça do incêndio sendo empurrada pelo vento sobre um lago lá em Montreaux. Ele seria o autor do título, mas a música é de crédito da banda.
    Obrigado. Lelo

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