quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Homem Que Matou Getúlio Vargas (Jô Soares)

Ficha Técnica:

Titúlo: "O Homem Que Matou Getúlio Vargas"
Escritor: Jô Soares
Gênero: Romance/Policial
Lançamento: 1998
Páginas: 342
Acabamento: Brochura
Selo: Companhia das Letras


Dando continuidade no “Projeto Resenha de Livros”, comentarei hoje sobre o segundo romance do Jô Soares, “O Homem Que Matou Getúlio Vargas”.

Lançado em 1998, o livro segue a mesma linha de literatura do “O Xango de Baker Street”, principalmente no quesito, realidade/fictício, alias, nesse gênero Jô Soares apenas consolidou-se como um dos maiores escritores do país. O livro é rico em detalhes e dados históricos, o período é de 40 anos (1914-1945), é nesse cenário que o livro relata episódios interessantes da história Européia e Brasileira. A pesquisa realizada por Jô é extensa, há quem diga que apesar de tudo isso, o livro peca pelo excesso de informações, principalmente por seguir uma linha da história que está fora do imaginário e da realidade do povo brasileiro. Durante a história você encontrará relatos sobre a execução da espiã Mata Hari, o assassinato do arquiduque Francisco Fernandino, que segundo consta desencadeou a primeira guerra mundial e personagens mais conhecidos, como Al Capone.

A história começa em 1897, em Ouro Preto (MG), onde a rivalidade entre os moradores das repúblicas provoca atritos e discussões. E foi no Bilhar Helena – um bar da cidade - que tudo aconteceu, uma discussão e briga entre jovens universitários, o resultado, um espancamento, juramento de vingança e pouco tempo depois um jovem é assassinato com nove tiros a queima roupa. Na mesma ocasião, porém na Bósnia, as margens do rio Vrbas, nasce Dimitre Borja Korozec. Filho de pai sérvio e mãe brasileira. Dimitre segue uma espécie de anarquismo, tem como profissão assassino e suas vitimas preferidas são lideres políticos.

Dimitri Borja é o grande personagem da história de Jô Soares, ele que apesar de ser um especialista em assassinato, possui um grande defeito: Uma dificuldade para realizar suas metas. Considerado o homem certo na hora errada. Sua pontaria é prodigiosa, mas bastou mirar, para que ele mesmo se torne a primeira vitima.

Apesar do livro parecer maçante e cansativo devido ao cenário que ele se desenvolve, Jô Soares com toda sua experiência consegue prender a atenção do leitor, com um arsenal de informações, que cita desde o menu gastronômico do Orient-Express, relata a origem do jogo do bicho e até mesmo explicações sobre armas de fogo. Porém o que intriga o leitor, acreditem se quiser, são fotos que buscam provar a existência do Dimitre nos fatos (apesar dele ser um personagem fictício). Jô Soares tem a precisão de um arquiteto (como diz no livro), ele pega uma história que até então, está esquecida pelos escritores e transformar ao seu modo, sempre com a combinação característica dos seus trabalhos: Fatos verdadeiros e fictícios e bom humor, fazendo com que tudo pareça apenas mais uma “obra do acaso”.

PS: Eu não encontrei o livro em PDF, se alguém tiver por favor me envie.

2 comentários :

  1. Acho que foi o primeiro livro seu que eu Li.... e gostei muito.... O jô escreve muito bem....
    :)

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  2. Obrigado pelo comentário.

    Beijos
    Te Amo !

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